quinta-feira, 13 de abril de 2017

(Continuação 15) Actualização em 17/04/2019 e 27/03/2021


Este clube foi fundado em 1876 no Botequim do Amaro, no muro da Ribeira, pelos entusiastas do remo David José de Pinho e pelo proprietário do botequim José Pereira de Santo Amaro, onde se manteve poucos anos, numa sala do 1º andar do nº 60, passando em 8 de Julho de 1878 para a Travessa de S. João, 13 - 2º andar, em regime de aluguer. Meses depois seria alugado parte do 1º andar do referido prédio.
Em 1882 foi alugado o armazém na Avenida Diogo Leite em V. N. de Gaia.


Sede na Travessa de S. João - Ed. Clube Fluvial Portuense

Prédio da foto anterior na actualidade - Fonte: Google maps


“Numa época em que o desporto, na região Norte, era praticado somente por jovens Ingleses residentes no Porto, e que o Remo era a modalidade de eleição, um grupo de portuenses decide organizar uma regata a 20 de Julho de 1875.
Esta primeira experiência, em que participaram os escaleres: Diana, Elegante, Tamisa, Nelson, Douro, Garrett, Diu, Gladiador e Mariposa, foi o ponto de partida para um caminho de entusiasmo sem volta. A 25 de Maio de 1876 foi realizada outra regata. Após a sua realização, entre os seus promotores surgiu a ideia de fundar uma colectividade desportiva dedicada às modalidades de Remo, Natação, e Vela.
Surgia, assim, o Clube Fluvial Portuense a 4 de Novembro de 1876, na Rua Cimo do Muro da Ribeira. Trata-se da colectividade desportista mais antiga da cidade do Porto, da região norte e a terceira de todo o País.
O Fluvial nasce, cresce e torna-se glorioso a partir do Rio Douro, pela organização de regatas, cortejos fluviais, travessias a nado, jogos de Pólo Aquático e assistência nos socorros a náufragos.
O mérito do Clube Fluvial Portuense foi reconhecido por sucessivos Governos que lhe concederam as várias medalhas de Mérito Desportivo e, recentemente, por ocasião das celebrações do 125.º aniversário, o Colar de Honra ao Mérito Desportivo, mais alta condecoração atribuída pelo Governo Português no âmbito do associativismo desportivo.
Reconhecido como uma das mais dedicadas associações de Remo o Fluvial Portuense desde sempre demonstrou ser um Clube ecléctico, tendo implementado, ao longo dos seus 126 anos de existência, secções de diversificadas modalidades desportivas: Boxe, Luta, Pesos e Halteres, Pólo Aquático, Futebol, Basquetebol, Bilhar, Andebol de 11, Tiro Reduzido, Voleibol, Ginástica, Pesca Desportiva, Actividades Subaquáticas, Montanhismo, Ténis e Tiro com Arco.
Em 1881, o Rei D. Luís concede ao Clube Fluvial Portuense o título de “Real”.
Desde 1931 que o Fluvial é reconhecido como instituição de utilidade pública, conforme despacho publicado no Diário do Governo, IIª Série, de 2 de Janeiro de 1931”.
Fonte: Site do Clube Fluvial Portuense


“Em 6/8/1921 o Fluvial convida a Associação e o Clube Naval de Lisboa, vencedores do último campeonato de Portugal de Remo, a tomarem parte na próxima disputa, em provas a realizar no Rio Douro, da Taça “Labor et Veritas”… convite que, aliás, representava um repto aos referidos campeões, os quais, no citado campeonato, haviam corrido em barcos que, pela sua leveza, lhes davam absoluta vantagem sobre as representações portuenses do Sport Clube do Porto e do Fluvial, visto os organizadores do referido campeonato terem fornecido a estas – obrigando as duas a protestar com indignação contra a deslealdade e o Fluvial a desistir das provas, - os mais pesados e ronceiros barcos que encontravam”. 
Fonte: O Tripeiro, Série VI, Ano XI


