domingo, 15 de janeiro de 2023

25.175 Um cabeleireiro com queda para os negócios

 
João Heitor Guichard ficou para a posteridade, sobretudo, pela pena de diversos escritores, frequentadores dum café na Praça D. Pedro (actual Praça da Liberdade), gerido por aquele súbdito francês, ao descreverem nas suas prosas algumas peripécias que por lá se passaram e o ambiente vivido no seu interior. Em meados do século XIX, o café do Guichard era uma referência na cidade. Aí, se encontravam algumas personalidades da época, em tertúlia e para bebericar o café e a cerveja que começava a conquistar o gosto de alguns portuenses.
João Heitor Guichard era cabeleireiro, numa época em que se destacaram naquela profissão, no Porto, profissionais com nome na praça como, José Joaquim da Costa, Mr. P. Villaret, Mr. Amable Godefroy, Pedro Suére e Domingos Sebastião.


In jornal “A Coalisão”, do dia 3 de Julho de 1843



In jornal "A Revolução de Setembro", de 14 Agosto de 1843


Exercendo, originalmente, aquela profissão de cabeleireiro, João Heitor Guichard foi, no entanto, um comerciante com interesses vários.
João Heitor Guichard foi casado com Elena Eufrásia Formant, sabendo-se que houve um filho de seu nome Heitor Guichard Júnior, nascido a 1 de Fevereiro de 1835, na freguesia da Vitória, no Porto, e baptizado a 8 do mesmo mês, que exerceria como o seu pai, também, a actividade comercial.
Elena Eufrásia era uma das modistas com fama na cidade, e com João Heitor Guichard constituíam um casal dentro dos padrões dos que se dedicavam ao sector da moda: cada membro do casal tinha na sua actividade profissional, funções complementares e permutavam clientes.
 
 
 
“As relações familiares entre os agentes de moda eram usuais. Não é difícil depararmo-nos com uma modista com casa ou armazém de modas associada ao estabelecimento comercial do marido, que poderia ser cabeleireiro, ou mesmo alfaiate ou um mero comerciante, como Madame Guichard (D.Elena Eufrásia Formant) e o cabeleireiro João Heitor Guichard, mais conhecido por Heitor Guichard, dono do célebre Café Guichard, aberto em 1847 na Praça de D. Pedro, ou o casal Pedro e Bernardina Suére, entre outros”.
Cortesia de Maria Antonieta Lopes Vilão Vaz de Morais; In “Os Agentes da Moda no Porto (1830-1850)”
 
 
 
 
Para além do seu salão de cabeleireiro, João Heitor Guichard abriria o famoso café na Praça Nova e, próximo deste, uma casa de modas gerida por sua mulher e ainda, um depósito de materiais, na Rua de Santo António como representante do marceneiro e “marmorista” francês Pedro Bartholomeo Dejante, como demonstra o anúncio seguinte.
 
 
 
“Bartholomeo Dejante, enxamblador de SS. MM. faz publico que estabeleceu em Lisboa uma grande fábrica movida a vapor para serrar mármore e madeiras &c. Quem pertender algum objecto de marmore deverá remetter as medi­das exactas, podendo dirigir-se à mesma fábrica na Rua Direita da Boa Vista n.º 4 ou ao seu depósito no Porto em casa de H. Guichard, Rua de S.to António n.º 23, onde já se acha à venda um bom sortimento de folhas de mogne. Toma-se conta de qualquer encommenda que será desempenhada com promptidão”.
“O Gratuito”, Jornal de annuncios da Typographia Commercial, n.º 242, Porto, 20 de Julho de 1843; cit. por José Francisco Ferreira Queiroz
 
 
 
O café do Guichard teria aberto portas, possivelmente, c. 1845, e encerrá-las-ia, em 5 de Fevereiro de 1857.
Em 30 de Setembro de 1861, o jornal “O Commercio do Porto” dava conta da venda de dois bilhares que tinham servido no famoso café.
 

