Estádio das Antas
“Em 14 de Setembro de
1933 surge a ideia do novo estádio do Futebol Clube do Porto. Teve projeto do
arq.º Oldemiro Carneiro e eng.º Miguel Resende. Situado na antiga quinta de
Salgueiros, os 48.000m2 foram comprados em 8 Fevereiro de 1948. Construído de 4
de Dezembro de 1949 a 28 de Maio de 1952, sendo inaugurado com o jogo
Porto 2-Benfica 8.
Sonho persistente e
acarinhado ao longo dos anos pelos adeptos azuis e brancos, cresceu com o tempo
e implantou-se em definitivo na zona que lhe ofereceu o epíteto, já que a sua
designação oficial era Estádio do Futebol Clube do Porto. Com o passar do
tempo, mudou de aparência várias vezes, ganhando lugares e uma arquibancada,
tal como o relvado rebaixado, e a zona envolvente dotou-se de campos de treino,
pavilhões gimnodesportivos, piscina coberta, uma Sala de Bingo e,
posteriormente, de uma renovada e ampliada área administrativa, que se instalou
na emblemática Torre das Antas. Dos incontáveis momentos de glória portista
vividos ao longo dos anos, sobressaem vitórias internacionais, celebrações de
conquistas (algumas inéditas no futebol português), ciclos triunfais e
instantes de apoteose que atribuíram ao recinto uma aura mítica, que resiste na
memória de todos quantos testemunharam o processo que conduziu o Dragão ao mais
elevado estatuto desportivo europeu e mundial”.
Fonte – Site: “fcporto.pt”
Aqui havia de nascer o Estádio das Antas – Fonte: paulobizarro.blogspot
Cerimónia de entrega dos terrenos - Fonte: paulobizarro.blogspot
Na foto acima, a 4 de Dezembro de 1949 o Ministro das Obras
Públicas Frederico Ulrich e o Sub-Secretário da Educação fazem entrega dos
terrenos onde seria construído o Estádio das Antas.
A evolução das obras em 1951 – Fonte: paulobizarro.blogspot
Chegada da equipa do SL Benfica para a inauguração do Estádio das Antas
A 28 de Maio de 1952, o SL Benfica é o convidado para a inauguração do
estádio das Antas, vencendo o FC Porto por 8-2.
A 11 de Março de 1955 o FC do Porto é eleito, por aclamação,
sócio honorário do SL e Benfica…Outros tempos!
Vista do antigo Estádio das Antas, c.1955 - Ed.
PortoDesaparecido
Estádio e campo de treinos
Vista aérea do Estádio das Antas sem campo de treinos
“Construído para
substituir o campo da Constituição, o "estádio do Futebol Clube do
Porto", na designação oficial, ocupava 63.220 m2, tendo inicialmente
capacidade para 44 mil espectadores, distribuídos por três bancadas – duas
superiores e uma lateral. O lado leste do campo não tinha bancada, sendo
chamado porta da Maratona. O estádio foi inaugurado em 1952, numa pomposa
cerimónia que contou com a presença do então presidente da República, Craveiro
Lopes. Dez anos após a inauguração, o recinto foi dotado de iluminação elétrica
e, em 1976, foi construída uma bancada ao longo da lateral leste do campo,
acrescida de um segundo anel – a arquibancada –, aumentando a capacidade do
estádio para 65 mil lugares. Em 1986, o rebaixamento do campo permitiu alcançar
o máximo de capacidade: 95 mil lugares. Na década seguinte, a melhoria de
condições de conforto e de segurança ditaram a redução para 55 mil lugares.
Com a inauguração do
estádio do Dragão em novembro de 2003, o velho estádio das Antas acabou por ser
demolido em março e abril de 2004. Nos 52 anos de existência, no estádio das
Antas, o FC Porto sofreu 80 derrotas, empatou 119 vezes e venceu 803 jogos”.
Com a devida vénia a PortoDesaparecido
Inicialmente nos baixos a toda a volta do estádio existia o
chamado ”Peão”.
