domingo, 2 de abril de 2017

(Continuação 7) - Actualização em 13/02/2019, 10/01 e 05/11/2020





Esta sala de espectáculos, propriedade de Rocha Brito & Vigoço, foi inaugurada em 1943 e remodelada em 1971, tendo o seu encerramento ocorrido em 2001.
Actualmente, com a plateia desmontada, funciona como salão de dança e salão de festas.
O chão onde se localiza o Cinema Júlio Deniz foi, antes, o local onde esteve a residência de António Manuel Ferreira Braga.



Pedido de licenciamento de obras para o prédio localizado na Rua de Costa Cabral, nº 323 - Fonte: AHMP



Desenho da fachada do prédio de António Manuel Ferreira Braga, que esteve na área ocupada, mais tarde, pelo Cinema Júlio Deniz - Fonte: AHMP




“O Cinema Júlio Deniz foi inaugurado nos anos 40 na Rua Costa Cabral nº 323. Era na época uma das maiores salas do Porto, com plateia e balcão. A qualidade da sala nunca foi argumento suficiente para lhe retirar o rótulo de cinema de bairro. Ao longo da sua existência foi tendo sempre programações alternativas às salas principais da cidade, onde se efetuavam as grandes estreias.
Nos anos 70 começou a exibir filmes porno e assim se foi mantendo nas décadas seguintes, estando ainda ativo como sala de bailes e outras festas”.
Fonte: “cinemaaoscopos.blogspot.pt”




Cinema Júlio Deniz


Cinema Júlio Deniz, em 1960






Cinema Nun´Álvares


“Em 1 de Janeiro de 1959 dá-se a inauguração do cinema Nun’Alvares, à Rua de Guerra Junqueiro nº 489, sendo Nobre Guedes o arquitecto responsável pelo projecto do edifício, e o proprietário, o industrial Norberto de Oliveira.
O Cinema Nun´Álvares foi desde sempre uma ilustre sala de cinema representativa do bairro da Boavista. Encerrou em 2005 devido à fraca afluência de público. Reabriu em 2009 com nova gerência e apostando essencialmente no cinema independente, tentando desta forma fugir à concorrência direta dos centros comerciais. Ficou conhecido como o último cinema de bairro no Porto, por ser o último cinema de rua a resistir. Em 2011 encerraria de novo devido a enormes dificuldades financeiras que impossibilitaram a continuação do projeto. Em Dezembro de 2012, a sala foi utilizada para a exibição de um ciclo de cinema documental”.
Fonte: “cinemaaoscopos.blogspot.pt”




Cinema Nun'Álvares pouco depois da inauguração




Fachada do cinema Nun’Álvares


Em Abril de 2019, o Nun'Álvares reabriu como um clube de Jazz para 200 pessoas.



Nun'Álvares como clube de Jazz - Fonte: Google maps






Esta sala de espectáculos, cujo projecto do edifício é do arquitecto Francisco Fernandes Granja da silva, fica localizada na Rua de S. Dinis, no Porto, tendo sido inaugurada em 30 de Dezembro de 1948, graças à associação de Alberto Simões Carneiro, Arnaldo Caldeira Pato, Abel Lúcio Garcia, António Simões Neto e Álvaro de Oliveira Bastos, que constituíram a firma “Empresa Cinematográfica Vale Formoso, Lda.”
 
 
 

In “Diário de Lisboa” de 30 de Dezembro de 1948, pág. 11
 
 
 
 

Publicidade, em 9 de Janeiro de 1949, ao primeiro filme exibido no Vale Formoso



“O Cinema Vale Formoso, na Rua de S. Dinis 892, foi aberto ao público em 1949. Localizava-se numa área residencial do centro do Porto e funcionava mais como "cinema de bairro". Tal como tantos outros, foi explorado nos últimos anos pela empresa Lusomundo. Encerrou em 1993 e foi adquirido anos mais tarde pela seita religiosa IURDE (Igreja Universal do Reino de Deus) na sequência da aquisição falhada desta organização do Coliseu, em 1995.
Até 2010 foi usado como santuário, mas desde daí desconhece-se a sua utilidade”.
Fonte: cinemasparaiso.blogspot.pt




Cine Teatro Vale Formoso



Cine Teatro Vale Formoso




Foyer do Vale Formoso




Sala de espectáculo



O Cine-Teatro Vale Formoso estava dotado de 1076 lugares e Foyer, zonas de estar, salão de festas, um bar com acesso a um parque de recreio.
Eram tradicionais as festas de Carnaval e de Réveillon.



