quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

(Conclusão) - Actualização em 19/03/2019


No ano de 1868, Serafim Ribeiro apresentou proposta para a construção da sua futura habitação.  Aquela personagem pertenceu à mesa administrativa da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Senhor do Bonfim e Boa-Morte.


Prédio na Rua do Bonfim, nº 328/ 334 (antes de ser intervencionado) e Fábrica de Tecidos do Bonfim, à direita – Fonte: Google maps


Em 1883, Serafim Ribeiro terá solicitado licença para acréscimo de um novo piso, com a introdução de um terraço e portais em arco quebrado, destacando-se o prédio pela sua fachada coberta de azulejos de tonalidade azulada e branca em contraste com o vermelho sangue das janelas e das portadas.
Em 1921, o prédio foi adquirido por Manuel Pinto de Azevedo que detinha, desde há alguns anos, a sua Fábrica de Tecidos do Bonfim, mesmo ali ao lado.


Prédio na Rua do Bonfim, nº 328/ 334 (depois de ser intervencionado) e Fábrica de Tecidos do Bonfim, à direita – Fonte: Google maps




Casa dos Freire


Situa-se na Rua D. Hugo data de finais do século XVII, princípios do XVIII. Tem dois pisos e possui o brasão dos Coutinhos, Pereiras, Andrades e Bandeiras.
No séc. XVIII o edifício sofreu algumas modificações. O portal que dá acesso ao átrio da casa é encimado por cartela com escudo esquartelado e sobrepujada por coroa. No andar nobre há seis janelas de peito três de cada lado do brasão.
Nesta casa está presentemente sedeada a Fundação Guerra Junqueiro.
É provável que a casa tenha pertencido primordialmente, ao arcediago Luís de Magalhães da Costa, instituidor do morgadio de Oliveira do Douro. António Mateus Freire de Andrade Coutinho Bandeira herdaria a casa do arcediago que foi seu avô, tendo mandado brasonar a fachada da mesma.
Na viragem do século XVIII para o XIX viveu nesta casa, António Mateus Freire de Andrade Coutinho Bandeira (1747-1820), com sua mulher D. Tomazia Joaquina de Mendonça Cardoso Figueira de Azevedo. 
A casa seria vendida à Câmara Municipal do Porto e alberga, hoje, o museu da Fundação Maria Isabel Guerra Junqueiro cuja primeira fase de instalação ocorreria em Abril de 2000, com a consequente abertura ao público, localizando-se mesmo em frente à Casa-Museu Guerra Junqueiro. 
O espólio do Museu da Fundação Maria Isabel Guerra Junqueiro é constituído por antiguidades de diversas origens, adquiridas por Guerra Junqueiro durante a sua vida, numa actividade que era uma verdadeira paixão.


Casa dos Freire de Andrade

Casa dos Freire de Andrade – Ed. IRSU, SIPA



 
 
Situada na Rua da Vilarinha, n.º 477, projectada em 1939, pelo arquitecto José Porto (1883-1965), foi morada do cineasta por mais de quatro décadas.
Os arquitectos Viana de Lima, na decoração dos interiores e Cassiano Branco desenharia os espaços exteriores, colaboraram nos acabamentos da moradia.
Aqui viveu Manuel de Oliveira e constituiu família – quatro filhos e sete netos – durante quatro décadas.
Após a revolução do 25 de Abril de 1974, perdeu-a na sequência de uma hipoteca para pagar um empréstimo que fizera para a remodelação da fábrica de malhas fundada pelo seu pai.
Quando abandonou a casa Manuel de Oliveira rodou um filme intitulado “Visita ou Memórias e Confissões” com texto de Agustina Bessa Luíz.
A casa, a partir de então, foi adquirida por um médico e, depois, por um empresário nortenho do sector imobiliário.
A moradia seria sucessivamente intervencionada pelos arquitectos Eduardo Souto Moura, Gonçalo Ribeiro Teles, Alexandre Burmester e Maria de Fátima Burmester, sendo dotada de um court de ténis, piscina e ginásio.
Em Dezembro de 2013, foi classificada como Imóvel de Interesse Público, no 105º aniversário do realizador.
 
 
 
Casa de Manuel de Oliveira, na Rua da Vilarinha

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