terça-feira, 9 de janeiro de 2018

(Continuação 55)


Um pouco abaixo do Edifício 4 Estações e ocupando todo um quarteirão (Rua das Carmelitas, Rua Conde de Vizela e Rua Cândido dos Reis) fica o, “Palácio do Conde de Vizela, construído para alojar os escritórios da Fábrica de Fiação e Tecidos do Rio Vizela, lojas comerciais e o Clube Portuense. Inicialmente, foi mandado projetar a Émile Boutin por Diogo José Cabral (1864-1923), grande capitalista do Norte do país e primeiro conde de Vizela.
Entre 1920 e 1923, Marques da Silva assume a direcção da obra, introduzindo um aditamento ao projeto, ajustando-se a uma nova tipologia e imprimindo reformulações compositivas que valorizaram esteticamente o edifício e o quarteirão”.
Fonte: “portoby.livrarialello.pt”



O edifício, actualmente, é propriedade do Sindicato de Bancários do Norte e, ao longo dos anos, instalou o Clube Portuense, o armazém da Fábrica Rio Vizela, os Bombeiros Voluntários da Invicta, a RDP (Rádio Difusão Portuguesa), etc.
Com frentes para as Ruas Cândido dos Reis, Carmelitas e Santa Teresa, foi projectado com grandes salões, espaços para gabinetes e escritórios.
Teve um primeiro projecto da autoria do engenheiro Casimiro Barbosa (com data de 1905 e aprovado em 1907), sendo substituído, em 1909, por um plano gizado pelo arquitecto francês Émile Boutin (1874-1951). Em 1920, Marques da Silva começa a dirigir as obras, introduzindo algumas alterações ao projecto francês.
O palacete fica a dever a Marques da Silva as cúpulas dos torreões de ângulo e o revestimento em camadas de ardósia, na construção do primeiro lote de cinco lojas, entre as Ruas das Carmelitas e Cândido Reis.
Em 1923, é solicitado o prosseguimento da obra, com mais um lote de cinco lojas. O arquitecto projectou em planta as lojas e as caves e nos pisos superiores, escritórios.
A obra final só será concluída em 1932.




Palacete do Conde de Vizela na esquina das ruas das Carmelitas e Cândido dos Reis (pela esquerda) – Fonte: “fims.up.pt”

2 comentários:

  1. Marques da Silva (José Marques da Silva) não foi engenheiro, mas sim arquitecto famoso, uma das principais figuras da arquitectura portuense. É favor proceder à rectificação. Fernando Moreira de Sá Monteiro

    ResponderEliminar
  2. Muito obrigado pela sua chamada de atenção. Irei rectificar. Espero continuar a ter a sua atenção. Cumprimentos.

    ResponderEliminar