terça-feira, 19 de dezembro de 2017

(Continuação 50)


Esta "Casa" foi uma das primeiras construções da cidade influenciada pela Exposição Internacional de Artes Decorativas de Paris, de 1925.
Em estilo Art-Deco, localiza-se na Rotunda da Boavista nº 151, desde 1927, em projecto do arquitecto Júlio de Brito (1896-1965). 

Júlio Brito apoiou-se na colaboração “do arquitecto gaiense Manuel Marques que tem obra bem marcante na cidade do Porto e que, em 1930, era um dos (únicos) 5 arquitectos portugueses com diploma passado pelo Governo Francês, sendo discípulo de Marques da Silva. Manuel Marques estudou em Paris no final da década de 10 e década de 20, tendo visito a exposição de Artes Decorativas de 1925 onde colheu influências Art-Deco que aplicou nos seus primeiros trabalhos no Porto. E este é um dos primeiros trabalhos que fez em co-autoria com o "consagrado" arqt.º e engº Júlio de Brito, que assinou o projecto como engenheiro.”
Com os nossos agradecimentos a  António Alves

Situada a cerca de uma dezena de metros da Rua Caldas Xavier, é de notar na sua fachada a aplicação de diferentes tipos de mármores e o requinte do trabalho dos metais do gradeamento e os motivos dos relevos impressos bem no alto. 
Na época a que se referem as datas acima citadas, tinha existência na cidade, na Rua dos Vanzeleres, a fábrica de malhas "Domingos Fernandes & CIA" uma referência importante no sector industrial têxtil.
O arquitecto Júlio de Brito obteve o diploma de arquitectura em 1926, foi professor no Liceu Rodrigues de Freitas e foi o projectista, entre outros: do Edifício da Companhia de Fiação e Tecidos de Fafe, no gaveto da Avenida dos Aliados e da Rua Rodrigues Sampaio; da Confeitaria Ateneia, na Praça da Liberdade; do Edifício do Café Aviz, na Rua de Aviz; da Livraria Figueirinhas, no gaveto da Rua de Ceuta e da Rua José Falcão; do Edifício da CIFA, na Rua de Ceuta e do Edifício de gaveto das Ruas Duque de Loulé e Alexandre Herculano.
A sua obra mais emblemática é, porém, o Teatro Rivoli.


Casa Domingos Fernandes - Ed. MAC 

3 comentários:

  1. Há no texto uma imprecisão ou erro na indicação de um dos co-autores do projecto que é atribuído ao arquitecto Júlio de Brito "em colaboração com Manuel Mendes". De facto a colaboração é do arquitecto gaiense Manuel Marques que tem obra bem marcante na cidade do Porto e que, em 1930, era um dos (únicos) 5 arquitectos portugueses com diploma passado pelo Governo Francês, sendo discípulo de Marques da Silva. Manuel Marques estudou em Paris no final da década de 10 e década de 20, tendo visito a exposição de Artes Decorativas de 1925 onde colheu influências Art-Deco que aplicou nos seus primeiros trabalhos no Porto. E este é um dos primeiros trabalhos que fez em co-autoria com o "consagrado" arqt.º e engº Júlio de Brito, que assinou o projecto como engenheiro.

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  2. Há no texto uma imprecisão ou erro na indicação de um dos co-autores do projecto que é atribuído ao arquitecto Júlio de Brito "em colaboração com Manuel Mendes". De facto a colaboração é do arquitecto gaiense Manuel Marques que tem obra bem marcante na cidade do Porto e que, em 1930, era um dos (únicos) 5 arquitectos portugueses com diploma passado pelo Governo Francês, sendo discípulo de Marques da Silva. Manuel Marques estudou em Paris no final da década de 10 e década de 20, tendo visito a exposição de Artes Decorativas de 1925 onde colheu influências Art-Deco que aplicou nos seus primeiros trabalhos no Porto. E este é um dos primeiros trabalhos que fez em co-autoria com o "consagrado" arqt.º e engº Júlio de Brito, que assinou o projecto como engenheiro.

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  3. Agradecemos deveras o seu reparo. Como temos a sua afirmação estribada em conhecimentos que aparentam ser seguros sobre a matéria, tomamos a liberdade de usar o seu texto, fazendo a referência que se impõe quanto à autoria do mesmo. Esperamos que continue a visitar-nos.

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