 

Orquestra de Baile que actuou no Carnaval de 1961




Programa de Carnaval de 1961

 
 
Após ter funcionado durante 35 anos e ter sido explorado pela distribuidora de filmes Lusomundo, encerrou definitivamente.
Durante o seu funcionamento o Cine Teatro Vale Formoso exibiu, na década de 1950, espectáculos do Teatro Experimental do Porto e, nas décadas de 1960 e 1970, o programa “Festival” das produções Fernando Gonçalves, de lançamento de novos talentos da música.
Foi, então, adquirido pela Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) que o transformou em sala de culto.
Em 2010, a IURD mudou-se para um novo edifício, construído de raiz, situado na Rua de Serpa Pinto e colocou, em 2012, o Vale Formoso à venda.
Em 2013, por despacho da câmara o Vale Formoso foi declarado edifício de interesse municipal e até hoje ficou a aguardar um destino.

 
 

Mezanino do Vale Formoso









O Cine Estúdio foi inaugurado em 1967 na Rua costa Cabral nº 138, numa época em que as salas estúdio com reduzida lotação estavam em expansão.
Com uma lotação de apenas 70 lugares, esta pequena sala soube manter uma programação de qualidade que lhe permitiu sobreviver até aos anos 90.
Já no século XXI, depois de remodelado, o Cine Estúdio voltou a abrir portas, continuando a exibir filmes diariamente.
A sala de espectáculos estava ligada à gestão do Centro de Caridade de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
O Centro de Caridade de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi criado em 26 de Janeiro de 1958, por iniciativa da Arquiconfraria da N.ª Sr.ª de Perpétuo Socorro, presidida pelo  Padre Marinho Apezteguia Cia, Redentorista. 
O edifício com risco do arquitecto Luís Cunha foi projetado para a Arquiconfraria dos Padres Redentoristas, enquadrando-se no movimento de renovação da arte religiosa desencadeado na década de 1950.
De nove pisos, o edifício foi concebido para incluir um cinema estúdio, uma capela, um serviço de assistência médica, uma biblioteca, um ginásio e salas de aula de diversos graus de ensino.


Fachada do edifício do  centro de caridade e do cinema


Cinema do Terço

“O Cinema do Terço foi inaugurado em 1965 na Rua João Pedro Ribeiro nº 680 ao Marquês.  O edifício estava incluído no complexo pertencente ao Instituto Profissional do Terço.
Inicialmente, era uma sala ao ar livre; devido à grande afluência de público e às verbas recolhidas pela instituição, acabou por ser construída uma sala coberta. O Cinema do Terço foi durante várias décadas o principal suporte financeiro do Instituto, que também recolhia donativos e apoios de particulares.
O Cinema do Terço encerrou em Maio de 2003 e foi demolido em Janeiro de 2009 para dar lugar a um pavilhão polidesportivo e a um parque de estacionamento”.
Fonte: “cinemaaoscopos.blogspot.pt”

Edifício do cinema


Estúdio 400


“O Estúdio 400, talvez a mais conhecida sala de cinema da zona da Foz, foi inaugurado em 1976 na Rua Sá de Albergaria. Inserido no salão paroquial de São Miguel de Nevogilde, foi, até à data do seu encerramento nos anos 90, bastante popular. A sala era gerida pelo pároco de Nevogilde e chegou a acolher, durante vários anos, sessões organizadas pelo Cine-clube da Boavista. Depois de terminar a sua atividade como cinema foi utilizado como estúdio pela RTP durante alguns anos.
Atualmente recebe esporadicamente atividades culturais”.
Fonte: “cinemaaoscopos.blogspot.pt”


Aqui funcionou o Estúdio 400

Cinema Raione

“Localizado numa galeria comercial de pequena dimensão, escondido da vista e também do público, o cinema Raione, nas galerias comerciais do mesmo nome, na Rua Salgueiral, teve uma existência efémera. Inaugurado em 1982, encerrou em 1984. O espaço foi também utilizado, desde então, como discoteca”.
Fonte: “cinemaaoscopos.blogspot.pt”



Neste centro comercial funcionava o Raione


“As duas salas de cinema do Stop, situadas na Rua do Heroísmo, fizeram parte da cultura cinéfila portuense durante os anos 80 e 90, mas, tal como o Centro Comercial com o mesmo nome foram acabando por perder o fulgor. Os cinemas encerraram em 1995 mas o centro comercial conseguiu sobreviver, graças a um projeto único no nosso país, que transformou a maior parte das lojas em estúdios de ensaio. Das 146 lojas e espaços do centro, 95 estão ocupadas por estúdios que estão alugados na sua totalidade a bandas que fazem daquele o seu espaço de criatividade. Existe também uma loja de artigos musicais e um bar. As salas de cinema por lá continuam, encerradas, sendo o espaço usado como armazém. A 25 de Junho de 2012, um incêndio com origem no interior de um dos estúdios fez temer o pior, mas a rápida intervenção dos bombeiros não permitiu que as chamas alastrassem ao resto do edifício”.
Fonte: “cinemaaoscopos.blogspot.pt” (2013)