 


 

Após a extinção das ordens religiosas, por decreto de Joaquim António de Aguiar, de 30 de Maio de 1834, foi o edifício do Convento da Congregação do Oratório da regra de S. Filipe de Néri, à Praça Nova das Hortas, posto em almoeda e adquirido à Fazenda Nacional.
Uma parte passou para a posse dos Contratadores do Tabaco (que tinham a ideia de aí fazer montar a sua fábrica) e, a outra, foi comprada pelo cidadão brasileiro de torna-viagem, Manuel José Duarte Guimarães que, passado algum tempo, diligenciou a compra da parte afecta aos contratadores e entrou na posse de todo o edifício, do qual fazia parte uma torre sineira erguida do lado poente da igreja.
 
 
 
À esquerda, o convento e a torre sineira que entraram na posse de Manuel José Duarte Guimarães – Gravura de Joaquim Villanova, em 1833
 
 
 
 
“Do lado da Praça de D. Pedro, aproveitando as boas caves de abóbada que os padres costumavam alugar a particulares mandou outrossim o mesmo senhorio (Manuel José Duarte Guimarães, brasileiro de torna viagem), ao rés-da-rua abrir portas regulares para estabelecimentos e rasgar mais janelas de varandas a todo o correr do primeiro andar. Depois de concluída a obra de adaptação, é que os botequins, pouco a pouco, começaram a concentrar-se à volta do extinto edifício do Convento dos Congregados, tanto para a banda da praça, como para a de Sá da Bandeira (actual Sampaio Bruno) como ainda para a do Bonjardim (actual Sá da Bandeira)”.
Horácio Marçal – “Os antigos botequins do Porto”, in O Tripeiro. 6ª Série, Ano IV, n.º 3. Porto: Março 1964, p. 72.
 
 
Dado que, em 3 de Julho 1844, Manuel José Duarte Guimarães, acima referenciado, solicita permissão de remodelação do edificado existente (antigo convento dos Congregados) e acrescentar sacadas de pedra, para a qual viria a obter a licença nº 156, tal facto, apontará para que o café do Guichard fosse, por aqui inaugurado, certamente, em data posterior ao pedido vertente.
Sabe-se que as demolições necessárias para o levantamento da obra, teriam já começado em 1842.
 
 
 
 

Nos baixos do prédio da esquina próxima, a poucos metros dela, ficava o café do Guichard - Fonte: revista “O Tripeiro”, Série VI, Ano IV, nº 3, Março de 1964

 
 
Em meados do século XIX, neste café, ocorreria o lançamento do sorvete na cidade, por um italiano, de seu nome Trucco, na altura um seu empregado. Mais uma achega para que o café fosse falado.
Como já foi referido, o café do Guichard sempre mereceu, da parte dos escritores, referências que ficaram para a posteridade.
 
 
“O ‘Café Guichard’ é o ‘Marrare do Polimento’ do Porto, com a simples diferença de não possuir essa profusão luxuosa de madeira envernizada, que immortalisou nas collunas de um jornal burlesco o ‘Café Marrare’. O ‘Guichard’ é, como o Porto, inimigo das inovações; apesar de ser situado no ponto mais central e mais concorrido da cidade, conserva exteriormente as aparências tradicionais do antigo ‘botequim’. Meias portas pintadas de verde e envidraçadas do meio para cima, quasi sempre fechadas, estão muito longe do bom gosto que se nota em Lisboa neste género de estabelecimentos. Á primeira vista pareceu-me uma taberna inglesa; todavia, como me disseram que era ali o melhor café da cidade, entrei. O interior corresponde ao exterior; mau gosto em tudo; nas pinturas, nos moveis, nas luzes, e mesmo nas bebidas! Para ser o rival do ‘Marrare’, está pouco acima dos cafés mais vulgares de Lisboa.”
Gomes de Amorim; In “Viagem ao Minho”
 
 
“A sociedade mais confusa vai ao Guichard, - botequim celebre pelos romances, pelos folhetins, e que deve, creio eu, á literatura, a sua reputação, visto ser tão feio que não pode devel -a…aos freguezes!…
Júlio César Machado; In “Scenas da minha terra”
 
 
 
