Casa da Baronesa da
Regaleira ou Palácio
de São Bento da Vitória
Este palacete do século XIX conhecido também pela Casa da Baronesa da Regaleira, fica situado na Rua de S. Bento da
Vitória, nº 12, onde esteve a sede do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) e
onde antes, durante várias dezenas de anos, esteve a Polícia Judiciária.
Mandado construir, c. 1830, por José Monteiro de Almeida, um
comerciante abastado, casado com Ermelinda Allen (1768-1858), a filha de E. W.
Allen, cônsul britânico, foi vendido, mais tarde, a José Gaspar da Graça também
comerciante, passando para posse de sua filha Maria Lopes da Graça e seu marido
Conselheiro António de Oliveira Monteiro, por herança, em 1888, e vendido pelos
descendentes destes em 1928, ao Estado Português.
A baronesa da Regaleira, Ermelinda Allen seria, mais tarde,
viscondessa da Regaleira, tendo adquirido aqueles títulos após a compra, c.
1840, da Quinta da Regaleira, em Sintra.
Numa óptica do contexto da época, diga-se que c. 1831 o
irmão da baronesa, João Francisco Allen começava a construção do seu solar na
Rua da Restauração onde, mais tarde, em edifício anexo, iria fundar e gerir o
chamado Museu da Restauração ou Museu Allen.
A partir da segunda metade do século XIX, o palacete da
baronesa seria, desde 3 de Setembro de 1853, sede do Colégio Podesta e, desde
1857, a sede da repartição dos Correios que, mais tarde, em 1880, seria transferida
para o Palacete da Batalha, dos Guedes da Aveleda.
Albergou depois o Teatro
Vitória e, a partir de 1887, o Liceu Central do Porto.
O edifício foi propriedade do Estado português de 1928 a
2014, tendo sido a sede da Polícia Judiciária do Porto entre 1950 e o ano 2000
e, posteriormente, do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) até 2014. No
ano seguinte foi adquirido por uma promotora imobiliária que, actualmente, o pretende
vender com projecto já licenciado para fins residenciais ou hoteleiros.
O edifício está integrado na área do Centro Histórico do
Porto – Património da Humanidade desde 1996 – e situa-se ainda em zona especial
de protecção da igreja e convento de São Bento da Vitória, classificados como
monumentos nacionais.
“Edifício
profundamente marcado pelo estilo neoclássico.
Na sua fachada podemos
verificar a existência de frontões triangulares nas fachadas embora na fachada
posterior tenha sido retirado após obras de recuperação (1950).
Fachada organizada
segundo os cânones métricos do primeiro quartel do sec. XIX, entablamentos
direitos, frisos lisos. Conjunto bastante formal e estrutural.
Notável embasamento,
onde se evidência o pórtico principal em arco de volta perfeita, ladeado por pilastras;
de discreta elegância.
No interior uma
tradicional e formal organização geométrica dos espaços. Planta quadrada, com
saguão central onde se encontrava a escadaria monumental (demolida), em granito
lavrado e adornado e sobre o conjunto o característico zimbório que ilumina
todo o conjunto.
Destaca-se no
edifício, o vestíbulo de entrada do palácio, a menos adulterada das salas, com
excelentes painéis de azulejos a decorar o conjunto e o monumental pórtico que
dá acesso à escadaria. Todo o vestíbulo é flanqueado por varandas e janelas que
se abrem do mezanino”.
Fonte: “pt.wikipedia.org/”
Casa da Baronesa da Regaleira
Interior do Palacete da Baronesa da Regaleira
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