Posto Náutico em V. N. de Gaia


O posto náutico do C. F. Portuense na Avenida Diogo Leite, seria destruído por derrocada do prédio vizinho em 22/8/1932 sendo, mais tarde, construído um novo.
Para a nova sede, o C. F. Portuense contou com ajuda de vários clubes e federações sendo, festivamente inaugurada, em 14/11/1948.
Por sua vez, a Câmara Municipal do Porto viria a ceder, a preço simbólico, 7.000 m2 de terreno para a construção duma piscina na Granja de Lordelo, junto do Largo António Calém.
Esse complexo de piscinas seria inaugurado em 23 de Junho de 1966, pelo presidente da República, o almirante Américo Tomás.

 
 

Cerimónia de inauguração do complexo de piscinas do Clube Fluvial Portuense – Fonte: AHMP


 

Complexo de piscinas do Clube Fluvial Portuense, sendo visível a capela do Senhor e da Senhora da Ajuda – Fonte: AHMP




Antiga piscina do Fluvial no Ouro



Piscina improvisada em Lordelo no rio Douro








Uma dissidência entre sócios do Clube Fluvial Portuense deu origem à criação do Sport Clube do Porto, que ocupou a sua sede na Rua de Santa Catarina, junto do café Majestic.
Assim, o Sport Clube do Porto foi fundado em 1904, por dois praticantes de remo e proporcionaria ao longo dos anos aos seus associados a prática de remo, ginástica, atletismo, vela, andebol, tiro, hóquei em campo, hipismo, automobilismo, halterofilismo, karaté, ténis, esgrima, natação, entre outras.
Na Rua de Santa Catarina, nº 134-138, no prédio da foto abaixo, funcionou, com entrada pelo nº 132, a sede do clube e, aí, seria levantada uma piscina onde gerações de portuenses aprenderam a nadar.
 
 
 

Neste prédio (c. 1930), na Rua de Santa Catarina, 134-138, cujos baixos albergavam a “Casa das Gabardines”, se instalou a sede do Sport Club do Porto


 
 

Piscina do Sport Club do Porto, na Rua de Santa Catarina


“O Sport Club do Porto, fundado em 30 de Junho de 1904 completou 109 anos de existência. Os seus fundadores foram José Marques Barbosa e José Meirelles, ambos inseridos na modalidade de Remo. Os seus estatutos expressam: “ O Sport Club do Porto, visando o engrandecimento do desporto, tem por objectivo: promover a cultura física dos seus associados; desenvolver entre eles a prática dos desportos em qualquer modalidade, com total obediência ao ideal olímpico e amador; fomentar a acção social, recreativa e cultural dos seus sócios.” É seu lema “Mens Sana In Corpore Sano” sobrelevando a prática desportiva aos resultados das competições. Sempre dentro de um integral e intransigente amadorismo, nunca praticando desportos de “bilheteira” e sem qualquer espécie de profissionalismo, dedicou-se já a mais de 30 modalidades entre as quais se destacou a nível nacional e internacional em: remo, ginástica, atletismo, vela, andebol, tiro, hóquei em campo, hipismo, natação, automobilismo, halterofilismo, karaté, ténis e esgrima”. 
Fonte: Site do S. C. Porto



Em 1924, realizou-se o primeiro sarau de ginástica do Sport a que se seguiram outros, sempre muito concorridos. Esgotavam as bilheteiras e, se o recinto fosse maior mais bilhetes venderiam. 
Fundado em 1945, o Centro Hípico do Sport tem as suas instalações na Rua Silva Porto, 201. Sendo o único Centro Hípico existente no Porto, cabendo-lhe a função de ensinar aos jovens, a partir dos 7 anos, a arte de cavalgar. Para tal conta com a colaboração permanente de professores qualificados.
O Centro Hípico possui 2 picadeiros cobertos, um deles, olímpico e um campo de saltos com medidas olímpicas. Para além do ensino, o Centro Hípico organiza todos os anos, desde 1950, diversos concursos de saltos que contam sempre com os melhores cavaleiros do ranking nacional.
Desde há alguns anos, o Sport Club do Porto conta, também, com uma “Zona Desportiva no Parque da Cidade”.
Desde de Setembro de 2022, que a piscina na Rua de Santa Catarina não existe mais, estando ocupada com uma escola de dança.
 