Centro Comercial Stop junto ao Museu Militar


Lumière A e L (Porto)

“As duas salas de cinema das Galerias Lumière foram inauguradas na Rua das Oliveiras em 1978. Antes do surgimento dos centros comerciais e dos grandes shopping centers, as pequenas galerias tiveram um papel importante na vida das maiores cidades do país. Espalhadas pela cidade, numa época em que serviam de ponto de encontro em cada bairro, também as suas salas de cinema tinham um público fiel. Com o aumento da mobilidade, alargaram-se horizontes, descobriram-se novos atractivos fora da área de residência, deixou de se viver apenas no bairro e passou a disfrutar-se mais da cidade no seu todo. Com isto, as pequenas galerias ficaram esquecidas, perdidas na sua pequenês ao pé dos gigantes, seus sucessores. As salas de cinema das Galerias Lumiére encerraram em 1997 e as próprias galerias começaram a ter cada vez menos movimento. Em 2009, um empresário da restauração comprou 13 das lojas existentes, criando um espaço em torno do átrio central onde era possível ter restaurantes e bares convivendo lado a lado sendo o próprio átrio transformado de noite em discoteca. Durante alguns anos, este projeto trouxe de volta a animação a um espaço que parecia condenado ao esquecimento, mas a partir de 2011 o movimento voltou a decrescer”.
Fonte: “cinemaaoscopos.blogspot.pt” (2013)


Cinema Pedro Cem


“O Cinema Pedro Cem, inserido na galeria comercial homónima, foi inaugurado nos anos 80 na Rua Júlio Diniz nº 103.
Era uma sala de pequena dimensão que durante os seus primeiros anos de atividade ainda atraiu algum público; nos anos 90, com a abertura das superfícies comerciais de maior dimensão e respetivas salas, não conseguiu encontrar argumentos nem armas para sobreviver. O Cinema Pedro Cem encerrou em 1997, estando desde então à venda”.
Fonte: “cinemaaoscopos.blogspot.pt” (2013)


Era uma sala de pequena dimensão com 350 lugares, e durante os seus primeiros anos de actividade ainda atraiu algum público. No entanto, com a abertura dos multiplex nos anos 90, o cinema não conseguiu acompanhar a evolução e perdeu a audiência, encerrando em 1995.
Padecia de vários constrangimentos de raiz. Assim, o ecrã devia ser mais levantado, porque como estava não se visionava correctamente e o piso sendo nivelado e o posicionamento das cadeiras, dificultava deveras a visão.


Pedro Cem nas galerias com o mesmo nome


“O Cinema Charlot localizado no interior do Shopping Center Brasília, foi inaugurado em 1977 à rotunda da Boavista. Era uma sala moderna e confortável e assim se manteve até à data do seu encerramento em 2001. Reabriu, temporariamente, ao público em Novembro de 2006 para uma exposição comemorativa dos 30 anos do Shopping”.
Fonte: “cinemaaoscopos.blogspot.pt” (2013)

“O Cinema Charlot, hoje fechado, localiza-se no interior do Shopping Center Brasília, na Boavista. Este shopping, na Praça Mouzinho de Albuquerque, ou Rotunda da Boavista, foi inaugurado em 1976 e é o shopping mais antigo da Península Ibérica.
O Cinema Charlot, no segundo piso do shopping e inaugurado em 1977, e era uma sala muito moderna para a época, que acolhia mais de 400 espetadores. Os assentos eram confortáveis, e a sala contava com dois camarotes. Parecida a uma sala de cinema como nós a conhecemos hoje, o Charlot exibia filmes da atualidade para o público portuense.
Com a construção de novos centros comerciais na área do Porto, nos anos de 90, o Shopping Brasília começou a perder clientes – e o Charlot espectadores. Não conseguindo resistir à concorrência, o Cinema na Boavista teve que fechar as suas portas em 2001. Reabriu, exibindo uma exposição para um breve espaço de tempo, em 2006, no âmbito da comemoração dos 30 anos do Centro Comercial.
Neste momento o cinema está encerrado, mas sem qualquer modificação. A agência IPB, dona do espaço, abriu-nos a portas, para poder contemplar a grandeza do Charlot que antigamente juntava as famílias do Porto para um serrão de cinema. A sala está intacta, embora coberta de pó, após tantos anos fechada”.
Fonte - Carlos Fernandes, Eduardo Aranha, Rosa Clemente; In: Jornalismo Porto Net (19 de Maio, 2013)




