“Os Jardins do Palácio
de Cristal incluem o chamado Jardim Emílio David que possui belos exemplares de
rododendros, camélias, araucárias, ginkgos e faias, para além de fontes e
estátuas alegóricas às estações do ano.
A Avenida das Tílias
constitui o eixo mais marcante deste parque e está ladeada pela Biblioteca
Municipal Almeida Garrett (onde se situa a Galeria do Palácio), pela Concha
Acústica e pela Capela de Carlos Alberto da Sardenha (edificada em 1849 pela
princesa de Montléart). Perto situam-se um restaurante e uma esplanada com
vista para o lago. Nesta avenida e noutros locais encontram-se estratégicos
miradouros que proporcionam vistas panorâmicas do rio Douro e da cidade. É ao
fundo desta avenida que encontramos a capela que a princesa de Montléart mandou
erguer em homenagem ao seu irmão, o Rei Carlos Alberto.
Os jardins temáticos
estão também representados, nomeadamente pelo Jardim das Plantas Aromáticas, o
Jardim das Medicinais, o Jardim das Cidades Geminadas (inaugurado em 2009) e
ainda o Jardim dos Sentimentos (inaugurado em 2007), onde se encontra a estátua
“Dor” de Teixeira Lopes. Outros espaços aprazíveis são o Bosque, a Avenida dos Castanheiros-da-Índia
e o Jardim do Roseiral que está enriquecido com significativos elementos do
património artístico da cidade. Nas proximidades surgem sete magníficos
exemplares de palmeiras da Califórnia.
Contíguos aos Jardins
do Palácio de Cristal estão o Museu Romântico e o Solar do Vinho do Porto,
ambos na Quinta da Macieirinha. Muito próximo encontra-se, também, a Quinta
Tait, com jardins recheados de colecções de rosas, camélias,
brincos-de-princesa e um majestoso Liriodendrum tulipifera que circundam a Casa
Tait, onde funciona um Gabinete de Numismática”.
Fonte: pt.wikipedia.org
A construção do chalet suíço, da foto anterior, já era anunciada pelo jornal "O Comércio
do Porto" em 1864, dando-se notícia do seu arrendamento por seis anos
a um negociante lisboeta, Sr. Jansen, proprietário da Fábrica de Cerveja
Jansen. Esse equipamento destinava-se ao comércio de
bebidas e comidas frias, sendo a oferta gastronómica completada por mais uns quantos restaurantes distribuídos pelos espaços, para além do restaurante principal.
Para o chalet, a construção de três andares, em madeira, foi implantada sobre a
denominada Gruta de Camões, por forma a servir também como mirante sobre o rio.
Muitos anos depois, naquele “chalet”, ao
fundo da Avenida das Tílias, à direita, e perto da tal gruta, esteve o Real
Velo-Club do Porto antes de ser transferido para as traseiras do Palácio dos
Carrancas.
Durante a Exposição Industrial de 1891, os jardins do
Palácio seriam beneficiados com um lago e uma gruta, com projecto de uma firma
belga e cujo projectista, Florent Claes trabalhou, também, nos jardins do Palacete
Braguinha, a S. Lázaro e foi autor, ainda, de alguns melhoramentos do Jardim da
Cordoaria.
A 6 de Novembro de 1891, seria nomeado para calafate da
flotilha de 6 barcos a operar no lago, Miguel Pedro Correia, enquanto, em
Setembro, os técnicos da empresa belga que conceberam os equipamentos já tinham
partido.
No Domingo, 22 de Novembro de 1891, um dia de muita chuva,
lago e gruta eram finalmente inaugurados pelo rei D. Carlos.
O poeta, escritor e historiador Sousa Viterbo, em 1907,
sobre o projectista Florent Claes, deixou-nos algumas notas que estão expressas
no texto abaixo.
Acabada a Exposição Internacional de 1865, a Sociedade do
Palácio de Cristal, que lançou o empreendimento, passou a administrá-lo.
