“Gonçalo Cristóvão Teixeira Coelho de Melo Pinto da
Mesquita, senhor de Teixeira e de Cergude, e da Quinta de Santo António do
Bonjardim, planeou, em 1831, iniciar a urbanização desta sua vasta e bela
propriedade, então às portas da cidade. Para isso, com parecer favorável do
Corregedor, de 19 de Janeiro de 1832, alcançou uma Provisão, em 8 de Fevereiro
seguinte, para ceder parte desses terrenos à Câmara. Mas só por escritura de 31
de Dezembro de 1838 se efectivou esta cessão abrindo-se no ano seguinte de 1839
três artérias: a Rua Nova do Duque do
Porto, hoje Rua de João das Regras, a de Camões e a de Gonçalo Cristóvão.
Esta que faria a ligação entre as ruas de Santa Catarina e do Bonjardim com o
Campo de Santo Ovídio actual Praça da República dizem-no que recebe o nome do
doador por expressa imposição deste. Nos terrenos marginais das três artérias
subemprazou depois seu filho e sucessor José António Teixeira Coelho de Melo
Pinto da Mesquita, chãos para edificar, o que se fez rapidamente, com o
consentimento do senhorio directo que era o Cabido da Sé do Porto.
Existe uma planta desenhada por Costa Lima, em 1838, que aponta a Rua de Gonçalo Cristóvão sem alcançar ainda a do Bonjardim e outra, do ano seguinte em que já a mostra ligando-a ao actual Largo do Dr. Tito Fontes. A continuação até à Rua de Santa Catarina fez-se só mais tarde, não figurando ainda na planta de Perry Vidal, de 1844”.
Eugénio Andrea da Cunha Freitas -"Toponímia Portuense"
Existe uma planta desenhada por Costa Lima, em 1838, que aponta a Rua de Gonçalo Cristóvão sem alcançar ainda a do Bonjardim e outra, do ano seguinte em que já a mostra ligando-a ao actual Largo do Dr. Tito Fontes. A continuação até à Rua de Santa Catarina fez-se só mais tarde, não figurando ainda na planta de Perry Vidal, de 1844”.
Eugénio Andrea da Cunha Freitas -"Toponímia Portuense"
O fidalgo do
Bonjardim, como era conhecido aquele Gonçalo Cristóvão Teixeira Coelho de Melo Pinto da
Mesquita, era filho de um outro Gonçalo
Cristóvão Teixeira Coelho de
Melo Pinto da Mesquita, nascido em Vila Real, em 7 de Abril de 1715, por sua
vez filho do Bernardo José Teixeira Coelho de Melo Pinto de Mesquita.
Gonçalo Cristóvão Teixeira Coelho de Melo Pinto da
Mesquita (pai) tendo feito a sua habilitação para a Ordem de Cristo em 1753, tinha
casa em V. Real, mas passava longas temporadas em Lisboa.
Durante 16 anos,
esteve encarcerado no forte da Junqueira, por ordem do Marquês de Pombal, de
1761 a 1777. Só seria libertado pela demissão do ministro de D. José, em Março de
1777. Mal saiu em liberdade, foi para Vila Real onde ainda viveu muitos
anos.
Em 1779, nasceria o
filho a que deu o seu nome.
Planta antes da
abertura da Rua Gonçalo Cristóvão
Toda a área
circundante à actual Rua de Gonçalo Cristóvão fazia parte dos terrenos da Casa
e Quinta de Santo António do Bonjardim.
“Esta quinta era
foreira ao Cabido da Sé do Porto, seu directo senhorio, e cujo domínio útil
pertencia a Gonçalo Cristóvão que detinha a enfiteuse.
Este ofereceu à
Câmara a quinta para nela se fazerem duas ruas (só mais tarde teria sido
decidido abrir a Rua de Camões) tendo os terrenos laterais, mal elas se
rasgaram, começado logo a serem subemprazados a diversos particulares que
implicitamente ficavam também a ser onerados com o respectivo laudémio de 4-1 a
favor do Cabido”.
Em 1831, Gonçalo
Cristóvão requereu ao governo (miguelista) que estava disposto a oferecer
gratuitamente à Câmara todo o terreno necessário à abertura de três ruas, desde
que, a uma delas, fosse dado o seu nome.
A Câmara aceitou a
generosa oferta em 1838, com a condição expressa de que toda a água lá
encontrada seria para uso da cidade, pelo que se lavrou escritura em 1838, mas,
já com o filho.
