Chalet de José Dias
Alves Pimenta
Situava-se este chalet, dotado de um amplo jardim anexo, na
Rua do Barão de Nova Sintra, 56, 72, 86, tendo sido mandado construir em 1888,
por José Dias Alves Pimenta.
José Dias Alves Pimenta teve negócios no Brasil e era um
destacado membro do Ateneu Comercial do Porto, do qual chegou inclusivamente a
ser presidente nos anos 1881, 1884, 1892 e 1899.
Juntamente com o seu vizinho Aurélio da Paz dos Reis, que um
pouco mais a montante da rua teve o seu horto e residência, participou na
revolução de 31 de Janeiro e no desenvolvimento do Núcleo Republicano
Regionalista do Norte (1920-1924).
Era um admirador da sua vizinha e conhecida pintora Aurélia
de Sousa, residente bem perto, na Quinta da China, da qual possuía algumas
obras.
José Dias Alves Pimenta faleceu em 1925 e a propriedade
ficou na família, estando desde 1990 na posse do município.
A partir de 1896, a propriedade sofreu algumas alterações
importantes, principalmente devido à abertura do Túnel Ferroviário do Seminário
que permitiria a ligação entre a Estação de Campanhã e de S. Bento.
Assim, a frente da casa passaria a integrar a Rua do Barão
de Nova Sintra, sendo alargada para permitir a deslocação e o movimento dos
trabalhadores que laboravam no novo túnel de comboio.
O palacete nas últimas décadas atingiu um grau elevado de
degradação, mas há cerca de 3 anos, a autarquia começou a recuperá-lo tentando
integrá-lo na área ajardinada contígua dos jardins dos antigos SMAS, razão pela
qual foi lançada uma passagem aérea, atravessando a rua, unindo o prédio com
aqueles jardins.
O chalet de José Dias Alves Pimenta, há cerca de 10 anos –
Ed. JPortojo
O chalet de José Dias Alves Pimenta, há cerca de 4 anos –
Cortesia “portosombrio.blogspot.com/”
O chalet de José Dias Alves Pimenta, antes de 1896
Passagem aérea entre o antigo chalet de José Dias Alves
Pimenta e os jardins do antigo SMAS – Fonte: Gloogle maps
Edifício 4 Estações
Este edifício com início de projecto em 1905 fica na Rua das Carmelitas.
“O edifício das Quatro
Estações, cujo nome deriva dos quatro relevos representativos que encimam as
quatro pilastras que caracterizam o seu alçado, é uma obra exemplar das
características formais que Marques da Silva introduz no desenho urbano do
Porto. Construído na Rua das Carmelitas, onde no início do século XX se
experimentavam diversíssimas formas e feitios transformadores das práticas
construtivas convencionais (entre as quais a livraria Lello & Irmão, da
autoria de Xavier Esteves, é o exemplo mais flagrante), Marques da Silva retoma
a construção em granito evitando rupturas de textura com os seus vizinhos”.
Fonte: “fims.up.pt”
“A escassas dezenas de
metros da Livraria Lello há dois edifícios que passam despercebidos ao
transeunte mais apressado, mas que são bem emblemáticos da obra de um dos
arquitetos mais profícuos da cidade do Porto. Referimo-nos ao edifício das
Quatro Estações e ao chamado Palácio do Conde de Vizela, ambos do arquiteto
José Marques da Silva (1869-1947).
O primeiro, no n.º 100
da Rua das Carmelitas, chegou mesmo a ser habitado pelo próprio Marques da
Silva. Ostenta quatro relevos representativos das quatro estações do ano,
encimando cada uma das pilastras que marcam o alçado. Trata-se de um projeto de
1905, com uma fachada “beaux-arts” – estilo arquitetónico clássico, também
conhecido como academismo francês, combinando influências gregas e romanas com
ideias renascentistas”.
Fonte: “portoby.livrarialello.pt”
Edifício 4 Estações – Fonte: “doportoenaoso”
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