domingo, 30 de abril de 2017

(Continuação 12)

C.C.F.P. – 28 (Bogies), ou Fumista (8 Janelas)


Carro Eléctrico nº 314

“Estes carros foram construídos entre 1929 e 1930 nas oficinas da C.C.F.P. com projecto próprio. As suas principais características eram não ter lanternim e as janelas descerem abaixo do nível dos assentos, sendo constituídas por painéis inteiramente amovíveis para serem retirados no verão. Porém, depressa se verificou que o clima não permitia tal situação pelo que houve necessidade de adaptá-las a janelas de correr. Existiam oito janelas de cada lado. O tejadilho era liso, tinham truck rígido de dois eixos do tipo Brill 21-E e eram equipados com motores GE 270 e controllers GEB 54 E. Abaixo podemos observar o Carro Eléctrico nº 314, pertencente a este modelo”.
Fonte: Engº Fernando Pinheiro Martins


Carro Eléctrico nº 314, após transformação das janelas


Carro Eléctrico nº 315 e Atrelado nº 18  (Brill, 1934)


“De uma série de 16 veículos construídos nas oficinas da “Companhia Carris de Ferro do Porto”, de 28 lugares sentados de distribuição 2+1, com bancos em palhinha. Inicialmente as janelas eram amovíveis e retiradas no Verão, daí o termo fumista. O atrelado é idêntico ao Carro Eléctrico mas sem o trólei. Das principais características destacam-se os 2 motores General Electric (GE) 270 de 55 HP e Combinadores General Electric (GE) B 54 E”.
Fonte: Engº Fernando Pinheiro Martins


Carro Eléctrico nº 315 com o atrelado nº 18




C.C.F.P. - 40 (Bogies) ou Bogie Fumista (11 Janelas)


Carro Eléctrico nº 267 e 269

“Veículos construídos no ano de 1930, nas oficinas da “Companhia Carris de Ferro do Porto”, de 40 lugares sentados de distribuição 2+2, 4 bancos individuais nos cantos e 11 janelas amovíveis.
Foram construídos em 1930 nas Oficinas da C.C.F.P. depois dos carros C.C.F.P. - 28, idênticos a estes mas com bogies que também foram construídos nas mesmas oficinas.
Estes bogies eram similares aos BSJ Bergestablindustrie da série 266 a 269. Nas fotos abaixo, é possível visualizar o Carro Eléctrico nº 267 e o nº 269, pertencente a esta série.
Os trucks eram Brill 39 E e os motores BTH 114 DR (Britis Thomson and Houston) de 89 HP, com controllers Siemens de um lado e BTH do outro, substituídos mais tarde por controllers Kiep NF 51 de 9 pontos”.
Fonte: Engº Fernando Pinheiro Martins


Carros Elétricos nº 267 e nº 269


Carro eléctrico nº 267, após transformação das janelas



Belgas

Carro Eléctrico nº 288 e Carro Eléctrico nº 274

“Estes veículos foram adquiridos para substituir aqueles que foram destruídos no incêndio da remise da Boavista em 28 de Fevereiro.
De uma série de 10 veículos adquiridos no ano de 1928 à empresa Belga “Societé Anonyme des Ateliers de Construction de Etablissements Familieureux”, de 40 lugares sentados, são conhecidos por carros “belgas”. Das principais características destacam-se os 2 motores The British Thomson Houston BTH e combinadores Siemens Schukert”.
Fonte: Engº Fernando Pinheiro Martins



Carro Eléctrico nº 288

Este veículo pertencia a uma série de 10 carros elétricos que foram adquiridos pela Companhia Carris de Ferro do Porto à empresa belga "Societé Anonyme des Atelliers de Construction des Etablissements Familleureux” em 1928, razão pela qual ficaram conhecidos pelo nome de "carros Belgas”.
A aquisição destes carros ocorreu na sequência do incêndio acontecido em Fevereiro de 1928 na Remise da Boavista.
O "Belga” era olhado como o carro elétrico mais elegante de todos. Possui seis janelas laterais e cinco em cada uma das plataformas. Os 40 lugares sentados no interior são revestidos a palhinha, destacando-se ainda pelos candeeiros interiores e pelos seis ventiladores no tejadilho que permitiam a renovação do ar.


“Belga” nº 277 na Avenida Brasil - Ed. Agostinho Barbosa Pereira


O carro Eléctrico nº 277 já tinha janelas de abrir, pelo que era permitido fumar.


Carro Eléctrico nº 274 na Praça da Liberdade em 1930

Na foto anterior pode observar-se o “Belga” nº 274.

“O “belga” nº 274 é um dos 10 "belgas" construídos pelos "Atelliers de Construction Familleureux", na Bélgica, em 1928. Na foto acima ainda com o n.º original (274). Hoje em dia tem o n.º 284. Este foi o último eléctrico, da linha 1, a deixar Matosinhos no dia 11 de Setembro de 1993."
Pedro Rocha in Porto Desaparecido; Fonte: portoarc.blogspot.pt


Brill/STCP (Pipis)


Linha de montagem na Boavista dos “Pipis”