Passado pouco tempo, decidiu entregar a rentabilização dos
espaços e equipamentos à firma Burnay & Guichard que, para o efeito,
promoveu diversos tipos de espectáculos.
Na realidade, a exploração empresarial do edificado foi
sempre deficitária.
Entre os espectáculos, de diversa índole, destacaram-se, nas
últimas décadas do século XIX e pelos primeiros anos do século seguinte, o
lançamento de balões, normalmente, tendo por base de operações a Avenida das
Tílias. Era espectáculo muito concorrido e apreciado.
No dia 3 de Abril de 1904, o balonista António Fernandes,
conhecido como “Ferramenta”, gaiense, nascido no Candal e serralheiro de
profissão, partia do Palácio de Cristal como conta a notícia.
“António
Bernardes construiu o seu balão que denominou de “O Português”, com uma
capacidade para 1 200 metros cúbicos, que poderia elevar-se com o peso bruto de
800 Kg e marcou a sua primeira ascensão para o dia 3 de Abril de 1904 nos
jardins do palácio de Cristal.
No dia aprazado o
balão foi conduzido ao Palácio, em dois carros de bois, com a filarmónica a
abrir caminho. Quando se ensaiava a ascensão o governador civil, temendo o
pior, proibiu a subida. No entanto o “Ferramenta” cortou as cordas e o balão
depois de roçar nas tílias subiu mesmo, perante os aplausos do público. Andou
quatro horas pelo ar e foi pousar num campo, em S. Cosme, no concelho de Gondomar”.
O balonista “Ferramenta” subiria, mais algumas vezes, no Palácio de Cristal, como
quando o fez em benefício da aeronauta espanhola Mercedes, que tinha partido
uma perna numa ascensão, na Praça de Touros da Rua da Alegria, e que terminou
na Quinta de Sacais, tendo sido socorrida pelo Dr. Alfredo de Magalhães.
O balão do “Ferramenta”, dessa vez baptizado como “Internacional”, foi
pousar a Rio Tinto, no meio de um viçoso nabal, tendo o seu proprietário, na
ocasião, exigido a reparação dos prejuízos causados.
Durante o século XIX, os portuenses começaram, também, a
dedicar uma atenção especial aos festejos de Carnaval.
Os cortejos carnavalescos sempre prestigiaram com a sua
presença os jardins do Palácio de Cristal durante as suas exibições.
Muitos portuenses
usufruíam dos jardins do Palácio de Cristal para socializarem e passearem pelas
suas avenidas, observando os espectáculos oferecidos em diversos palcos e, por
vezes, fazendo visitas ao mini-zoo que exibia, em jaulas, alguns animais e se situava
num pequeno bosque.
A música e o teatro tiveram grande expressão, em alguns
palcos, nos jardins do Palácio de Cristal.
No topo sul da Avenida das Tílias, ainda hoje existe uma
concha acústica, que é um equipamento cénico, disposto à volta da orquestra e
aberto para a plateia, que reflecte o som dos instrumentos musicais para o
público, e que é um elemento icónico do jardim.
Foi inaugurada na década de 1880.
“A concha acústica é
uma construção de pedra provavelmente edificada na década de oitenta do séc.
XIX, exibindo na sua base a inscrição de uma conceituada fundição do Porto:
Massarellos. A concha ostenta uma requintada decoração em ferro e a ladear a
sua abertura encontram-se duas esculturas (provenientes do Val d’Osne) de
mulheres, uma representando uma negra e a outra, uma egípcia”.
Fonte: Paula Torres Peixoto
Em Julho de 1886, passaria a funcionar como teatro um novo
espaço nos jardins do Palácio de Cristal, junto da Avenida das Tílias.
Tal actividade aconteceria no Palco-Coreto, em alvenaria e
ferro, de concepção do arquitecto Tomás Augusto Soller.
O arquitecto Tomás Soller (1848-1883) faleceu muito novo,
com 35 anos.
