Este clube foi
fundado em 1876 no Botequim do Amaro, no muro da Ribeira, pelos entusiastas do
remo David José de Pinho e pelo proprietário do botequim José Pereira de Santo
Amaro, onde se manteve poucos anos, numa sala do 1º andar do nº 60, passando em
8 de Julho de 1878 para a Travessa de S. João, 13 - 2º andar, em regime de
aluguer. Meses depois seria alugado parte do 1º andar do referido prédio.
Em 1882 foi alugado o armazém na Avenida Diogo Leite em V. N. de Gaia.
Sede na Travessa de
S. João - Ed. Clube Fluvial Portuense
Prédio da foto
anterior na actualidade - Fonte: Google maps
“Numa época em
que o desporto, na região Norte, era praticado somente por jovens Ingleses
residentes no Porto, e que o Remo era a modalidade de eleição, um grupo de
portuenses decide organizar uma regata a 20 de Julho de 1875.
Esta primeira
experiência, em que participaram os escaleres: Diana, Elegante, Tamisa, Nelson,
Douro, Garrett, Diu, Gladiador e Mariposa, foi o ponto de partida para um
caminho de entusiasmo sem volta. A 25 de Maio de 1876 foi realizada outra
regata. Após a sua realização, entre os seus promotores surgiu a ideia de
fundar uma colectividade desportiva dedicada às modalidades de Remo, Natação, e
Vela.
Surgia, assim, o
Clube Fluvial Portuense a 4 de Novembro de 1876, na Rua Cimo do Muro da
Ribeira. Trata-se da colectividade desportista mais antiga da cidade do Porto,
da região norte e a terceira de todo o País.
O Fluvial nasce,
cresce e torna-se glorioso a partir do Rio Douro, pela organização de regatas,
cortejos fluviais, travessias a nado, jogos de Pólo Aquático e assistência nos
socorros a náufragos.
O mérito do Clube
Fluvial Portuense foi reconhecido por sucessivos Governos que lhe concederam as
várias medalhas de Mérito Desportivo e, recentemente, por ocasião das
celebrações do 125.º aniversário, o Colar de Honra ao Mérito Desportivo, mais
alta condecoração atribuída pelo Governo Português no âmbito do associativismo
desportivo.
Reconhecido como
uma das mais dedicadas associações de Remo o Fluvial Portuense desde sempre
demonstrou ser um Clube ecléctico, tendo implementado, ao longo dos seus 126
anos de existência, secções de diversificadas modalidades desportivas: Boxe,
Luta, Pesos e Halteres, Pólo Aquático, Futebol, Basquetebol, Bilhar, Andebol de
11, Tiro Reduzido, Voleibol, Ginástica, Pesca Desportiva, Actividades Subaquáticas,
Montanhismo, Ténis e Tiro com Arco.
Em 1881, o Rei D.
Luís concede ao Clube Fluvial Portuense o título de “Real”.
Desde 1931 que o
Fluvial é reconhecido como instituição de utilidade pública, conforme despacho
publicado no Diário do Governo, IIª Série, de 2 de Janeiro de 1931”.
Fonte: Site do Clube
Fluvial Portuense
“Em 6/8/1921 o
Fluvial convida a Associação e o Clube Naval de Lisboa, vencedores do último
campeonato de Portugal de Remo, a tomarem parte na próxima disputa, em provas a
realizar no Rio Douro, da Taça “Labor et Veritas”… convite que, aliás,
representava um repto aos referidos campeões, os quais, no citado campeonato,
haviam corrido em barcos que, pela sua leveza, lhes davam absoluta vantagem
sobre as representações portuenses do Sport Clube do Porto e do Fluvial, visto
os organizadores do referido campeonato terem fornecido a estas – obrigando as
duas a protestar com indignação contra a deslealdade e o Fluvial a desistir das
provas, - os mais pesados e ronceiros barcos que encontravam”.
Fonte: O Tripeiro,
Série VI, Ano XI
Posto Náutico em V.
