sexta-feira, 9 de julho de 2021

25.130 O Porto à noite (II)

 

Praça da Liberdade, em 1960
 
 
Túnel da Ribeira, em 1960 – Ed. Teófilo Rego


 

Praça da Liberdade e Avenida dos Aliados, em 1960

 
 

Câmara do Porto, em 1965

 

Pavilhão dos Desportos do Palácio de Cristal, c. 1960 – Fonte: AHMP
 
 

Perspectiva sobre a Rua de Santa Catarina obtida a partir da Praça da Batalha, em 1965


 

Rua de Santa Catarina, c. 1960


 

Perspectiva sobre a Rua 31 de Janeiro, em 1965
 
 
 

Rua de 31 de Janeiro – Ed. João Bernardino
 
 
 

Praça dos Leões, em 1965

 

Praça D. João I, em 1968

 

Rua Sá da Bandeira, c. 1960


 

Stand de “A. M. da Rocha Brito”, Rua de Sá da Bandeira, nº 112, c. 1950, junto ao Teatro Sá da Bandeira

 
 


Café Rialto, à Praça D. João I, c. 1960





Praça da Liberdade – Ed. Ruben Oliveira


 

Garagem Guérin, na esquina da Avenida da Boavista e da Rua António José Costa, c. 1960

 
 

Remise da Boavista, c. 1960
 
 
 

Ponte da Arrábida, c. 1967




Ponte Luís I – Ed. João Bernardino
 
 

Ponte Luís I, c. 1960 – Cortesia de Bruno Barbey
 
 
 
 

Sé do Porto e Mosteiro da Serra do Pilar – Ed. Armando Tavares, 2015

 
 

Cais da Estiva – Ed. João Bernardino

 
 

Rua Fonseca Cardoso, em 1962, com a Rua das Musas, à esquerda

 
 

Jardim do Morro em V.N. de Gaia, c. 1960 – Fonte: Arquivo Municipal Sophia de Mello Breyner

terça-feira, 6 de julho de 2021

25.129 Estradas antigas de ligação ao Porto

 
O Porto teve várias estradas de saída da cidade que faziam ligações a vários destinos do norte do País.
Assim, saía-se para Campanhã pela Porta da Batalha em direcção ao Arrabalde (S. Lázaro) palmilhando Entreparedes.


 
Porta da Batalha – Desenho de Gouvêa Portuense
 
 
Tomava-se o Caminho do Padrão de Campanhã (Reimão, Heroísmo, Freixo), passava-se pelo Sítio do Reguinho, Cruzeiro do Senhor de Campanhã e pela aldeia da Formiga, e alcançava-se Campanhã e, mais à frente, Gondomar.
Pela Porta da Batalha, também se encetava a viagem para Trás-os-Montes, entrando na Rua Direita (Santo Ildefonso), avançando pelos Sítios do Campinho e do Pocinho, Largo de Santo André (Poveiros), Largo do Padrão das Almas (Padrão), Mijavelhas (Poço das Patas, Campo 24 de Agosto), Monte do Bonfim, S. Roque, Rio Tinto, Valongo, Paredes, Penafiel e, por aí, fora.
Pela Porta de Carros, vencida a Rua do Bonjardim, até ao Bairro Alto (Gonçalo Cristovão), a ligação ao Largo da Aguardente era feita pela rua com o mesmo nome desse largo.


 
À direita, esteve a Porta de Carros. A Rua do Bonjardim tinha o seu começo, pela esquerda, junto da igreja dos Congregados
 
 
 
Enveredando pela Rua do Lindo Vale (antiga Estrada Velha) até próximo, do que, mais tarde, seria a Rua do Cunha, passar-se-ia pelo Lugar de Aval e com uma contínua inflecção, chegaríamos ao Largo da Cruz das Regateiras (Hospital do Conde de Ferreira), seguindo-se depois as aldeias das Barrocas e Patusca, Sítio da Areosa, Lugar de Ermesinde (freguesia de S. Lourenço de Asnes do Concelho de Valongo) e com o destino a Santo Tirso e Guimarães.
A decisão da construção da estrada para Guimarães foi tomada em 1789, tendo para esse efeito sido José Champalimaud de Nussane, director das Obras Públicas da cidade do Porto, deslocado para executar essa tarefa, quando procedia ao levantamento do cais da Mosqueira ou cais das Pedras, junto da capela do Corpo Santo de Massarelos.
Pela Porta do Olival o primeiro ponto de passagem era a Praça dos Ferradores (Praça Carlos Alberto).



