Palacete Boaventura
Rodrigues de Sousa – Fonte: “diarioimobiliario.pt”
Situado na Avenida
da Boavista, é Monumento de Interesse Público, pela Portaria n.º 319,
DR, 2.ª série, n.º 106, de 03 junho 2013, tendo sido construído entre 1895 e 1900.
O imóvel, de traça neoclássica, que caracterizou a
arquitectura civil burguesa dos fins do século XIX, terá sido erigido com base
num projecto do arquitecto Joel da Silva Pereira.
Em 9 Abril de 1895 o construtor João Gomes da Silva Guerra
pede o licenciamento da obra de construção.
O Conselheiro Boaventura Rodrigues de Sousa, emigrante português
que enriqueceu no Brasil, proprietário do terreno da Avenida da Boavista
referente ao requerimento de 9 de Abril, julga-se corresponder ao dono do
prédio, atendendo ao monograma esculpido na cornija BRS.
Em 1899 A. Mello executa pinturas nas paredes do Salão de
Música e em 1900 ocorre a construção do muro de vedação voltado para a Avenida
da Boavista.
Esteve desocupado de
1910 a 1926, quando é desocupado por mudança de residência de Adelaide
Chambers de Sousa para um outro edifício na Avenida da Boavista. Nele funcionou o Colégio de Nossa Senhora do
Rosário de 1926 a 1958 ainda pertencente a Adelaide Chambers, e o Colégio dos Maristas de 1959 a 1991,
tendo pertencido até 2016 ao BES e posteriormente ao seu sucessor, o Novo Banco,
e no final deste ano vendido, à empresa Ipov Portugal – Sociedade Portuguesa de
Inspecções Técnicas Automóveis, Lda., sediada em Árvore, Vila do Conde, que
pertence a José Fernando Teixeira da Silva.
“A fachada principal
orientada a S. apresenta ao eixo um pórtico saliente e uma escadaria com
balaustrada em granito. A ladear este pórtico para cada lado janelas no r/c e
portas com sacada no 1º piso. No alçado das traseiras e ao eixo um volume
saliente a toda a altura do prédio marcada por aberturas esguias e alinhadas.
Os alçados laterais, iguais entre si apresentam no piso superior portas com
sacada e ao nível do r/c quatro janelas. A rematar as superfícies uma cornija
contínua em granito com zonas fechadas e vasadas, interrompida na fachada
principal ao centro por um pequeno espaldar encimado por um arco de volta
perfeita onde se insere o monograma BRS. O espaço interior é marcado ao centro
por uma escadaria dupla bifurcada em madeira iluminada superiormente por uma
clarabóia. As restantes salas organizam-se em torno da escada de uma forma
simétrica. Saliente-se o tratamento cuidado nas portas com vidros gravados e
molduras em granito ou madeira trabalhada.
(…) A atribuição da
autoria do desenho da Casa a Joel Pereira deve-se ao facto de na mesma altura o
Conselheiro Boaventura Rodrigues de Sousa ter diversos requerimentos para a
construção de edifícios nas proximidades da Pç. Gomes Teixeira, tendo um deles,
existente no Gav. com a R. das Carmelitas esta autoria e também na cornija o
monograma do proprietário. De acordo com um inventário elaborado pela
Repartição de Arborização e Jardinagem da C. M. do Porto destacam-se entre as
árvores do jardim: camélias japónicas (34), palmeiras spp. (10), rododendron
(4), liriodendron tulipífera (2), tílias cordatas (2), tílias argentea (6),
tílias tomentosas (2), sequóia, pitosporum e etc.”
Com a devida vénia a Isabel Sereno, 1995; Fonte: “monumentos.gov.pt”
Interior do Palacete
Boaventura Rodrigues de Sousa – Fonte: “diarioimobiliario.pt”
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