sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

(Continuação 54) - Actualização em 07/05/2020

Chalet de José Dias Alves Pimenta


Situava-se este chalet, dotado de um amplo jardim anexo, na Rua do Barão de Nova Sintra, 56, 72, 86, tendo sido mandado construir em 1888, por José Dias Alves Pimenta.
José Dias Alves Pimenta teve negócios no Brasil e era um destacado membro do Ateneu Comercial do Porto, do qual chegou inclusivamente a ser presidente nos anos 1881, 1884, 1892 e 1899.
Juntamente com o seu vizinho Aurélio da Paz dos Reis, que um pouco mais a montante da rua teve o seu horto e residência, participou na revolução de 31 de Janeiro e no desenvolvimento do Núcleo Republicano Regionalista do Norte (1920-1924).
Era um admirador da sua vizinha e conhecida pintora Aurélia de Sousa, residente bem perto, na Quinta da China, da qual possuía algumas obras.
José Dias Alves Pimenta faleceu em 1925 e a propriedade ficou na família, estando desde 1990 na posse do município.
A partir de 1896, a propriedade sofreu algumas alterações importantes, principalmente devido à abertura do Túnel Ferroviário do Seminário que permitiria a ligação entre a Estação de Campanhã e de S. Bento.
Assim, a frente da casa passaria a integrar a Rua do Barão de Nova Sintra, sendo alargada para permitir a deslocação e o movimento dos trabalhadores que laboravam no novo túnel de comboio.
O palacete nas últimas décadas atingiu um grau elevado de degradação, mas há cerca de 3 anos, a autarquia começou a recuperá-lo tentando integrá-lo na área ajardinada contígua dos jardins dos antigos SMAS, razão pela qual foi lançada uma passagem aérea, atravessando a rua, unindo o prédio com aqueles jardins.



O chalet de José Dias Alves Pimenta, há cerca de 10 anos – Ed. JPortojo



O chalet de José Dias Alves Pimenta, há cerca de 4 anos – Cortesia “portosombrio.blogspot.com/”



O chalet de José Dias Alves Pimenta, antes de 1896



Passagem aérea entre o antigo chalet de José Dias Alves Pimenta e os jardins do antigo SMAS – Fonte: Gloogle maps




Edifício 4 Estações


Este edifício com início de projecto em 1905 fica na Rua das Carmelitas.

“O edifício das Quatro Estações, cujo nome deriva dos quatro relevos representativos que encimam as quatro pilastras que caracterizam o seu alçado, é uma obra exemplar das características formais que Marques da Silva introduz no desenho urbano do Porto. Construído na Rua das Carmelitas, onde no início do século XX se experimentavam diversíssimas formas e feitios transformadores das práticas construtivas convencionais (entre as quais a livraria Lello & Irmão, da autoria de Xavier Esteves, é o exemplo mais flagrante), Marques da Silva retoma a construção em granito evitando rupturas de textura com os seus vizinhos”.
Fonte: “fims.up.pt”


“A escassas dezenas de metros da Livraria Lello há dois edifícios que passam despercebidos ao transeunte mais apressado, mas que são bem emblemáticos da obra de um dos arquitetos mais profícuos da cidade do Porto. Referimo-nos ao edifício das Quatro Estações e ao chamado Palácio do Conde de Vizela, ambos do arquiteto José Marques da Silva (1869-1947).
O primeiro, no n.º 100 da Rua das Carmelitas, chegou mesmo a ser habitado pelo próprio Marques da Silva. Ostenta quatro relevos representativos das quatro estações do ano, encimando cada uma das pilastras que marcam o alçado. Trata-se de um projeto de 1905, com uma fachada “beaux-arts” – estilo arquitetónico clássico, também conhecido como academismo francês, combinando influências gregas e romanas com ideias renascentistas”.
Fonte: “portoby.livrarialello.pt”


Edifício 4 Estações – Fonte: “doportoenaoso”

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