N. de Gaia
O posto náutico do
C. F. Portuense na Avenida Diogo Leite, seria destruído por derrocada do prédio
vizinho em 22/8/1932 sendo, mais tarde, construído um novo.
Para a nova sede, o
C. F. Portuense contou com ajuda de vários clubes e federações sendo,
festivamente inaugurada, em 14/11/1948.
Por sua vez, a
Câmara Municipal do Porto viria a ceder, a preço simbólico, 7.000 m2 de terreno
para a construção duma piscina na Granja de Lordelo, junto do Largo António
Calém.
Esse complexo de
piscinas seria inaugurado em 23 de Junho de 1966, pelo presidente da República,
o almirante Américo Tomás.
Antiga piscina do Fluvial no Ouro
Piscina improvisada em Lordelo no rio Douro
Uma dissidência
entre sócios do Clube Fluvial Portuense deu origem à criação do Sport Clube do
Porto, que ocupou a sua sede na Rua de Santa Catarina, junto do
café Majestic.
Assim, o Sport Clube
do Porto foi fundado em 1904, por dois praticantes de remo e proporcionaria ao
longo dos anos aos seus associados a prática de remo, ginástica, atletismo,
vela, andebol, tiro, hóquei em campo, hipismo, automobilismo, halterofilismo,
karaté, ténis, esgrima, natação, entre outras.
Na Rua de Santa
Catarina, nº 134-138, no prédio da foto abaixo, funcionou, com entrada pelo nº
132, a sede do clube e, aí, seria levantada uma piscina onde gerações de
portuenses aprenderam a nadar.
Neste prédio (c.
1930), na Rua de Santa Catarina, 134-138, cujos baixos albergavam a “Casa das
Gabardines”, se instalou a sede do Sport Club do Porto
“O Sport Club do
Porto, fundado em 30 de Junho de 1904 completou 109 anos de existência. Os seus
fundadores foram José Marques Barbosa e José Meirelles, ambos inseridos na
modalidade de Remo. Os seus estatutos expressam: “ O Sport Club do Porto,
visando o engrandecimento do desporto, tem por objectivo: promover a cultura
física dos seus associados; desenvolver entre eles a prática dos desportos em
qualquer modalidade, com total obediência ao ideal olímpico e amador; fomentar
a acção social, recreativa e cultural dos seus sócios.” É seu lema “Mens Sana
In Corpore Sano” sobrelevando a prática desportiva aos resultados das
competições. Sempre dentro de um integral e intransigente amadorismo, nunca
praticando desportos de “bilheteira” e sem qualquer espécie de profissionalismo,
dedicou-se já a mais de 30 modalidades entre as quais se destacou a nível
nacional e internacional em: remo, ginástica, atletismo, vela, andebol, tiro,
hóquei em campo, hipismo, natação, automobilismo, halterofilismo, karaté, ténis
e esgrima”.
Fonte: Site do S. C. Porto
Em 1924, realizou-se
o primeiro sarau de ginástica do Sport a que se seguiram outros, sempre muito
concorridos. Esgotavam as bilheteiras e, se o recinto fosse maior mais bilhetes
venderiam.
Fundado em 1945, o
Centro Hípico do Sport tem as suas instalações na Rua Silva Porto, 201. Sendo o
único Centro Hípico existente no Porto, cabendo-lhe a função de ensinar aos
jovens, a partir dos 7 anos, a arte de cavalgar. Para tal conta com a
colaboração permanente de professores qualificados.
O Centro Hípico
possui 2 picadeiros cobertos, um deles, olímpico e um campo de saltos com
medidas olímpicas. Para além do ensino, o Centro Hípico organiza todos os anos,
desde 1950, diversos concursos de saltos que contam sempre com os melhores
cavaleiros do ranking nacional.
Desde há alguns
anos, o Sport Club do Porto conta, também, com uma “Zona Desportiva no Parque
da Cidade”.
Desde de Setembro de
2022, que a piscina na Rua de Santa Catarina não existe mais, estando ocupada
com uma escola de dança.
