Esta sala de espectáculos, propriedade de Rocha Brito &
Vigoço, foi inaugurada em 1943 e remodelada em 1971, tendo o seu encerramento
ocorrido em 2001.
Actualmente, com a plateia desmontada, funciona como salão
de dança e salão de festas.
O chão onde se localiza o Cinema Júlio Deniz foi, antes, o
local onde esteve a residência de António Manuel Ferreira Braga.
Pedido de licenciamento de obras para o prédio localizado na
Rua de Costa Cabral, nº 323 - Fonte: AHMP
Desenho da fachada do prédio de António Manuel Ferreira
Braga, que esteve na área ocupada, mais tarde, pelo Cinema Júlio Deniz - Fonte: AHMP
“O Cinema Júlio Deniz
foi inaugurado nos anos 40 na Rua Costa Cabral nº 323. Era na época uma das
maiores salas do Porto, com plateia e balcão. A qualidade da sala nunca foi
argumento suficiente para lhe retirar o rótulo de cinema de bairro. Ao longo da
sua existência foi tendo sempre programações alternativas às salas principais
da cidade, onde se efetuavam as grandes estreias.
Nos anos 70 começou a
exibir filmes porno e assim se foi mantendo nas décadas seguintes, estando ainda
ativo como sala de bailes e outras festas”.
Fonte: “cinemaaoscopos.blogspot.pt”
Cinema Júlio Deniz
Cinema Júlio Deniz, em 1960
Cinema Nun´Álvares
“Em 1 de Janeiro de 1959 dá-se a inauguração do cinema Nun’Alvares, à Rua de Guerra Junqueiro nº 489, sendo Nobre Guedes o arquitecto responsável pelo projecto do edifício, e o proprietário, o industrial Norberto de Oliveira.
O Cinema Nun´Álvares
foi desde sempre uma ilustre sala de cinema representativa do bairro da
Boavista. Encerrou em 2005 devido à fraca afluência de público. Reabriu em 2009
com nova gerência e apostando essencialmente no cinema independente, tentando
desta forma fugir à concorrência direta dos centros comerciais. Ficou conhecido
como o último cinema de bairro no Porto, por ser o último cinema de rua a
resistir. Em 2011 encerraria de novo devido a enormes dificuldades financeiras
que impossibilitaram a continuação do projeto. Em Dezembro de 2012, a sala
foi utilizada para a exibição de um ciclo de cinema documental”.
Fachada do cinema Nun’Álvares
Em Abril de 2019, o Nun'Álvares reabriu como um clube de Jazz para 200 pessoas.
Nun'Álvares como clube de Jazz - Fonte: Google maps
Esta sala de espectáculos, cujo projecto do edifício é do
arquitecto Francisco Fernandes Granja da silva, fica localizada na Rua de S.
Dinis, no Porto, tendo sido inaugurada em 30 de Dezembro de 1948, graças à
associação de Alberto Simões Carneiro, Arnaldo Caldeira Pato, Abel Lúcio
Garcia, António Simões Neto e Álvaro de Oliveira Bastos, que constituíram a
firma “Empresa Cinematográfica Vale Formoso, Lda.”
In “Diário de Lisboa” de 30 de Dezembro de 1948, pág. 11
Publicidade, em 9 de Janeiro de 1949, ao primeiro filme
exibido no Vale Formoso
“O Cinema Vale Formoso, na Rua de S. Dinis 892, foi aberto ao público em 1949. Localizava-se numa área residencial do centro do Porto e funcionava mais como "cinema de bairro". Tal como tantos outros, foi explorado nos últimos anos pela empresa Lusomundo. Encerrou em 1993 e foi adquirido anos mais tarde pela seita religiosa IURDE (Igreja Universal do Reino de Deus) na sequência da aquisição falhada desta organização do Coliseu, em 1995.
Até 2010 foi usado
como santuário, mas desde daí desconhece-se a sua utilidade”.
Fonte: cinemasparaiso.blogspot.pt
Cine Teatro Vale Formoso
Foyer do Vale Formoso
Sala de espectáculo
O Cine-Teatro Vale Formoso estava dotado de 1076 lugares e
Foyer, zonas de estar, salão de festas, um bar com acesso a um parque de
recreio.
Eram tradicionais as festas de Carnaval e de Réveillon.
Após ter funcionado durante 35 anos e ter sido explorado
pela distribuidora de filmes Lusomundo, encerrou definitivamente.
