Nas imagens abaixo, referidas a 3 de Julho de 1909, um
Sábado, observa-se a estação ferroviária de Campanhã aquando da chegada do rei
D. Manuel II e, na outra, o desfile da comitiva real, em caravana automóvel,
pelas ruas da cidade.
Visita régia, ao Porto, no âmbito do centenário da Guerra
Peninsular, em Julho de 1909
Passagem junto da estação de S. Bento (em construção) da
carruagem real transportando o rei pelas ruas da cidade – Fonte: “Illustração
Portugueza”, nº 177, 12 de Julho de 1909
No dia seguinte, um Domingo, o rei esteve em Amarante onde,
entre outros actos, descerrou uma lápide alusiva à defesa heroica da ponte de
Amarante, acontecida aquando da 2ª invasão francesa.
Aspecto da Ponte de Amarante no descerramento da placa
alusiva à defesa da ponte, ocorrida 100 anos antes – Fonte: “Illustração
Portugueza”, nº 178, 19 de Julho de 1909
Nesse dia, era conhecido, em definitivo, o programa para o
dia seguinte, 2ª Feira, 5 de Julho.
Acompanhado pelo presidente da câmara Cândido Augusto
Correia de Pinho e pelo vereador Pereira da Costa, entre muitas outras
individualidades, a 5 de Julho de 1909, prosseguiria no Porto a visita real,
que levaria o rei a lançar a primeira pedra do monumento aos heróis da Guerra
Peninsular, na Rotunda da Boavista.
Antes, logo pela manhã, seria descerrada uma lápide no
Colégio dos Orfãos alusiva à penetração do exército anglo-luso na cidade, vindo
da margem esquerda do rio, com o objectivo de expulsar da cidade o exército
francês, precisamente, nesse local.
Vista obtida, em 1909, a partir do Monte do Seminário onde,
100 anos antes, entrou na cidade o exército libertador anglo-luso – Fonte:
“Illustração Portugueza”, nº 178, 19 de Julho de 1909
Seguir-se-ia, no Palácio da Bolsa uma cerimónia comemorativa
do 31º aniversário da Sociedade Protectora dos Animais.
Saída da comitiva real do Palácio da Bolsa onde tinha
decorrido a sessão comemorativa do 31º aniversário da Sociedade Protectora dos
Animais – Fonte: “Illustração Portugueza”, nº 178, 19 de Julho de 1909
Na foto acima, à direita do rei, apresenta-se o presidente
da Associação Comercial do Porto, Júlio Araújo e, à sua esquerda, o presidente
da Sociedade Protectora dos Animais.
Do Palácio da Bolsa o rei seguiria para o Quartel dos
Bombeiros na rua de Gonçalo Cristovão, onde assistiu a uma série de exercícios
de combate a fogos.
Exercícios dos bombeiros levados a cabo na “casa esqueleto”
do quartel da Rua Gonçalo Cristovão - Fonte: “Illustração Portugueza”, nº 178,
19 de Julho de 1909
Após a demonstração da agilidade e profissionalismo dos
bombeiros, o rei seguiu para a Praça da Boavista, onde seria lançada a 1ª pedra
do monumento de homenagem aos heróis da Guerra Peninsular, que haveria de ser
concluído e inaugurado, apenas, em 1952.
Nesse dia, à noite, teria lugar, no Palácio de Cristal, um
festival.
Texto sobre lançamento 1ª pedra do memorial à Guerra
Peninsular – In jornal “A Voz Pública”, em 6 de Julho de 1909
Cerimónia do lançamento, pelo rei D. Manuel II, da 1ª pedra
para o monumento aos heróis da Guerra Peninsular, na Rotunda da Boavista
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