 
Porta do Olival – Desenho de Gouvêa Portuense
 
 
Depois, podíamos seguir a Travessa dos Ferradores (Rua das Oliveiras) e alcançar a Rua Direita de Santo Ovídio (Sovela, 16 de Maio, Mártires da Liberdade), para chegarmos ao Campo de Santo Ovídio (Campo da Regeneração, Praça da República).
Com Braga como destino, seria percorrido um troço da “Via Romana do Itinerário de Antonino” (entre a cidade de Olisipo, actual Lisboa, à capital da região da Callaecia, a cidade de Bracara Augusta, actual Braga, passando por Portuscale, actualmente, o Porto) e ultrapassado o Campo de Santo Ovídio, seguir-se-ia a Lapa e a Capela do Senhor do Socorro, a Rua da Rainha (Rua Antero Quental), o Lugar do Sério (50 metros após o cruzamento com a Rua da Constituição).
Depois, apareceria no horizonte a Arca d’Água, S. Mamede de Infesta, Ponte da Pedra, sobre o Rio Leça e, finalmente, a Maia e mais alguns quilómetros ainda pela frente até chegar a Braga.
Entre a Arca d’Água e S. Mamede de Infesta, a partir de 1786, data da sua inauguração, passava-se pela capela de Santo António do Telheiro. 
Seguia-se a milenar Ponte da Pedra cuja construção remonta ao século II d.C. e, embora, no decorrer dos séculos, tenha sofrido diversas reparações e reconstruções, ainda são visíveis, na sua parte inferior, diversas “pedras almofadadas” características da arquitectura romana.
Pela Porta Nobre e Miragaia, seguindo pela Rua de Sobre-o-Douro, desde de tempos bem distantes, saíam duas estradas, a «Karraria Antíqua» e a «Via Veteris».
Mais tarde, nos primórdios do século XVI, surgiria a «Estrada dos Nove Irmãos», que aproveitaria o trajecto da “Via Veteris” até Modivas e passaria a servir-se, no seu início, da Rua de Cedofeita, após este arruamento ter sido aberto, c. 1800.
Então, chegados ao Largo dos Ferradores, vindos da Porta do Olival, seguiríamos pela Rua da Estrada (Rua de Cedofeita), subíamos à Ramada Alta e, daí, depois, pela Rua da Falperra (Rua 9 de Julho) e Largo do Carvalhido, podíamos:
ir à Aldeia de Francos e deambulando por Ramalde do Meio, passar ao Lugar do Moinho e seguir pelo Viso até alcançarmos a Senhora da Hora e, mais à frente, o Cruzeiro de Santiago de Custóias (próximo da igreja no Largo do Souto);
ou chegar ao Cruzeiro do Padrão da Légua depois de passar por Monte do Burgos e percorrer a Rua de Recarei.
Os dois cruzeiros, atrás referidos, eram pontos importantes para os viajantes.
 
 

Padrão da Légua. Cruzeiro na confluência da Rua de Recarei com a Rua do Senhor
 
 
 

Padrão da Légua, actualmente. Cruzeiro na confluência da Rua de Recarei com a Rua do Senhor – Ed. Manuela Campos


 

