quinta-feira, 12 de outubro de 2017

(Continuação 25)



Edifício Parnaso

O Edifício Parnaso, no Porto, projectado pelo arquitecto José Carlos Loureiro em 1954, por iniciativa do seu proprietário, o compositor Fernando Corrêa de Oliveira, foi edificado em 1956 e está classificado como monumento de interesse público.
Viria a servir de modelo ao seu vizinho, onde está actualmente instalado o Museu Marta Ortigão Sampaio, sendo que esta era irmã de Feliciana, casada com Fernando Corrêa de Oliveira.
Situado na freguesia de Cedofeita, no gaveto das ruas de Oliveira Monteiro e Nossa Senhora de Fátima, este edifício de habitação, comércio e serviços, que deve o seu nome à Escola de Música Parnaso que aí funcionava (no rés-do-chão), é um importante exemplar da arquitectura moderna portuguesa.
Segundo a portaria de classificação publicada em Diário da República o Parnaso "é já uma referência na história da arquitectura portuguesa, concretizando com elevada qualidade artística e construtiva os princípios da arquitectura modernista, da Carta de Atenas e da Organização dos Arquitectos Modernos, de que o autor foi membro activo".
A mesma portaria destaca "o domínio das escalas, a utilização de volumes simples que se articulam de forma harmoniosa e a qualidade plástica global". Loureiro, que nasceu em 1925, conseguiu com "talento" que o edifício mantivesse "um generoso afastamento em relação à via pública", criando "um espaço de desafogo" e impondo simultaneamente "uma presença marcante no cenário urbano".
José Carlos Loureiro, natural da Covilhã, um dos decanos da arquitectura em Portugal, hoje com 92 anos, é também autor do Pavilhão Rosa Mota, nos Jardins do Palácio de Cristal e, entre muitos outros projectos seus de relevo, estão: a estação fronteiriça de Valença, a Capelinha das Aparições em Fátima, a Torre Hotel D. Henrique, etc.
Todo o seu acervo profissional foi por si doado, à Fundação Marques da Silva, à Praça do Marquês.

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