domingo, 7 de janeiro de 2024

25.217 Confeitarias, Pastelarias, Mercearias e Padarias

Muitos destes icónicos estabelecimentos comerciais ficariam, para sempre, gravados na memória dos portuenses, sendo que, alguns deles (poucos), ainda estão de portas abertas.
Muitos outros, do mesmo sector da actividade, serão referenciados sempre que seja oportuno.



Pastelaria Serrana
 
 
“Na Rua do Loureiro, junto à Estação de S. Bento olhando para o edifício que ladeia a mercearia “Casa Arcozelo” ninguém adivinhará o “tesouro” que lá mora.
Na fachada já há poucos sinais dos tempos em que este era um dos edifícios mais lustrosos do Porto, mas lá dentro a história é diferente: na Pastelaria A Serrana há um tesouro discreto que cumpre mais de 100 anos.
À primeira vista, estamos numa pastelaria normal, com espelhos, mármores e luzes de néon. É preciso olhar para o tecto para ver o “tesouro”: lá está ele, uma tela de Acácio Lino (1878-1956), datada de 1912, com motivos alusivos a jóias, figuras angelicais e um pavão”.
Fonte - Pedro Dias, 11 Jan. 2012, In site: "porto24.pt"


 
Acácio Lino nasceu em Amarante. Fixou-se no Porto aos 12 anos. Há telas suas em locais como o Palácio de S. Bento, em Lisboa, a biblioteca municipal e Câmara do Porto e o teatro de S. João.
A obra foi encomendada no início do século XX por Alfredo Pinto da Cunha para a Ourivesaria Cunha.
Segundo registos camarários o imóvel sofreu obras de beneficiação em 1869, quando era seu proprietário Francisco José Carvalho, que lhe adicionou mais um andar e aumentou as janelas. Mas as alterações fundamentais tiveram lugar em 1911, e destinaram-se a transformar o espaço numa luxuosa ourivesaria.
No entanto, seria Alfredo Pinto da Cunha, filho de António Pinto da Cunha e Margarida Augusta Ribeiro de Sousa, nascido em Lousada, em 20 de Fevereiro de 1884, que associado a um seu tio, José Pinto da Cunha (iniciado na profissão de ourives na ourivesaria da Rua das Flores, "Gasparinho & Cia" e fundado a Ourivesaria Cunha, na Rua do Loureiro, em 1897) tomaria, em 1909, a responsabilidade da casa e que se tornaria num dos principais negociantes do ramo na cidade do Porto.
A Ourivesaria Cunha era, no Porto de então, um caso de sucesso, causando fascínio pelas jóias e metais caros que vendia, pela obra de Acácio Lino, mas também pelo trabalho arquitectónico de Francisco de Oliveira Ferreira e pelas esculturas do seu irmão, José de Oliveira Ferreira.
Em 1914, transferiu-se para uma nova Ourivesaria Cunha, na Rua 31 de Janeiro, nº 200, que mais tarde viria a ser a Machado Joalheiros.
Em 1932, o local em causa, na Rua do Loureiro, foi uma loja de fazendas, para adaptação da qual foram feitas novamente obras e, em 1943, esteve aí instalado o Restaurante S. Bento, propriedade de Altino Gomes Silva, até passar a Pastelaria Serrana em 1953. De todas estas alterações, ficou preservado apenas o espaço inicial da ourivesaria ao nível do primeiro piso. 
 

O tecto da pastelaria com tela de Acácio Lino


Mezanino da pastelaria Serrana



 
 
Confeitaria Cunha
 
Em 1898, abre na Rua dos Mártires da Liberdade, nºs 282 a 286, uma padaria, com a denominação, à data, de “Padaria Cunha & Sobrinho”.
 
“Na Rua dos Mártires da Liberdade, nºs 282 a 286, abrem os srs. Cunha & Sobrinho, na próxima 2ª Feira, 7 de Novembro, uma padaria montada em condicções de bem servir o público e onde fabricarão pão de milho e pão de trigo, de magníficas qualidades.”
In jornal “A Província”, de 5 de Novembro de 1898 – Sábado
 
Em 1902, aquela padaria, já tinha uma filial na Rua de Santa Catarina, nº 404, próximo da capela das Almas.
 
“O afamado e especialíssimo pão pôdre doce da padaria Cunha & Sobrinho, da rua dos Mártires da Liberdade, 286, e da sua filial na rua de Santa Catarina, 404, é fabricado todas as quintas-feiras pelo meio dia.”
In jornal “O Primeiro de Janeiro”, de 4 de Setembro de 1902 – 5ª Feira
 
 
Em 1906, na Rua de Santa Catarina, aparece sita nos, nºs 520 a 524, uma Padaria Cunha, já sem referência a uma sociedade entre um Cunha e um Sobrinho.
Ter-se-ia desfeito a anterior sociedade?
 