"Em 1849, era João Roberto de Araújo Taveira um dos mais galhofeiros e satíricos rapases da phalange do café Guichard - que eu chamava uma colmeia onde se em melavam doces favos de espírito, se aquelle botequim não fosse antes um vespereiro que desferia, ás revoadas, ferretoando os bócios dos gordos philistinos da "Assembleia" e as macias espaduas lácteas das suas consortes no coração e nos ádypos".
Camilo Castelo Branco; In "Serões de S. Miguel de Seide"
 
 
Em 1852, o prédio da esquina, mandado erguer por Manuel José Duarte Guimarães, albergava por arrendamento a João Heitor Guichard, não só o Café do Guichard, como um armazém de modas que a sua esposa geria.
No âmbito do exercício da sua actividade ligada ao café, ao qual emprestava o seu nome, na Praça D. Pedro, João Heitor Guichard acabaria por desenvolver uma actividade industrial conexa.
Assim, quando o consumo de cerveja na cidade do Porto que, apesar de ainda limitado face ao mais popular e alargado consumo do vinho, passou a assumir um papel significativo nos espaços de sociabilidade portuense mais frequentados pela juventude, desde os botequins e cafés até às emergentes cervejarias, onde o “bock” se tornou bebida corrente, João Heitor Guichard montaria, em Arnelas, V. N. de Gaia uma fábrica de cerveja e, mais tarde, uma outra próxima daquele seu conhecido café, no centro da cidade do Porto.
Era conhecida pela “Fábrica de Cerveja de Arnelas”.
Esta fábrica terá sido a primeira de um ramo industrial que viria a conhecer algum sucesso em V. N. de Gaia.
Começou a laborar no início de 1848 e, em Maio, desse ano, era possível lermos o seguinte anúncio:
 
"Cerveja de superior qualidade, da nova fábrica de H. Guichard, vende-se no café do mesmo, praça de D. Pedro".
In jornal "Periódico dos Pobres no Porto ", nº 33, Porto, 7 de Fevereiro de 1849, p. 133
 

 

In jornal “A Revolução de Setembro”, de 2 de Maio de 1850

De acordo com o jornal "Periódico dos Pobres no Porto", nº 291, Porto, 9 de Dezembro de 1852, p. 2023, Heitor Guichard viria a instalar uma outra fábrica de cerveja, mais próxima do seu café, na Praça D. Pedro, que já estaria a laborar, em 1850, segundo a publicidade acima exibida. Talvez, seja esta a razão, que tenha contribuído para o definhamento da fábrica de Arnelas, embora, ambas tenham coexistido durante mais algum tempo.

 
 

Arnelas, na margem esquerda do rio Douro
 
 
 
Já na década de 1860, João Heitor Guichard era representante, no Porto, de Eugène Larrouy, uma casa comercial belga.
Em 18 de Setembro de 1865, um dia festivo para a cidade do Porto, João Heitor Guichard estará presente no dia da abertura da Exposição Internacional, que assinalaria o evento da inauguração do Palácio de Cristal, juntamente com o seu filho Heitor Guichard Júnior, que com ele trabalhava e dava o nome para o catálogo da exposição das peças expostas, que lhes diziam respeito.
Pai e filho aparecem mencionados no catálogo da exposição e João Heitor Guichard é apresentado com presença na anterior Exposição Industrial do Porto, em 1861, e na de Braga em 1863, nas quais saiu premiado com medalha de bronze. Dado com presença na Exposição de Paris de 1853, sairia premiado com a medalha de prata.
Igualmente, vai estar presente no certame aquele que se ligará à família Guichard, Henrique Burnay, representante em Lisboa da mesma firma belga e com o qual fundariam a empresa Burnay & Guichard, que ficará arrendatária do Palácio de Cristal, após a sua inauguração.
Na exposição, os mármores belgas, expostos, foram enviados por Leopold Devas, de Antuérpia, que tinha como agentes no Porto e em Lisboa, respectivamente, Heitor Guichard Júnior e Henry Burnay.
 