Antiga piscina do Sport Club do Porto transformada em escola de dança – Cortesia de Tiago Lopes, in Jornal Público





O Sporting Clube Vasco da Gama foi fundado em 1920 no Bairro do Herculano. Dedicou-se ao basquetebol, tendo sido três vezes campeão nacional de seniores, e meia dúzia de vezes em juniores.
Foi, nos anos 40/50 do século passado um clube muito popular, arrastando muita gente aos seus jogos. As suas equipas actuaram, sobretudo, no Parque das Camélias, ainda ao ar livre.
Também aí se realizaram famosas exibições de luta livre onde a algazarra dos espectadores era imensa e se murmurava que as lutas eram previamente combinadas.


 “A rua Alexandre Herculano, que parte da Batalha em direcção às Fontainhas antes de atravessar a Duque de Loulé, tinha o Parque das Camélias onde mesmo sem flores havia um campo de “basketball” do clube Vasco da Gama…
… que para além da prática deste desporto eram organizados torneios de boxe e luta livre americana onde os “tripeiros” se deliciavam a ver este género de espectáculos. Luta que não era combinada entre os lutadores mas “porrada”, de criar bicho, a sério. Que me lembre de nomes dos lutadores havia o Dom Pipas, o Barrigana (irmão do famoso Frederico Barrigana guarda redes do Porto e depois do Salgueiros) e o “Tigre de Alfara”. Durante os torneios de “pancadaria” o parque das Camélias ficava completamente cheio. A assistência, generosa, por norma não aceitava as incorreções dentro das regras do jogo. E, para estes, pesarosos quando viam o Dom Pipas (homem baixo) a “enfardar” como um bombo de festa que saltava e levantava-se no ring como um boneco teimoso. Depois havia o clássico Barrigana de golpes correctos e o mau e o feio do ring era o “Tigre de Alfara”. Lutador de maus fígados e cruéis instintos, dava urros no ringue e mordia a torto e a direito, sem escolher partes, o corpo do colega de luta. A plateia chamava-lhe nomes feios e gritava: “deixa lá o rapaz ó “insurra”!” Numa luta o “Tigre de Alfara” não gostou dos insultos e, salta do ringue para fora e, por mais incrível que pareça uma boa centena de tripeiros deitam a fugir pela túnel, de saída debaixo da “Garagem da Batalha”, em direcção à Herculano. Mais tarde o Parque das Camélias abriu uma sala de cinema, com preços de vinte cinco tostões a geral e a três e quinhentos a plateia. Na parte de tarde a “canalha” tripeira juntava-se à entrada para ir ver os filmes do “Bucha e Estica”, do “Tarzan” e as “coboiadas” e as fitas do “espadachim” Errol Flyn” produzidas em Hollywood. Os filmes começam a tornar-se populares e, voltam uma droga, entre a juventude tripeira. Um dos atingidos, pelo vício, fui eu e que durante a semana estava lá caído pelo menos em duas matinés. O desenvolvimento do filme era depois tratado em conversas de miudagem na rua e nos bairros onde viviam. As balas nunca mais terminavam nos tambores dos revólveres dos actores e o principal chamado, na gíria, o “artista” que como era óbvio o bom da fita que matava índios a murro e a tiro e jamais caía do cavalo ou morria. Quando um catraio não tinha um tostão, sequer, para a sessão, lá conseguia, dos outros as cinco coroas (uma coroa cinco tostões) para o bilhete.” 
In Porto Tripeiro.

Por altura dos factos do texto acima, ainda se falava também, muito, no maior boxer de Portugal, o José Santa Camarão. Nasceu em Ovar, passou muitos anos no Brasil e nos Estados Unidos, onde casou. Era um atleta de excepção, mas com um carácter muito bondoso. Teve uma carreira muito victoriosa naqueles países e na Europa, em especial na Alemanha.


