sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

(Continuação 19) - Actualização em 22/05/2019

Fonte do Ouro ou Fonte do Largo do Ouro


Foto actual da Fonte do Ouro restaurada em 1940 – Ed. MAC


Segundo j. Bahia Junior:

“Podia encontrar-se esta fonte, logo abaixo da Fábrica da Companhia do Gaz, no Cais do Ouro, encostada a um muro que ficava á direita. Era composta de um largo tanque e duas bicas cuja nascente tinham a sua entrada na Calçada do Ouro”.





Muito perto da Fonte do Ouro, a ela se refere J. Bahia Junior do seguinte modo:

“Situada mesmo junto á margem do rio, defronte do prédio n.° 258, no quintal do qual ella tem a sua nascente não visitável. Compõe-se de uma bica com pequeno tanque tendo ao lado, outro maior com lavadouros, alimentado pelas vertentes do primeiro. Por cima da bica vê-se uma pequena porta de ferro de muito reduzidas dimensões que é a entrada da sua mina”.




Fonte do Félix – Ed. J. Bahia Junior




“ […] A fonte da Praia do Ouro, está feita na muralha ou paredão do caes, no local do estaleiro marítimo: havendo marés vivas naõ he possível o serviço desta fonte naõ obstante as escadas de servidaõ, que da estrada marginal se oferece ate á dita fonte, pois n´essas ocasiões fica submergida.
Tem a mina a pouca distancia na propriedade do Bessa.” 
Texto de anónimo




Fonte da Praia do Ouro que foi também Fonte do Félix - Ed. José Magalhães




A Fonte do Félix depois chamada também Fonte da Praia do Ouro, estava adossada ao paredão granítico, no estaleiro marítimo do Ouro já bem próximo da foz da ribeira da Granja (na margem esquerda da ribeira) a ela se chegando por uma escadaria de dois lanços.
Pela imagem apresentada, podemos ver um espaldar enquadrado por pilastras nos extremos e o corpo central quadrangular, destacado e coroado por cornija saliente do muro envolvente. No corpo central, podíamos observar uma torneira substituindo, por certo, a caraterística bica em granito, semelhante a muitas outras fontes da época. O tanque era alongado e terminava com uma forma semi-circular.
Hoje a fonte foi reconstituída próximo do seu primitivo local, ao nível da Rua do Ouro, mas em cota um pouco mais elevada.


Fonte da Praia do Ouro adossada ao cais e lavadouros – Ed. José Magalhães




A Fonte da Praia do Ouro actualmente – Ed. MAC


Chafariz do Cágado



Chafariz da Prelada – Ed. MAC




A Fonte da Lapa não ocupou primitivamente o mesmo local que hoje ocupa, mas sim, junto ao muro do quartel de infantaria 18.
Para que a água pudesse chegar à fonte, estava esta colocada a uma profundidade grande, havendo umas escadas para descer até lá. Como estas estivessem extremamente gastas e as paredes ameaçassem ruina, resolveu a Câmara, em reunião de vereação de 17 de abril de 1818, transferi-la para um outro local e, por vistoria de 21 de julho de 1824, deliberou-se que a construção da dita fonte fosse feita, no ponto em que actualmente está colocada, do lado sul do Hospital da Lapa.


Fonte da Lapa


 “…Para a formação deste jardim, (no quartel de Infantaria 18) foi necessário destruir uma fonte que havia junto do portão do dito quartel, que ficava num sítio fundeiro e para o qual se descia por uma rampa, e construir uma outra fonte em sua substituição, na embocadura da Rua de Salgueiros, para onde as águas, como é óbvio, tiveram de ser desviadas. Data, pois, a construção da actual Fonte de Salgueiros, que está por baixo e encostada ao muro do Jardim da Lapa (na confluência do Largo da Lapa com a Rua Cervantes), do ano de 1818” 
In O Tripeiro, Série VI, Ano I


 Fonte da Fontinha (Nos jardins dos SMAS)



Fonte da Fontinha - Fonte: J. Bahia Júnior, 1908



Fonte da Fontinha nos jardins dos SMAS



Segundo Horácio Marçal, embora esta Fonte da Rua da Fontinha fosse de risco simples, era de aspecto atraente. A sua importância nasceu no facto de que a Fonte Seca, que lhe era próxima e estava localizada mais a norte, tal como o nome indica, ter secado, apesar de terem sido experimentadas várias alternativas para o seu abastecimento.
Em 1852, a Fonte da Fontinha foi transferida do lugar primitivo, (embocadura da Travessa da Fontinha, junto da Rua Bela da Princesa, na parte cimeira da actual Rua de Santa Catarina) para a Rua da Fontinha, no término da Rua das Carvalheiras.
Mais tarde, foi desmontada e transferida para os Jardins dos SMAS.
Sobre o topónimo Fontinha, Eugénio Andrea da Cunha Freitas, na sua obra "Toponímia Portuense" diz que tal se terá ficado a dever a um requerimento endereçado ao Senado da Câmara do Porto, em 9 de Julho de 1777, do seguinte teor:


"Ilustrissimo Senado: Dizem José Ferreira Martins e mais moradores do monte do Musa, acima de Fradelos, freguesia de Santo Ildefonso, que o mesmo sítio há uma Fontinha de que os mesmos moradores se servem, a qual sai uma fraga que lança coisa de duas penas de água e para no mesmo sítio haver um tanque com sua fonte, de que todos os moradores se possam servir, se ajustarem com o primeiro suplicante deste faz a referida obra à sua custa, e achando mais água, sendo rompída a dita fraga, que vai por baixo da terra do suplicante ser por este somente, pele sua despesa etc".


Dado o consentimento da Câmara, fez-se a obra e fixou-se o topónimo, que ainda perdura.






Fontanário em 1º plano, em 1909


Ficava este fontanário à entrada do que, é hoje, a Rua do Dr. Magalhães Basto e muito próximo do local onde se pode apreciar a estátua de “O Porto”.
Na foto, para além do fontanário, é possível observar o marco do correio (na rampa), o candeeiro e o Hotel Brasil de José Castanheira Garcia.
Este hotel substituiu, nessas mesmas instalações, a “Antiga Casa Cascata”.



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