Estádio do Dragão
“A força da
modernidade tornou imperioso um novo passo no enriquecimento patrimonial do FC
Porto, dotando-o de um estádio moderno, mais funcional, mais cómodo e melhor
ajustado às exigências do futebol ao mais alto nível e da excelência
indissociável do historial portista. A realização do Euro 2004 proporcionou a
mudança e o Dragão, obra da autoria do arquitecto Manuel Salgado, nasceu,
localizado um pouco abaixo daquele que, com respeito pelo passado e orgulho no
presente, substituiu enquanto palco da distinção azul e branca. Com capacidade
para 50.399 espectadores, dotado de valências únicas que, enriquecidas pela
colocação de espaços verdes e pela reestruturação das vias anexas ao complexo
desportivo, residencial e comercial, materializam uma nova centralidade na
cidade do Porto, o Dragão afirma-se como ponto de referência desportivo e
cultural da cidade e da região. A cerimónia inaugural ocorreu a 16 de Novembro
de 2003, tendo como instante maior o encontro particular entre o FC Porto e o
convidado de honra Barcelona, que terminou com vitória azul e branca por 2-0.
Posteriormente, o Estádio do Dragão acolheu o jogo de abertura do Euro 2004,
discutido entre as selecções de Portugal e da Grécia, e foi palco da
deslumbrante caminhada portista rumo à conquista da Europa, na época 2003/04”.
Fonte – Site: “fcporto.pt”
Estádio do Dragão – Ed. “megaengenharia.blogspot.pt”
Salgueiros-FC Porto no Campo do Covelo
Na foto acima, um jogo que aparenta ser no Campo do Covelo,
onde o SC Salgueiros se instalou entre 6 de Março de 1922 e 30 de Março de 1930.
Salgueiros vs FC Porto, no Covelo
“Decorria o ano de
1911, e um grupo de amigalhaços, o Joaninha (João da Silva Almeida), o Aníbal
Jacinto e o Antenor, depois de assistirem a um Porto-Benfica no Campo da
Rainha, reuniram-se e resolveram fundar um clube de futebol.
Embora parecendo um
impulso de euforia após um Porto-Benfica, de facto, junto do candeeiro 1047,
entre as ruas da Constituição e Particular de Salgueiros, nasce o sonho de um
grupo de rapazes, e que começou a ganhar forma e daí nasceu o Sport Grupo e
Salgueiros, esse mítico Clube da Cidade Invicta. Embora já houvesse nome, era
necessário dar forma à equipa! Com muita carolice, todas as noites após o
trabalho e o jantar, os "rapazes" reuniam-se debaixo do candeeiro
1047 para debater e acertar ideias, e começar a construir o clube.
O Clube oficializa-se
com os primeiros jogos, mas era necessário arranjar dinheiro para comprar
camisolas e umas botas para os jogadores. Estava-se próximo do Natal de 1911 e
os "rapazes" lembraram-se de organizar um grupo de Boas Festas e
foram cantar as janeiras aos vizinhos de porta em porta, estendendo o boné!
Angariaram a modesta quantia de 2.800 Reis, o que lhes permitiu comprar a primeira
bola de futebol.
Bola já havia, mas
faltavam as camisolas. Ficou decidido que estas seriam vermelhas, tal como as
do Benfica, distanciando assim do futuro rival que vestia de azul e branco, o
FC Porto. Seria então de vermelho, vermelho cor de sangue e paixão que seriam
as camisolas do Sport Grupo e Salgueiros até aos dias de hoje! O primeiro
terreno seria na Arca D´Água, onde o clube teve como primeiros adversários o
Sport Progresso, o Carvalhido Football Clube entre outros. A partir daí o Sport
Grupo e Salgueiros começou a sua longa caminhada no futebol nacional.