Túnel de entrada para o Parque das Camélias





O CSNA fundado em 1915, na zona do Carvalhido e com o Estatuto de Instituição de Utilidade Pública, tem neste momento a funcionar várias modalidades e as suas instalações são compostas por 4 cortes de ténis, um ringue em relva sintética, 3 ginásios, 2 “squash”, 6 balneários, Bar/Restaurante, secretaria e edifício administrativo. 
Este clube chegou a ter um campo de futebol, na Rua da Igreja, em Paranhos, nos primeiros anos após a fundação, até se mudar para o Carvalhido.
Esse campo viria a ser utilizado pelo “Invicta Sport Clube” ou “União do Norte”, e passado a ser conhecido por campo do “União”.
Actualmente com instalações na Rua Particular de Monsanto, para aqui transitou da sua sede, que era na Rua do Carvalhido nº 251.
Em 1924 esteve para se construir uma piscina na Praça 9 de Abril, mas, mesmo com projecto elaborado não se avançou para a sua concretização, tendo em conta os riscos de degradação que o manancial da Arca d’Água podia vir a sofrer.
Pensou-se instalá-la nas Fontainhas e no Campo 24 de Agosto, tendo-se, porém, optado pela Rua do Carvalhido, próximo da sede do Club Sportivo Nun´Álvares à disposição de todos os clubes de natação.
O Club Sportivo Nun'Álvares foi um dos primeiros clubes nacionais a ter representação olímpica, por intermédio do atleta Karel Pott.
Isso aconteceu nos jogos olímpicos de Paris em 1924, tendo, então, sido homenageado pelo Excelentíssimo Presidente da República, Dr. Teixeira Gomes.
Fora a natação, o clube teve expressão no watter-pólo, no andebol e no hóquei em campo e hóquei em patins.


Piscina do Club Sportivo Nun´Álvares no Carvalhido


Piscina do Carvalhido, em 1923, durante uma visita de rapazes do Colégio dos Órfãos



Em 15 de Julho de 1961 na Avenida da Boavista o Nun’Álvares inaugura uma piscina.



Notícia da inauguração da piscina na Boavista





O Sporting Clube da Cruz é uma Instituição de Utilidade Pública, desde 1986, fundada no dia 19 de Maio de 1919.
Dispõe de instalações próprias, construídas em terrenos arrendados, próximo do nó da A3 com a via da Cintura Interna, localizadas na Freguesia de Paranhos.
As actividades desenvolvidas têm sido as mais diversificadas, sendo que, nos últimos anos, devido a condicionalismos das próprias instalações e dificuldades financeiras, tem desenvolvido principalmente as secções de futebol, atletismo e cultural.
 Na secção cultural, o Sporting Clube da Cruz dispõe de um Grupo Cénico de Teatro Amador, tendo levado a cena, nos últimos anos, várias peças de teatro.
O Sporting Clube da Cruz foi o 10º clube a inscrever-se na Associação de Futebol do Porto.
A primeira sede declarada na A. F. P. (Associação de Futebol do Porto), três anos após a fundação, foi na Rua da Cruz nº 161.
O clube teve várias sedes desde a sua fundação, do que se dá conta no texto seguinte, extraído do “site” do clube:


Nas décadas de 30 e 40 nasceriam na freguesia de Paranhos o Mocidade do Porto, rival do Sporting da Cruz, lá para as bandas da Rua Dr. Júlio Matos e que teve existência efémera.
Rivalizavam ainda com o Cruz, alguns como participantes no Campeonato de Promoção da Associação de Futebol do Porto, o Continental das Antas, os Vidreiros de Campanhã, os Marinheiros da Boavista, o Invicta de Paranhos, o União da Foz e o Vigorosa.
Na época de 24/25 jogavam no Campeonato de Promoção o Arrábida Futebol Clube e o Majestic Sport Club de Ermesinde.



