Situada na Rua de Passos Manuel, em frente ao Coliseu, esta
garagem que se desenvolve em altura, tal como a Garagem do “Comércio do Porto”
e o “Silo-Auto”, são edifícios icónicos da cidade.
O seu projecto é de 1930, elaborado pelo arquitecto Mário Abreu e engº Teixeira Rêgo, sendo de 1938 a data de construção do edifício.
A Garagem Passos Manuel seria inaugurada no ano seguinte, a 18 de Março, por Arnaldo Moreira da Rocha Brito e António Sardinha, dois conhecidos capitalistas da cidade, constituídos na firma "Amorim, Brito & Sardinha, Lda.", que passaria a ser arrendatária do edifício.
Este tinha sido mandado levantar por Elisa Chambers Marques e Maria Amélia Chambers de Sousa.
No seu piso térreo, a garagem tinha uma estação de serviço com oficina.
A área de implantação da garagem Passos Manuel tinha sido o chão do chamado Grémio Recreativo, desde dos finais do século XIX, que comportava algumas construções ligadas à actividade do lazer, como um cinematógrafo ou um circo e que tinha uma outra entrada pela Rua de Santo Ildefonso, junto à igreja do mesmo nome.
O seu projecto é de 1930, elaborado pelo arquitecto Mário Abreu e engº Teixeira Rêgo, sendo de 1938 a data de construção do edifício.
A Garagem Passos Manuel seria inaugurada no ano seguinte, a 18 de Março, por Arnaldo Moreira da Rocha Brito e António Sardinha, dois conhecidos capitalistas da cidade, constituídos na firma "Amorim, Brito & Sardinha, Lda.", que passaria a ser arrendatária do edifício.
Este tinha sido mandado levantar por Elisa Chambers Marques e Maria Amélia Chambers de Sousa.
No seu piso térreo, a garagem tinha uma estação de serviço com oficina.
A área de implantação da garagem Passos Manuel tinha sido o chão do chamado Grémio Recreativo, desde dos finais do século XIX, que comportava algumas construções ligadas à actividade do lazer, como um cinematógrafo ou um circo e que tinha uma outra entrada pela Rua de Santo Ildefonso, junto à igreja do mesmo nome.
Estação de serviço da Garagem de Passos Manuel
Desenho da fachada da Garagem Passos Manuel Fonte: “doportoenaoso”
“É um edifício Art
Déco, contando com 3 andares dedicados ao estacionamento; na sua fachada
apresenta um mapa das estradas de Portugal em néon. No rés-do-chão do edifício
funciona uma barbearia e, no quarto andar, o Maus Hábitos um espaço de
intervenção cultural com galerias de arte, residências artísticas, um
restaurante vegetariano e um bar com umas vistas muito bonitas da cidade.
Actualmente as Catavino Story Nights têm decorrido neste local”.
Fonte (2014): “thecitytailors.com”
Garagem Passos Manuel – Fonte: “doportoenaoso”
A firma “Amorim, Brito & Sardinha, Lda.”, proprietária
da Garagem Passos Manuel, em 2002, passaria a ter novo gerente, Salvador Acácio
Martins Caetano (filho de Salvador Caetano) em substituição dos anteriores
gerentes, José Reis da Silva Ramos e Joaquim Pereira da Silva que tinham
renunciado ao cargo.
O dia 7 de Agosto de 1948, ficaria para a história da
Garagem Passos Manuel, já que nas suas instalações, pelas 19 horas, ocorreu um
grande incêndio, durante o qual ardem 4000 litros de óleo.
À data, era proprietário do edifício o conhecido homem de
negócios e político, Bento de Amorim
(1897-1982), que o tinha arrendado à sociedade que explorava o negócio, aí
montado, desde de alguns anos antes.
Bento de Sousa Amorim, que chegou a ser presidente da Câmara
Municipal de Vila do Conde, foi um abastado lavrador, proprietário rural e
capitalista.
Filho de Bento
Rodrigues de Sousa (Vairão, 1852 - Macieira da Maia, 1931) recebeu como
herança, em 1931, a Quinta de Crasto e inicia a remodelação do palacete e a
organização da exploração da quinta, incrementando a vinha e, em sequência, a
produção e exportação do vinho.