Na época de 1916/17 o
clube ostentava a designação de Sport Porto e Salgueiros, esta mudança de nome
deve-se a uma questão de orgulho. Em 1920 após uma profunda crise do Sport
Porto e Salgueiros, o Clube decidiu fundir-se com o Sport Comércio, outro clube
da cidade, e surgiu então o Sport Comércio e Salgueiros como hoje conhecemos”.
In pt.wikipedia.org
Antes de começar a jogar no Campo Covelo, na Quinta do
Covelo, inaugurado em Fevereiro de 1922, o SC Salgueiros actuou, a partir de 17 de Julho de 1917, num
campo de futebol situado na zona de Arca d´Água, num terreno cedido pela Câmara
Municipal do Porto.
Em 1929, após o
falecimento do proprietário da Quinta do Covelo, o novo proprietário, Manuel
Pereira da Rocha Paranhos, denuncia o contrato de arrendamento, pelo que o Salgueiros
teve de procurar novo campo.
No ano de 1932, um terreno, situado na freguesia de
Paranhos, foi cedido ao clube, no que viria a ser o Campo Engº Vidal Pinheiro.
Localização provável do Campo do Covelo – Fonte: Google maps
“A primeira grande
crise aconteceu sete anos depois da fundação. O clube, entretanto já conhecido
como Sport Porto e Salgueiros, suspendeu a sua actividade depois de ser
impedido de participar nas provas da Associação de Futebol do Porto por o seu
campo, em Arca d’Água, não ter as medidas regulamentares. Em 1920 dá-se a fusão
com o Sport Comércio, altura em que ganhou a actual designação, Sport Comércio
e Salgueiros.
A equipa de futebol
atingiu a categoria máxima do futebol português pela primeira vez em 1943/44 -
alguns anos antes de ter permitido um comício da campanha de Norton de Matos em
Vidal Pinheiro, irritando o regime de Salazar -, mas o convívio com os grandes
não foi fácil…
Mas nem só de futebol,
modalidade em que bateu os três grandes de Portugal, vive e viveu o Salgueiros.
Os seus primeiros campeonatos nacionais surgiram através do andebol, modalidade
em que chegou a ter grandes equipas.
No andebol de sete, o
mais conhecido, foi mesmo o segundo campeão nacional da história (1952/53) e é
uma de apenas sete equipas que foram capazes de vencer o campeonato...
No início deste
século, depois de anos de má gestão, o Salgueiros afundou-se numa crise
financeira gravíssima, de que resultou a queda da sua equipa de futebol, a mais
representativa do clube, nos escalões inferiores, que incluiu uma despromoção
administrativa da Liga de Honra e terminou, em 2004, na extinção dos seniores,
uma vez que o clube estava (e está) impedido de inscrever novos jogadores”.
Fonte: Jornal “Público”
“Em 1949, foi Vidal
Pinheiro o grande responsável por um ato que viria a tornar o Salgueiros um
ícone da luta pelo fim da ditadura, mas que marcaria também para sempre a
relação do regime com o clube do Porto.
Na corrida de José
Norton de Matos à Presidência da República contra o Marechal Carmona, candidato
do regime, a oposição quis fazer um comício no Porto. E quando tantas outras
portas se fecharam, as do estádio do Salgueiros escancarou-se para receber o
homem que representava a esperança de maior liberdade.
«Esse foi um dos
momentos que tornou o Salgueiros num símbolo da resistência. Estiveram milhares
de pessoas no comício da oposição e tudo correu sem incidentes», garante José
Pedro Reis. A repercussão desse momento de contestação ao regime, porém, foi
grande, orgulha-se o historiador do Salgueiros.
«Foi por causa do que
aconteceu naquele estádio que Salazar proibiu, daí em diante, a realização de
comícios políticos em estádios de futebol. Ele percebeu a força que aquilo
podia ter e não quis que se repetisse», revela.
O clube sofreu,
depois, com a vingança do regime, que passou, desde logo, pela retirada de
todos os apoios. A ousadia saiu cara e, só por isso, aquele momento
não foi uma vitória total de Alexandre Vidal Pinheiro.
