segunda-feira, 24 de abril de 2017

(Continuação 6) - Actualização em 01/03/2019

Imediatamente antes de entrar na Estação de Cadouços, a “Máquina” passava, após atravessar os terrenos conhecidos por “Ervilha”, pelo sítio das “Sete Casas”.
 
 
 

Trajecto da “Máquina” nas ruas da Foz do Douro – In: Os velhos eléctricos do Porto
 
 
Legenda:
 
1. Campos da Ervilha
2. Actual Mercado da Foz (inaugurado em 15 Janeiro de 1954)
3. Sete Casas
4. Estação de Cadouços
5. Antigo Restaurante da Estação de Cadouços
6. Actual Esquadra da Polícia
7. Ponte da Rua da Fonte da Luz
8. Arruamento desaparecido
9. Rua do Túnel
10. Ponte Rua da Agra
11. Antigo Farol de Nossa Senhora da Luz
 
 

Sítio das "Sete Casas", em planta de Telles Ferreira de 1892
 
 
 
Local actual das “Sete Casas”, ao cimo da Rua da Cerca - Fonte: Google maps
 
 

Largo de Cadouços, c. 1905 - Ed. ”Ferreira-Batalha-Porto”
 
 
Na imagem acima, está o Largo de Cadouços com os seus jardins. O edifício com dois torreões simétricos albergou o Clube de Cadouços e o restaurante/casino de Cadouços.
 
 

 Praça de Cadouços, na planta de Teles Ferreira de 1892 
 
 
 

A “Máquina”, em Cadouços, em 1900

 

Mesma perspectiva, mas actual, da foto anterior – Fonte: Google maps



Pela comparação das duas últimas fotos, pode concluir-se que a fachada principal da Estação de Cadouços ficava no enfiamento da actual Travessa de Cadouços (à esquerda).
 
 

Estação de Cadouços - Ed. “A Nossa Foz do Douro”
 

Na composição fotográfica acima, pela comparação das fotos se pode observar, que o edifício que sobressai ainda existe, hoje situado na Rua Monsenhor Manuel Marinho.
 
 
 
Um Americano na Estação de Cadouços, Rua Monsenhor Manuel Marinho na Foz do Douro - Ed. “A Nossa Foz do Douro”
 
 
 
Na composição fotográfica acima, observa-se a paragem de um “Americano” em frente de edifícios que ainda hoje existem, na Estação de Cadouços.
Estes edifícios são fronteiros aos mostrados na composição fotográfica que precede esta.


Edifício que se situava nas traseiras da gare da Estação de Cadouos e que albergou o Clube de Cadouços e o Restaurante/Casino


 
 
 
De Cadouços a Matosinhos
 
 
 

Viaduto de Cadouços
 
 
 
No registo fotográfico acima, observamos a máquina a passar no viaduto (ou ponte) de Cadouços, construído entre a actual Rua do Monsenhor Manuel Marinho e a Rua Nova do Túnel (hoje Rua de Cândida Sá de Albergaria), para cruzar, a nível superior, a então Rua da Fonte de Cadouços (depois Rua da Fonte da Luz), numa parte do troço entre Cadouços e Matosinhos (ou vice-versa).
 
 
A "Máquina" na travessia aérea da Rua da Fonte da Luz
 
 

Outra perspectiva do local da foto anterior
 
Na foto imediatamente anterior, da Foz do Douro, pode ver-se, ao fundo, o farol da Senhora da Luz, ao cimo da Rua do Teatro e a linha da "Máquina", à direita, em viaduto.

 

A “Máquina” na Rua do Túnel
 
 

A Rua do Túnel na actualidade – Fonte: portoarc.blogspot.pt
 
 
 

A Máquina nº 4 vinda de Cadouços e, depois de passar no túnel, apresenta-se na Rua de Gondarém, vencendo o desnível onde hoje passa, transversalmente, a Rua da Agra
 
 
 

A “Máquina” na Rua de Gondarém
 
 

Rua de Gondarém e carris da “Máquina”
 

Na foto acima no cruzamento com a Rua do Padrão podem ver-se os trilhos da “Máquina”, em 1900.
 
 
 

Rua de Gondarém no mesmo local da foto anterior na actualidade
 
 
Pela comparação das duas fotos anteriores observa-se que a casa mais próxima junto da esquina, à direita, é a mesma de 1900.
 
 

A “Máquina” na Foz em 1903
 
 
 

A “Máquina” em local não identificado - Fonte: STCP, Museu do Carro Eléctrico
 
 

A “Máquina” e cinco atrelados
 
 

A Máquina nº 7 (a última adquirida pela Companhia) e os seus 3 atrelados – Ed. Francisco Owen
 
 
 
 
Da Praça da Liberdade a Matosinhos
 
 
A Praça da Liberdade esteve, naqueles tempos, ligada a Matosinhos, primeiro, por um serviço combinado do carro Americano (entre a Praça e a Boavista) e a “Máquina” (restante percurso), sendo que, mais tarde, aquele troço inicial foi percorrido pelo carro eléctrico.
 
 
"A primitiva linha 18 do elétrico ligava a praça da Liberdade a Matosinhos, utilizando dois meios de transporte distintos: a máquina e o elétrico. À máquina competia o itinerário compreendido entre a Boavista e Matosinhos e ao eléctrico o percurso entre a Boavista e a praça da Liberdade.
(…) Esta ligação a Matosinhos foi suprimida em 1914, desaparecendo a primeira versão da linha 18 e a peculiar máquina da então Companhia Carris de Ferro do Porto". 
In Velhos Eléctricos do Porto
A Companhia Carris de Ferro do Porto decidiria substituir a "Máquina" por carros elétricos que passaram a descer a avenida até ao mar, sendo a antiga linha desactivada, após a Câmara ter decidido prolongar a Avenida da Boavista desde a Fonte de Moura até ao Castelo do Queijo.
Para Matosinhos, até à sua desactivação, em 1914, a linha da “Máquina” coexistiu com a linha do eléctrico, cruzando-se ambas, umas centenas de metros antes do Castelo do Queijo.
Acontece que, apresentando-se a linha da “Máquina” pela Rua de Gondarém e fazendo a entrada em Matosinhos, pela Rua de Roberto Ivens e o carro eléctrico fazendo o seu percurso pela marginal (mais a poente) entrando em Matosinhos pela Rua Brito Capelo (mais para nascente), o cruzamento de linhas, algures, era uma inevitabilidade.
 
 
 

Local do cruzamento da “Máquina” com o nº 5, à esquerda, e o carro eléctrico, à direita, com o Castelo do Queijo, ao fundo
 
 
 
Após a desactivação da linha da “Máquina”, em 1914, o antigo material circulante foi vendido à empresa Caminho de Ferro de Penafiel à Lixa e Entre-os-Rios, continuando a funcionar durante largos anos.
 
 
 


A “Máquina”, em Penafiel, em 1918 

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