António Pimenta da Fonseca, industrial em Lever, e que seria
em 1916 um dos responsáveis pela remodelação do teatro Sá da Bandeira, viria a
iniciar nas primeiras décadas do século XX a construção deste edifício, na Rua
de Santa Catarina, e que hoje alberga uma unidade hoteleira no nº 1347.
Em 1933 por portaria do Ministério da Instrução Pública
assinada por Gustavo Cordeiro Ramos então ministro da Instrução Pública, António
Pimenta da Fonseca, já comendador, veria o seu nome ser atribuído a uma escola
de Lever por deliberação em Conselho de Ministros de 28 de Janeiro de
1933.
“ (…) tendo o comendador António Pimenta da Fonseca
prestado relevantes serviços à escola de ensino primário elementar da freguesia
de Lever, concelho de Vila Nova de Gaia”.
Fonte: “doportoenaoso.blogspot.pt”
“A origem do Castelo
Santa Catarina tem início com uma história que remonta ao ano de 1887, altura
do seu primeiro registo predial, quando se dá início, numa primeira fase, à
construção da capela privativa em honra de Nossa Senhora da Conceição, sendo o
Torreão construído posteriormente.
Este edifício foi mandado
edificar pelo Comendador António Pimenta da Fonseca, ilustre industrial têxtil
de reconhecimento internacional.
O Comendador decidiu
construir este espaço para habitação privada familiar, tendo também o intuito
de receber os seus convidados e ostentar o seu poderio económico-social.
Rodeou-se dos melhores
artífices da época de modo a que o produto final fosse de uma tal beleza que
motivasse a admiração profunda de quem o visitasse. Nesta casa o Comendador viu
nascer a sua filha e assistiu ao infortúnio da morte da sua esposa.
Continuou a habitar a
sua residência e aqui casou pela segunda vez. Após o seu falecimento, a sua
esposa e a filha do primeiro casamento não se entenderam em relação às
partilhas e decidiram retirar todo o espólio existente, quer na Capela como no
Torreão, deixando o Castelo de Santa Catarina vazio e abandonado durante longos
anos.
Em 1969, Joaquim
Teixeira Brás, empresário hoteleiro, vendo uma oportunidade única de exploração
deste magnífico espaço e reconhecendo nele características ímpares para o
tornar num hotel de 5 estrelas, decide adquiri-lo.
A transformação em
hotel de 5 estrelas nunca viria a acontecer, por motivos que lhe foram alheios,
nomeadamente os tempos conturbados da época da revolução de abril de 1974 e
anos subsequentes. Não desistindo da ideia de abrir o Castelo à cidade, decidiu
abrir o espaço como Residencial, chamando para seu lado o seu filho, João Brás.
Não foi fácil manter
um espaço com tanta história, preservando-o e adaptando-o às exigências dos
tempos modernos. Este esforço foi reconhecido pela Cidade do Porto, que
classificou o Castelo de Santa Catarina como Edifício com Interesse Patrimonial
e Arquitetónico.
Joaquim Teixeira Brás
faleceu subitamente em 1999, deixando nas mãos do seu filho a tarefa de continuar
o que seu pai tinha iniciado. Em 2008, João Brás tornou-se o legítimo
proprietário do edifício”.
Fonte: “castelosantacatarina.com.pt”
Aguarela - Fonte: “castelosantacatarina.com.pt”
Esta propriedade parece ter sido também pertença de Luciano
Simões de Carvalho, que foi presidente da Câmara do
Porto em 1837 e 1838, e tem o seu nome ligado ao cemitério do Prado do Repouso, pois, quando
foi doado o respectivo terreno pelo bispo do Porto, ele desempenhava aquelas
funções na edilidade portuense e, ainda, à abertura da Rua Gonçalo Cristovão.
Existem em documentos, referências a um portão vindo do
convento das carmelitas, que foi aqui instalado, na então chamada Quinta do
Castelo, sita na Rua Bela da Princesa, que tinha como proprietário Luciano
Simões de Carvalho.
Esse portão, com gradaria de ferro, dava acesso a um pátio
situado a Sul, à face da Rua das Carmelitas, de servidão geral, e teria sido
retirado quando houve necessidade de fazer um novo alinhamento da Rua das
Carmelitas, sendo vendido em hasta pública.
O Castelo de Santa Catarina em 2009 - Ed. arquitecto Nelson
Miguel; Fonte: doportoenaoso.blogspot
O Castelo da Rua de Santa Catarina e a Torre de Belém -
Ed. doportoenaoso.blogspot
“A Torre de Belém foi o modelo do Castelo da
Rua de Santa Catarina, nas suas variações românticas e neomanuelinas do
século XIX… “
Fonte: doportoenaoso.blogspot
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