O Sporting Clube
Vasco da Gama foi fundado em 1920 no Bairro do Herculano. Dedicou-se ao basquetebol,
tendo sido três vezes campeão nacional de seniores, e meia dúzia de vezes em
juniores.
Foi, nos anos 40/50
do século passado um clube muito popular, arrastando muita gente aos seus
jogos. As suas equipas actuaram, sobretudo, no Parque das Camélias, ainda ao ar
livre.
Também aí se
realizaram famosas exibições de luta livre onde a algazarra dos
espectadores era imensa e se murmurava que as lutas eram previamente
combinadas.
“A rua Alexandre Herculano, que parte da
Batalha em direcção às Fontainhas antes de atravessar a Duque de Loulé, tinha o
Parque das Camélias onde mesmo sem flores havia um campo de “basketball” do
clube Vasco da Gama…
… que para além
da prática deste desporto eram organizados torneios de boxe e luta livre
americana onde os “tripeiros” se deliciavam a ver este género de espectáculos.
Luta que não era combinada entre os lutadores mas “porrada”, de criar bicho, a
sério. Que me lembre de nomes dos lutadores havia o Dom Pipas, o Barrigana
(irmão do famoso Frederico Barrigana guarda redes do Porto e depois do Salgueiros)
e o “Tigre de Alfara”. Durante os torneios de “pancadaria” o parque das
Camélias ficava completamente cheio. A assistência, generosa, por norma não
aceitava as incorreções dentro das regras do jogo. E, para estes, pesarosos
quando viam o Dom Pipas (homem baixo) a “enfardar” como um bombo de festa que
saltava e levantava-se no ring como um boneco teimoso. Depois havia o clássico
Barrigana de golpes correctos e o mau e o feio do ring era o “Tigre de Alfara”.
Lutador de maus fígados e cruéis instintos, dava urros no ringue e mordia a
torto e a direito, sem escolher partes, o corpo do colega de luta. A plateia
chamava-lhe nomes feios e gritava: “deixa lá o rapaz ó “insurra”!” Numa luta o
“Tigre de Alfara” não gostou dos insultos e, salta do ringue para fora e, por
mais incrível que pareça uma boa centena de tripeiros deitam a fugir pela
túnel, de saída debaixo da “Garagem da Batalha”, em direcção à Herculano. Mais
tarde o Parque das Camélias abriu uma sala de cinema, com preços de vinte cinco
tostões a geral e a três e quinhentos a plateia. Na parte de tarde a “canalha”
tripeira juntava-se à entrada para ir ver os filmes do “Bucha e Estica”, do
“Tarzan” e as “coboiadas” e as fitas do “espadachim” Errol Flyn” produzidas em
Hollywood. Os filmes começam a tornar-se populares e, voltam uma droga, entre a
juventude tripeira. Um dos atingidos, pelo vício, fui eu e que durante a semana
estava lá caído pelo menos em duas matinés. O desenvolvimento do filme era
depois tratado em conversas de miudagem na rua e nos bairros onde viviam. As
balas nunca mais terminavam nos tambores dos revólveres dos actores e o
principal chamado, na gíria, o “artista” que como era óbvio o bom da fita que
matava índios a murro e a tiro e jamais caía do cavalo ou morria. Quando um
catraio não tinha um tostão, sequer, para a sessão, lá conseguia, dos outros as
cinco coroas (uma coroa cinco tostões) para o bilhete.”
In
Porto Tripeiro.
Por altura dos
factos do texto acima, ainda se falava também, muito, no maior boxer de
Portugal, o José Santa Camarão. Nasceu em Ovar, passou muitos anos no Brasil e
nos Estados Unidos, onde casou. Era um atleta de excepção, mas com um carácter
muito bondoso. Teve uma carreira muito victoriosa naqueles países e na Europa,
em especial na Alemanha.