“Este delicioso pão podre doce fabrica-se hoje e todas as quintas-feiras e sábados para as 9 horas da manhã e tosta doce todos os dias, na Padaria Cunha, Rua de Santa catarina, 524.”
In jornal “O Primeiro de Janeiro de  1906
 
Parece que a “Cunha” que conhecemos teve raízes, então, na Rua Mártires da Liberdade.
Porém, rezam as crónicas que a “Cunha”, na Rua de Santa Catarina, nºs 520 a 524, seria inaugurada, em 31 de Março de 1906, por Augusto Cunha, ainda como padaria.
Situou-se pouco tempo nesse local, do lado direito, no sentido ascendente da Rua de Santa Catarina, tendo passado para o lado contrário, para o nº 489, entre as ruas Fernandes Tomás e da Firmeza.
 
 
 

Padaria Cunha com serviço de confeitaria

 
Na foto acima, junto da porta está Francisco Cunha, o irmão do fundador do estabelecimento.

 
 

A “Cunha” na Rua de Santa Catarina, nº 489
 
 
“Na década de 70 a sua localização passou para o local em que situa atualmente, no “Edifício Emporium”, projetado pelo arquiteto Arthur de Almeida Júnior, em 1939. 
A Confeitaria Cunha sendo desenhada pelos arquitetos Victor Palla, Bento d’Almeida e João Bento d’Almeida, fizeram com que o nome Cunha, seja hoje, não somente uma referência gastronómica, mas também arquitetónica”. 
Fonte – site: “confeitariacunha.pt”

 
 

A “Cunha” no edifício “Emporium” – Ed. J Portojo
 
 
 
A Confeitaria Cunha acabou, na sequência da pressão turística, por fechar as suas portas no início de 2019.
 
 
“A histórica confeitaria Cunha, na Rua de Sá da Bandeira, no Porto, fechou portas. O quarteirão onde se localiza a antiga pastelaria, e que é propriedade da sociedade Emporium, está em obras, mas o restaurante Cunha, com entrada pela Rua Guedes de Azevedo, mesmo ao lado, continuará a funcionar.
Reabriu ontem, após o encerramento durante uns dias, e o seu responsável, Fernando Ferraz, confia que ali irá permanecer por "muitos e bons anos".
De lembrar que a ameaça da Cunha ser forçada a deixar as atuais instalações, tanto o restaurante como a confeitaria, pairava desde 2017. Em novembro desse ano, mais de 2000 pessoas assinaram uma petição online contra o eventual fecho. Em dezembro, o estabelecimento entrou na listagem da Câmara do Porto para ser reconhecido ao abrigo do programa "Porto de Tradição". Hoje, Fernando Ferraz diz que essa "proteção foi conseguida".
Sucinto nas declarações, Alexandre Sousa, da Emporium, refere que o "importante" é a continuidade do restaurante em Guedes de Azevedo. Quanto à pastelaria, remete para os responsáveis da Cunha esclarecimentos sobre o futuro. De registar que o quarteirão está em obras, para construir habitações, e que a antiga garagem Sá da Bandeira cessou a atividade em 2018.
Sobre a confeitaria, Fernando Ferraz não é taxativo, mas vai dizendo que os planos passam por transferir o serviço ao público para um "novo estabelecimento" nas imediações. Adia o anúncio das novidades para o "fim do mês".
Fonte: JN - Miguel Amorim, 08 Fevereiro 2019

 
 

Confeitaria Cunha - Cortesia de Pedro Granadeiro, Global Imagens




Padaria Formosa
 
 
 

Padaria Formosa, na Foz do Douro



Padaria Formosa, actualmente




 
A padaria Formosa é uma das padarias mais antigas do Porto, nascida em 1898 (embora o alvará date de 1922), na Rua de Gondarém, nº 362.
 
 
 
Padaria Francesa
 
 
Esta padaria foi inaugurada, em 1862, por Francisco Barrat, na Rua da Restauração, nº 80.
Em 1865, mudou para a Rua de Cedofeita, nº 381.

 
 
“A Padaria e Pastelaria Francesa, da Rua da Restauração, nº 80, mudou para a Rua de Cedofeita, nº 381.
Fazem-se brioches, babas, pompadours, savarins, pithiviers, napolitains, plum-pudding, dauphins, etc.”.
In jornal “O Comércio do Porto” de 23 de Dezembro de 1865


 
Em 20 de Junho de 1886, já estava na Rua de Santa Catarina, nº 253, de acordo com anúncio publicado naquela data no jornal "O Primeiro de Janeiro", o que é confirmado pela foto seguinte.

 

Padaria Francesa
 
 
 
 
 
Padaria Flor do Paraíso
 

A Rua do Paraíso foi aberta em 1874 com o topónimo de Rua da Senhora da Lapa e chamada, pelo povo, de Rua dos Ferreiros, mas a meio do século XIX tomou o nome actual.
O edifício onde esteve a padaria Flor do Paraíso foi recuperado em 2018 para habitação. O painel de azulejos da fábrica do Carvalhinho foi preservado e mantido.
 