Shopping Brasília



Estúdio Foco

“O Estúdio Foco foi uma sala de cinema que nasceu em 8 de Novembro de 1973 na Rua Afonso Lopes Vieira nº 54, junto ao já encerrado Hotel Tivoli
Como o nome indica, foi mais uma de muitas salas com caraterísticas de sala estúdio, inauguradas nos anos 70. A abertura da sala foi feita no dia 27 de Outubro com uma apresentação à imprensa, e a abertura ao público viria a acontecer no dia 8 de Novembro. 
A sua lotação de 428 lugares e a comodidade da sala fizeram do Foco uma das mais apreciadas salas da cidade do Porto, mas foi a direção de programação de Lauro António que mais contribuiu para o seu sucesso.
O Estúdio Foco foi resistindo a uma morte anunciada mais tempo do que a maior parte das salas do centro do Porto, sendo uma das últimas em atividade aquando do seu encerramento em 1997.
Atualmente, continua encerrada e em estado de abandono”.
Fonte: “cinemaaoscopos.blogspot.pt” (2013)



Aqui ficava o Estúdio Foco



Era uma das salas de cinema classificada como “estúdio”, por ter uma menor capacidade de lotação que os cinemas clássicos. Enquanto um cinema clássico como o Coliseu podia receber mais de 3 mil espectadores, o Estúdio Foco tinha uma capacidade para 428 lugares sentados.
Ficou bem conhecido na cidade pelas suas cadeiras que eram do tipo “mecânico, e que de acordo com o peso do espectador baixavam, enquanto as vazias ficavam mais altas”.
O Estúdio Foco estava equipado ainda com projetores Phillips de 35 e 70 mm, equipamento que ainda lá estava em 2013. Reunia todas as condições para que, se viesse a tornar uma das salas mais apreciadas da cidade.
Explorado pela Lusomundo, o Estúdio Foco passava filmes “mais selectos”. Na década de noventa, depois de grande parte dos cinemas do Porto terem encerrado, o Estúdio Foco foi uma das salas de cinema que se conseguiu manter apesar da tendência. Encerrou, por fim, em 1993. Hoje, encontra-se de portas fechadas mas ainda mantém a plateia e equipamento, embora ambos se encontrem em muito mau estado devido à humidade.


Interior do Estúdio Foco






Cinema Passos Manuel


O Cinema Passos Manuel é um dos cinemas no centro do Porto que de momento está encerrado.
Inaugurado a 26 de Novembro de 1971, surgiu na era de maior expansão das salas estúdio e soube sempre manter um público fiel.
Foi este cinema levantado no espaço anteriormente ocupado por um grande salão do Coliseu do Porto, usado para bailes e outras utilizações, que se situava à esquerda do átrio de entrada daquela sala de espectáculos.
Nos anos 60 do século XX, por exemplo, era utilizada para os bailes de finalistas do liceu Alexandre Herculano.
O seu nome é devido ao facto de naquele local ter existido o antigo Salão e Jardim Passos Manuel.
Chegou a encerrar em 2002 mas reabriu a 8 de Novembro de 2004.



Cinema Passos Manuel


Bar do Cinema Passos Manuel



Em frente a entrada para o Cinema Passos Manuel – Cortesia de Teo Dias





Outros Teatros ou Salas de Espectáculos


Existiram muitas outras salas de que não se tem qualquer memória escrita, mas apenas algumas referências escassas.


Publicidade ao teatro “ Antero de Quental (às Antas) em 16 Fev. 1907 -  Fonte: A Voz Pública


Publicidade ao  teatro de “Antero de Quental“ em 29 Set 1909 -  Fonte: A Voz Pública





Publicidade ao  teatro “Portuense “ em 28 Dez 1904 -  Fonte: A Voz Pública 

2 comentários:

  1. Caro Américo

    A imagem referente ao Cinema Passos Manuel, legendada como sendo das bilheteiras (que na realidade só existia uma no exterior), é uma fotografia do bar.

    Cumprimentos
    Hugo Martins

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  2. Agradeço-lhe o reparo, pois tem absoluta razão.Irei fazer a correcção de imediato.
    Cumprimentos.

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