Foi, contudo, a última
que teve em vida o homem que faleceria em setembro de 1950, com apenas 47 anos,
numa altura em que já tinha sido eleito por unanimidade
presidente honorário do Salgueiros.
A história
encarregou-se do resto. O Estádio Vidal Pinheiro tornou-se um dos mais míticos
do futebol nacional das décadas de 80 e 90. Hoje, é verdade, já não existe. O
local onde outrora jogaram os nomes maiores do futebol é agora paragem de
metro. A história que ali corre, porém, é difícil de apagar.”
Cortesia: Adérito Esteves
Campo engenheiro Vidal Pinheiro na década de 60 - Fonte:
“gloriasdopassado.blogspot.com”
O campo engenheiro Vidal Pinheiro
Estádio engenheiro Vidal Pinheiro na década de 90 - Fonte:
“gloriasdopassado.blogspot.com”
Construção da estação do metro no espaço do antigo Estádio engenheiro
Vidal Pinheiro - Fonte: “gloriasdopassado.blogspot.com”
Terreno em Arca d’Água - Ed MAC
Após o Vidal Pinheiro ter passado no início do século XXI a
estação do Metro, foi o terreno da foto acima prometido pela CMP ao Sport
Comércio e Salgueiros para levantar o seu campo de jogos no século XXI,
promessa que nunca se concretizou.
Em 10 de Agosto de 1912 dois representantes do Leixões S. C. juntamente com dois do F. C. Porto fundaram a Associação de Futebol do Porto, porém o Leixões não participou na primeira edição do Campeonato do Porto aparecendo, apenas, na segunda, tendo perdido por 7-2 com o Académico F. C.
No fim de década de 1930, o Leixões Sport Club rumaria ao Campo de Santana.
O Campo de Santana que foi inaugurado, na Rua Silva Pinheiro, em 1939, tinha uma lotação de 10 0000 lugares.
Hoje, a área que ocupou está servindo como um parque automóvel descoberto, próximo à Escola Secundária Augusto Gomes e ao chamado “Bairro do Tarrafal”, pois estes terrenos, durante muitos anos, eram arrabalde da vila de Matosinhos.
Em 1 de Janeiro de 1964, o Leixões SC abandonava o Campo de Santana e rumava para um estádio, construído de raiz, para os lados da Cruz de Pau. Edificado, em grande parte, com as dádivas dos pescadores, através de uma percentagem das vendas dos cabazes de sardinha, viria a chamar-se “Estádio do Mar”.
O projecto do novo estádio foi concretizado pelo arquitecto José Carlos Loureiro.
O Dr. Edison de Magalhães era, à data, o presidente da Associação de Futebol do Porto, um das várias personagens que possibilitaram o surgir do estádio, cuja 1.ª pedra foi lançada em 1960.
Sede do Sport Comércio e Salgueiros na Rua de Álvares Cabral
– Fonte: Google maps
Na foto acima na Rua Álvares Cabral, no prédio central que
tem um mastro de bandeira na varanda, esteve a sede do Sport Comércio e
Salgueiros. No prédio à sua direita no nº 360, esteve o Ginásio Haltere do Porto
desde a sua fundação, entre outros, por um campeão de halterofilismo de seu
nome Manuel Lago Barbosa em 1 de Dezembro de 1955 até Agosto de 2005.
Anteriormente, a sede do Salgueiros tinha passado pelo prédio da Rua do Rosário onde esteve desde o século XIX o Hotel do Louvre.
Anteriormente, a sede do Salgueiros tinha passado pelo prédio da Rua do Rosário onde esteve desde o século XIX o Hotel do Louvre.
O Salgueiros 08
que sucederia ao Sport Comércio e Salgueiros é um clube constituído em 2008 e
que procura não deixar morrer o histórico clube de Paranhos.
O antecessor Sport Comércio e Salgueiros foi declarado
insolvente por um juiz em 2013, após um longo processo judicial.