 

Padaria Flor do Paraíso - Fonte: Alexandre Silva, In monumentosdesaparecidos.blogspot.com/

 
 
“(…) É que Joaquim Menezes cujo nome figura na placa era primo de meu pai e foi ele que o trouxe para o Porto vindo de Amarante de onde eram ambos naturais. Menezes tinha 7 padarias no Porto sendo esta a principal e onde residia no andar de cima. Uma das suas padarias era na Foz do Douro, a Feniana, que já há muito não existe.”
Cortesia de Agostinho Barbosa Pereira

 
 

Publicidade à Padaria Feniana, em 18 Set. de 1938 – Cortesia de Agostinho Barbosa Pereira
 
 
 

A Padaria Feniana na Rua da Senhora da Luz, 364, no primeiro prédio à direita – Fonte: Google maps




Mercearia do Galo
 
Mercearia que se situa a poucos metros da Praça dos Poveiros que atravessou boa parte do século XX e cuja especialidade é o comércio de bacalhau.

 
 

Mercearia do Galo na Rua de Santo Ildefonso, 196
 
 
 
 
 

Interior da Mercearia do Galo c. 1970

 
 
Queijaria Amaral
 

Sobre esta queijaria situada na Rua de Santo Ildefonso, nº 190, praticamente na Praça dosPoveiros, diz a publicidade:
 
“A Queijaria Amaral é a queijaria mais antiga da cidade, aberta em 1920. Trata-se de um estabelecimento de tradição, especializado em queijo da serra da estrela, fumeiro tradicional das melhores regiões do pais e pão de Bragança, Mirandela e Avintes”.
 
Uma outra razão da fama deste estabelecimento residia no facto da sua antiga proprietária, Maria José Silva, ser uma cineasta amadora, bem “naïf”, tendo realizado vários filmes com a ajuda da família.
Com várias aparições em entrevistas nas TVs nacionais, passaria a ser até ao seu falecimento, há poucos anos, uma figura típica da cidade.


 

Queijaria Amaral – Fonte: Google maps
 
 
 
 
 
Confeitarias Costa Moreira, Arcádia, Ateneia, Império, Estoril, do Bolhão, Andrades Villlares, Palace, Primor e Primar
 
 
A Confeitaria Costa Moreira fundou-se a 12 de Setembro de 1899, tomada, pelos irmãos António da Costa Moreira e Francisco da Costa Moreira, por trespasse da Confeitaria J. J. Correia, que funcionava no Largo de Santo André, nº 118 (Praça dos Poveiros).
Em 1949, teve obras de vulto, tendo reaberto completamente remodelada.
 
“Foi um grande acontecimento citadino e mundano a reabertura, quinta-feira passada, 8 de Dezembro, da Casa-Mãe das Confeitarias costa Moreira, após as obras de transformação que a tornaram uma graciosa, moderna e adorável “boite”, onde se toma um loiro e delicioso café e onde uma larga teoria de guloseimas, pastéis, bolos,tudo que a complicada arte de confeitaria inventou de mais requintado, nos atrai e seduz.
Esta arrojada e bela iniciativa marca, com inapagável brilho, as Bodas de Ouro da fundação da importante casa.”
In jornal “O Comércio do Porto”, de 11 de Dezembro de 1949 – Domingo
 
 
“Recordar a fundação desta importante casa, é lembrar o Porto de há uns bons cinquenta anos, no Porto que tinha os seus passeios predilectos, os seus cafés, teatros, os seus lugares e centros de prazer e distracção.
Assim, naqueles recuados tempos, numa pequena confeitaria do Largo de Santo André de J. J. Correia, todas as tardes se formava alegre tertúlia de jovens artistas, alunos de Belas Artes, escritores, jornalistas, que ali davam asas à sua imaginação.
Os conventos mantinham-se ainda, com os primores dos seus produtos, a tradicional afirmação de que a nossa doçaria não era fácil desbancá-la.
Estávamos então longe, muito longe, ainda da invasão triunfante da moda estrangeira. Ora, aquela confeitaria de outrora, do Largo de Santo André, nº 118, é hoje a casa mãe das Confeitarias Costa Moreira.
Tomado de trespasse pelos irmãos António e Francisco da Costa Moreira, o estabelecimento de José Joaquim Correia em 12 de Setembro de 1899, deram aqueles sócios, pelos utensílios e mercadoria, a importância de 662$500!
Do activo desta importante firma, além da Casa-Mãe, na Praça dos Poveiros, 118, fazem parte: Filial, Rua Formosa, 348; Ateneia, Praça da Liberdade, 58 e Confeitaria da Batalha, Praça da Batalha, 102.”
In “Jornal de Notícias”, de 8 de Dezembro de 1949 – 5ª Feira
 
Há alguns anos fechou portas a Confeitaria Costa Moreira que ficou para sempre na memória de muitos, pela superior qualidade da marmelada que confeccionava.


