Imediatamente antes de entrar na Estação de Cadouços, a
“Máquina” passava, após atravessar os terrenos conhecidos por “Ervilha”, pelo
sítio das “Sete Casas”.
Legenda:
1. Campos da Ervilha
2. Actual Mercado da Foz (inaugurado em 15 Janeiro de 1954)
3. Sete Casas
4. Estação de Cadouços
5. Antigo Restaurante da Estação de Cadouços
6. Actual Esquadra da Polícia
7. Ponte da Rua da Fonte da Luz
8. Arruamento desaparecido
9. Rua do Túnel
10. Ponte Rua da Agra
11. Antigo Farol de Nossa Senhora da Luz
Na imagem acima, está o Largo de Cadouços com os seus
jardins. O edifício com dois torreões
simétricos albergou o Clube de Cadouços e o restaurante/casino de Cadouços.
Pela comparação das duas últimas fotos, pode concluir-se que
a fachada principal da Estação de Cadouços ficava no enfiamento da actual
Travessa de Cadouços (à esquerda).
Na composição fotográfica acima, pela comparação das fotos
se pode observar, que o edifício que sobressai ainda existe, hoje situado na
Rua Monsenhor Manuel Marinho.
Um Americano na Estação de Cadouços, Rua Monsenhor Manuel
Marinho na Foz do Douro - Ed. “A Nossa Foz do Douro”
Na composição fotográfica acima, observa-se a paragem de um “Americano”
em frente de edifícios que ainda hoje existem, na Estação de Cadouços.
Estes edifícios são fronteiros aos mostrados na composição
fotográfica que precede esta.
Edifício que se situava nas traseiras da gare da Estação de Cadouos e que albergou o Clube de Cadouços e o Restaurante/Casino
De Cadouços a
Matosinhos
No registo fotográfico acima, observamos a máquina a passar
no viaduto (ou ponte) de Cadouços, construído entre a actual Rua do Monsenhor
Manuel Marinho e a Rua Nova do Túnel (hoje Rua de Cândida Sá de Albergaria), para
cruzar, a nível superior, a então Rua da Fonte de Cadouços (depois Rua
da Fonte da Luz), numa parte do troço entre Cadouços e Matosinhos (ou
vice-versa).
Na foto imediatamente anterior, da Foz do Douro, pode ver-se,
ao fundo, o farol da Senhora da Luz, ao cimo da Rua do Teatro e a linha da
"Máquina", à direita, em viaduto.
A Máquina nº 4 vinda de Cadouços e, depois de passar no
túnel, apresenta-se na Rua de Gondarém, vencendo o desnível onde hoje passa, transversalmente,
a Rua da Agra
Na foto acima no cruzamento com a Rua do Padrão podem ver-se
os trilhos da “Máquina”, em 1900.
Pela comparação das duas fotos anteriores observa-se que a
casa mais próxima junto da esquina, à direita, é a mesma de 1900.
A “Máquina” na Foz em 1903
A “Máquina” entrava em Matosinhos pela Rua Roberto Ivens, à
data, Rua Juncal de Baixo e atingia a margem esquerda do rio Leça.
Rua Juncal de Baixo, sendo visíveis os trilhos da “Máquina”
À esquerda, o edifício que prestava apoio aos viajantes da “Máquina”
no términos da linha em Matosinhos
Da
Praça da Liberdade a Matosinhos
A Praça da Liberdade esteve, naqueles tempos,
ligada a Matosinhos, primeiro, por um serviço combinado do carro Americano
(entre a Praça e a Boavista) e a “Máquina” (restante percurso), sendo que, mais
tarde, aquele troço inicial foi percorrido pelo carro eléctrico.
"A
primitiva linha 18 do elétrico ligava a praça da Liberdade a Matosinhos,
utilizando dois meios de transporte distintos: a máquina e o elétrico. À
máquina competia o itinerário compreendido entre a Boavista e Matosinhos e ao
eléctrico o percurso entre a Boavista e a praça da Liberdade.
(…) Esta
ligação a Matosinhos foi suprimida em 1914, desaparecendo a primeira versão da
linha 18 e a peculiar máquina da então Companhia Carris de Ferro do
Porto".
In Velhos Eléctricos do Porto
A Companhia Carris de Ferro do Porto decidiria
substituir a "Máquina" por carros elétricos que passaram a descer a
avenida até ao mar, sendo a antiga linha desactivada, após a Câmara ter
decidido prolongar a Avenida da Boavista desde a Fonte de Moura até ao Castelo
do Queijo.
Para Matosinhos, até à sua desactivação, em 1914, a
linha da “Máquina” coexistiu com a linha do eléctrico, cruzando-se ambas, umas
centenas de metros antes do Castelo do Queijo.
Acontece que, apresentando-se a linha da “Máquina”
pela Rua de Gondarém e fazendo a entrada em Matosinhos, pela Rua de Roberto
Ivens e o carro eléctrico fazendo o seu percurso pela marginal (mais a poente)
entrando em Matosinhos pela Rua Brito Capelo (mais para nascente), o cruzamento
de linhas, algures, era uma inevitabilidade.
Local do cruzamento da “Máquina” com o nº 5,
à esquerda, e o carro eléctrico, à direita, com o Castelo do Queijo, ao fundo
Após a desactivação da linha da “Máquina”,
em 1914, o antigo material circulante foi vendido à empresa Caminho de Ferro de Penafiel à Lixa e
Entre-os-Rios, continuando a funcionar durante largos anos.
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