Placa quilométrica junto do cruzeiro do Padrão da Légua – Ed. Manuela Campos

 
A partir de determinado momento, era também possível percorrer a Rua de Cedofeita e, ganhando o Carvalhido, pela Falperra (Ramalda Alta) e pelo chão da actual Rua 9 de Julho, percorrer a Rua do Monte dos Burgos e atingir, passando pelo lugar do Seixo, o Padrão da Légua.
Algum tempo depois, o acesso ao Carvalhido era feito pela actual Rua de Oliveira Monteiro que, à época (1868), começaria a ser aberta e denominada Estrada da Boavista ao Carvalhido.
A Rua do Monte dos Burgos, cujo topónimo só aparece já em pleno século XIX deverá, na opinião do historiador Joel Cleto, associar-se a Bulgos (um género de seixos marinhos) e, esta palavra, no seu entender, teria evoluído para Burgos, por uso popular. É já plenamente aceite pelos entendidos na matéria, que os terrenos em apreço, em tempos que já lá vão, estariam debaixo do mar.
Acontece que, para lá da actual Estrada da Circunvalação, encontramos o lugar do Seixo e tudo começará a fazer sentido.
Por outro lado, há quem entenda que o topónimo Monte dos Burgos estará ligado a uma pequena posição fortificada ou torre de vigia, denominada de Burgus, que geralmente controlava uma rota principal e que se tornou uma realidade no período posterior do Império Romano e, particularmente, nas províncias germânicas. Por cá, há boas hipóteses de ter havido uma intervenção dos Suevos, muito ligados ao desabrochar da cidade do Porto.
Como os terrenos a que se refere o topónimo, em causa, integravam o velho caminho entre Calle (Gaia)/Porto e Braga, do Itinerário de Antonino, parece ser esta uma boa hipótese para o topónimo em apreço.

 

Desenho de um “Burgus” – Cortesia de Richard Mayer, In “en.wikipedia.org/”


Antes da abertura da Rua do Monte dos Burgos, de traçado actual bem rectilíneo, seria um caminho por entre propriedades agrícolas, mas integrado numa via a que era dado o nome, em toda a sua extensão, de Estrada Real do Porto à Póvoa de Varzim.
Esta importante via era referida no anúncio seguinte:

In "Jornal do Porto", em 12 de Abril de 1891




 
Via Veteris (Estrada Velha)
 
A "Via Veteris", ou seja, "Estrada Velha" era uma antiga estrada de origem romana que ligava o Porto a Vila do Conde.
Durante o reinado D. Afonso III (1210-1279), em meados do século XIII, passaria a ser conhecida como Via Veteris (Estrada Velha).
Primitivamente tinha o seu início junto ao rio Douro, percorreria a Rua de Sobre-o-Douro e pela zona da Arrábida, entre o Couto de Lordelo e Cedofeita, alcançava, por fim, o Cruzeiro de Santiago de Custóias (Largo do Souto, referido em 1258, como “ad crucem Sancti Iacobii Costoyas”, a Cruz de Santiago de Custóias).
Atravessando o rio Leça na ponte de D. Goimil, daqui, rumava-se por Pedras Rubras, Aveleda, Modivas, Vairão e atravessava-se o rio Ave.
Alcançando Rates, flectindo para a costa atingia-se a Barca do Lago e continuava-se para Viana do Castelo.
Em Rates, rumando para Norte, chegaríamos a Barcelos.

 
 

Percurso inicial da Via Veteris até Mosteiro de Vairão
 
 
 
O seu traçado era comum ao da Karraria Antíqua, até ao Padrão da Légua.
Um pouco antes do lugar onde, mais tarde, foi implantado aquele padrão, pendia para a esquerda, em direcção a Santiago de Custóias, passando não muito longe da igreja paroquial.
Seguia então, pela ponte medieval de D. Goimil (ou de Esposade), para Petras Veyras (Pedras Rubras).
 
 
 

Ponte de D. Goimil – Ed. Manuela Campos
 
 
 
Esta via apenas faz fronteira no Padrão da Légua e em Goimil, com a freguesia de Custóias.
Foi este percurso calcorreado, em sentido inverso, por D. Pedro IV, após ter desembarcado nas praias de Pampelido para alcançar a cidade do Porto.
 
 
 
Karraria Antíqua
 
 
A “Karraria Antíqua” (actual caminho jacobeu Central Português), citada na documentação medieval, seria uma estrada secundária de origem romana e, dessa altura, conservaria o lajeado em partes consideráveis do seu percurso, sendo larga, o suficiente, para a “passagem de carros”.
O Caminho Português Central, também conhecido por Caminho Real é o nome com que se designa a rota que segue a antiga Estrada Real, nº 30, que ligava Porto, Barcelos, Ponte de Lima e Valença.
 