Nessa ocasião, os seus colegas de profissão terão promovido
uma recolha de fundos para prover a sua viúva.
Assim, a construção do palco-coreto, com projecto de Tomás
Soller, ocorreria cerca de três anos após a morte do arquitecto.
"Inaugura-se amanhã o novo teatro-coreto
recentemente construído nos jardins do Palácio de Cristal, segundo o plano
delineado pelo falecido arquitecto Soller.
o cenário foi pintado por Guilherme de Lima e o pano de
boca apresenta o Terreiro do Paço, em Lisboa."
Jornal "O Primeiro de Janeiro", de 10 de Julho de
1886 – Sábado
Passados dois dias, dizia o mesmo jornal a propósito do
palco-coreto:
"É de alvenaria e ferro e, como se sabe,
extremamente elegante. A cobertura metálica saiu das oficinas da Fundição de
Massarelos."
Primeiro palco-coreto implantado nos jardins do Palácio de
Cristal, à esquerda e, em frente, a meio, o Palácio dos Terenas e a sua torre –
Gravura, madeira, por F. Pastor, in “Universo Ilustrado”- 2º vol. – Lisboa,
Abril 1878
Atendendo à data de publicação da gravura anterior, o
palco-coreto nela representado teria sido substituído pelo da concepção de
Tomás Soller. Aliás, como se pode observar na notícia abaixo, era
referido em 1882, que tinha existido junto da "grande avenida"
um coreto.
Jornal "O Comércio do Porto", de 2 de Julho de
1882
Na notícia acima, podemos observar que um dos concorrentes
ao certame foi a viúva de Zeferino Matos, e que este horticultor, que teve um
modesto horto na Rua da Boavista, à data, já tinha falecido.
Sabe-se que, em 1875, Zeferino Matos é vendedor de uma
parcela de terreno, que se juntava a algumas outras, anteriormente adquiridas,
destinadas à edificação do futuro hospital militar D. Pedro V.
Seria o seu filho, Jacinto de Matos, que na mesma actividade
ficou célebre, a dar continuidade ao negócio.
Sobre o coreto e a concha acústica se apresenta o texto que
segue:
“Em volta do palácio,
o espaço era igualmente muito acolhedor e rapidamente se tornou num autêntico
local de desfile da fina flor da sociedade portuense. No coreto (desaparecido) da conhecida avenida das Tílias, todos os
domingos e feriados havia música por conta de bandas regimentais.
Mais à frente, a concha (ainda existente), apresentava
peças de teatro e recitais. Ao fundo da avenida, à direita, havia um chalé
alpino, de onde se apreciavam desafogadas vistas sobre a foz do rio e o mar.
Nas proximidades estavam as coleções zoológicas, a aldeia dos macacos e a
gaiola das águias. À volta, o compacto arvoredo convidava ao passeio e à
tranquilidade”.
Com a devida vénia a Manuel de Sousa
O Comércio do Porto, em 5 Julho de 1917
Barraca de tiro ao alvo, nos jardins do Palácio de Cristal,
no início do séc. XX – Fonte: CMP, Arquivo Histórico Municipal
Comboio de passeio, nos jardins do Palácio de Cristal, inaugurado
em 1934
Feira Popular
“Por vezes o meu pai levava-nos, a mim e meus
irmãos, ao Palácio para nos deliciarmos com as suas surpresas. Lembro-me bem da
roda dos cavalinhos, dos baloiços, dos balancés, das caixas de areia, dos
escorregões, do anel rolante preso ao poste…
Saudades do lindíssimo lago com a sua ponte e gruta, onde mais tarde andava de barco ou gaivota. Dos animais, em especial do leão, da aldeia dos macacos, dos pavões e galinhas da Índia, dos papagaios…
Andei de bicicleta e triciclo naqueles grandes salões laterais e nos jardins, fiz corridas de sacos e, com os olhos tapados, tentei acertar num cântaro com água ou areia… Ainda assisti a uma inesquecível exposição de rosas que pela sua grandeza me espantou.