STCP-28

“Carros da série 350 a 373. O termo “pipis” deriva da sua elegância para a época pelos passageiros habituais dos Carros Eléctricos.
O STCP, logo a seguir ao resgate da C.C.F.P., em 1946, pretendeu construir novas viaturas de linhas simples e leves, só que devido ao período do fim da Guerra Mundial, não foram conseguidos bogies apropriados em tempo aceitável. Optou-se então por construir viaturas de dois eixos, de truck rígido. O material encomendado como motores BTH 89 HP 114 DR e controllers de nove pontos e ainda motores CGE de 68 CV comandados por equipamento semi-automáticos, foram colocados nos carros de bogies existentes, tendo sendo os equipamentos destes, tal como os outros recuperados de carros abatidos, aproveitados nos novos carros.
Eram carros unidireccionais que tinham local de entrada e saída unicamente de um dos lados.
Tinha 21 lugares sentados de distribuição 2+1, com bancos em madeira e de apenas uma porta lateral do lado direito accionada pelo guarda-freio e por isso o carro eléctrico que não permitia o “exercíco de saltar em andamento.
A sua utilização estava limitada às linhas com raquete nos seus términos. O truck era do tipo Brill-21E, com cadeiras de madeira sem estofos e tinham 28 janelas, o que originou a sua designação de carros STCP-28”.
Fonte: Engº Fernando Pinheiro Martins


O carro Eléctrico nº 364 (STCP-28)

Carro Eléctrico nº 373 com o atrelado nº 25

Carro Eléctrico nº 354



STCP-20


“Estes carros eram semelhantes aos STCP-28, apenas mais pequenos, com cinco janelas laterais, no lugar das sete e com 15 lugares sentados em vez de 21. Inicialmente destinados a atrelados, acabaram por ser transformados em carros motores onde foi aproveitado o equipamento eléctrico retirado de carros abatidos, dando origem à construção de seis novos carros”.
Fonte: Engº Fernando Pinheiro Martins


Carro eléctrico nº 401 (STCP-20)



Carro Eléctrico S-500 (Protótipo)


“Último carro a ser construído nas oficinas do Serviço de Transportes Colectivos do Porto, no ano de 1951. Veículo unidireccional, de 22 lugares sentados, com lugares sentados para o guarda-freio e cobrador”.
Fonte: Engº Fernando Pinheiro Martins


Carro Eléctrico S-500

O carro elétrico S - 500 foi desenhado e fabricado nas oficinas do Serviço de Transportes Colectivos do Porto (STCP) entre 1951 e 1952. Este veículo é um protótipo de uma série de carros que nunca chegaram a ser construídos. Embora na altura se pensasse que seria o primeiro carro de uma nova série de linhas modernas, acabou por ser o último a ser fabricado no Porto. Com uma visão futurista e linhas inovadoras, fazendo lembrar um autocarro, o carro elétrico S - 500 possuía também algumas inovações técnicas: portas de comando automático funcionando a ar comprimido, accionadas pneumaticamente pelo guarda-freio, campainha elétrica e escovas limpa pára-brisa. Este veículo foi também o primeiro carro elétrico na cidade do Porto a ter um lugar sentado para o guarda-freio e outro para o cobrador. O carro elétrico S-500 é um veículo unidirecional, possuindo um combinador na retaguarda para manobras de serviço e emergência. A sua limitação nos percursos em que circulava, exigindo uma raquete ou rotunda, levou à sua retirada de circulação em 1967.
No final dos anos 1940 e nos anos 1950 a STCP tinha planos para modernizar a frota antiga. No entanto, tal não se realizaria, excepto para algumas reconstruções e para a construção dos Pipis. Uma das ações realizadas foi a extensão das plataformas dos veículos existentes.


Carros de Obras e de Socorro e outros veículos de transporte de materiais


Pronto-socorro nº 1, Carro Torre

Pronto-Socorro – Fonte: Site “museudocarroelectrico.pt”




Carro Torre nº 49


“Carro Eléctrico construído no ano de 1932 nas oficinas da “Companhia Carris de Ferro do Porto”, com uma torre elevatória manual e oficina de apoio no interior”.
Fonte: Engº Fernando Pinheiro Martins


Carro Torre nº 49


Carro Torre – Motor Explosão Hansa Lloyd MM - 91-79 (cor verde) Hansa Lloyd MM - 91- 80 (cor cinza)


Veículos a gasolina, adquiridos na Alemanha no ano de 1929, pela “Companhia Carris de Ferro do Porto”, com uma torre elevatória manual.

Carros Torre Hansa Lloyd MM-91-79 e MM-91-80


Carro de Socorro e "Joaninha"


Destinavam-se estes veículos ao reboque de viaturas avariadas.


Carro de Socorro ainda puxado por mulas


O Carro de Socorro nº 76 rebocando um veículo avariado



Carro de Socorro nº 76 com “Joaninha”

A “Joaninha” na foto acima é um veículo simples de dois eixos, que se atrela a um carro motor, com um estrado, de forma a ser colocada debaixo da plataforma de qualquer Carro Eléctrico.


Carro de Obras para rectificação de carris


Estes veículos de arrnjos de carris danificados e no seu assentamento ou levantamento eram também conhecidos por esmeriladores (de esmerilar).


Carro Obras nº 48, hoje peça de museu




Vagoneta 80

“Veículo concebido para o transporte de peixe em canastras. Provavelmente construído pela “Companhia Carris de Ferro do Porto” no ano de 1932, com uma capacidade de 4.000 kg”.
Fonte: Engº Fernando Pinheiro Martins


Vagonete 80


Vagonetes – Fonte: Os Velhos Eléctricos do Porto; In: “portoarc.blogspot.pt”


Na foto acima veem-se vagonetes com malas de emigrantes para o Brasil, em trânsito para o Porto de Leixões.



Zorra nº 58 e Zorra nº 66


Veículos destinados ao transporte de carga, nomeadamente carvão e cinzas e de apoio ao Serviço de Via e Obras.


Zorras nº 58 e nº 66 

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