Túnel de entrada para o
Parque das Camélias
O CSNA fundado em 1915, na zona do Carvalhido e com o
Estatuto de Instituição de Utilidade Pública, tem neste momento a funcionar
várias modalidades e as suas instalações são compostas por 4 cortes de ténis,
um ringue em relva sintética, 3 ginásios, 2 “squash”, 6 balneários, Bar/Restaurante,
secretaria e edifício administrativo.
Este clube chegou a ter um campo de futebol, na Rua da
Igreja, em Paranhos, nos primeiros anos após a fundação, até se mudar para o
Carvalhido.
Esse campo viria a ser utilizado pelo “Invicta Sport Clube”
ou “União do Norte”, e passado a ser conhecido por campo do “União”.
Actualmente com instalações na Rua Particular de Monsanto,
para aqui transitou da sua sede, que era na Rua do Carvalhido nº 251.
Em 1924 esteve para se construir uma piscina na Praça 9 de
Abril, mas, mesmo com projecto elaborado não se avançou para a sua
concretização, tendo em conta os riscos de degradação que o manancial da Arca
d’Água podia vir a sofrer.
Pensou-se instalá-la nas Fontainhas e no Campo 24 de Agosto,
tendo-se, porém, optado pela Rua do Carvalhido, próximo da sede do Club Sportivo Nun´Álvares à disposição de
todos os clubes de natação.
O Club Sportivo Nun'Álvares foi um dos primeiros
clubes nacionais a ter representação olímpica, por intermédio do atleta Karel
Pott.
Isso aconteceu nos jogos olímpicos de Paris em 1924, tendo, então,
sido homenageado pelo Excelentíssimo Presidente da República, Dr. Teixeira
Gomes.
Fora a natação, o clube teve expressão no watter-pólo, no
andebol e no hóquei em campo e hóquei em patins.
Piscina do Club
Sportivo Nun´Álvares no Carvalhido
Piscina do Carvalhido, em 1923, durante uma visita de rapazes do Colégio dos Órfãos
Em 15 de Julho de 1961 na Avenida da Boavista o Nun’Álvares
inaugura uma piscina.
Notícia da inauguração da piscina na Boavista
O Sporting Clube da Cruz é uma Instituição de Utilidade Pública, desde 1986, fundada
no dia 19 de Maio de 1919.
Dispõe de instalações próprias, construídas em terrenos
arrendados, próximo do nó da A3 com a via da Cintura Interna, localizadas na
Freguesia de Paranhos.
As actividades desenvolvidas têm sido as mais
diversificadas, sendo que, nos últimos anos, devido a condicionalismos das
próprias instalações e dificuldades financeiras, tem desenvolvido
principalmente as secções de futebol, atletismo e cultural.
Na secção cultural, o Sporting Clube da Cruz dispõe de
um Grupo Cénico de Teatro Amador, tendo levado a cena, nos últimos anos, várias
peças de teatro.
O Sporting Clube da Cruz foi o 10º clube a inscrever-se na
Associação de Futebol do Porto.
A primeira sede declarada na A. F. P. (Associação de Futebol
do Porto), três anos após a fundação, foi na Rua da Cruz nº 161.
O clube teve várias sedes desde a sua fundação, do que se dá
conta no texto seguinte, extraído do “site” do clube:
Nas décadas de 30 e 40 nasceriam na freguesia de Paranhos o
Mocidade do Porto, rival do Sporting da Cruz, lá para as bandas da Rua Dr.
Júlio Matos e que teve existência efémera.
Rivalizavam ainda com o Cruz, alguns como participantes no
Campeonato de Promoção da Associação de Futebol do Porto, o Continental das
Antas, os Vidreiros de Campanhã, os Marinheiros da Boavista, o Invicta de
Paranhos, o União da Foz e o Vigorosa.
Na época de 24/25 jogavam no Campeonato de Promoção o
Arrábida Futebol Clube e o Majestic Sport Club de Ermesinde.
Aqui na Rua da Cruz foi a primeira sede declarada na A. F. P, do S. C. Cruz - Fonte: Google Maps
Campo do Outeiro - Fonte: Google Maps
Acima a entrada do Campo do Outeiro do Sporting Clube da
Cruz, na Rua Fonte do Outeiro.
