quinta-feira, 30 de novembro de 2017

(Continuação 43)




Palacete Boaventura Rodrigues de Sousa – Fonte: “diarioimobiliario.pt”

Situado na Avenida da Boavista, é Monumento de Interesse Público, pela Portaria n.º 319, DR, 2.ª série, n.º 106, de 03 junho 2013, tendo sido construído entre 1895 e 1900.
O imóvel, de traça neoclássica, que caracterizou a arquitectura civil burguesa dos fins do século XIX, terá sido erigido com base num projecto do arquitecto Joel da Silva Pereira.
Em 9 Abril de 1895 o construtor João Gomes da Silva Guerra pede o licenciamento da obra de construção.
O Conselheiro Boaventura Rodrigues de Sousa, emigrante português que enriqueceu no Brasil, proprietário do terreno da Avenida da Boavista referente ao requerimento de 9 de Abril, julga-se corresponder ao dono do prédio, atendendo ao monograma esculpido na cornija BRS.
Em 1899 A. Mello executa pinturas nas paredes do Salão de Música e em 1900 ocorre a construção do muro de vedação voltado para a Avenida da Boavista.
Esteve desocupado de 1910 a 1926, quando é desocupado por mudança de residência de Adelaide Chambers de Sousa para um outro edifício na Avenida da Boavista. Nele funcionou o Colégio de Nossa Senhora do Rosário de 1926 a 1958 ainda pertencente a Adelaide Chambers, e o Colégio dos Maristas de 1959 a 1991, tendo pertencido até 2016 ao BES e posteriormente ao seu sucessor, o Novo Banco, e no final deste ano vendido, à empresa Ipov Portugal – Sociedade Portuguesa de Inspecções Técnicas Automóveis, Lda., sediada em Árvore, Vila do Conde, que pertence a José Fernando Teixeira da Silva.

“A fachada principal orientada a S. apresenta ao eixo um pórtico saliente e uma escadaria com balaustrada em granito. A ladear este pórtico para cada lado janelas no r/c e portas com sacada no 1º piso. No alçado das traseiras e ao eixo um volume saliente a toda a altura do prédio marcada por aberturas esguias e alinhadas. Os alçados laterais, iguais entre si apresentam no piso superior portas com sacada e ao nível do r/c quatro janelas. A rematar as superfícies uma cornija contínua em granito com zonas fechadas e vasadas, interrompida na fachada principal ao centro por um pequeno espaldar encimado por um arco de volta perfeita onde se insere o monograma BRS. O espaço interior é marcado ao centro por uma escadaria dupla bifurcada em madeira iluminada superiormente por uma clarabóia. As restantes salas organizam-se em torno da escada de uma forma simétrica. Saliente-se o tratamento cuidado nas portas com vidros gravados e molduras em granito ou madeira trabalhada.
(…) A atribuição da autoria do desenho da Casa a Joel Pereira deve-se ao facto de na mesma altura o Conselheiro Boaventura Rodrigues de Sousa ter diversos requerimentos para a construção de edifícios nas proximidades da Pç. Gomes Teixeira, tendo um deles, existente no Gav. com a R. das Carmelitas esta autoria e também na cornija o monograma do proprietário. De acordo com um inventário elaborado pela Repartição de Arborização e Jardinagem da C. M. do Porto destacam-se entre as árvores do jardim: camélias japónicas (34), palmeiras spp. (10), rododendron (4), liriodendron tulipífera (2), tílias cordatas (2), tílias argentea (6), tílias tomentosas (2), sequóia, pitosporum e etc.”
Com a devida vénia a Isabel Sereno, 1995; Fonte: “monumentos.gov.pt”


Interior do Palacete Boaventura Rodrigues de Sousa – Fonte: “diarioimobiliario.pt”

Sem comentários:

Enviar um comentário