Após a descida à II Liga em 2001/2002, mergulhado em
dívidas, o Salgueiros iniciou uma descida às profundezas do futebol português,
terminando com o futebol sénior em 2004/05.
Pelo caminho, ficou sem o Estádio Vidal Pinheiro - vendido à
Metro do Porto em troca de uns terrenos em Arca D'Água onde nunca chegou a ser
construído um novo recinto - e sem a sede do clube na Rua Álvares Cabral.
A Câmara do Porto cede em Janeiro de 2015 dois
edifícios na Rua de Leonardo Coimbra ao “Sport Clube Salgueiros 08”, para que
este possa instalar aí a sua sede e serviços administrativos.
O novo edifício sede do Salgueiros 08- Fonte: Google maps
Leixões Sport Club
Quanto é possível comprovar, pode afirmar-se com segurança, que o Leixões Sport Club nasceu, efectivamente, em 28 de Novembro de 1907 (quando a vila de Matosinhos pertencia ao concelho de Bouças e se estava, ainda, em tempo da Monarquia), como resultado do esforço de um triunvirato de clubes matosinhenses, a saber:
1 – Grupo Lawn – Tennis Prado
2 – Grupo Lawn – Tennis de Matosinhos
3 – Grupo Leixões Foot-Ballers
Assim, num Domingo de Março de 1907, pelas 10 da manhã, no campo de jogos do Foot-Ball Club do Porto, no Campo da Rainha, já se tinha realizado “um match” entre o 2º “team” do mesmo e o 2º do “Grupo Leixões Foot-Ballers”. O resultado foi de empate a 1 golo.
O “Grupo Leixões Foot-Ballers” alinhou assim: a “goal-keeper”, Aloysio Paiva; a “full-backs”, Joaquim Basto Júnior e Ruy Teixeira; a “half-backs”, Alexandre Alves da Silva, Dick Lowe e Júlio Gama; a “forwards”, Napoleon Marr, Paes Teixeira, Adolpho Gesta, Danvers e António Leite de Faria.
O “Grupo Leixões Foot-Ballers” existente desde Fevereiro de 1907, tinha o seu campo situado na zona do actual cruzamento da Rua Brito Capelo com a então inexistente Av. da República.
O recinto não tinha vedação e as balizas eram desmontáveis (jogava-se sem redes e, quando havia golo, este era aceite desportivamente por todos. Aliás nos primórdios do futebol não existiam árbitros).
Entretanto, formada uma Comissão Especial por elementos dos três clubes fundadores foi, após deliberações tomadas numa Assembleia Geral do “Grupo Leixões Foot-Ballers”, em 1 de Dezembro de 1907, considerada como definitivamente constituída a fusão dos três clubes fundadores e o novo clube que daí resultava, passaria a chamar-se Leixões Sport Club.
Em 8 de Janeiro de 1908, em Assembleia Geral, seriam aprovados os Estatutos e realizada a eleição dos primeiros Corpos Gerentes do Leixões Sport Club.
O novo clube matosinhense passaria a jogar num campo situado na Rua Conde Alto Mearim.
Foi o caso de um encontro efectuado, após a sua fundação, entre duas equipas do Leixões Sport Club que, para além de quase todos os sócios, teve a presença de grande número de convidados entre os quais muitas senhoras, vendo-se representadas as mais distintas famílias de Matosinhos, Leça da Palmeira, Foz e, ainda, muitas do Porto.
De uma verdadeira imponência foi, também, a récita festiva igualmente promovida pelo Leixões Sport Club e realizada no Theatro Constantino Nery, na noite de quinta-feira, dia 20 de Fevereiro de 1908.
Cerca de um mês antes, em 5 de Janeiro de 1908, Domingo, 11:00 h, no campo do Foot Ball Club do Porto, na Rua da Rainha, defrontam-se os primeiros teams do Foot Ball Club do Porto e do Leixões Sport Club, ganho pelo Foot Ball Club do Porto por 7 - 1 e, no qual, a equipa do Leixões Sport Club alinhou da seguinte forma:
Goal keeper - Aloysio Paiva;
Backs - Carlos Roque e Rui Teixeira;
Halfbacks - José Teixeira, José Lemos Pacheco e A.Teixeira;
Forwards - Francisco de Faria da Veiga Cabral, Américo de Lemos Pacheco, Adolpho Gesta, António Claro e Durval Martins.