Aqui na Rua da Cruz foi a primeira sede declarada na A. F. P, do S. C. Cruz - Fonte: Google Maps



Campo do Outeiro - Fonte: Google Maps

Acima a entrada do Campo do Outeiro do Sporting Clube da Cruz, na Rua Fonte do Outeiro.

Vista aérea do Campo do Outeiro






Existe uma divergência de datas quanto à fundação do Ramaldense F. C. :
Em O Tripeiro, Série VI, Ano XI lê-se que em 10/8/1921, “tendo como primeiros directores António Bastos, Joaquim Ferreira Canastra, Alberto Silva Moreira e Filipe Carqueja, anuncia-se também a fundação do Ramaldense Futebol Clube, nova colectividade com sede na Rua Igreja de Ramalde”. 
Porém, no site oficial do clube, informa-se que “Fundado a 5 de Abril de 1922 por Silva Neves, Santos Oleiro, Alberto Araújo, Cunhas e irmãos Grilo…”
Tomando como certa a informação com origem no clube, em 1922, um grupo de amigos decide ocupar, numas jogatanas de futebol, um campo em Ramalde, na zona do Pinheiro Manso, entretanto abandonado por outros futebolistas que vindos dos lados do sítio da Cruz (Costa Cabral) por aqui tinham dado azo aos seus dotes para o pontapé na bola.
Acontece que, estes tinham arrendado um campo na Rua da Alegria, pertença da Santa Casa da Misericórdia do Porto, onde se iriam abalançar a construir um estádio. Era o Académico Futebol Clube.
A malta de Ramalde, rapidamente vê-se na necessidade de formar um clube para providenciar a ocupação do dito terreno, entretanto abandonado, que o proprietário reclamava.
Surge, assim, o Ramaldense Futebol Clube, que herdaria o campo que tinha sido do Académico Futebol Clube que, em 18 de Março de 1817, naquele campo, defrontaria o Boavista, vencendo a partida por 5 - 0, a que se seguiria um copo-d'água em que, aos brindes, discursariam Eduardo Pinto Ribeiro e Ávila Nunes.
O desafio foi apitado por Camilo de Figueiredo e o pontapé de saída foi executado pela irmã do jogador Neves Eugénio.
Em 1945, o Ramaldense faz obras no seu campo e decide dar-lhe o nome de Alberto (Silva) Araújo, um jogador da sua primeira equipa.
Por aqui esteve o clube, até que, já neste século, foi alvo de despejo pelos proprietários do terreno, deliberação que tem aval do próprio Tribunal Constitucional.
Depois de muitas e graves dificuldades, as equipas do Ramaldense treinam e jogam, actualmente, no campo do Inatel.


Entrada do antigo campo Alberto Araújo, na Rua do Pinheiro Manso


O campo Alberto Araújo diz muito aos adeptos do Ramaldense, já que, foi lá, que o clube festejou os seus 12 títulos de futebol distrital.
A modalidade de excelência do Ramaldense foi, porém, o hóquei em campo. Em 1954/55 ganhou o primeiro título de Campeão Nacional de Hóquei em Campo e nesta modalidade até ao ano 2006/2007 venceu 33 vezes o respectivo campeonato.
Entre 1979 e 1986 ganhou 8 títulos seguidos e foi 7 vezes campeão entre 1969 e 1975.
O jogador de futebol de maior destaque do Ramaldense foi, sem dúvidas, Humberto Coelho, que nos anos 60, do século XX, seria transferido ainda com idade de júnior para o SL Benfica, tendo feito uma carreira que todos conhecem.
Na zona do Pinheiro Manso, haveria de existir um outro campo de futebol pertença da “União Cooperativa de Desporto” que, também se abalançaria, em Novembro de 1930, à criação de um campo de futebol nos vastos e arborizados terrenos do Pinheiro Manso.
Extinto o União, desaparece também o Campo de futebol.



