Pela zona da Praça da
Batalha e suas imediações, foram-se instalando, ao longo dos anos, vários
estabelecimentos hoteleiros.
Em 1883, o Grande Hotel Victória já estava pela
Rua de S. Lázaro.
“Os senhores José
Bernardo Gomes & Viana acabam de estabelecer um hotel excelente, com a
denominação em epígrafe, na Rua de S. Lázaro, próximo ao jardim”.
In jornal “Primeiro de Janeiro” de 8 de Setembro de 1883
O Grande Hotel Victória abriria, em 23
de Maio de 1886, as suas novas instalações.
“Abriu ontem na sua nova
instalação da Rua de Entreparedes, quase em frente à Batalha, o Grande Hotel
Victória que, durante algum tempo, esteve em uma casa da Rua de S. Lázaro. A
mesa redonda, muitíssimo bem servida, foi ontem inaugurada com um jantar de
gala”.
In jornal “Primeiro de Janeiro” de 24 de Maio de 1886
O Hotel América Central esteve aqui
O Hotel América Central ficava na
esquina da Rua Rodrigues de Freitas e Entreparedes, desde 1895. Actualmente é a
Pensão Aviz.
O Hotel Estrela do Norte, acima referido, com começo de
actividade na Rua de Cima de Vila, acabaria por se fixar na Rua de
Entreparedes, depois de passar pelo Largo da Batalha.
Este hotel que, a uma existência de vinte anos, tem reunido melhorar progressivamente, realizou agora, com a mudança, um aperfeiçoamento muito notável.
Na casa, que este hotel deixou, foi estabelecer-se um criado dele. Tomou o título de «Estrela».”
In jornal “Diário Mercantil”, de 08 de Outubro de 1861 – 3ª Feira
O Hotel Bragança, com imagem no folheto acima, tinha chegado
da Rua do Bonjardim, nº 75, onde tinha sido inaugurado em Dezembro de 1864, de
acordo com o jornal "O Commercio do Porto" de 23 de Dezembro desse
ano. Aquela morada era um pouco acima do conhecido Hotel Aliança.
Comparando os dois folhetos publicitários anteriores, parece
que o Hotel Estrella do Norte e o Hotel Bragança ocuparam o
mesmo edifício.
Parece que no tempo do Hotel Estrella do Norte, este só
teria serventia pela Rua de Entreparedes.
De notar que o Hotel Bragança tinha entrada, também, pela
Rua de Santo Ildefonso.
Teria havido pela mesma época um outro hotel denominado “Hotel
Novo Bragança”.
Em 15 de Junho de 1918 abriria neste prédio o chamado
“London Club”, com sala de jogos, sala de bilhar e sala de leitura.
A fachada da foto anterior, está virada para a Rua de
Entreparedes e depois de albergar o “London Club”, foi também esquadra da
Polícia de Segurança Pública.
O Hotel Nacional na gravura acima
ficava na Rua de Entreparedes logo encostado ao Hotel Continental (fazia
esquina com a Praça da Batalha).
Acima o Hotel Continental na esquina da Rua
de Entreparedes e a Praça da Batalha.
O Hotel Sul-Americano, mais tarde,
seria substituído no local pelo Grande Hotel do Império.
O edifício que se vê a montante do Grande Hotel do Império,
haveria de ser demolido para expansão deste hotel.
Quando tal ocorreu, estava ocupado pela “Casa de Espanha” e
pela “Escuela Española” e anteriormente tinha alojado o Grande Hotel Portuense.
O Grande Hotel Portuense em 1925, ainda solicitava licenças
à Câmara do Porto para efectuar obras.
O Hotel Universal, situado na Rua de Alexandre Herculano,
foi inaugurado em 15 de Outubro de 1881, pela firma “Ramires & Vasques” e
com a direcção técnica do hoteleiro Alfred Wissmann.
Mais tarde, este hotel passaria para a propriedade da
“Companhia Portugueza de Turismo”, antiga “Sociedade Praia de Vila do Conde”.
