domingo, 29 de maio de 2022

25.158 Dois palacetes icónicos

 
Vila Delfina
 

Em Janeiro de 1897, o capitalista Alfredo Carneiro Quaresma solicita à Câmara do Porto uma licença para edificação, na Rua do Ouro, de uma fábrica de cal, que obterá o nº 26/1897.
Em Março de 1899, Alfredo Carneiro Quaresma solicita, à mesma Câmara, a construção de uma casa, que obterá a licença nº 75/1899, edificada num terreno situado junto da Avenida da Boavista e limitado a poente pela rua das Campinas. Mais tarde, limitando a propriedade, a nascente, irá surgir a Rua Dr. Alberto de Macedo.
Será projectista desta residência o Engenheiro António da Silva.
O palacete teria passado pela posse de uma família de apelido Abecassis, durante a primeira metade do século XX.
No início do século XXI, a empresa portuense, SI Península - Gestão e Promoção Imobiliária vai edificar um condomínio privado, designado “Jardins do Palacete”, aproveitando o palacete há muito existente.
 
 
 
 
“Na altura da sua aquisição, em 2000, por parte da SI Península, o palacete pertencia a uma família espanhola ligada a uma empresa de vinho – “Diez Hermanos” – que, por curiosidade, deixou um legado riquíssimo em vinhos seculares e com carga histórica (Brandys, Anis Jerez, Sherry, Ponche, Cidra, vinhos da Madeira e vinhos do Porto bastante antigos e de outras origens, tais como Nieport, Offley, Calém, Sandeman, Cockburns, Burmester, etc), encontrando-se, na altura, devidamente acondicionados, na adega localizada na cave do palacete. Foi nos anos 40 que Don Pablo Diez y de Isasi, ligado por laços de família e comerciais a algumas famílias aristocratas da Andaluzia, e que com ele se encontravam associados na empresa “Diez Hermanos” de Jerez de la Frontera, adquiriu o palacete “Vila Delfina”.
Hoje é um condomínio de luxo”.
Cortesia de casa.sapo.pt
 
 
 

Palacete "Vila Delfina", c.1920 e no início do século XXI
 
 
 

Vila Delfina – Cortesia de “casa.sapo.pt”
 
 
 
 
Palacete do Pinheiro Manso ou Palacete da família Gilbert
 

Aquele que ficou conhecido pelo Palacete da família Gilbert, que se situava na Avenida da Boavista, junto de um pinheiro manso, que veio a dar o nome ao lugar, foi começado a construir em 1902.
 
 
 

Palacete do Pinheiro Manso
 
 
Este palacete foi construído na quinta do Pinheiro Manso, adquirida pelo brasileiro de torna viagem José Gomes da Rocha. Nesse terreno, seria também traçada a Rua do Pinheiro Manso.
Após falecimento prematuro da mulher e, posteriormente, de uma filha a quinta foi vendida e terá sido adquirida pela família Gilbert, com ligações ao negócio do vinho do Porto, vindo ele a falecer em 1922.

 
 

Palacete do Pinheiro Manso – Ed. Aurélio da Paz dos Reis
 
 
 
Aquele pinheiro que existia na quinta, à face da avenida, foi derrubado por um temporal, conhecido como "Ciclone", em 1941.

 
 

Pinheiro Manso derrubado, em 1941, pelo ciclone
 
 
 
Em 1971, a casa é finalmente demolida e aí, construído, o actual edifício da cervejaria Cufra.

 

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