Pagava-se de entrada 1$50, a partir dos 6 anos. O aluguer das bicicletas pequenas custava 2$50 e dos triciclos 1$50 por hora.
Vi uma exibição de ginástica do Sport Clube do Porto, e delirava quando meu pai me levava a ver a luta livre. Por vezes a exaltação do público era tal que eu me encostava a meu pai cheio de medo.
Mais tarde íamos à Feira Popular onde nos divertíamos nos carroceis, carrinhos de choque, cadeiras voadoras, etc.
Nunca deixávamos à Feira Popular sem ir ao stand da Regina “furar” a nossa sorte nos seus deliciosos chocolates”.
Com a devida vénia a Rui Cunha
Em 22 de Junho de 1938, já tinha ocorrido a
inauguração festiva do novo parque infantil do Palácio de Cristal que passaria,
então, a ser um alvo das crianças quando, com os seus pais, visitavam a Feira
Popular.
Na foto acima vemos, em primeiro plano, a fonte do Jardim de
Emílio David situada mais a poente, e as iluminações do gradeamento de entrada,
na noite de S. João de 1940.
A partir da década de 1940, nos jardins do Palácio de
Cristal, durante os meses de verão, instalava-se uma feira popular que fazia a
delícia de todos, miúdos e graúdos.
Para satisfazer os aficionados das touradas chegou a ser construída, num espaço contíguo à Avenida das Tílias, uma praça de touros com 1.400 lugares.
No dia 18 de Junho de 1944, era anunciado nos jornais que se encontrava em concurso a exploração da citada praça.
Nesse ano, a feira encerrou em 23 de Setembro.
Para satisfazer os aficionados das touradas chegou a ser construída, num espaço contíguo à Avenida das Tílias, uma praça de touros com 1.400 lugares.
No dia 18 de Junho de 1944, era anunciado nos jornais que se encontrava em concurso a exploração da citada praça.
Nesse ano, a feira encerrou em 23 de Setembro.
Neste âmbito, diga-se a título de curiosidade que, no dia 15 de Novembro de 1964, foi improvisada uma praça de touros no Pavilhão do Palácio de Cristal, onde evolucionaram numa corrida os cavaleiros Manuel Conde, David Ribeiro Teles, Mestre Baptista e Núncio e a participação dos forcados amadores de Lisboa capitaneados por Salvação Barreto. Não houve toureio a pé, por ser uma corrida "à antiga portuguesa", e destinou-se a recolher fundos para a campanha de Natal em favor dos soldados portugueses que lutavam nas colónias, sendo organizada pela delegação do Porto do Movimento Nacional Feminino.
A 31 de Março de 1950, o Governador Civil do Porto promete
que a Feira Popular do Porto será tão boa ou melhor que a de Lisboa e, na
véspera de S. João desse ano, o Subsecretário da Assistência inaugura a Feira
Popular, no Palácio de Cristal.
Saudades do lindíssimo lago com a sua ponte e gruta, onde mais tarde andava de barco ou gaivota. Dos animais, em especial do leão, da aldeia dos macacos, dos pavões e galinhas da Índia, dos papagaios…
Andei de bicicleta e triciclo naqueles grandes salões laterais e nos jardins, fiz corridas de sacos e, com os olhos tapados, tentei acertar num cântaro com água ou areia… Ainda assisti a uma inesquecível exposição de rosas que pela sua grandeza me espantou.
Pagava-se de entrada 1$50, a partir dos 6 anos. O aluguer das bicicletas pequenas custava 2$50 e dos triciclos 1$50 por hora.
Vi uma exibição de ginástica do Sport Clube do Porto, e delirava quando meu pai me levava a ver a luta livre. Por vezes a exaltação do público era tal que eu me encostava a meu pai cheio de medo.