“O 1.º campo, o CAMPO DAS TAIPAS, foi arrendado na R. Conde de Alto Mearim por 60 mil réis anuais pagos em 2 prestações adiantadas, tendo sido autorizadas pelo senhorio apenas as obras necessárias para a prática do futebol, do ténis, do cricket e do croquet não admitindo o senhorio a colocação de saibro para não alterar a qualidade do terreno que era de plantação de couves e batatas.
A sede social não existia e então as reuniões eram em casa dos dirigentes, pois o barraco existente no campo só servia para arrecadação, e mal.
(…) Como o Campo das Taipas já não chegava, foi abandonado e, a 29/09/1909, foram arrendados uns terrenos com cerca de 11 mil metros quadrados por 150 mil réis. A entrada principal era pela R. Tomás Ribeiro e ladeavam-no as ruas de Afonso Faria, de Azevedo Coutinho e de António Augusto de Aguiar, actualmente, R. Mouzinho de Albuquerque, Av. da República e R. de D. João I”.
Cortesia de José Rodrigues
Quanto é possível comprovar, pode afirmar-se com segurança, que o Leixões Sport Club nasceu, efectivamente, em 28 de Novembro de 1907 (quando a vila de Matosinhos pertencia ao concelho de Bouças e se estava, ainda, em tempo da Monarquia), como resultado do esforço de um triunvirato de clubes matosinhenses, a saber:
1 – Grupo Lawn – Tennis Prado
2 – Grupo Lawn – Tennis de Matosinhos
3 – Grupo Leixões Foot-Ballers
Assim, num Domingo de Março de 1907, pelas 10 da manhã, no campo de jogos do Foot-Ball Club do Porto, no Campo da Rainha, já se tinha realizado “um match” entre o 2º “team” do mesmo e o 2º do “Grupo Leixões Foot-Ballers”. O resultado foi de empate a 1 golo.
O “Grupo Leixões Foot-Ballers” alinhou assim: a “goal-keeper”, Aloysio Paiva; a “full-backs”, Joaquim Basto Júnior e Ruy Teixeira; a “half-backs”, Alexandre Alves da Silva, Dick Lowe e Júlio Gama; a “forwards”, Napoleon Marr, Paes Teixeira, Adolpho Gesta, Danvers e António Leite de Faria.
O “Grupo Leixões Foot-Ballers” existente desde Fevereiro de 1907, tinha o seu campo situado na zona do actual cruzamento da Rua Brito Capelo com a então inexistente Av. da República.
O recinto não tinha vedação e as balizas eram desmontáveis (jogava-se sem redes e, quando havia golo, este era aceite desportivamente por todos. Aliás nos primórdios do futebol não existiam árbitros).
Entretanto, formada uma Comissão Especial por elementos dos três clubes fundadores foi, após deliberações tomadas numa Assembleia Geral do “Grupo Leixões Foot-Ballers”, em 1 de Dezembro de 1907, considerada como definitivamente constituída a fusão dos três clubes fundadores e o novo clube que daí resultava, passaria a chamar-se Leixões Sport Club.
Em 8 de Janeiro de 1908, em Assembleia Geral, seriam aprovados os Estatutos e realizada a eleição dos primeiros Corpos Gerentes do Leixões Sport Club.
Emblema do Leixões Sport Club
O novo clube matosinhense passaria a jogar num campo situado na Rua Conde Alto Mearim.
Foi o caso de um encontro efectuado, após a sua fundação, entre duas equipas do Leixões Sport Club que, para além de quase todos os sócios, teve a presença de grande número de convidados entre os quais muitas senhoras, vendo-se representadas as mais distintas famílias de Matosinhos, Leça da Palmeira, Foz e, ainda, muitas do Porto.