Vista aérea do campo do Ramaldense F. C. em 1939 – Fonte: Gisaweb

Legenda

1. Campo do Ramaldense F. C.
2. Rua do Pinheiro Manso
3. Rua das Andresas
4. Travessa das Campinas
5. Rua Dr. Pedro Sousa






“Da fusão do “Estrela Sport Club” e o “Vigorosa Sport Club” surge, em Abril de 1924, o Clube Estrela e Vigorosa Sport (E. V. S.), que desde logo se afirmou no panorama desportivo da cidade do Porto mercê do cunho pioneiro que imprimia às suas actividades. O Clube das Cavadas, como também é conhecido, dada a localização do seu parque de jogos na Quinta das Cavadas, na zona das Antas, iniciou as suas actividades desportivas dedicando-se ao Futebol, modalidade desportiva mais popular. Foi um dos clubes fundadores das Associações do Porto de Andebol, Basquetebol, Voleibol e Ténis, e o primeiro clube a ter um campo de jogos próprio para a prática do Basquetebol e o primeiro a ter um ringue de Patinagem. Em consequência, nas épocas seguintes o E.V.S. somou um considerável número de triunfos desportivos.
No ano de 1933 o E.V.S. abandona definitivamente a prática do futebol. Em 1935 desfilia-se das diferentes Associações Desportivas e passa a promover um desporto com um carácter mais selectivo e restrito aos seus associados.
A Ginástica Infantil, Hóquei em Campo, Atletismo e Tiro foram outras modalidades que nestes primeiros anos de actividade atingiram alguma notoriedade dentro do clube, permitindo à sociedade de então uma prática desportiva diversificada. Ainda, em Dezembro desse ano é anunciada a construção de um campo de Hóquei Patins, o primeiro da cidade, concluído no ano seguinte.
Reconhecido como Instituição de Utilidade Pública desde 10/08/84, o Estrela e Vigorosa Sport conta com um valioso património, em títulos e distinções várias, mantendo em plena actividade as secções de Andebol, Automobilismo, Campismo, Desporto Adaptado, Escola de Desporto (Centro de Habilitação e Orientação Desportiva), Ginástica (Acrobática, Educativa, Formativa, Manutenção, Aeróbica, Dança Jazz e de Salão, Ballet, Karaté), Hóquei em Patins, Patinagem, Ténis e Pólo Aquático Feminino”. 
Fonte: Site do clube




Entrada do Centro Hípico da Boavista ou do Bessa

Assistência no Centro Hípico do Bessa em 1913 – Ed. Cinemateca

Assistência no Centro Hípico do Bessa – Fonte: Centro Português de Fotografia


O centro hípico começou nos terrenos de Cristiano Van Zeller, com entrada pela Rua dos Vanzeleres (hoje Rua João de Deus).


Na área a amarelo ficaria o Centro Hípico do Bessa – Fonte: Google maps


«Fundado em 10 de Junho de 1910 na cidade do Porto, o Centro Hípico do Porto (CHP) teve como primeiro presidente Delfim de Lima, ficando a vice-presidência a cargo de Felisberto de Moura Monteiro. A Direcção que inaugurou a história do clube integrava ainda Fernando de Brito (vogal), Eduardo Fontes Pereira de Melo (vogal), Alberto Martins Macedo Cardoso de Meneses (tesoureiro) e António de Freitas Torres (secretário).
O CHP ficou inicialmente instalado no Bessa (1911/1938) passando depois para a Fonte da Moura (1938/1943,  na Avenida do Dr. Antunes Guimarães) e, mais tarde, para Ramalde (1943/1967).
Em 1967, o Centro Hípico passa para Leça da Palmeira (Matosinhos), numa mudança tornada possível graças ao apoio prestado pelo então presidente da Câmara de Matosinhos, Engenheiro Fernando Pinto de Oliveira, que disponibilizou os actuais terrenos. Em Assembleia Geral Extraordinária, realizada a 30 de Março de 1995, é aprovada a mudança de nome do Centro Hípico do Porto para "Centro Hípico do Porto e Matosinhos"»
In Câmara Municipal de Matosinhos