À época das
negociações dos termos daquela escritura e para a abertura da Rua de Camões, o
proprietário era já o filho de Gonçalo Cristóvão, José António Teixeira Coelho de
Melo Pinto da Mesquita, moço
fidalgo da Casa Real, que assentou praça em 1794 com 15 anos e, em 1814 era
tenente-coronel com exercício de coronel-comandante do Batalhão de Voluntários
Reais do Porto.
A Quinta do
Bonjardim, que tinha a forma de um pentágono invertido, era limitada ao sul
pela Travessa da Doida (Rua de
Liceiras, hoje Alferes Malheiro) que chegando ao sítio da actual
estação do metro remontava para a Rua do Bonjardim, fazendo assim os dois lados
inferiores do pentágono; ao poente pela Praça de Santo Ovídio (Campo da
Regeneração) e um pouco da Rua do Almada; ao norte pelo sítio de Germalde (onde se abriu com direcção
nascente-poente a Nova Rua do Duque do Porto, hoje João das Regras); e ao
nascente pela Rua do Bonjardim.
A Rua Nova do Duque
do Porto é aquela que pelo lado direito chega à fachada principal do Quartel da
Praça da República e que, portanto, está em frente da Rua da Boavista. A casa
senhorial da quinta erguia-se um pouco acima do actual Largo do Dr. Tito
Fontes, voltada para a Rua do Bonjardim.
Foi num dos terrenos
por onde passaria a Rua Gonçalo Cristóvão que se fez a mina de água para o
Manancial de Camões.
Diga-se ainda, que o
título nobiliárquico de Duque do Porto foi criado em 1833 pela rainha D. Maria
II de Portugal, a favor de si própria, sendo portanto o 1º Duque do Porto. O
título está ligado à família real sendo normalmente atribuído ao segundo filho
do Chefe da Casa Real.
Naquele ano D. Maria
II, imporia também à cidade do Porto, no seu brasão, o colar de Torre e Espada
e ainda o símbolo da casa de Bragança - O Dragão.
D. Luís de Bragança,
Infante e depois Rei de Portugal, por morte prematura de seu irmão – D. Pedro
V, seria o 2º Duque do Porto.
Afonso de Bragança,
conhecido como o Infante D. Afonso (Afonso Henrique), segundo filho do rei Luís
I e da rainha Maria Pia de Saboia, e irmão mais novo do rei Carlos I, viria a
ser o 3º Duque do Porto.
Conta-se que era
conhecido como «O Arreda». Amante de carros e de velocidade percorria as ruas
no seu automóvel aos gritos «Arreda, Arreda!» para que as pessoas saíssem da
frente, o que lhe valeu o cognome. Foi responsável pela organização das
primeiras corridas de carros em Portugal.
Planta centrada no
Campo de Santo Ovídio (sinalizada com um X) e imediações/PLANO DA CIDADE DO
PORTO (entre 1818 e 1824) por José Francisco de Paiva
“Na planta acima pode-se observar que:
No Campo de Santo Ovídio (Praça da República)
estão projectadas as diversas vias que partiam dos quatro cantos da praça.
· O prolongamento da rua da Boavista para
poente;
· Uma via no lado sul da praça que não será
realizada;
Do lado nascente urbanizando a Quinta de
Santo António do Bonjardim (pertencente a Gonçalo Cristóvão) um conjunto de
ruas:
· No sentido O/E e até à rua do Bonjardim: a
rua Gonçalo Cristóvão e a futura rua Nova do Duque do Porto (hoje rua João das
Regras).
· No sentido N/S até à praça do Laranjal (da
Trindade) uma nova rua (Camões) e da praça do Laranjal para norte uma rua até à
rua e ao largo do Bonjardim (largo Tito Fontes).
Estas ruas serão abertas a partir de 1839.
No cruzamento da Rua da Torrinha com a Rua de
Cedofeita seria projectada uma praça. Desta partia uma ligação a norte à Rua de
Santo Ovídio (Mártires da Liberdade) e uma outra rua a sul que formaria uma
outra praça no encontro com a Rua de Santo Ovídio um pouco a norte do largo do
Mirante (largo Coronel Pacheco).
O traçado mais interessante é, contudo, o
arruamento que partia desta praça partia até ao limite NE da planta formando
uma nova praça quadrada no encontro com uma via projectada que partia na
direcção norte com início no cruzamento da Rua Direita com a Rua Formosa (a futura
Rua Santos Pousada).”