 

Sinalizada pelo seu longo reclame amarelo esteve, na Praça dos Poveiros, durante mais de um século, a Confeitaria Costa Moreira – Fonte: Google maps
 
 
 
As confeitarias Arcádia e Ateneia situadas a poucos metros uma da outra, na Praça da Liberdade, a poente, foram durante o século passado dois pontos de encontro da burguesia citadina.
A Confeitaria Arcádia foi inaugurada a 20 de Dezembro de 1933 e aberta ao público de imediato.
 
 
“ A «Arcádia», elegantíssima pastelaria e casa de chá, abre hoje, quinta-feira 21 de Dezembro, as suas portas. Estética, bom gosto e confortável.”
In jornal “O Primeiro de Janeiro”, de 21 de Dezembro de 1933 – 5ª Feira
 
“A «Arcádia» que inicia hoje a sua existência comercial, em oportuna quadra, é propriedade da considerada firma M. Pereira Basto & Cª.
Delineou toda a obra de construção e decoração o distinto arquitecto sr. José Ferreira Peneda.
Solenizando a sua abertura, os seus proprietários, sr. Manuel Pereira Basto e Manuel da Rocha Júnior, ofereceram um delicado serviço a alguns dos seus numerosos amigos e colaboradores. Houve discursos de saudação.”
In jornal “O Primeiro de Janeiro”, de 21 de Dezembro de 1933 – 5ª Feira




Confeitaria Arcádia na Praça da Liberdade, nº 63
 
 
 
Por sua vez a Confeitaria Ateneia foi inaugurada em 1937.
 
“Foi um acontecimento a inauguração deste importante estabelecimento que, no género de confeitaria, vem ocupar incontestavelmente om primeiro lugar nesta laboriosa cidade do Porto.
Tudo se conjugou para fazer deste recinto um mimo de graça e conforto.
O talento do engenheiro sr. Júlio de Brito, que tão ajustadamente delineou a obra, e a arte do sr. Joaquim Costa.
Esta casa é propriedade das Confeitarias Costa Moreira, que atingiram o seu apogeu com este magnífico empreendimento.
Ontem, os seus proprietários ofereceram um Porto de honra aos seus numerosos amigos. Encheu-se a casa da melhor sociedade portuense.
O Sr. Dr. Joaquim Costa foi o padrinho da nova confeitaria”.
In o jornal “O Primeiro de Janeiro”, de 22 de Dezembro de 1937 – 4ª Feira

 
 

Confeitaria Ateneia, na Praça da Liberdade, junto da Arcádia
 
 
 
Em 2014, a Confeitaria Arcádia fez uma parceria de cinco anos com a Confeitaria Ateneia, e passaram ambas a partilhar as instalações que foram desta, após ter trespassado aquelas que ocupou desde 1933, quando foi fundada pela família Basto.
Chegada, ao fim, em Abril de 2019, a referida parceria, e não sendo renovada, a confeitaria Ateneia continuou onde sempre esteve, e na mão da família Costa Moreira, e a confeitaria Arcádia saiu, de vez, da Praça da Liberdade. Continua, no entanto, a manter a sua fábrica na Rua do Almada, nas traseiras do antigo estabelecimento.
Assim, no número 63 da Rua do Almada, encontra-se a fábrica da confeitaria Arcádia, onde trabalham trinta pessoas, por cima de uma loja, que possui uma montra sugestiva.
Na década de 1940, neste espaço, começou a funcionar uma outra confeitaria do grupo que, entretanto, fechou, por não ser rentável, sendo substituída, muito mais tarde, pela loja que ainda hoje existe.
Após 25 de Abril de 1974, a empresa deixou de fazer serviços de catering, faceta em que se distinguia, pois sucederam-se tempos em que se deixaram de realizar os grandes banquetes.
Naquelas instalações estão também arrecadados muitos dos artefactos e mobiliário usado ao longo dos anos apontando, quem sabe, a um futuro museu.
Em 2002, a Arcádia abriu um quiosque sazonal no Norte-shopping e uma loja que ainda se mantem.
Seguiu-se o Dolce Vita, a casa do Chocolate na Avenida da Boavista, contando a Arcádia com 27 lojas espalhadas pelo Porto, Lisboa, Cascais, Estoril, Aveiro, Coimbra, Viseu, Braga e Guimarães.
Margarida Bastos e João Bastos, netos do fundador tomam, por agora, conta dos negócios.
Entretanto, por necessidades logísticas foi criado um centro de distribuição em Grijó, onde também se faz o embalamento do que é preparado, na Rua do Almada.
Uma outra confeitaria emblemática da cidade no século XX, foi a Confeitaria Império, na Rua de Santa Catarina, situada no rés-do-chão do prédio, onde está há dezenas de anos no, nº 147, a “Casa da Beira-Alta”.
Sobre a inauguração da Confeitaria Império, escrevia o jornal “O Primeiro de Janeiro”:
 