Vista aérea do Campo do Outeiro
Existe uma divergência de datas quanto à fundação do
Ramaldense F. C. :
Em O Tripeiro, Série VI, Ano XI lê-se que em 10/8/1921, “tendo
como primeiros directores António Bastos, Joaquim Ferreira Canastra, Alberto
Silva Moreira e Filipe Carqueja, anuncia-se também a fundação do Ramaldense
Futebol Clube, nova colectividade com sede na Rua Igreja de Ramalde”.
Porém, no site oficial do clube, informa-se que “Fundado
a 5 de Abril de 1922 por Silva Neves, Santos Oleiro, Alberto Araújo, Cunhas e
irmãos Grilo…”
Tomando como certa a informação com origem no clube, em
1922, um grupo de amigos decide ocupar, numas jogatanas de futebol, um campo em
Ramalde, na zona do Pinheiro Manso, entretanto abandonado por outros
futebolistas que vindos dos lados do sítio da Cruz (Costa Cabral) por aqui
tinham dado azo aos seus dotes para o pontapé na bola.
Acontece que, estes tinham arrendado um campo na Rua da
Alegria, pertença da Santa Casa da Misericórdia do Porto, onde se iriam
abalançar a construir um estádio. Era o Académico Futebol Clube.
A malta de Ramalde, rapidamente vê-se na necessidade de
formar um clube para providenciar a ocupação do dito terreno, entretanto
abandonado, que o proprietário reclamava.
Surge, assim, o Ramaldense Futebol Clube, que herdaria o
campo que tinha sido do Académico Futebol Clube que, em 18 de Março de 1817, naquele campo, defrontaria o Boavista, vencendo a partida por 5 - 0, a que se seguiria um copo-d'água em que, aos brindes, discursariam Eduardo Pinto Ribeiro e Ávila Nunes.
O desafio foi apitado por Camilo de Figueiredo e o pontapé de saída foi executado pela irmã do jogador Neves Eugénio.
Em 1945, o Ramaldense faz obras no seu campo e decide
dar-lhe o nome de Alberto (Silva) Araújo, um jogador da sua primeira equipa.
Por aqui esteve o clube, até que, já neste século, foi alvo
de despejo pelos proprietários do terreno, deliberação que tem aval do próprio
Tribunal Constitucional.
Depois de muitas e graves dificuldades, as equipas do
Ramaldense treinam e jogam, actualmente, no campo do Inatel.
Entrada do antigo campo Alberto Araújo, na Rua do Pinheiro
Manso
O campo Alberto Araújo diz muito aos adeptos do Ramaldense,
já que, foi lá, que o clube festejou os seus 12 títulos de futebol distrital.
A modalidade de excelência do Ramaldense foi, porém, o
hóquei em campo. Em 1954/55 ganhou o primeiro título de Campeão Nacional de
Hóquei em Campo e nesta modalidade até ao ano 2006/2007 venceu 33 vezes o
respectivo campeonato.
Entre 1979 e 1986 ganhou 8 títulos seguidos e foi 7 vezes
campeão entre 1969 e 1975.
O jogador de futebol de maior destaque do Ramaldense foi,
sem dúvidas, Humberto Coelho, que nos anos 60, do século XX, seria transferido
ainda com idade de júnior para o SL Benfica, tendo feito uma carreira que todos
conhecem.
Na zona do Pinheiro Manso, haveria de existir um outro campo
de futebol pertença da “União Cooperativa de Desporto” que, também se abalançaria,
em Novembro de 1930, à criação de um campo de futebol nos vastos e arborizados
terrenos do Pinheiro Manso.
Extinto o União, desaparece também o Campo de futebol.