In
“doportoenaoso.blogspot”
Depois de 1838 foram, portanto, abertas três ruas nos terrenos da Quinta do Bonjardim.
Uma com a direcção
sul-norte, a Rua de Camões e outra no sentido nascente-poente a que se chamou
Gonçalo Cristóvão, a terceira, paralela a esta, no limite setentrional da
quinta, também no sentido nascente-poente, a actual Rua João das Regras.
Inicialmente a Rua
de Camões ia só até à Rua do Paraíso. E manteve esse traçado até, pelo menos, o
ano de 1866. Só depois deste ano é que se fez o prolongamento até à embocadura
da Rua de S. Brás.
A primitiva Rua de
Gonçalo Cristóvão corria entre o Largo do Bonjardim e o Largo de Santo Ovídio.
Depois, mais tarde, é que se abriu a parte da Rua de Gonçalo Cristóvão que vai
até à Rua de Santa Catarina. Na parte que ia para Santo Ovídio junto à Rua de
Camões havia uma depressão muito grande e foi preciso para a nivelar construir
de ambos os lados da rua dois altos paredões. Ainda se pode ver o do lado sul
sobranceiro à estação da Trindade. O paredão do lado norte desapareceu pois foi
aterrado, em 1852, para trazer os terrenos desse lado para o nível da rua.
No lado da rua que
vai em direcção da Rua de Santa Catarina o problema era inverso. Havia uma alta
pedreira que foi preciso desbastar. Ainda hoje restam indícios.
Na esquina de
Gonçalo Cristóvão com a Praça da República construiu-se o Palacete das Águias
no qual esteve a cooperativa “O Problema da Habitação” (actualmente é a Ordem
dos Advogados).
Na esquina oposta e
com frente para a Rua do Almada ergue-se o Palacete dos Pestanas com a Capela
dos Pestanas de estilo neo-gótico mandada construir em 1888 pelo engenheiro
Pestana da Silva.
Em redor da capela e
nas traseiras do Palacete dos Pestanas viceja um jardim que chegou a ser um dos
melhores e mais aprazíveis da cidade.
Nos terrenos hoje da
Estação do Metro da Trindade, que foram antes também da Estação Ferroviária da
Trindade, espaçoso recinto que já teve o topónimo de Largo de Camões, albergou em tempos idos o antigo Horto
Municipal.
Horto Municipal na
Rua de Camões - Fonte: CMP, Arquivo Histórico Municipal
Na foto acima de
1916, o prédio no alto é o palacete das Lousas, onde esteve a Escola Raúl Dória
e que hoje alberga o Jornal de Notícias.
No Largo de Camões
tinha sido inaugurado em 27 de Novembro de 1886 o Novo Teatro Camões, que pouco tempo depois, em 1887, passou a
chamar-se Teatro Chalet e que
seria demolido em 1899 para ser ampliado o horto.
No Largo de Camões,
já nos anos 30, do século passado, com as suas típicas casas de pasto em redor,
estacionavam as camionetas de passageiros que serviam as zonas arrabaldinas do
lado oriental da cidade.
Na foto abaixo podem
ver-se as obras para alargar a via a montante da Estação da Trindade na esquina
com a Rua de Camões.
Alargamento da via junto à Rua de Camões
Estação Ferroviária
da Trindade - Fonte: “Delcamp.net”
Rua Gonçalo Cristóvão
em 1960 antes da construção do viaduto
O viaduto de
trânsito automóvel e carros eléctricos foi aberto no dia 20 de Setembro de
1962.
Viaduto em construção
– Fonte: CMP, Arquivo Histórico Municipal
Panorâmica obtida a partir
da Praça da República do viaduto da Rua Gonçalo Cristovão em construção.
O viaduto haveria antes
da sua inauguração de colapsar, pelo que foi necessário mais um ano de reparações
para finalmente abrir ao trânsito, até hoje.
Viaduto da Rua de Gonçalo
Cristovão em Outubro de 1961, após ter colapsado - Fonte: CMP, Arquivo
Histórico Municipal
“Na Rua Gonçalo Cristóvão estavam as escolas
primárias: Escolas Paroquiais da Freguesia de Santo Ildefonso, fundadas em
1886. No mesmo edifício encontravam-se instaladas a Regedoria e a Junta de
Santo Ildefonso assim como uma Biblioteca Popular a nº 1, a cargo da Câmara.