 
“Como se fora um formoso «Cartaz» da renovação e prosperidade da cidade do Porto, inaugurou-se ontem, 13 de Dezembro, sábado, este moderníssimo estabelecimento comercial, dominando um dos trechos mais movimentados da rua de Santa Catarina, em pleno coração da capital nortenha.
Tudo ali se conjuga na encantadora harmonia dum perfeito equilíbrio arquitectónico, em confronto com um ambiente deliciosamente confortável e requintadamente artístico.
O Porto foi dotado deste grandioso melhoramento mercê da arrojada e prestantíssima iniciativa do nosso amigo sr. Agostinho Dias dos Santos Silveira, sendo a gerência técnica daquele estabelecimento confiada ao sr. Nelson Xavier.”
In jornal “O Primeiro de Janeiro”, de 14 de Dezembro de 1941 - Domingo
 
 
A partir de 1 de Janeiro de 1988, a Confeitaria passou para as mãos do casal constituído por Maria Elisabete de Castro Maia e António Oliveira Santos, que ampliaram as instalações existentes, abrindo um novo salão de chá em 1991.
Em 2002, foi aberta uma filial desta casa na Rua de Fernandes Tomás.
Em 2007, remodelaram os todos os equipamentos reabrindo a 19 de Junho daquele ano.
 
 

Confeitaria Império, na Rua de Santa Catarina
 
 
 
 
A Confeitaria Mengos, situada a meia dúzia de metros da Confeitaria Império, foi aberta por gente oriunda de Cinfães, de Vilar de Arca (Santiago de Piães), que se deram a conhecer com a especialidade “Mengos” ou “Maminhas de Freira”.
A firma foi fundada por escritura notarial de 11 de Janeiro de 1977, tendo como sócios Belmiro Pereira Alves, Alvarim Pereira Alves, Belmiro Pinto Bateira e Manuel Alves Bateira, todos naturais de Cinfães.
Abriu no local do “Pomar de Santa Catarina”, em 11 de Novembro de 1978.
Sobre o “Pomar de Santa Catarina”, dizia a publicidade:

 
“Pomar de Santa Catarina, Rua de Santa Catarina, 161. Casa especializada em frutas verdes e secas, caça, ostras, etc.”
In jornal “O Primeiro de Janeiro de 31 de Dezembro de 1933


 
 

O reclame azul identifica a confeitaria MENGOS, em 1979


 
A Confeitaria Estoril, sita na Praça do Marquês, começou a ter um nome consagrado no sector confeiteiro, na cidade, após obras efectuadas, em 1949, no estabelecimento existente.
Na 2ª década, deste século, fechou as suas portas.

 
“A Confeitaria Estoril, confeitaria e mercearia fina, é um nome feito, um nome consagrado.
O proprietário, sr. Narciso Silva, soube dinamizar a sua acção, conquistando, pela amizade e competência, a simpatia e a amizade dos seus clientes.
Mas a confeitaria Estoril, no ângulo esquerdo da Rua de Costa Cabral e da Praça-jardim Marquês do Pombal, tornara-se pequena para o número de fregueses e para o movimento intensíssimo de um dos mais elegantes bairros da cidade.
O sr. Narciso Silva, com a experiência adquirida ali e na casa-mãe, a Confeitaria Estoril, da Rua Antero de Quental, 504, não hesitou.
Chamou um arquitecto, o sr. B. Bastos Fabião, e encomendou-lhe o projecto da nova Confeitaria Estoril.
Ontem, dia festivo da inauguração.
A Estoril não é apenas uma grande casa de confeitaria e de mercearia fina. É uma casa que nobilita a cidade e contribuiu poderosamente para a moderna feicção urbanística da Praça do Marquês de Pombal.
Ontem, dia da inauguração, já noite, dezenas de pessoas das mais distintas e categorizadas, aguardavam o momento de vagar uma mesa.”
In “Jornal de Notícias”, de 11 de Dezembro de 1949 – Domingo

 
 

No rés-do-chão, na esquina, ficava a Confeitaria Estoril – Fonte: Google maps

 
 
A Confeitaria do Bolhão na Rua Formosa (em frente ao mercado), que continua de portas abertas, continua a servir os portuenses.
Foi fundada em 1896 e remodelada em 1928, reabriria em Outubro desse mesmo ano.
 
“Reaberta, após completa remodelação, a 31 de outubro de 1928”.
In o jornal “O Comércio do Porto”, de 31 de Outubro de 1928 – 4ª Feira
 
Em 1901, a confeitaria do Bolhão, já vendia o famoso Bolo-Rei.
 