Durante o seu funcionamento o Cine Teatro Vale Formoso
exibiu, na década de 1950, espectáculos do Teatro Experimental do Porto e, nas
décadas de 1960 e 1970, o programa “Festival” das produções Fernando Gonçalves,
de lançamento de novos talentos da música.
Foi, então, adquirido pela Igreja Universal do Reino de Deus
(IURD) que o transformou em sala de culto.
Em 2010, a IURD mudou-se para um novo edifício, construído
de raiz, situado na Rua de Serpa Pinto e colocou, em 2012, o Vale Formoso à
venda.
Em 2013, por despacho da câmara o Vale Formoso foi declarado
edifício de interesse municipal e até hoje ficou a aguardar um destino.
O Cine Estúdio foi inaugurado em 1967 na Rua costa Cabral nº
138, numa época em que as salas estúdio com reduzida lotação estavam em
expansão.
Com uma lotação de apenas 70 lugares, esta pequena sala
soube manter uma programação de qualidade que lhe permitiu sobreviver até aos
anos 90.
Já no século XXI, depois de remodelado, o Cine
Estúdio voltou a abrir portas, continuando a exibir filmes diariamente.
A sala de espectáculos estava ligada à gestão do Centro de
Caridade de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
O Centro de Caridade de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
foi criado em 26 de Janeiro de 1958, por iniciativa da Arquiconfraria da N.ª
Sr.ª de Perpétuo Socorro, presidida pelo Padre Marinho Apezteguia Cia,
Redentorista.
O edifício com risco do arquitecto Luís Cunha foi projetado
para a Arquiconfraria dos Padres Redentoristas, enquadrando-se no movimento de
renovação da arte religiosa desencadeado na década de 1950.
De nove pisos, o edifício foi concebido para incluir um
cinema estúdio, uma capela, um serviço de assistência médica, uma biblioteca,
um ginásio e salas de aula de diversos graus de ensino.
Fachada do edifício do centro de caridade e do cinema
Cinema do Terço
“O Cinema do Terço foi
inaugurado em 1965 na Rua João Pedro Ribeiro nº 680 ao Marquês. O
edifício estava incluído no complexo pertencente ao Instituto Profissional
do Terço.
Inicialmente, era
uma sala ao ar livre; devido à grande afluência de público e às verbas
recolhidas pela instituição, acabou por ser construída uma sala coberta. O
Cinema do Terço foi durante várias décadas o principal suporte financeiro do
Instituto, que também recolhia donativos e apoios de particulares.
O Cinema do Terço
encerrou em Maio de 2003 e foi demolido em Janeiro de 2009 para dar lugar a um
pavilhão polidesportivo e a um parque de estacionamento”.
Fonte: “cinemaaoscopos.blogspot.pt”
Edifício do cinema
Estúdio 400
“O Estúdio 400, talvez
a mais conhecida sala de cinema da zona da Foz, foi inaugurado em 1976 na Rua
Sá de Albergaria. Inserido no salão paroquial de São Miguel de Nevogilde, foi,
até à data do seu encerramento nos anos 90, bastante popular. A sala era gerida
pelo pároco de Nevogilde e chegou a acolher, durante vários anos, sessões
organizadas pelo Cine-clube da Boavista. Depois
de terminar a sua atividade como cinema foi utilizado como estúdio pela RTP
durante alguns anos.
Atualmente recebe
esporadicamente atividades culturais”.
Fonte: “cinemaaoscopos.blogspot.pt”
Aqui funcionou o Estúdio 400
Cinema Raione
“Localizado numa
galeria comercial de pequena dimensão, escondido da vista e também do público,
o cinema Raione, nas galerias comerciais do mesmo nome, na Rua Salgueiral, teve
uma existência efémera. Inaugurado em 1982, encerrou em 1984. O espaço foi
também utilizado, desde então, como discoteca”.
Fonte: “cinemaaoscopos.blogspot.pt”
Neste centro comercial funcionava o Raione
“As duas salas de
cinema do Stop, situadas na Rua do Heroísmo, fizeram parte da cultura cinéfila
portuense durante os anos 80 e 90, mas, tal como o Centro Comercial com o mesmo
nome foram acabando por perder o fulgor. Os cinemas encerraram em 1995 mas o
centro comercial conseguiu sobreviver, graças a um projeto único no nosso país,
que transformou a maior parte das lojas em estúdios de ensaio. Das 146 lojas e
espaços do centro, 95 estão ocupadas por estúdios que estão alugados na sua
totalidade a bandas que fazem daquele o seu espaço de criatividade. Existe
também uma loja de artigos musicais e um bar. As salas de cinema por lá
continuam, encerradas, sendo o espaço usado como armazém. A 25 de Junho de
2012, um incêndio com origem no interior de um dos estúdios fez temer o pior,
mas a rápida intervenção dos bombeiros não permitiu que as chamas alastrassem
ao resto do edifício”.
