sábado, 7 de janeiro de 2017

(Continuação 13) - Actualização em 30/05/2019


“É de arquitectura bastante simples, mas graciosa, sendo de realçar o tecto ou o telhado em granito, com forma piramidal quadrangular e em degraus, rematados por uma esfera. Interiormente encontra-se revestida a azulejos com motivos vegetalistas, em que o azul e branco combinam. A água saía através de uma carranca grosseira, em granito, para cair dentro de uma pia em forma de concha semicircular, de granito. A água era-lhe fornecida pelo Manancial do Bispo ou Manancial da Mitra -mina ou manancial que pertenceu aos prelados Diocesanos do Porto.
A água que chegava a esta arca era proveniente de uma nascente na Rua de Costa Cabral, junto ao antigo edifício da Fábrica dos Tabacos, na Quinta do Lima, a qual ia entubada, atravessando na direcção do cruzamento das Ruas da Constituição e da Alegria, seguia depois pelos terrenos da Quinta do Espinheira (onde se juntava com as águas do Manancial das Religiosas do Convento de Sta. Clara).
Esta arca encontrava-se instalada na actual Travessa de Santo Isidro e actualmente, está instalada nos jardins dos SMAS”.
Fonte: pt.wikipedia.org



Arca de Santo Isidro actualmente







Segundo Bahía Júnior sobre o chafariz de S. Crispim escrevia:

“O Chafariz de S. Chrispim modernamente levantado, está situado quasi em frente da Capella de S. Chrispim, no alto da rua de S. Jeronymo, tem duas bicas em direcção opposta e a agua chega até ellas subindo pelo meio do chafariz e lançando-se no fundo de uma pia, aberta na sua espessura”.



Chafariz de S. Crispim ou chafariz da Póvoa de Cima, actualmente nos jardins do Palácio de Cristal



Chafariz de S. Crispim ou chafariz da Póvoa de Cima no Largo da Póvoa – Ed. J. Bahia Junior





Esta fonte esteve primitivamente implantada na Praça da Trindade, do lado poente do edifício do hospital da Ordem Terceira da Trindade, sendo demolida em 1853, devido a obras que se fizeram na via pública e veio a ser reconstruída na Rua Firmeza, junto à Rua D. João IV, no local onde esteve, sucessivamente, a fábrica de chapelaria Costa Braga & Filhos, inaugurada em 1866, a Escola Soares dos Reis e, onde agora está, a Escola de Hotelaria.
De permeio, foi tentado instalá-la no Laranjal, mas a sua localização foi alvo de protesto do proprietário do prédio à qual ela iria ficar encostada. Chegou a ser equacionado adaptá-la para ocupar o centro do Largo do Laranjal, mas tal não se concretizaria. Acabaria então por ser deslocada para a Rua Firmeza e, para o Largo do Laranjal, bem no seu meio, ficaria o chafariz transladado do Largo de S. Domingos.

“O Exmº presidente da Câmara foi ontem, como em vistoria, mais o IIº sr. Campos de Melo, proprietário, ao largo do Laranjal, para combinarem o sítio onde devia ficar a fonte que, provisoriamente, se acha encostada a uma casa do sr. Campos. Depois de concertarem no modo em que ela não ficasse muito prejudicial ao sr. Campos, decidiu que devia ser colocada no meio do largo, fazendo-se um chafariz”.
In Jornal “A Concórdia”, de 9 de Setembro de 1853 - &ª Feira (Citando notícia do Jornal “Pobres”, do dia anterior)



Atrás desta fonte, já na Rua Firmeza, se misturavam e juntavam, no início do século XX, os mananciais da Mitra e das Freiras que vinham lá de cima da Póvoa de Cima e antes disso, era também, aquela fonte, o destino da água desses mananciais, quando eles se juntavam no Campo do Espinheira.
Na década de 50 do século XX, a fonte foi transladada para a Praça das Flores, pois na área ocupada antes pela fábrica de chapelaria e em parte pela fonte, seriam construídas as novas instalações da Escola de Artes e Ofícios Soares dos Reis.




Fonte da Firmeza, actualmente na Praça das Flores



A Fonte da Trindade na Rua Firmeza, na esquina desta rua com a Rua D. João IV - Ed. J. Bahia Júnior, 1909, pág. 39



Local actual da foto anterior - Fonte: "oportoeagua.blogspot.pt"




Fonte do Canavarro (Desaparecida)

A Fonte do Canavarro era uma fonte que se encontrava à direita de quem sobe a Rua de Santa Catarina, logo acima da esquina da Rua Firmeza. Tomou este nome, do proprietário da quinta que lhe era fronteira, chamada Quinta do Ferro, e que dava pelo nome de, Filippe de Souza Canavarro.
Era uma fonte muito espaçosa, com grande tanque e três bicas.



Fonte do Canavarro – Ed. J. Bahia Junior


Fonte do Canavarro identificada pela elipse a azul - Fonte: Planta de Telles Ferreira de 1892


Fonte do Canavarro localizada dentro de elipse - Fonte: Planta aprovada em 4 Novembro de 1819, para alinhamento da Rua da Princesa, em Fradelos








Fonte da Praça do Bolhão ou Tanque do Bolhão (Desaparecida)


Este tanque, inicialmente de quatro bicas, ficava assente no espaldar das duas rampas que estabeleciam a comunicação do mercado com a Rua de Fernandes Tomás.
Era abastecido pelas águas vindas de uma nascente situada nas traseiras do prédio, nº 160 (à data), na Rua Duquesa de Bragança (actual Rua de D. João IV). 
Uma outra fonte do Bolhão existiu, desde finais do século XVIII, antes da edificação do mercado, em frente ao terreno onde o mercado foi edificado, tendo dado origem ao topónimo do arruamento, que ficou como Rua do Bolhão, mais tarde, Rua Fernandes Tomás.



O Tanque do Bolhão na entrada da actual Rua Fernandes Tomás








Chafariz do mosteiro de Santa Clara - Desenho de Joaquim Vilanova (1834)










Este chafariz encontra-se na lateral (norte) da Catedral, junto da galilé da mesma. Por ser dedicado a S. Miguel, terá sido mandado construir em 1737 pelo Cabido no período da Sede Vacante. Inicialmente esteve no Largo da Sé e na segunda metade do século XVIII foi transferido para o local actual.
É constituído por uma taça circular tendo por trás um espaldar côncavo com pilastras nos cunhais. Ao centro um pequeno frontão com um baixo-relevo representando S. Miguel com a espada matando o demónio. Deste frontão parte uma coluna que sustenta uma outra imagem de S. Miguel.



Chafariz de S. Miguel-o-Anjo







Esta fonte que também é conhecida como Fonte do Pelicano, por o seu frontispício ser portador de uma figura daquela ave. Esteve inicialmente na Rua Escura e foi, há anos, transladada para o Largo do Doutor Pedro Vitorino.



Fonte da Rua Escura no local primitivo



A Fonte da Rua Escura no primitivo local



A Fonte da Rua Escura, actualmente

Sem comentários:

Enviar um comentário