Também na mesma rua, no chamado Palacete das
Lousas, por o último andar do prédio estar revestido de placas de ardósia,
estava a Escola Comercial Raúl Dória, inaugurada em 9 de Outubro de 1907, não
obstante a sua fundação datar de 30 de Novembro de 1902. Começou esta escola
por estar instalada 2 anos na Rua do Bonjardim, passou durante 3 anos pela Rua
Fernandes Tomás e acabou por ir para Gonçalo Cristóvão.
Também na mesma rua está a Creche de S.
Vicente de Paulo - depois de várias instalações, encontrava-se em edifício
próprio na Rua Gonçalo Cristóvão num terreno cedido pela Câmara. O projecto é
da autoria do arquitecto António de Fontes Soares e começado em 1884. Fundada
em 1852. Camilo fez parte da primeira direcção como visitador. Em regime
gratuito e provisório instalou-se a Creche no prédio da Praça da Trindade
esquina da Rua do Laranjal, que pertencera ao capitalista Ferreirinha, e onde
havia funcionado a Assembleia Portuense, passando depois pelas ruas do
Pinheiro, da Picaria, de Santo Ildefonso, do Almada, até que nos finais de
1886, se assenta definitivamente em Gonçalo Cristóvão, ângulo das Carvalheiras,
com um número de 100 crianças.
Ainda havia o edifício da Associação
Portuense de Socorros Mútuos das Classes Laboriosas, instituída e instalada no
dia 25 de Março de 1856 e confirmada por alvará régio de 10 de Março de 1857.
Neste prédio foi fundado o Grupo dos Modestos (Escola de formação de muitos
actores de teatro portuenses) em 25 de Setembro de 1902.
Ainda na Rua Gonçalo Cristóvão foi assente em
1904 a primeira linha de carros eléctricos que ligou a Boavista a S. Lázaro e
nesta mesma rua existiu no início do séc XX o Quartel de Bombeiros. ”
In ruasdoporto.blogspot
A instalação da
creche de S. Vicente de Paulo, fundada por João Vicente Martins, referida
no texto anterior, esteve desde 20 de Novembro de 1852 provisoriamente instalada
na Praça da Trindade, n.º 17.
“A Creche de S.
Vicente de Paulo foi fundada em 21 de Novembro de 1852 pelo benemérito João
Vicente Martins e destinada a «facilitar o trabalho às classes operárias pobres,
recebendo, agasalhando e alimentando, durante o dia, seus filhos de ambos os
sexos».
(...) O edifício cujo
projecto pertence ao Exº Snr. António de Fontes Soares, distinto arquitecto da
Câmara Municipal do Porto (...), situado no ângulo da rua Gonçalo Cristóvão,
com a rua das Carvalheiras. Foi lançada a primeira pedra em 26 de Março de
1886.
Foram principais
beneméritos, Joaquim Augusto de Freitas Guimarães e Inácio José Fernandes de
Azevedo. Foi secretário da direccão Rodrigo António Machado Guimarães, cujo
retrato a óleo ocupa a parede sul.
O oratório foi construído a expensas da Viscondessa de Santa Cruz do Bispo”.
Fonte: Artigo de Rodrigo Guimarães, in Guia no Forasteiro do Porto e Província do Minho, Editor F. Lopes-Porto
Da obra acima, da
qual se apresenta a capa, constava, em destaque, uma carta preliminar de Camilo
Castelo Branco e cartas dos Doutores Joaquim Teófilo Braga e António Ferreira
Moutinho.
O opúsculo centrava-se na polémica em torno do desvio do grande manancial de esmolas resultantes da venda do livro «Obolo ás Crianças», publicado em 1887, em benefício das crianças da Creche de S. Vicente de Paulo e do Real Hospital de Crianças Maria Pia. Transcrevia diversos escritos, entre os quais cartas: a Carlos José da Silva, tesoureiro da comissão editora do livro «Obolo ás crianças»; ao Comendador António Júlio Machado; à Comissão Editora do Livro «Obolo ás crianças»; ao Conde de S. Salvador de Matosinhos.
Fonte: Artigo de Rodrigo Guimarães, in Guia no Forasteiro do Porto e Província do Minho, Editor F. Lopes-Porto
Creche de S. Vicente
de Paulo, na Rua Gonçalo Cristovão, com Rua das Carvalheiras, à esquerda –
Fonte Google maps
António Ferreira
Moutinho foi o primeiro presidente da direcção da Creche de S. Vicente Paulo e
Camilo Castelo Branco contava-se como um dos visitadores da primeira direcção.