Fonte: “cinemaaoscopos.blogspot.pt” (2013)
Centro Comercial Stop junto ao Museu Militar
Lumière A e L (Porto)
“As duas salas de
cinema das Galerias Lumière foram inauguradas na Rua das Oliveiras em 1978.
Antes do surgimento dos centros comerciais e dos grandes shopping centers,
as pequenas galerias tiveram um papel importante na vida das maiores
cidades do país. Espalhadas pela cidade, numa época em que
serviam de ponto de encontro em cada bairro, também as suas salas de
cinema tinham um público fiel. Com o aumento da mobilidade, alargaram-se
horizontes, descobriram-se novos atractivos fora da área
de residência, deixou de se viver apenas no bairro e passou a
disfrutar-se mais da cidade no seu todo. Com isto, as pequenas
galerias ficaram esquecidas, perdidas na sua pequenês ao pé dos gigantes, seus
sucessores. As salas de cinema das Galerias Lumiére encerraram em 1997 e as
próprias galerias começaram a ter cada vez menos movimento. Em 2009, um
empresário da restauração comprou 13 das lojas existentes, criando um espaço em
torno do átrio central onde era possível ter restaurantes e bares convivendo
lado a lado sendo o próprio átrio transformado de noite em discoteca.
Durante alguns anos, este projeto trouxe de volta a animação a um espaço
que parecia condenado ao esquecimento, mas a partir de 2011 o
movimento voltou a decrescer”.
Fonte: “cinemaaoscopos.blogspot.pt” (2013)
Cinema Pedro Cem
“O Cinema Pedro Cem,
inserido na galeria comercial homónima, foi inaugurado nos anos 80 na Rua Júlio
Diniz nº 103.
Era uma sala de
pequena dimensão que durante os seus primeiros anos de atividade ainda
atraiu algum público; nos anos 90, com a abertura das
superfícies comerciais de maior dimensão e respetivas salas, não conseguiu
encontrar argumentos nem armas para sobreviver. O Cinema Pedro Cem encerrou em
1997, estando desde então à venda”.
Fonte: “cinemaaoscopos.blogspot.pt” (2013)
Era uma sala de pequena dimensão com 350 lugares, e durante
os seus primeiros anos de actividade ainda atraiu algum público. No entanto,
com a abertura dos multiplex nos anos 90, o cinema não conseguiu acompanhar a
evolução e perdeu a audiência, encerrando em 1995.
Padecia de vários constrangimentos de raiz. Assim, o ecrã
devia ser mais levantado, porque como estava não se visionava correctamente e o
piso sendo nivelado e o posicionamento das cadeiras, dificultava deveras a
visão.
Pedro Cem nas galerias com o mesmo nome
“O Cinema Charlot
localizado no interior do Shopping Center Brasília, foi inaugurado em 1977 à
rotunda da Boavista. Era uma sala moderna e confortável e assim se manteve
até à data do seu encerramento em 2001. Reabriu, temporariamente, ao público em
Novembro de 2006 para uma exposição comemorativa dos 30 anos do Shopping”.
Fonte: “cinemaaoscopos.blogspot.pt” (2013)
“O Cinema Charlot,
hoje fechado, localiza-se no interior do Shopping Center Brasília, na Boavista.
Este shopping, na Praça Mouzinho de Albuquerque, ou Rotunda da Boavista, foi
inaugurado em 1976 e é o shopping mais antigo da Península Ibérica.
O Cinema Charlot, no
segundo piso do shopping e inaugurado em 1977, e era uma sala muito moderna
para a época, que acolhia mais de 400 espetadores. Os assentos eram
confortáveis, e a sala contava com dois camarotes. Parecida a uma sala de
cinema como nós a conhecemos hoje, o Charlot exibia filmes da atualidade para o
público portuense.
Com a construção de
novos centros comerciais na área do Porto, nos anos de 90, o Shopping Brasília
começou a perder clientes – e o Charlot espectadores. Não conseguindo resistir
à concorrência, o Cinema na Boavista teve que fechar as suas portas em 2001.
Reabriu, exibindo uma exposição para um breve espaço de tempo, em 2006, no
âmbito da comemoração dos 30 anos do Centro Comercial.