“Esta conceituada confeitaria, apresentará, como nos anos anteriores, o delicioso Bolo-Rei, além das especialidades próprias desta casa, variedade de pratos presentes, etc.”
In jornal “O Primeiro de Janeiro”, de 22 de dezembro de 1901 - Domingo
 
 
 

Confeitaria do Bolhão na Rua Formosa


 
Por cima da Confeitaria do Bolhão estava, em 1904, sedeada a Sociedade de Geografia.
 
 
 
A confeitaria “Andrades Villares” já em 1900, estava na Rua Formosa, 343-353 e, por aí se manteve durante praticamente o século XX. Nos últimos anos desse século, converteu-se num dos primeiros super-mercados da cidade, tendo, porém, mantido o nome.


 
 

Em 1900, Cromo/Brinde do Bolo-Rei da Confeitaria Andrades Villares, na Rua Formosa, 343-353
 
 
 

A “Villares” no R/C do prédio onde está a “Chique Pensão”. Na esquina das ruas Formosa e Sá da Bandeira, o edifício Singer, que albergava no piso térreo o representante daquela marca – Ed. JPortojo
 
 
 
A parte do edifício que se vê na foto, que se estende mais um pouco para montante da Rua Formosa, foi mandado construir por António Joaquim Andrade Vilares e dois sócios, de seus nomes João Leite de Faria e José Cipriano de Vasconcelos, em 1856.

 
 

Pedido de licença de construção dirigido à Câmara Municipal do Porto, em 1856, para construção de casas na Rua Formosa, com António Joaquim de Andrade Vilares como um dos proponentes – Fonte: AHMP
 
 
 
António Joaquim Andrade Villares, nasceu em Carviçais, Torre de Moncorvo, Bragança, em 1803 e terá falecido no Porto em 1895.
Era filho de Manuel António de Andrade e Maria Clara Villares.
Foi o fundador na Rua de S. Jerónimo (actual Santos Pousada) da Moagem/Padaria Andrades Villares em 1874.

 
 
Confeitaria Palace
 

Esta confeitaria situava-se, ao fundo, à direita, na Rua de 31 de Janeiro, a poucos metros da igreja dos Congregados. O edifício que ocupava era também conhecido por, no primeiro andar, fun­cionar a redacção do jornal O Século.
Em meados do século XX, as suas instalações foram ocupadas por um banco.

 
 

À direita, a demolição do edifício onde seria construído aquele que viria a albergar a Confeitaria Palace
 
 
 
“Entre os prédios ultimamente construídos no Porto, destaca-se o que se ergue na extremidade da Rua do Bonjardim, fazendo ângulo com a Rua 31 de Janeiro.
No rés-do-chão desse edifício, de impressionante aspecto, montaram os estimados comerciantes srs, Martins & Almeida um estabelecimento digno de ser assinalado.
É uma confeitaria e pastelaria com toda a variedade dos melhores produtos desta especialidade: frutas de doce em calda, biscoutaria, bolacha, pudins, cobertos, bombons, fiambre, carnes frias, vinhos finos.
A confeitaria Palace, que tem 3 portas de entrada pelas ruas do Bonjardim, 31 de Janeiro e Praça da Liberdade, inaugura-se amanhã, à tarde, próximo ao escurecer.”
In jornal “O Primeiro de Janeiro”, de 21 de Julho de 1918 - Domingo
 
“Anda tudo às aranhas e a aranha está no finíssimo Bolo-Rei da Confeitaria Palace, Rua de Santo António”.
In jornal “O Primeiro de Janeiro” de 23 de Dezembro de 1941

 
 

Um desfile de motociclistas junto da Confeitaria Palace, c. 1920
 
 
 

Ao centro da foto, com os seus toldos protectores, a Confeitaria Palace, c. 1930

 
 

Perspectiva actual da foto anterior

 
Em 1926, na Rua de Santo Ildefonso, 288, nascia a Confeitaria Primor que, com uma fábrica anexa, haveria de dar cartas no fabrico de pastelaria, nomeadamente no Bolo-Rei.

 
“Nasce, assim, em 1926, na rua de Santo Ildefonso, 288, a «Primor».
«Primor» pelo seu bolo-rei, a grande gula de Lisboa e Porto na quadra natalícia; «Primor» pelo seu «bolo dos sábados» que, a partir de hoje, se chamará com toda a propriedade, «Bolo Primor».
«Primor», ainda, pelas suas especialidades famosas, pelos seus doces de ovos, de requintado gosto, pelas suas conservas de frutas; «Primor» pelo seu chá, aromático e agradável.
A fábrica, a alma da «Primor», acompanha esta renovação. É ela a garantia da qualidade da pastelaria e confeitaria que ali se vende e se serve. Os bons clientes exultam, «Primor» criou dedicações.”
In jorna “O Comércio do Porto”, de 23 de Outubro de 1948 – Sábado
 
 

Confeitaria Primor, na Rua de Santo Ildefonso, 288 – Fonte: Google maps

 
 
Em 1948, na Rua do Carmo, 3 e 5, era inaugurada a Confeitaria e Pastelaria Primar, frequentada sobretudo por estudantes e professores da Universidade e por funcionários do Hospital de Santo António.

