Edifício Parnaso
O Edifício Parnaso, no Porto, projectado pelo arquitecto
José Carlos Loureiro em 1954, por iniciativa do seu proprietário, o compositor
Fernando Corrêa de Oliveira, foi edificado em 1956 e está classificado como
monumento de interesse público.
Viria a servir de modelo ao seu vizinho, onde está
actualmente instalado o Museu Marta Ortigão Sampaio, sendo que esta era irmã de
Feliciana, casada com Fernando Corrêa de Oliveira.
Situado na freguesia de Cedofeita, no gaveto das ruas de
Oliveira Monteiro e Nossa Senhora de Fátima, este edifício de habitação,
comércio e serviços, que deve o seu nome à Escola de Música Parnaso que aí
funcionava (no rés-do-chão), é um importante exemplar da arquitectura moderna
portuguesa.
Segundo a portaria de classificação publicada em Diário da
República o Parnaso "é já uma
referência na história da arquitectura portuguesa, concretizando com elevada
qualidade artística e construtiva os princípios da arquitectura modernista, da
Carta de Atenas e da Organização dos Arquitectos Modernos, de que o autor foi
membro activo".
A mesma portaria destaca "o
domínio das escalas, a utilização de volumes simples que se articulam de forma
harmoniosa e a qualidade plástica global". Loureiro, que nasceu em 1925,
conseguiu com "talento" que o edifício mantivesse "um
generoso afastamento em relação à via pública", criando "um espaço de
desafogo" e impondo simultaneamente "uma
presença marcante no cenário urbano".
José Carlos Loureiro, natural da Covilhã, um dos decanos da
arquitectura em Portugal, hoje com 92 anos, é também autor do Pavilhão Rosa
Mota, nos Jardins do Palácio de Cristal e, entre muitos outros projectos seus de
relevo, estão: a estação fronteiriça de Valença, a Capelinha das Aparições em
Fátima, a Torre Hotel D. Henrique, etc.
Todo o seu acervo profissional foi por si doado, à Fundação
Marques da Silva, à Praça do Marquês.
Sem comentários:
Enviar um comentário