A Messe de Oficiais foi inaugurada, em 15 de Setembro de 1926, tendo o edifício do Hotel Universal, contido na foto acima no quadrilátero a
amarelo, sido ampliado para o efeito.
A Messe de Oficiais fica na esquina das ruas de Alexandre
Herculano e Augusto Rosa, podendo apreciar-se, em foto abaixo, uma perspectiva
de há dezenas de anos atrás, do correr de casas contíguo à área em que está
aquele edifício, nesta última rua.
A Rua Augusto Rosa é uma homenagem à memória do genial actor
Augusto Rosa, muito estimado no Porto, que se estreara em peça do seu pai em 31
de Janeiro de 1872 e que faleceu em 2 de Maio de 1918.
No edificado da foto acima esteve, em tempos, o Hotel Nova Itália.
O mesmo local da foto anterior, actualmente (o prédio à
esquerda é ocupado pela Junta de Freguesia) – Fonte: “anfitrioesdainvicta.blogspot.pt”
O Grande Hotel da Batalha esteve na esquina da Praça da Batalha com a Rua de Cima de Vila, num prédio onde, antes, tinha estado o Hotel Maria, cujo
proprietário, Manuel Bento Rodrigues, em Julho de 1913, solicitava à Câmara do Porto
uma série de obras para o acesso ao piso térreo e, em Outubro desse mesmo ano,
dava conta à mesma entidade, pela licença de obra nº 1252/1913, de que
pretendia construir uma “devanture” em ferro, naquele mesmo piso.
Desde 1862, tinham estado alojados naquele local o Hotel Estrela do Norte, o Hotel Batalha, o Hotel Particular, o Hotel Oriental, o Hotel Gibraltar e, finalmente, o tal Hotel Maria.
Em 1937, o hotel é sujeito a obras com projecto do arquitecto José Porto (1863-1965) reabrindo, na plenitude, em 20 de Maio de 1940.
Em 1945, ocorrem obras de vulto de acordo com projecto do arquitecto Alfredo Ângelo Magalhães.
Grande Hotel da Batalha seria remodelado com um projecto de
1945 do arquitecto de Alfredo Ângelo Magalhães
Na foto anterior, a rua que segue, em frente, é a Rua de Cima de Vila.
A "Palace Pensão", próximo à
Praça da Batalha, na Rua do Sol, esteve no início do século XX, alojada no
antigo palacete do conde de Samodães, que viria a albergar, mais tarde, a
Escola Comercial Oliveira Martins.
Sobre esta pensão, dizia o seu cartão comercial:
“Pensão para famílias. Serviço esmerado. Preços
económicos. Refeições avulsas. Magníficos jardins com esplendidas vistas sobre
o Douro.”
Acima à direita da foto, com o café no rés-do-chão, a Hospedaria
Águia d’Ouro.
Como seria de esperar, a partir do momento da chegada do
comboio a Campanhã, os hotéis começaram também a instalar-se próximo da gare.
O Hotel Caminho-de-Ferro do prospecto
anterior, ficava em frente da Estação de Campanhã, na Rua da Estação.
Fronteiro à Estação de Campanhã esteve também o Hotel
Pinto Bessa, mais tarde, substituído, no mesmo local, pelo Hotel
Veneza.
Para a zona da Cordoaria
e suas imediações encontramos também, algumas unidades hoteleiras de
referência.
Na Rua de Cedofeita, mesmo em frente ao começo da Rua da Torrinha, no
prédio onde esteve em tempos a fonte de Cedofeita, alimentada pelos mananciais
de Paranhos e Salgueiros, só poderia ter estado sedeada uma pensão com o nome
de “Pensão La Fontaine”.
Como se vê no folheto, a Pensão La Fontaine tinha uma sucursal na Rua
Mártires da Liberdade, nº 130.
Listas de Hotéis e Hospedarias, em 1899
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