 
“Primar é inaugurada hoje, abrindo ao público as suas portas.
É um magnífico estabelecimento que veio enfileirar ao lado das mais arrojadas criações comerciais desta progressiva cidade do Porto.
De airosas linhas modernas e de um conjunto pleno de graciosidade, em que foi delineado este categorizado estabelecimento, rivaliza com os melhores no seu género e honra sobremaneira a arquitectura portuense.
Elegância, conforto e bem-estar foi a preocupação dominante de seus proprietários.
Primar é a melhor confeitaria, pastelaria e salão de chá que existe.
Nesta nova confeitaria e pastelaria tudo é belo e gracioso, apresentando um grande e escolhido sortido em doces regionais. Primar é no Carmo.”
In jornal “O Comércio do Porto”, de 22 de Janeiro de 1948 – 5ª Feira


 
 

Confeitaria Primar, na Rua do Carmo – Fonte: Google maps
 
 
 
A Pérola do Bolhão
 
 
A Pérola do Bolhão na Rua Formosa nº 279 é uma mercearia tradicional, fundada em 1917 por António Rodrigues Reis e gerida, agora, por António Rodrigues Reis (filho). Possui uma fachada em Arte Nova, forrada de azulejos com referências à rota das especiarias, da responsabilidade da Fabrica do Carvalhinho.
Queijo da serra, selecção de enchidos, uma extensa variedade de frutos secos e caramelizados a granel, uma boa oferta de vinhos e biscoitos regionais são as principais propostas de uma das casas mais antigas da cidade.
 
“O café foi o princípio da casa. Praticamente só vendia café, chá e especiarias. São das tais coisas que estão gravadas e continuam sempre a valer”, diz António Reis, filho do proprietário que abriu a casa há 96 anos, justificando a distinção. “Na altura havia muito poucas casas que vendiam chá e café. As montras, que hoje estão com mercadoria, dantes tinham dois moinhos que todo o dia moíam café”.
Hoje, os 40 metros quadrados que sustentam a história do estabelecimento já não abrigam apenas café do Brasil, Colômbia, Angola ou Timor. “Para sobreviver tínhamos que nos especializar em dois produtos, pelo menos. Temos todo o ano na montra frutas secas, que, atualmente, são muito recomendadas pelas suas vitaminas. O outro é a charcutaria. Acabámos há pouco tempo a campanha da alheira, em que vendemos perto de uma tonelada”, explica António Reis”.
Fonte: jpn.up.pt


 

 
Fachada de “A Pérola do Bolhão” em estilo art nouveau 


 
 
Casa Christina
 
“A Casa Christina é uma homenagem à mulher do comerciante que a fundou e ainda hoje faz lotes de café de mistura ao gosto dos clientes. Um luxo próprio de outros tempos, ameaçado pelas cápsulas e pastilhas que invadiram o mercado.
Quem há décadas passa pela Rua de Sá da Bandeira, junto à entrada poente do Mercado do Bolhão, ouve o barulho de máquinas a trabalhar e sente um intenso aroma a café vindo de um pequeno estabelecimento comercial que faz parte da história da cidade do Porto.
Lá dentro, agora há mesas e cadeiras para quem quiser entrar, mas mantêm-se misturadoras, moinhos e balanças para fazer as misturas que conservam o sabor de um café de outros tempos. Tal como se mantêm meia dezena de funcionárias, algumas com três e quatro décadas de serviço; mais do que suficiente para tratarem os clientes de sempre como se fossem da família.
A Casa Christina nasceu em 1804, pouco antes de o Porto se transformar num cenário de guerra para enfrentar as invasões francesas. A pequena fábrica de chocolate e torrefação de café foi montada no número 54 da antiga Rua do Bispo, graças ao espírito de iniciativa do comerciante José Iria Carvalhal que, em 1813, ano em que casou, passaria a designar o seu negócio como Casa Christina, em homenagem à esposa.
Mais de dois séculos depois, D. Christina Ribeiro continua a ter a homenagem que o marido lhe fez bem patente na Baixa do Porto (há também uma loja em Braga) e na marca de cafés que é distribuída por toda a região Norte. No entanto, quase tudo mudou desde então.
O casal de proprietários faleceu em meados do século XIX e a antiga fábrica da Rua do Bispo mudou-se para o número 401 da Rua de Sá da Bandeira, na década de 1920, tendo já em 1987 a Casa Christina sido adquirida pela Nestlé Portugal, que detém outras três marcas de café. Ainda assim, o essencial da tradição da loja (que exala a fragrância de um bom café ali defronte para o Bolhão) permanece intacto”.
Fonte: Sérgio Pires em 05/10/2014; Site: “150anos.dn.pt”


 

Casa Christina, na Rua de Sá da Bandeira


 
A  icónica e secular Casa Christina, acaba de fechar as suas portas.