 
 
“O empresário Henry Burnay participou na Exposição Internacional de 1865, expondo «um quadro a óleo representando Napoleão em Fontainebleau» e «outro representando Nossa Senhora da toalha», surgindo também como agente em Portugal de outros expositores estrangeiros. Ocupou o lugar de Vogal no Júri do 11º Grupo – Indústrias dos Metais e Pedras Finas”.
Cf. Sociedade do Palácio de Cristal Portuense – Catalogo Official da Exposição Internacional do Porto em 1865, p. 94
 
 
Sobre a abertura da exposição, todas as festividades aconteciam, então, com um ligeiro atraso relativamente à data inicialmente prevista de 21 de Agosto.
Acresce que, a anunciada e programada mostra de animais vivos e plantas teria início, apenas, a 12 de Novembro, tomando o lugar de exposição complementar.
Do catálogo da exposição constavam expositores nacionais e estrangeiros.
 
 
“Ao anúncio responderam afirmativamente 3424 expositores de todo o mundo: 1614 portugueses, 752 das colónias, 499 franceses, 265 alemães, 107 ingleses, 89 belgas, 62 brasileiros, 24 espanhóis, 1 holandês, 5 suíços, 16 dinamarqueses, 2 russos, 1 turco, 1 do Japão e 1 dos EUA. Seguindo uma organização semelhante à das restantes mostras que se vinha organizando, os expositores distribuíam-se em quatro grandes divisões, cada uma com um número variável de classes e subclasses390: 1ª divisão – Matérias-primas, com sete classes; 2ª divisão – Máquinas, com treze classes; 3ª divisão – Produtos Manufaturados, com dezanove classes; 4ª divisão – Belas Artes, com seis classes”.
Cortesia de Vera Lúcia da Silva Braga Penetra Gonçalves; MESTRADO HISTÓRIA DA ARTE, PATRIMÓNIO E CULTURA VISUAL (2018)
 
 

Galeria de Pintura da 1ª Exposição Internacional do Palácio de Cristal - Gravura apresentada na revista “Archivo Pittoresco”, Nº 47/1865

 
 
Após o fecho da Exposição Internacional, nos meses que se seguiram, a Sociedade do Palácio de Cristal, que fazia a administração do empreendimento, pretendendo tirar o máximo de rendimento do mesmo, para além das exposições ou comemorações, decidiu dar vida ao recinto com a realização de espectáculos e festas, entregando a sua exploração à empresa Burnay & Guichard.
Naquele âmbito, é de realçar a actividade da empresa Burnay & Guichard, de Henry Burnay (1838-1909), Conde de Burnay e Heitor Guichard Júnior, tidos como os verdadeiros impulsionadores daquele lugar, após a Exposição Internacional, com os tão afamados espectáculos pirotécnicos e outros divertimentos que iam promovendo.
À data da Exposição Internacional de 1865, Henrique Burnay e Heitor Guichard Júnior eram dois jovens a rondar os trinta anos.
É provável, que fosse este, e não o seu pai, João Heitor Guichard, que se envolveu na organização das festas e espectáculos realizados no Palácio de Cristal.
Heitor Guichard Júnior tinha, também, desde muito jovem, uma actividade musical na cidade e estava por dentro da arte do espectáculo.
Assim, algumas exposições terão sido iniciativa daquela empresa, que parece ter alugado o Palácio de Cristal, desde cedo, como é o caso duma ocorrida em 1869, com a realização de uma mostra de plantas, flores, produtos hortícolas, máquinas, utensílios e objectos relativos à jardinagem e horticultura, no âmbito da qual sairia premiado, em primeira classe, com a quantia de cinquenta mil reis, o consórcio de José Marques Loureiro e Emílio David.
O certo é que, na prática, para a Sociedade do Palácio de Cristal a actividade da empresa pouco significava.
 
