Palacete da família
Pinto dos Santos
Construído nos finais do século XIX, localizado próximo do
Hospital de Crianças Maria Pia, na Rua da Boavista, nº 743, foi residência da
família Pinto dos Santos, nas primeiras décadas do século XX e, depois, lar universitário
e Externato Lúmen.
Como se pode observar na planta abaixo, de Telles Ferreira
(1892), a propriedade (envolvida pela elipse a azul), em que estava implantado
o palacete tinha serventia (à data) tanto pela Rua da Boavista, nº 535, como
pelas suas traseiras, pela Rua da Paz.
Edifício EMPORIUM
Este edifício fica localizado na esquina da Rua de Sá da
Bandeira e Guedes de Azevedo.
Foi projectado pelo arquitecto Arthur de Almeida Júnior em
1939.
No seu piso térreo alberga desde da década de 70 do século
XX a histórica “Confeitaria Cunha”, fundada noutro local em 1906 como padaria, vindo ocupar aqui um espaço, onde anteriormente se encontrava
instalado um Stand da Volvo.
A confeitaria estribada num restaurante anexo, tem contrato
de arrendamento desde sempre, mas que não irá ser renovado pelo novo
proprietário e, assim, a partir de Abril de 2018, a “Cunha” terá que deixar as
instalações perdendo-se, deste modo, mais um estabelecimento comercial icónico
da cidade, embora ainda esteja a ser tentado que venha a ser declarado pela
autarquia como uma loja histórica, o que impediria o seu fecho.
“O restaurante foi projectado
no início dos anos 70 pelos arquitectos Victor Palla e Bento d'Almeida, que
introduziram em Portugal o conceito de snack-bar, ao desenhar, em Lisboa, o “Noite
e Dia” e o “Galeto” (este inaugurado em 1966). Para a “Cunha”, foram importadas
madeiras e granitos do Brasil e de África e, mais tarde, foi encomendado ao
ceramista Francisco Relógio o painel de azulejos que decora uma das salas”.
Fonte: Isabel Peixoto, In JN
Edifício Emporium – Ed. J. Portojo
Em 2019, a Confeitaria Cunha acabaria por não resistir e acabou por fechar, perdendo-se mais um pouco da memória colectiva.
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