sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

(Continuação 52) - Actualização em 20/01/2020 e 07/01/2021

 
O edifício da Rua da Boavista, nº 168, que ostenta na sua fachada um brasão dos Silvas, Almeidas e Leitões, pertenceu a uns familiares de Almeida Garrett, que os visitava, de vez em quando, sendo, por isso, conhecido como “Casa dos Almeida Garrett”.
Tudo leva a crer que o edifício teria resultado duma construção levada a cabo em duas fases.
Assim, em 04 de Novembro de 1825, Alexandre José da Silva Garrett (1797-1867) solicita à Câmara do Porto autorização para construção de um prédio na Rua da Boavista e, em 01 de Julho de 1839, repete o propósito, com o mesmo motivo subjacente e para a mesma rua.
Actualmente, e desde há algumas décadas, todo o edificado foi ocupado pelo “Grande Colégio Universal”, vindo da Avenida da Boavista, e que nos dias de hoje continua com as suas portas abertas.
 
 
 
 

O Colégio Universal, actualmente – Fonte: Google maps
 
 
 
 
Alguns anos antes, em 1913, o Colégio Universal (masculino) tinha começado a actividade no palacete (construído em 1882) de António Costa Ramalho, sob a direcção do Padre Manuel Correia dos Santos Brito, tendo mudado, posteriormente, para a Rua da Boavista, 168.
O palacete referido ainda existe, na esquina da Rua do Dr. Emílio Peres e da Avenida da Boavista.
 
 

Requerimento dirigido à Câmara do Porto para licenciamento de construção de um anexo no quintal de um prédio já existente para funcionar como colégio – Fonte: AHMP
 
 
 

Grande Colégio Universal, em 1934, ainda sito na Avenida da Boavista, nº 28 (palacete de António Costa Ramalho), em publicidade inserida no Álbum-Catálogo da “Exposição Colonial do Porto” (1934)
 
 
 
Entretanto, recuando a 1869, e ao palacete que foi da família Almeida Garrett, naquela data, já lá estava sedeado o Colégio de Nossa Senhora da Boavista, que se distinguia pela qualidade do seu ensino.
 
 
 

Publicidade ao Colégio de Nossa Senhora da Boavista, no “Jornal do Porto” de 1 de Setembro de 1869
 
 
 

Publicidade ao Colégio de Nossa Senhora da Boavista no jornal “A Voz Pública”, em 29 de Setembro de 1895
 
 
 
Como se pode observar no anúncio anterior, em 1895, o Colégio de Nossa Senhora da Boavista, continuava pela “Casa dos Almeida Garrett”, tendo como director Ivo Silvestre Pinto da Gama.
Em 1908, já era director do estabelecimento de ensino João Diogo, que segundo a revista " O Tripeiro", Vª série, Ano XV, nº 1, em 19 de Maio de 1908, seria alvo de uma festa de homenagem, na passagem do seu aniversário, com a realização de uma festa desportiva e, à noite, um sarau dramático-musical.

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