Mais tarde íamos à Feira Popular onde nos divertíamos nos carroceis, carrinhos de choque, cadeiras voadoras, etc.
Nunca deixávamos à Feira Popular sem ir ao stand da Regina “furar” a nossa sorte nos seus deliciosos chocolates”.
Com a devida vénia a Rui Cunha
Vista nocturna da entrada principal da Feira Popular
Palácio de Cristal em noite de S. João de 1940
Feira Popular na década de 1960
A Feira Popular do
Palácio de Cristal, em 1958 (O algodão-doce e a roda gigante) – Fonte: “frame”
do filme “A Costureirinha da Sé”
A Avenida das Tílias
e a Feira Popular do Palácio de Cristal, em 1958 – Fonte: “frame” do filme “A
Costureirinha da Sé”
A Feira Popular do
Palácio de Cristal, a Avenida das Tílias e o “Stand” da Regina, em 1958 –
Fonte: “frame” do filme “A Costureirinha da Sé”
Os chocolates eram aqui
“furados” (sorteados)
A Feira Popular do Palácio de Cristal, a Avenida das Tílias
e o “Stand” da OLIVA, em 1958 – Fonte:
“frame” do filme “A Costureirinha da Sé”
O Pavilhão de Exposição da firma Agostinho Ricon Peres, de
Máquinas e Ferramentas, que integrou a Feira Popular, durante anos
O novo comboio, na Feira Popular do Palácio de Cristal, em
1958 – Fonte: “frame” do filme “A Costureirinha da Sé”
Tínhamos as esplanadas da avenida das Tílias, onde lanchávamos tostas mistas e leite chocolatado UCAL, o lago, onde consoante a bolsa, se podia andar de barco a remos ou a motor.
Mais abaixo o «zoológico» com o chimpanzé Chico, o leão Sofala, pavões,
aves exóticas e galinhas de Angola a cacarejar «Tou fraca». Restaurantes onde se comia sardinha e frango assado, azeitonas e broa, coisas simples, num tempo simples.
Planeei ir à Feira do Livro, apoio a revitalização deste espaço da cidade, mas Palácio será sempre a alegria infantil de uma Feira Popular”.
Com a devida vénia a Fernando Lopes
Carrinhos de choque
Esplanada, com vista sobre o Douro, de um restaurante presente
na Feira Popular
Aspecto da Feira do Palácio. Ao centro a roda de “looping”- Ed. António Tavares, In “Porto
Desaparecido”
Feira Popular do Palácio de Cristal (1970)
Feira Popular do Palácio de Cristal, c. 1970
Bilhete de acesso à Feira Popular, em 1958, organizada pelo
Governo Civil do Porto. Inclui publicidade a sorteio de uma habitação, na Rua
da Ilha Verde, 60, organizado por “O Lar do Comércio”
Lápide, de António Pinto Machado, exibida nos jardins do
Palácio de Cristal
Jornalista, escritor, poeta e Oficial do Exército, foi, ainda, Director do Palácio de Cristal desde 1935 até 1965.
Viveu num prédio da Rua Alberto Aires de Gouveia identificado, como tal, pela Câmara Municipal do Porto.
Casa de António Pinto Machado, na Rua Alberto Aires de
Gouveia, nº 59
Na qualidade de jornalista, foi colaborador do “Jornal de Notícias”, Jornal “A Voz”, “Diário do Minho” e “Correio do Minho”, Jornal “O Debate”, “Diário do Norte”, Jornal “A Ordem” e revista “Os Bairristas do Palácio”. Foi Director e Editor do Jornal “A Palavra”, o qual refundou.
Célebres são os seus diálogos entre o João D`Além (seu heterónimo) e a personagem que criou – Manuel Agrónomo - inspirada no seu caseiro Manuel da Silveira, seu grande amigo.
Segundo uma sua neta, Suzana D’Eça, António Pinto Machado era um monárquico convicto.
Casa do Roseiral no Palácio de Cristal