 
 
 

Caminho inicial da Karraria Antíqua até Gemunde
 
 
A Karraria Antíqua chegada ao Padrão da Légua seguia em frente por Gondivai e Araújo, atravessando o rio Leça na Ponte dos Ronfes.
Por isso, imediatamente a seguir ao cruzeiro situado bem perto da Igreja do Araújo, por um caminho estreito alcançava-se, após vencer uma descida acentuada, à direita, a ponte dos Ronfes que já foi a ponte de Barreiros ou da Azenha, resquício certamente da velha estrada.

 
 
Igreja do Araújo
 
 
 

Cruzeiro do Largo do Araújo – Ed. Manuela Campos

 
 
Atravessada a ponte e, actualmente, mais à frente a Via Norte, a Karraria Antíqua passando ao lado da Quinta dos Cónegos, subia para Moreira da Maia, onde cruzava com a estrada Olisipo - Bracara Augusta.

 
 

Ponte de Ronfes ou Ponte da Azenha – Ed. Manuela Campos
 
 
Aqui, na Maia, passando por Barreiros e Gemunde, embrenhava-se no concelho de Vila do Conde através da freguesia de Vilar do Pinheiro, Igreja de São Gonçalo de Mosteiró, Malta, Igreja de São Gião, Castelo medieval de Castro Boi, Mosteiro de São Bento de Vairão e continuava o seu percurso, atingindo o rio Lima, onde entroncava noutra via romana estruturante que ligava Bracara a Asturica Augusta (Astorga).
 
 

Karraria Antíqua entre Gemunde e Vairão – Fonte Google maps

 
 
Na origem, primitivamente, a chegada a Ponte de Lima fazia-se junto à margem do rio, na gafaria de São Vicente. Mais tarde, a chegada era pela Porta do Souto (actual recinto da feira).
 
 
 
 
Estrada dos Nove Irmãos
 
 
O traçado desta estrada construída nos princípios de século XVI seguia, até ao Araújo, o traçado da «karraria», que retomava na margem direita do rio Ave.  
Foi também chamada de Estrada Velha depois da construção da estrada nacional (Porto – Viana do Castelo) em 1867.
Partia da Rua de Cedofeita, após esta ter sido aberta, passava pela Ramada Alta, Carvalhido, Padrão-da-Légua, Araújo.
Aí, passou a derivar para a ponte de Moreira, então construída, atravessando o lugar de Custió, lançada sobre o Rio Leça, hoje, exactamente ao lado de uma mais moderna.
Daí subia-se ao Mosteiro de Moreira (Padrão de Moreira).

 
 

Ponte de Moreira sobre o rio Leça, em Custió, lado a lado com outra mais moderna – Ed. Graça Correia
 
 
No ano de 1867, foi inaugurada a Estrada Nacional do Porto a Valença, para a qual se aproveitou, até ao Padrão de Moreira, o leito da Estrada dos Nove Irmãos.
Em 1 de Setembro de 1865, era dado como concluído o trajecto entre o Porto e a Póvoa de Varzim, como dava conta a notícia abaixo.
 


In "Jornal do Porto" de 1 de Setembro de 1865


 

Padrão de Moreira, junto à Estrada Nacional nº 13 – Ed. Manuela Campos
 
 
Seguia depois pelo leito actual da estrada nacional, para o território da freguesia de Modivas, onde passava pelos lugares de Sete, Arada, Padinhos, Nove Irmãos, Revilhões, prosseguia na direcção da freguesia de Gião, onde passava nas imediações da sua igreja. Mais adiante, circula entre as freguesias de Fajozes e de Vairão, onde passa ao largo do Mosteiro com o mesmo nome e do Castro Boi, atingindo a margem sul do rio Ave, na freguesia de Macieira da Maia, atravessando-o sobre a ponte de D. Zameiro.
Segue-se a Junqueira e, com muitos mais quilómetros percorridos, chegaríamos a Barcelos.