Capa da obra (1888)
“Por Bem Fazer” da autoria do jornalista Joaquim Ferreira Moutinho – Ed.
Imprensa Portuguesa
O opúsculo centrava-se na polémica em torno do desvio do grande manancial de esmolas resultantes da venda do livro «Obolo ás Crianças», publicado em 1887, em benefício das crianças da Creche de S. Vicente de Paulo e do Real Hospital de Crianças Maria Pia. Transcrevia diversos escritos, entre os quais cartas: a Carlos José da Silva, tesoureiro da comissão editora do livro «Obolo ás crianças»; ao Comendador António Júlio Machado; à Comissão Editora do Livro «Obolo ás crianças»; ao Conde de S. Salvador de Matosinhos.
Junta de Freguesia de
Santo Ildefonso em 1916 no gaveto do Largo Dr. Tito Fontes e Rua de Gonçalo
Cristóvão
O mesmo local da foto anterior, actualmente - Cortesia de Aquiles Pinto
Em 1957, seria
demolido juntamente com outros dois que lhe eram contíguos, o prédio da Rua
Gonçalo Cristovão, que tinha sido a residência do fidalgo do Bonjardim e levantado um edifício de sete andares, no
lugar deles, em frente ao silo-auto.
Por lá, havia uma
linda fonte, ao fundo de um pátio com frente para a casa, com amplo espaldar de
pedra artisticamente trabalhada que, na ocasião da demolição, foi
cuidadosamente desmontada e vendida ao conde da Covilhã.
Boa tarde!
ResponderEliminarDesculpe, mas há aí confusão de nomes e pessoas.
Há um Gonçalo Cristóvão Teixeira Coelho de Melo Pinto da Mesquita que nasceu no primeiro quartel do séc. XVIII, filho do Bernardo José Teixeira Coelho de Melo Pinto da Mesquita. Foi esse Gonçalo que foi perseguido pelo Pombal. Saiu da prisão em 1777, foi para Vila Real, onde casou com uma prima e teve um filho, também Gonçalo Cristóvão com os mesmo apelidos, de que aí se fala acima, nascido em 1779. Portanto, há dois Gonçalos Cristóvãos e não um.
Cumprimentos,
José Barreto
Cumprimentos
Gonçalo Cristovão T.C.M.P. de Mesquita (1779 - 1832), era filho de Bernardo, nascido em 1728.
EliminarFoi o Bernardo quem esteve preso às ordens de Pombal.
Gonçalo, quando Pombal governava, ainda não era nascido.
A historieta, a propósito do casamento, que Pombal queria impor, também nunca se passou com Gonçalo. É, no entanto, frequente e aceite essa versão dos factos.
Apesar de tudo, agradeço o reparo.
Cumprimentos
Américo Conceição
Boa tarde.
ResponderEliminarDesculpe insistir, mas não é como diz. Esse Gonçalo Cristóvão nascido em 1779 era filho de outro Gonçalo Cristóvão, nascido em Vila Real em 7,4.1715, por sua vez filho do Bernardo José Teixeira Coelho de Melo Pinto de Mesquita.
Foi o Gonçalo Cristóvão pai, nascido em 1715, que foi perseguido e preso pelo Pombal. Leia, por exemplo. o 'Perfil do Marquês de Pombal', do Camilo, que fala muito dele.
O Gonçalo Cristóvão pai, preso por Pombal em 1761 e libertado por D. Maria em 1777, tinha feito a sua habilitação para a Ordem de Cristo em 1753, como pode ver neste documento da Torre do Tombo, onde também encontra os nomes dos pais e dos avós:
https://digitarq.arquivos.pt/details?id=7686587
Infelizmente há muitos erros e confusões espalhados na internet a respeito dos Gonçalos Cristóvãos, porque tinham nomes iguais.
Cumprimentos,
José Barreto
Mais uma vez lhe agradeço o reparo. A sua opinião é tão veemente que vou consultar outras fontes, pois estando convencido da minha razão e face aos seus argumentos estou, agora, com dúvidas. Cumprimentos.
EliminarNem necessitei de muita pesquisa. Ao direccionar-me para o documento da Torre do Tombo, as minhas dúvidas ficaram desfeitas. Já fiz a correcção que me sugeriu e sinto-me um pouco melhor, pois durante as minhas pesquisas anteriores, cheguei a descrer das afirmações de Camilo Castelo Branco sobre o assunto. Mais uma vez o meu muito obrigado. Cumprimentos
EliminarAmérico Conceição