Palacete do Conde de Azevedo ou
Palacete dos Azevedo aos Carvalhos do Monte (Largo 1º de
Dezembro)
“Desconhece-se quando
terá sido construído o Palácio do Conde de Azevedo – também conhecido como Casa
de Santo António do Penedo –, mas o histórico imóvel, que agora está a ser
reabilitado, foi casa de um visconde culto e Repartição da Fazenda.
Casa de Santo António
do Penedo ou Palácio do Conde de Azevedo, casa nobre sita na Rua Saraiva
de Carvalho (outrora Santo António do Penedo). Desconhece-se quando foi
construída, mas terá pertencido aos Pereira de Sampayo.
Em 1771, foi concluída
a escadaria, aquando do rebaixamento da rua.
Vendida ao 1º Visconde
de Azevedo, Francisco Lopes de Azevedo Velho da Fonseca Barbosa Pinheiro
Pereira e Sá Coelho (1809-1876), provavelmente por volta de 1858.
No mesmo ano, o
visconde requereu à Câmara licença para remodelar o palácio e anexar-lhe um
prédio contíguo.
(…) Em 1887, a casa
foi vendida ao Estado que ali instalou a Repartição da Fazenda. Encontrava-se
há vários anos desocupada, (…) ”.
Com a devida vénia a César Santos Silva
Palacete do Conde de Azevedo – Fonte: César Santos Silva, In
“porto24.pt”
Este palacete há anos ao abandono acaba de ser recuperado com
projecto do arquitecto Nuno Pinto Cardoso, dentro dum programa de
habitação colectiva com19 unidades de alojamento:
5 apartamentos em Estúdio
9 Unidades com 1 Quarto Duplo
5 Unidades com 2 Quartos Duplos.
“O Palácio dos Condes
de Azevedo é um edifício com elevado interesse patrimonial localizado no centro
da cidade. Com efeito, o edifício encontra-se referenciado na história da
arquitetura como uma das melhores obras de transição do século XVII para o
século XVIII. Este edifício arquitectónico de traço neoclássico é constituído
por um piso térreo e por um andar nobre. No alçado principal do andar nobre é
possível visualizar que as sacadas apresentam grades do tipo seiscentista, com
11 janelas às quais estão associadas alternadamente entre frontões triangulares
e semicirculares. O projecto de reabilitação levado a cabo, interpreta e
incorpora o legado cultural, patrimonial e histórico do Palácio dos Condes de
Azevedo, numa intervenção de reabilitação consentânea com o elevado valor
patrimonial do edifício”.
Fonte: “premio.vidaimobiliaria.com”
Palacete do Conde de Azevedo antes da última intervenção
Traseiras do Palacete do Conde de Azevedo - Fonte: “premio.vidaimobiliaria.com”
Palácio dos Condes de Azevedo - Fonte: “premio.vidaimobiliaria.com”
Este palacete localizava-se numa área da cidade chamada de
Carvalhos do Monte, interior às muralhas da cidade, perto de um postigo
transformado, posteriormente, na Porta do Sol, com um vasto terreno contínuo,
para além dela que, até às Fontainhas, era denominado de Vale da Asna.
Os terrenos deste vale foram propriedade até ao século XVII
aos fidalgos da Honra de Barbosa, Lugar de Barbosa, em Rãs, Penafiel, D.
Francisco de Azevedo e Ataíde e a sua mulher, D. Maria Brito e Noronha.
O visconde de Azevedo descenderia, assim, daqueles fidalgos.
A "Honra de Barbosa", território com privilégios
especiais, foi um conjunto formado por solar, torre, residência, pelourinho,
prisão, fonte e capela, sendo que, a residência senhorial com torre ameada, foi
fundada no século XII por Mem Moniz de Ribadouro, irmão de Egas Moniz.
Pelourinho da “Honra de Barbosa”
O visconde e, depois, conde de Azevedo (Marrancos, Vila Verde,
21 de Fevereiro de 1809 - Porto, 25 de Dezembro de 1876) foi, ainda
jovem, interveniente nas lutas liberais, ao lado dos realistas teve uma passagem
pela política, tendo sido, sobretudo, um bibliófilo.
Em 1846, chegou a ser governador civil de Braga e Deputado às Côrtes em 1851.
Ficou célebre a sua livraria, que doou em testamento a seu sobrinho
o 2º conde de Samodães.
Como escreveu Pinho Leal na sua obra “Portugal Antigo e Moderno”, em 1876, o conde de Azevedo era proprietário de uma das bibliotecas particulares mais dotadas da cidade do Porto, a par da biblioteca da Associação Comercial.
Como escreveu Pinho Leal na sua obra “Portugal Antigo e Moderno”, em 1876, o conde de Azevedo era proprietário de uma das bibliotecas particulares mais dotadas da cidade do Porto, a par da biblioteca da Associação Comercial.
(…) Era casado com Maria José Carneiro da Grã Magriço que nasceu em 6 de agosto de 1804, da Casa dos Carneiros, na Póvoa de Varzim; Maria José Carneiro da Grã Magriço era descendente do Morgado Pedro Carneiro da Gram da Freguesia de Balazar, Concelho da Póvoa de Varzim, deste casamento não houve filhos”.
Fonte: “wikiwand.com/”
Museu Poveiro
Notícia do falecimento do conde de Azevedo, In “Jornal do
Porto” de 27 de Dezembro de 1876
Sem comentários:
Enviar um comentário