 
 

Estrada dos Nove irmãos até à Junqueira
 
 
 
 

Ponte D. Zameiro



A velha estrada nacional 13 – EN 13

 
Esta via é a mais antiga ligação entre o Porto e a Galiza funcionando, hoje, em muitos troços, apenas itinerários urbanos.
Actualmente, a autoestrada, A 28, assegura a ligação rápida entre o Porto e Espanha.
A descrição do Professor Doutor Hernâni Monteiro, catedrático de Anatomia Topográfica, lida numa conferência na sede do Centro Universitário do Porto da Mocidade Portuguesa, na noite de 21 de Abril de 1947, a propósito de uma excursão a Pontevedra dos quintanistas de Medicina, dá-nos uma ideia do seu traçado.
 
 
“Deixaremos o Porto de manhãzinha, metendo pela estrada de Monte dos Burgos. Se o dia estiver de feição — alegre e de sol — rápida vai parecer a viagem, tanta é a beleza da paisagem que se desdobra até à fronteira, sempre pela beirinha do mar. Ao sossego de Vila do Conde sucede o movimento, enorme no verão, da praia da Póvoa, com seu casino de perdição. Depois dos lendários cavalos de Fão e do mar de Espozende, atravessaremos a ponte sobre o bucólico Rio Lima, cortaremos Viana do Castelo, mal tendo tempo de erguer os olhos para o alto de Santa Luzia, que nos acena com a tentação de um dos mais deslumbrantes e variados panoramas do mundo, e depressa veremos a praia de Âncora, mais além um fechado túnel de verdura, ensombrado como nave de velha catedral, e, chegando a Caminha, logo se mostrará, do lado oposto do largo estuário do rio Minho, a costa espanhola, donde se levanta a perfilada sentinela do monte aguçado de Santa Tecla, com a sua citânia, à semelhança da nossa de Briteiros. E, agora, é já Valença... e a ponte internacional... e Tuy.
Duas paragens forçadas —a Polícia, a Guarda Fiscal. Ver documentos, revistar a caminheta e as malas. Para quê, se não são homens de negócios que escondem contrabando, mas sim um grupo de moços estudantes, de olhos perdidos nos longes da paisagem, nesse desejo louco de avistar na linha do horizonte qualquer coisa dos sonhos que levam nos corações? E que melhor tesoiro hão-de querer, se
«A riqueza
Não é dispor de dinheiro,
Mas abrir a alma à Beleza,
Sentindo-a no mundo inteiro» (!) ?
Ao deixarmos Tuy e a sua pesada Catedral, nascida há oito séculos, não esqueceremos que a antiquíssima cidade foi dada como berço do célebre médico e filósofo de seiscentos, o braca- rense Francisco Sánchez, mestre em Mompilher e Tolosa, precursor, com o seu «Quod nihil scitur», das doutrinas de Bacon, Descartes e Pascal.
Agora, se houver paciência para suportar um troço mau de estrada, dentro de uma hora já poderemos poisar os olhos curiosos nas águas brilhantes da formosa baía de Vigo e nas colinas verdes que a cercam, e passear, despreocupados, nas ruas desafogadas da cidade onde nasceu, em 1824, o glorioso almirante Méndez Núnez, intrépido marinheiro, cujo nome célebre se topa a cada passo em terras de Espanha a baptizar praças, ruas e hotéis. Havemos de descer à câmara do barco que o levava por sobre as ondas do mar, quando visitarmos, na passagem por Pontevedra, o curioso e bem cuidado Museu, e teremos ocasião de ver a sua estátua em Vigo e Compostela”.
 
 
Pelo perfil da EN 13, assentava a icónica ponte Eiffel, em Viana do Castelo.
 
“Feita em ferro e desenhada no gabinete de Gustave Eiffel, a ponte que liga as duas margens do Lima, entre a cidade de Viana do Castelo e a vila de Darque, foi inaugurada a 30 de junho de 1878, tendo sido construída para substituir a antiga e precária ponte de madeira.
A ponte Eiffel de Viana do Castelo foi a primeira ponte rodoferroviária (de dois tabuleiros sobrepostos) construída em Portugal, tem 645 metros de comprimento e dois tabuleiros metálicos, sendo o superior rodoviário, para trânsito automóvel e pedestre, e o inferior ferroviário”.
Fonte: “olharvianadocastelo.pt”
 
 
 


Ponte Gustave Eiffel, em Viana do Castelo