No vasto terreno arborizado à direita da foto (1945) tinha estado, até 1938, o Centro Hípico do Porto, na zona do Bessa - Fonte: AHMP



 “…teve a sua primeira sede na Rua de Passos Manuel, 222-1º, no prédio pertencente ao Visconde de Pereira Machado (o tal chamado de ""visconde de trás para a frente"", pois o seu nome era Machado Pereira). Nos baixos funcionou bastante tempo o Picadeiro Portuense para uso dos seus sócios.
Alugou, para campo de obstáculos o lindo terreno ao Bessa, de que era proprietário Cristiano Van Zeller. Logo começou a direcção, a preparar tudo para o 1º. Concurso oficial… Em 24/6/1910 tudo estava pronto e oferecia magnífico aspecto. Iniciou-se o concurso pela apresentação de cavalos ou éguas, tendo recebido o prémio D. José Manuel da Cunha Meneses. Seguiu-se a prova ensaio em que participaram 38 concorrentes tendo sido classificado em 1º lugar Manuel Latino, que recebeu o prémio de 80.000 reis. Finalmente, caça, que apaixonou o público pelo grande número de obstáculos a percorrer… tendo sido classificado em 1º. lugar D. Luis da Cunha Meneses (180.000 reis) .” 
Fonte: portoarc.blogspot.pt; In O Tripeiro, Série V, Ano XV.


“Quando esteve em Ramalde, o Centro Hípico, ocupou os terrenos onde veio a ser construído o actual Estádio do Inatel (inaugurado como «Parque Desportivo Salazar»...). Ali Norton de Matos e mais tarde Humberto Delgado foram vivamente recepcionados aquando de comícios das suas campanhas eleitorais à presidência da República”.
Fonte – site: “portoantigo.org”


A inauguração do Estádio Salazar ocorreu no dia 27 de Abril de 1969, sendo parte da cerimónia seguidamente narrada no órgão noticioso da Secretaria de Estado da Informação e Turismo:
 

“Depois de presidir ao almoço de aniversário no Clube de Vela Atlântico, o Chefe de Estado dirigiu-se ao Bairro Popular de Ramalde a fim de presidir à inauguração do Parque Desportivo Salazar, da F.N.A.T.
Milhares de bandeiras dos vários organismos dependentes da F.N.A.T. davam uma nota alegre e polícroma ao ambiente. De todo o país se deslocaram ao Porto milhares de trabalhadores que se dedicam às práticas desportivas, pertencentes a vários centros de Alegria no Trabalho que, desta forma, se associaram à homenagem prestada a Salazar, no dia do 80º aniversário natalício do grande estadista.
Eram precisamente 16 horas quando o Almirante Américo Thomaz chegou ao local.
Aguardavam-no à entrada daquelas instalações os Drs António Rapazote e Prof. Dr. José João Gonçalves de Proença, Ministros do Interior e das Corporações, Dr. Luis Nogueira de Brito, Subsecretário do Trabalho e Previdência, Dr. Bento Parreira do Amaral, Presidente da Direcção da F.N.A.T.
O Chefe de Estado, que se fazia acompanhar do Major Paulo Durão, chefe do distrito, após ter sido saudado pelos que ali se haviam concentrado para o aclamar, recebeu os cumprimentos das individualidades presentes e ramos de flores que lhe foram oferecidos por crianças.
Seguidamente, o Sr. D. Florentino de Andrade e Silva, Administrador Apostólico da Diocese, procedeu à benção do parque, e o Sr. Presidente da República descerrou uma lápide comemorativa daquele acto festivo.
(…) Mais de sete mil trabalhadores desfilaram e seguiu-se a demonstração de diversas actividades desportivas, encerrando-se o festival com uma alegoria pelas classes de ginástica e largada de balões e pombos.”
In revista “Notícias de Portugal”, 3 de Maio de 1969
 
 
 
Desfile durante a inauguração do Estádio Salazar
 
 
Entrada do Estádio do Complexo Desportivo de Ramalde

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