Neste momento o cinema
está encerrado, mas sem qualquer modificação. A agência IPB, dona do espaço,
abriu-nos a portas, para poder contemplar a grandeza do Charlot que antigamente
juntava as famílias do Porto para um serrão de cinema. A sala está intacta, embora
coberta de pó, após tantos anos fechada”.
Fonte - Carlos Fernandes, Eduardo Aranha, Rosa Clemente; In:
Jornalismo Porto Net (19 de Maio, 2013)
Shopping Brasília
Estúdio Foco
“O Estúdio Foco foi
uma sala de cinema que nasceu em 8 de Novembro de 1973 na Rua Afonso Lopes
Vieira nº 54, junto ao já encerrado Hotel Tivoli
Como o nome indica,
foi mais uma de muitas salas com caraterísticas de sala
estúdio, inauguradas nos anos 70. A abertura da sala foi feita no dia
27 de Outubro com uma apresentação à imprensa, e a abertura ao público
viria a acontecer no dia 8 de Novembro.
A sua lotação de 428
lugares e a comodidade da sala fizeram do Foco uma das mais apreciadas salas da
cidade do Porto, mas foi a direção de programação de Lauro António que mais
contribuiu para o seu sucesso.
O Estúdio Foco foi
resistindo a uma morte anunciada mais tempo do que a maior parte das salas do
centro do Porto, sendo uma das últimas em atividade aquando do seu
encerramento em 1997.
Atualmente, continua
encerrada e em estado de abandono”.
Fonte: “cinemaaoscopos.blogspot.pt” (2013)
Aqui ficava o Estúdio Foco
Era uma das salas de cinema classificada como “estúdio”, por
ter uma menor capacidade de lotação que os cinemas clássicos. Enquanto um
cinema clássico como o Coliseu podia receber mais de 3 mil espectadores, o
Estúdio Foco tinha uma capacidade para 428 lugares sentados.
Ficou bem conhecido na cidade pelas suas cadeiras que eram
do tipo “mecânico, e que de acordo com o peso do espectador baixavam, enquanto
as vazias ficavam mais altas”.
O Estúdio Foco estava equipado ainda com projetores Phillips
de 35 e 70 mm, equipamento que ainda lá estava em 2013. Reunia todas as
condições para que, se viesse a tornar uma das salas mais apreciadas da cidade.
Explorado pela Lusomundo, o Estúdio Foco passava filmes
“mais selectos”. Na década de noventa, depois de grande parte dos cinemas do
Porto terem encerrado, o Estúdio Foco foi uma das salas de cinema que se
conseguiu manter apesar da tendência. Encerrou, por fim, em 1993. Hoje,
encontra-se de portas fechadas mas ainda mantém a plateia e equipamento, embora
ambos se encontrem em muito mau estado devido à humidade.
Cinema Passos Manuel
O Cinema Passos Manuel é um dos cinemas no centro do Porto
que de momento está encerrado.
Inaugurado a 26 de Novembro de 1971, surgiu na era de maior expansão das salas estúdio e soube
sempre manter um público fiel.
Foi este cinema levantado no espaço anteriormente ocupado
por um grande salão do Coliseu do Porto, usado para bailes e outras
utilizações, que se situava à esquerda do átrio de entrada daquela sala de
espectáculos.
Nos anos 60 do século XX, por exemplo, era utilizada para os
bailes de finalistas do liceu Alexandre Herculano.
O seu nome é devido ao facto de naquele local ter existido o
antigo Salão e Jardim Passos Manuel.
Chegou a encerrar em 2002 mas reabriu a 8 de Novembro de
2004.
Cinema Passos Manuel
Bar do Cinema Passos Manuel
Em frente a entrada para o Cinema Passos Manuel – Cortesia
de Teo Dias
Outros Teatros ou Salas de Espectáculos
Existiram muitas outras salas de que não se tem qualquer
memória escrita, mas apenas algumas referências escassas.
Publicidade ao teatro “ Antero
de Quental (às Antas) ” em 16 Fev. 1907 -
Fonte: A Voz Pública
Publicidade ao teatro de “Antero de Quental“ em 29 Set 1909 - Fonte: A Voz Pública
Publicidade ao teatro
“Portuense “ em 28 Dez 1904 - Fonte:
A Voz Pública
Caro Américo
ResponderEliminarA imagem referente ao Cinema Passos Manuel, legendada como sendo das bilheteiras (que na realidade só existia uma no exterior), é uma fotografia do bar.
Cumprimentos
Hugo Martins
Agradeço-lhe o reparo, pois tem absoluta razão.Irei fazer a correcção de imediato.
ResponderEliminarCumprimentos.