 
 
Mercearia Nova Indiana

 
 

Mercearia A Nova Indiana, na Rua de Cedofeita c. 1950


 
O mesmo local da foto anterior nos dias de hoje




Casa Pereira
 
 

Casa Pereira de vinhos e petiscos na Praça Carlos Alberto

 
 

Vista actual da foto anterior – Fonte: Google maps
 
 
 
Casa Oriental
 

A Casa Oriental fundada em 1910 representada abaixo, e com existência durante muitos anos junto ao Café do Olival e Torre dos Clérigos, dedicada ao negócio de bacalhau, frutas, legumes e artigos vários de mercearia, aposta hoje noutros segmentos do ramo alimentar mais dirigidos para turistas.
Os antigos donos venderam-na ao grupo que também possui, na porta ao lado, a Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau. A mercearia tradicional teve obras, o painel foi renovado, os bacalhaus reais da fachada foram substituídos por exemplares de papelão.
A sua entrada nada tem, agora, que ver, com a de antigamente.
 
 
 

Casa Oriental, em 1933




A Casa Oriental, conhecida pelo comércio do bacalhau – Fonte: J Portojo
 
 
 
 
 
Entrada e interior da Casa Oriental ainda recentemente



 

Casa Oriental, actualmente – Fonte Site: “p3.publico.pt”

 
 
Mercearia Camanho
 

A “Mercearia Camanho” de Manuel Camanho Cernade situava-se na esquina da Rua da Boavista e da Rua de Cedofeita, ocupando o piso térreo de um prédio ainda existente, vendendo artigos de mercearia, tabacos e sendo ainda depósito de vinhos da Companhia Vinícola do Norte.


 

Mercearia Camanho – Fonte: “monumentosdesaparecidos.blogspot.pt”


 

Mercearia Camanho – Fonte: “monumentosdesaparecidos.blogspot.pt”



 

A “Confeitaria Universal”, no mesmo local, alguns anos depois: Fonte Google maps

 
 
Confeitaria Lisbonense


 

Fachada principal da confeitaria Lisbonense e do diário portuense «O Dez de Março» (1880-1890?), na Rua Formosa – Ed. Foto Guedes; Fonte: AHMP

 
 

Aspecto das antigas instalações da confeitaria Lisbonense, actualmente – Fonte: Google maps
 
 
 
Em 1901, a confeitaria Lisbonense, sita na Rua Formosa, nº 400, foi notícia do jornal “A Voz Pública” de 19 de Maio, ao homenagear o Alferes Malheiro



 

Mercearia do Bolhão
 
 
Em 19 de Abril de 2024, era publicitado pelo seu proprietário Alberto Rodrigues, que a Mercearia do Bolhão, localizada na Rua Formosa, nº 305, a mais antiga da cidade, à data, com 144 anos, seria encerrada no final do mês. 
Na montra e no interior da loja foram afixados avisos dando conta da "liquidação total", com descontos de 40%. 
A cidade ficava mais pobre.
 
 
 




No início do novo século, foi uma secção de mercearia da Confeitaria do Bolhão que lhe é próxima, mas acabaria como Mercearia do Bolhão.






 
 


 
 
 
 
Na década de 1930, uma “Nova Mercearia do Bolhão” esteve na Rua de Sá da Bandeira, à esquerda, sentido ascendente, em frente ao Bolhão, no actual nº de polícia, 347.
Neste local, pegado à actual casa de negócio de mercearias – a “Casa Chinesa” esteve, durante muitos anos, a “Casa Ramos”, do mesmo ramo de actividade.


 
 

A meio da foto esteve a “Nova Mercearia do Bolhão” e, depois, a “Casa Ramos – Fonte: Google maps

 
 
 

Mesmo local da foto anterior, na década de 1930

 
 

 
Mercearia "A Favorita" do Bolhão”
 
 
Esta mercearia localiza-se na Rua de Fernandes Tomás, nº 783.
 
 
"Fundada em 1933 por Alexandre Santos, Manuel Lobato e José da Cunha Araújo, tornou-se desde logo uma referência nas mercearias finas da cidade do Porto. Mantém os produtos de mercearia clássicos (farinhas, óleos, vinagres e azeites, enlatados e conservas de toda a espécie, especiarias e sementes, chocolates dos quais se destacam as amêndoas de todos os géneros, produtos de higiene e limpeza, entre outros) aos quais se soma uma fortíssima garrafeira de vinho do Porto e destilados. Hoje, os descentes dos fundadores perpetuam a tradição e projectam o negócio no futuro. O vitrinismo é uma das grandes apostas deste estabelecimento, que já foi premiado em concursos de montras promovidos pela Câmara Municipal do Porto."
Cortesia de Monumentos Desaparecidos


 
 

Mercearia "A Favorita" do Bolhão, nos anos 50 do séc. XX
 
 
 
 

Mercearia “A Favorita do Bolhão”, actualmente


 
 

 
 

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