O edifício da
Rua da Boavista, nº 168, que ostenta na
sua fachada um brasão dos Silvas, Almeidas e Leitões, pertenceu a uns familiares
de Almeida Garrett, que os visitava, de vez em quando, sendo, por isso,
conhecido como “Casa dos Almeida Garrett”.
Tudo leva a crer que
o edifício teria resultado duma construção levada a cabo em duas fases.
Assim, em 04 de Novembro de 1825, Alexandre
José da Silva Garrett (1797-1867) solicita à Câmara do Porto autorização para
construção de um prédio na Rua da Boavista e, em 01 de Julho de 1839, repete o
propósito, com o mesmo motivo subjacente e para a mesma rua.
Actualmente, e desde há algumas décadas, todo o edificado
foi ocupado pelo “Grande Colégio Universal”, vindo da Avenida da Boavista, e
que nos dias de hoje continua com as suas portas abertas.
Alguns anos antes,
em 1913, o Colégio Universal (masculino) tinha começado a actividade no
palacete (construído em 1882) de António Costa Ramalho, sob a direcção do
Padre Manuel Correia dos Santos Brito, tendo mudado, posteriormente, para a Rua
da Boavista, 168.
O palacete referido
ainda existe, na esquina da Rua do Dr. Emílio Peres e da Avenida da Boavista.
Requerimento
dirigido à Câmara do Porto para licenciamento de construção de um anexo no
quintal de um prédio já existente para funcionar como colégio – Fonte: AHMP
Grande Colégio
Universal, em 1934, ainda sito na Avenida da Boavista, nº 28 (palacete de
António Costa Ramalho), em publicidade inserida no Álbum-Catálogo da “Exposição
Colonial do Porto” (1934)
Entretanto, recuando
a 1869, e ao palacete que foi da família Almeida Garrett, naquela data, já lá
estava sedeado o Colégio de Nossa Senhora da Boavista, que se distinguia pela
qualidade do seu ensino.
Publicidade ao
Colégio de Nossa Senhora da Boavista, no “Jornal do Porto” de 1 de Setembro de
1869
Publicidade ao
Colégio de Nossa Senhora da Boavista no jornal “A Voz Pública”, em 29 de
Setembro de 1895
Como se pode observar no anúncio anterior, em 1895, o Colégio de Nossa Senhora da Boavista,
continuava pela “Casa dos Almeida Garrett”, tendo como director Ivo Silvestre Pinto da Gama.
Em 1908, já era director do estabelecimento de ensino João Diogo, que segundo a revista " O Tripeiro", Vª série, Ano XV, nº 1, em 19 de Maio de 1908, seria alvo de uma festa de homenagem, na passagem do seu aniversário, com a realização de uma festa desportiva e, à noite, um sarau dramático-musical.
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