Vista aérea do campo do Ramaldense F. C. em 1939 – Fonte:
Gisaweb
Legenda
1. Campo do Ramaldense F. C.
2. Rua do Pinheiro Manso
3. Rua das Andresas
4. Travessa das Campinas
5. Rua Dr. Pedro Sousa
“Da fusão do
“Estrela Sport Club” e o “Vigorosa Sport Club” surge, em Abril de 1924, o Clube
Estrela e Vigorosa Sport (E. V. S.), que desde logo se afirmou no panorama
desportivo da cidade do Porto mercê do cunho pioneiro que imprimia às suas
actividades. O Clube das Cavadas, como também é conhecido, dada a localização
do seu parque de jogos na Quinta das Cavadas, na zona das Antas, iniciou as
suas actividades desportivas dedicando-se ao Futebol, modalidade desportiva
mais popular. Foi um dos clubes fundadores das Associações do Porto de Andebol,
Basquetebol, Voleibol e Ténis, e o primeiro clube a ter um campo de jogos
próprio para a prática do Basquetebol e o primeiro a ter um ringue de
Patinagem. Em consequência, nas épocas seguintes o E.V.S. somou um considerável
número de triunfos desportivos.
No ano de 1933 o
E.V.S. abandona definitivamente a prática do futebol. Em 1935 desfilia-se das
diferentes Associações Desportivas e passa a promover um desporto com um
carácter mais selectivo e restrito aos seus associados.
A Ginástica
Infantil, Hóquei em Campo, Atletismo e Tiro foram outras modalidades que nestes
primeiros anos de actividade atingiram alguma notoriedade dentro do clube,
permitindo à sociedade de então uma prática desportiva diversificada. Ainda, em
Dezembro desse ano é anunciada a construção de um campo de Hóquei Patins, o
primeiro da cidade, concluído no ano seguinte.
Reconhecido como
Instituição de Utilidade Pública desde 10/08/84, o Estrela e Vigorosa Sport
conta com um valioso património, em títulos e distinções várias, mantendo em
plena actividade as secções de Andebol, Automobilismo, Campismo, Desporto
Adaptado, Escola de Desporto (Centro de Habilitação e Orientação Desportiva),
Ginástica (Acrobática, Educativa, Formativa, Manutenção, Aeróbica, Dança Jazz e
de Salão, Ballet, Karaté), Hóquei em Patins, Patinagem, Ténis e Pólo Aquático
Feminino”.
Fonte: Site do clube
Entrada do Centro Hípico da Boavista ou do Bessa
Assistência no Centro Hípico do Bessa em 1913 – Ed.
Cinemateca
Assistência no Centro Hípico do Bessa – Fonte: Centro
Português de Fotografia
O centro hípico
começou nos terrenos de Cristiano Van Zeller, com entrada pela Rua dos
Vanzeleres (hoje Rua João de Deus).
Na área a amarelo
ficaria o Centro Hípico do Bessa – Fonte: Google maps
«Fundado em 10 de Junho de 1910 na cidade do
Porto, o Centro Hípico do Porto (CHP) teve como primeiro presidente Delfim de
Lima, ficando a vice-presidência a cargo de Felisberto de Moura Monteiro. A
Direcção que inaugurou a história do clube integrava ainda Fernando de Brito
(vogal), Eduardo Fontes Pereira de Melo (vogal), Alberto Martins Macedo Cardoso
de Meneses (tesoureiro) e António de Freitas Torres (secretário).
O CHP ficou inicialmente
instalado no Bessa (1911/1938)
passando depois para a Fonte da Moura
(1938/1943, na Avenida do
Dr. Antunes Guimarães) e, mais tarde, para Ramalde (1943/1967).