Bento Rodrigues de Sousa, um brasileiro de torna-viagem,
regressado em 1882, que viria a ser 1º Barão do Rio-Ave, militante do Partido
Progressista, já tinha recebido aquela propriedade, também por herança, após o
falecimento de seu irmão José Bento
Rodrigues de Sousa que, verdadeiramente, foi quem deu início à implantação
da propriedade em terrenos que já eram de seu pai, Manoel Rodrigues de Sousa, nascido
em Crasto, Vairão, em 18 de Fevereiro de 1809 e casado com Ana Rosa Azevedo.
Do matrimónio deste casal nasceria, também, Boaventura Rodrigues
de Sousa (1848-1908), que se tornou conhecido na cidade do Porto, para sempre,
por ter edificado o palacete da Avenida da Boavista que tem o seu nome e onde
esteve o colégio do Rosário e o colégio dos Maristas.
O palacete da Quinta de Crasto ou Quinta de S. Bento terá
construção de 1880.
Aliás, anos antes, os dois irmãos tinham rumado ao Brasil
onde fundaram, em Pernambuco e Santos, importantes casas comerciais.
Bento Rodrigues de Sousa foi casado com Albina Ramos de
Campos Amorim de quem teve quatro filhos: Inês de Sousa Amorim, Bento de Sousa
Amorim, Joaquim de Sousa Amorim e Olinda de Sousa Amorim.
Seria, então, por acção de Bento Amorim, que a Quinta de Crasto se iria desenvolver até ser vendida ao Estado.
Nos dois mandatos que exerceu como presidente da Câmara Municipal
de Vila do Conde e alto representante do Estado Novo na região, Bento Amorim tornou-se
um grande defensor da "... integridade
concelhia ...".
Em 1967, Bento de Sousa Amorim vende a Quinta de Crasto ao
Estado, com a finalidade de dotar o concelho com uma instituição agrícola
oficial.
Nas propriedades do Barão do Rio Ave, foi criado o Museu
Agrícola de Entre Douro e Minho, em 1989, ficando a pertencer à Direção
Regional de Agricultura de entre Douro e Minho. Recebeu uma menção honrosa
atribuída pela Comissão do Prémio do Museu Europeu do Ano, em 1991.
Em 2007, encerrou ao público, com a reestruturação do
Ministério da Agricultura, que deu origem à nova Direção Regional de
Agricultura e Pescas do Norte.
Actualmente, encontra-se instalado no edifício a
Universidade do Porto, Campus Agrário Vairão.
Casa do Relógio
Esta moradia projectada por José Teixeira Lopes, em 1905,
foi o lar de Artur Jorge Guimarães, um coronel republicano, moderado, que
chegou a ser perseguido por Afonso Costa.
José Joaquim Teixeira Lopes Júnior, foi um arquitecto
nascido na freguesia de Santo Ildefonso, a 28 de janeiro de 1872. Era filho do
artista José Joaquim Teixeira Lopes e irmão do escultor António Teixeira Lopes.
A ele se deve também
a Casa-museu Teixeira Lopes (1898), em
Vila Nova de Gaia; o Instituto Moderno (1915), na Quinta da Bela-Vista, em S.
Roque da Lameira, premiado pela Câmara Municipal do Porto; o projeto da sede do
Banco de Portugal, no Porto, elaborado com Ventura Terra e o plano de urbanização
da estância balnear de Miramar, em Vila Nova de Gaia.
Situada em frente ao molhe de Carreiros, na Avenida Brasil,
a “Casa do Relógio” é de estilo neomanuelino aqui reafirmado por um revivalismo
romântico.
Casa do Relógio com caleche estacionada à sua porta
É um projecto de planta em L em que a entrada principal se
faz ao nível do 1º andar, bem dentro de uma varanda, à qual se ascende por uma
escada exterior.
Numa esquina da torre-miradouro estava um relógio de sol que
acabou por dar o nome à casa. Àquela se subia por uma apertada escada em
caracol. De atentar que os vãos do telhado não tinham qualquer aproveitamento.
Actualmente o prédio encontra-se em estado de degradação
acelarado, vai para largos anos.
Casa do Relógio – Fonte: Google maps
Interior da Casa do Relógio – Cortesia “ruinarte.blogspot.com”
Escadaria interior Casa do Relógio – Cortesia
“ruinarte.blogspot.com”
Palacete Santos
Júnior
Este palacete situado na Rua do Campo Alegre (já para além
da Cantareira) foi projectado por António da Silva, em 1900, e é uma casa icónica
facilmente reconhecível pela sua torre quadrada que domina quase metade da
fachada principal e pela sua entrada através de um “expressivo telheiro em
ferro forjado e vidro” na lateral poente.
Palacete
Santos Júnior – Fonte: Google maps
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