De uma verdadeira imponência foi, também, a récita festiva igualmente promovida pelo Leixões Sport Club e realizada no Theatro Constantino Nery, na noite de quinta-feira, dia 20 de Fevereiro de 1908.
Cerca de um mês antes, em 5 de Janeiro de 1908, Domingo, 11:00 h, no campo do Foot Ball Club do Porto, na Rua da Rainha, defrontam-se os primeiros teams do Foot Ball Club do Porto e do Leixões Sport Club, ganho pelo Foot Ball Club do Porto por 7 - 1 e, no qual, a equipa do Leixões Sport Club alinhou da seguinte forma:
Goal keeper - Aloysio Paiva;
Backs - Carlos Roque e Rui Teixeira;
Halfbacks - José Teixeira, José Lemos Pacheco e A.Teixeira;
Forwards - Francisco de Faria da Veiga Cabral, Américo de Lemos Pacheco, Adolpho Gesta, António Claro e Durval Martins.
“O 1.º campo, o CAMPO DAS TAIPAS, foi arrendado na R. Conde de Alto Mearim por 60 mil réis anuais pagos em 2 prestações adiantadas, tendo sido autorizadas pelo senhorio apenas as obras necessárias para a prática do futebol, do ténis, do cricket e do croquet não admitindo o senhorio a colocação de saibro para não alterar a qualidade do terreno que era de plantação de couves e batatas.
A sede social não existia e então as reuniões eram em casa dos dirigentes, pois o barraco existente no campo só servia para arrecadação, e mal.
(…) Como o Campo das Taipas já não chegava, foi abandonado e, a 29/09/1909, foram arrendados uns terrenos com cerca de 11 mil metros quadrados por 150 mil réis. A entrada principal era pela R. Tomás Ribeiro e ladeavam-no as ruas de Afonso Faria, de Azevedo Coutinho e de António Augusto de Aguiar, actualmente, R. Mouzinho de Albuquerque, Av. da República e R. de D. João I”.
Cortesia de José Rodrigues
Leixões Sport Club em 1907
À direita, no gaveto da foto, com
perspectiva obtida a partir da Avenida da República, Matosinhos, se localizou,
a partir de 1909, o 2º campo de futebol do Leixões Sport Club
Em 10 de Agosto de 1912 dois representantes do Leixões S. C. juntamente com dois do F. C. Porto fundaram a Associação de Futebol do Porto, porém o Leixões não participou na primeira edição do Campeonato do Porto aparecendo, apenas, na segunda, tendo perdido por 7-2 com o Académico F. C.
No fim de década de 1930, o Leixões Sport Club rumaria ao Campo de Santana.
O Campo de Santana que foi inaugurado, na Rua Silva Pinheiro, em 1939, tinha uma lotação de 10 0000 lugares.
Hoje, a área que ocupou está servindo como um parque automóvel descoberto, próximo à Escola Secundária Augusto Gomes e ao chamado “Bairro do Tarrafal”, pois estes terrenos, durante muitos anos, eram arrabalde da vila de Matosinhos.
Campo de Santana, em 1962, sendo
visível a sua bancada de madeira coberta a chapa de cinco
Jogo no Campo de Santana
Em 1 de Janeiro de 1964, o Leixões SC abandonava o Campo de Santana e rumava para um estádio, construído de raiz, para os lados da Cruz de Pau. Edificado, em grande parte, com as dádivas dos pescadores, através de uma percentagem das vendas dos cabazes de sardinha, viria a chamar-se “Estádio do Mar”.
O projecto do novo estádio foi concretizado pelo arquitecto José Carlos Loureiro.
O Dr. Edison de Magalhães era, à data, o presidente da Associação de Futebol do Porto, um das várias personagens que possibilitaram o surgir do estádio, cuja 1.ª pedra foi lançada em 1960.
Estádio do Mar na década de 1960
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