Em 1967, o Centro
Hípico passa para Leça da Palmeira
(Matosinhos), numa mudança tornada possível graças ao apoio prestado pelo então
presidente da Câmara de Matosinhos, Engenheiro Fernando Pinto de Oliveira, que
disponibilizou os actuais terrenos. Em Assembleia Geral Extraordinária,
realizada a 30 de Março de 1995, é aprovada a mudança de nome do Centro Hípico
do Porto para "Centro Hípico do
Porto e Matosinhos"»
In Câmara Municipal de Matosinhos
No vasto terreno arborizado à direita da foto (1945) tinha estado, até 1938, o Centro Hípico do Porto, na zona do Bessa - Fonte: AHMP
“…teve a sua primeira sede na Rua de Passos
Manuel, 222-1º, no prédio pertencente ao Visconde de Pereira Machado (o tal
chamado de ""visconde de trás para a frente"", pois o seu
nome era Machado Pereira). Nos baixos funcionou bastante tempo o Picadeiro
Portuense para uso dos seus sócios.
Alugou, para
campo de obstáculos o lindo terreno ao Bessa, de que era proprietário Cristiano
Van Zeller. Logo começou a direcção, a preparar tudo para o 1º. Concurso
oficial… Em 24/6/1910 tudo estava pronto e oferecia magnífico aspecto.
Iniciou-se o concurso pela apresentação de cavalos ou éguas, tendo recebido o
prémio D. José Manuel da Cunha Meneses. Seguiu-se a prova ensaio em que
participaram 38 concorrentes tendo sido classificado em 1º lugar Manuel Latino,
que recebeu o prémio de 80.000 reis. Finalmente, caça, que apaixonou o público
pelo grande número de obstáculos a percorrer… tendo sido classificado em 1º.
lugar D. Luis da Cunha Meneses (180.000 reis) .”
Fonte: portoarc.blogspot.pt;
In O Tripeiro, Série V, Ano XV.
“Quando esteve em
Ramalde, o Centro Hípico, ocupou os terrenos onde veio a ser construído o
actual Estádio do Inatel (inaugurado como «Parque Desportivo Salazar»...). Ali
Norton de Matos e mais tarde Humberto Delgado foram vivamente recepcionados aquando
de comícios das suas campanhas eleitorais à presidência da República”.
Fonte – site: “portoantigo.org”
A inauguração do Estádio Salazar ocorreu no dia 27 de Abril
de 1969, sendo parte da cerimónia seguidamente narrada no órgão noticioso da
Secretaria de Estado da Informação e Turismo:
“Depois de presidir ao almoço de aniversário no Clube de
Vela Atlântico, o Chefe de Estado dirigiu-se ao Bairro Popular de Ramalde a fim
de presidir à inauguração do Parque Desportivo Salazar, da F.N.A.T.
Milhares de bandeiras dos vários organismos dependentes da
F.N.A.T. davam uma nota alegre e polícroma ao ambiente. De todo o país se
deslocaram ao Porto milhares de trabalhadores que se dedicam às práticas
desportivas, pertencentes a vários centros de Alegria no Trabalho que, desta
forma, se associaram à homenagem prestada a Salazar, no dia do 80º aniversário
natalício do grande estadista.
Eram precisamente 16 horas quando o Almirante Américo Thomaz
chegou ao local.
Aguardavam-no à entrada daquelas instalações os Drs António
Rapazote e Prof. Dr. José João Gonçalves de Proença, Ministros do Interior e
das Corporações, Dr. Luis Nogueira de Brito, Subsecretário do Trabalho e
Previdência, Dr. Bento Parreira do Amaral, Presidente da Direcção da F.N.A.T.
O Chefe de Estado, que se fazia acompanhar do Major Paulo Durão,
chefe do distrito, após ter sido saudado pelos que ali se haviam concentrado
para o aclamar, recebeu os cumprimentos das individualidades presentes e ramos
de flores que lhe foram oferecidos por crianças.
Seguidamente, o Sr. D. Florentino de Andrade e Silva,
Administrador Apostólico da Diocese, procedeu à benção do parque, e o Sr.
Presidente da República descerrou uma lápide comemorativa daquele acto festivo.
(…) Mais de sete mil trabalhadores desfilaram e seguiu-se a
demonstração de diversas actividades desportivas, encerrando-se o festival com
uma alegoria pelas classes de ginástica e largada de balões e pombos.”
In revista “Notícias de Portugal”, 3 de Maio de 1969
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