 
«De vez em quando o snr. Henrique Burnay, hoje conde, e o seu socio Heitor Guichard planeavam um divertimento pyrotechnico, mas isso, se constituia uma receita para os dous, não chegava a produzir dividendo para os accionistas do Palacio.
Na nave central trabalharam durante algum tempo dous acrobatas portuguezes, Pena e Bastos, que se arrojavam a arriscados equilibirios. No coreto da avenida havia musica, pela banda do Palacio, aos domingos e quintas-feiras de tarde, mas só aos domingos era que o publico portuense, essencialmente laborioso, estava acostumado a sahir á rua.»
Alberto Pimentel – O Porto há Trinta Anos
 
 
As festas e bailes de Carnaval eram também merecedores de destaque, conhecendo especial relevo nas referências literárias e registos fotográficos.
Na década de 1870, perde-se o rasto de João Heitor Guichard, desconhecendo-se, inclusivamente, a data da sua morte.
Heitor Guichard Júnior casaria com Cândida Emília Leal Cerqueira e, em 1864, João Heitor Guichard seria padrinho de baptismo de seu neto Raúl Guichard, filho daquele casal.
Cândida Emília Leal Cerqueira Guichard faleceria, em 31 de Janeiro de 1896, com 60 anos, na sua residência na Rua da Belavista (actual Raúl Brandão), nº 42, freguesia da Foz do Douro.
Heitor Guichard Júnior teve uma actividade ligada à música.
Assim, em 10 de Junho de 1855, aparece como integrando a orquestra num espectáculo musical levado a cabo na igreja do convento de S. Bento da Vitória pela Sociedade Filarmónica do Porto.
 
 

I
In jornal “O Commercio” de 12 de Junho de 1855. O nome de Heitor Guichard Júnior está identificado pela pinta preta
 
 
Heitor Guichard Júnior é dado, também, como membro do coro do Orpheão Portuense em alguns espectáculos.
 
 
 

 In revista “O Bombeiro Portuguez” de 1 de Fevereiro de 1882, sobre espectáculo realizado no Teatro Gil Vicente (Palácio de Cristal) e oferecido aos sócios da Associação dos Bombeiros Voluntários do Porto
 
 
 

Cortesia de HL. Gomes de Araújo; In A Origem do Orpheon Portuense -  As Famílias Fundadoras
 
 
 
Ainda, no âmbito da sua faceta musical, a revista “A Arte Musical”, ano VI, nº 143 de 15 de Dezembro de 1904, dava conta de que Heitor Guichard tinha na sua posse uma rebeca do luthier Giovanni Battista Guadagnini, que teria pertencido a Nicolau Ribas e tinha sido restaurada, em Paris, por Gustave Bernardel.
Acrescentava que ele era, também, proprietário de um violoncelo do luthier Domenico Montagnana, com a data de 1719 e, um outro, com a data de 1757, de construção atribuída ao luthier alemão Leopold widhalm.
A 12 de Junho de 1891, Heitor Guichard Júnior, haveria de se naturalizar português.
Tendo abraçado a causa republicana, em 1915, com a 1ª Grande Guerra Mundial a decorrer, Heitor Guichard, com 80 anos, e na qualidade de decano das Juntas de Paróquia do Porto, recebe durante uma visita à cidade Leote do Rego, o oficial que comandou a divisão naval que defendia a costa portuguesa e apoiou a participação de Portugal naquele conflito.

 
 

In jornal “O Mundo” de 28 de Junho de 1915
 
 
Quanto a João Heitor Guichard, até hoje, foi impossível alguém descobrir as datas do seu nascimento e da sua morte e o local e circunstâncias em que ocorreram. O Prof. Francisco Queiroz descreve-o do seguinte modo:

 
“Refira-se que Heitor Guichard foi um conhecido comerciante no Porto. Começou por deter uma loja de comércio onde se vendia de tudo, desde pomada de urso e outras mezinhas até artigos para senhoras, cabeleiras postiças, modas e fazendas, vinhos, gravatas, espingardas, chapéus, candeeiros, tapetes, graxa, etc. Contudo, julgamos que a verdadeira profissão de Heitor Guichard fosse, no início, a de cabeleireiro.”



Em 5 de Abril de 1912, o jornal brasileiro, do Rio de Janeiro, “O Paiz”, dá conta do falecimento de Heitor Guichard Júnior.
Desconhecem-se pormenores sobre o percurso de vida desta personagem e da sua possível ligação familiar aos Guichard que, por aqui, abordamos.
 
 
 


 

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