quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

(Conclusão) - Actualização em 13/10/2017 e 19/02/2020

Colégio de Nossa Senhora da Paz


O colégio de Nossa Senhora da Paz tem a sua existência ligada ao Colégio Luso-Britânico, de orientação do Instituto das Irmãs de Santa Doroteia.


“A orientação do Colégio Luso-Britânico, à data situado na Rua de Cedofeita, é aceite em 18 de Setembro de 1920. Em 1925, o Colégio é transferido para instalações mais amplas, na Rua do Breyner, a fim de permitir responder à grande afluência de alunas que iam sendo recusadas devido à exiguidade das anteriores instalações.
Além do Colégio, existia também a Obra das Costureiras, fundada por uma antiga aluna, e a Obra das Senhoras da Juventude (Acção Social Cristã).
Só a 31 de Dezembro de 1925 o Colégio começa a funcionar num edifício alugado na Rua de Santa Catarina, com outra entrada para a Rua Latino Coelho. Em 1930 contava com mais de 80 alunas internas e 50 externas – o número total possível, e já com muito boa vontade!
Em 1941, o edifício é comprado bem como os jardins e outras dependências: as Irmãs procedem a obras muito audaciosas a fim de se alargar a capacidade de resposta ao número de pedidos que cresciam sempre mais, devido à boa fama de que gozava, “sendo tão cotado no próprio Liceu Feminino do Porto que algumas das suas professoras houveram por bem inculcá-lo como o melhor da cidade”. A 1 de Novembro, passa a ter a designação de Colégio de Nossa Senhora da Paz (mais tarde Externato de Nossa Senhora da Paz). Para este edifício aumentado, transfere-se ainda o Patronato de Santa Doroteia, “que proporciona assim uma aula externa diária e gratuita de 1ª e 2ª Classes Primárias a 19 crianças pobres”.
Em 1947, uma nova etapa de construção é iniciada: o número de alunas é já superior a 300 e mais numerosas são as recusas para novas alunas, pelo que se acrescenta outro pavilhão e se alugam duas casas próximas (para dormitórios das internas) tentado aumentar-se a capacidade para o dobro.
Em Outubro do ano seguinte, inaugura--se a parte nova do Colégio.
Em 1958, inicia-se a supressão do internato e, no ano seguinte, dá-se início à construção de um 3º pavilhão destinado ao Jardim de infância e a alguns anos da Instrução Primária. Em 1971, um novo empreendimento: a construção de um grande ginásio polivalente.
Nas instalações do Colégio tem origem, em Outubro de 1963, a Escola de Educadoras de Infância de Paula Frassinetti que só em 1971 passará a funcionar em edifício próprio, na Av. Dos Combatentes da Grande Guerra; desta segunda sede, vem a ser transferida para a Rua Gil Vicente / Rua da Alegria, onde actualmente se encontra, agora como Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti e com novas e muito actuais valências.”
Fonte: “colegiodapaz.com.pt” (12/07/2004)


Em 1932, Virgínia de Almeida Roque solicitava autorização à C. M. Porto para construção de um ginásio e, em 1940, para a construção de um alpendre anexo ao ginásio, solicitação a cargo de Lucie Berthe Lochert.
Em 1941, ocorre então uma intervenção importante nas instalações que serão ampliadas.



Pedido de licenciamento de obras, em 1941, dirigido à C. M. Porto pelo Colégio Luso-Britânico – Fonte: AHMP




Pela direita, em toda a extensão, se prolonga pela Rua Latino Coelho o edifício onde está o Colégio de Nossa Senhora da Paz, confrontando ainda as suas fachadas, com a Rua das Doze Casas e Rua de Gil Vicente – Fonte: Google maps


O palacete da foto acima, no qual se instalaria, no última dia do ano de 1925, o Colégio Luso-Britânico, em regime de arrendamento, foi mandado construir em 1872, por Manuel de Freitas Lima Guimarães que, para os devidos efeitos, obteve a licença de construção nº 302/1872.




Colégio Nossa Senhora de Lourdes



O Colégio Nossa Senhora de Lourdes foi fundado em 1931 pelas Religiosas do Amor de Deus, congregação que devido à Guerra Civil Espanhola, acabou por recolher a Portugal.
O colégio teve as suas primeiras instalações na Rua de Miguel Bombarda, que cedo se revelaram insuficientes.
Em 1939 acabaram por assinar um contrato de arrendamento da Casa de Vilar, propriedade adquirida definitivamente em 1984 e que, pertenceu inicialmente, a Cristiano Nicolau Kopke, Barão de Vilar.

Colégio na Rua do Vilar



Publicidade ao colégio (já em Vilar) com entrada pela Rua do Campo Alegre








O Colégio Inglês do Porto é a mais antiga escola britânica na Europa, tendo sido estabelecido em 1894.

“Oporto British School opened on the first day of the Summer Term in 1894 with 11 boys, with the Rev WS Picken MA as the Master. The School house, located in the fashionable Porto suburb, Foz do Douro, was rented at the time but was eventually purchased in 1922 and remains part of the school’s facilities today.
Non-British boys were accepted for the first time in 1902, and girls in 1914. Pupil numbers remained small, and it was not until well after the Second World War that the roll exceeded 100.
The school, originally founded as a Prep School, continued as such until the mid-1950s, when some pupils remained to take their GCE examinations. The early 1960s saw a further development in provision for Portuguese pupils, as the school ensured that, in addition to following an English curriculum, a parallel course in Portuguese was also followed.
Growing pupil numbers through the 1970s and into the 1980s meant that a significant building programme was required in order to provide the accommodation and facilities for in excess of 200 pupils. 
A curriculum for post-IGCSE pupils was developed in the early 1990s with the provision of courses leading to the award of the International Baccalaureate Diploma”. 
Fonte – Site: obs.edu



“Longe vão os tempos em que os estudantes eram trazidos de barco rabelo, de Gaia para o Porto, e ficavam a dormir, durante a semana, em instalações ao lado da casa do director. A Oporto British School está a fazer 120 anos, e se ainda mantém ligações fortes – genéticas, dir-se-ía – às famílias inglesas do sector do Vinho do Porto, esta escola de elite vai sendo, cada vez mais, uma instituição procurada por famílias portuguesas interessadas na sua cultura, e no seu padrão de exigência. Que é tão elevado quanto as propinas exigidas para lá se entrar.
No cargo há seis anos, o director Michael William Clack não vive na casa voltada para a Rua da Cerca, na Foz. Mas a sala de estar da antiga residência do Head Master mantém-se como uma sala de visitas, recheada de fotografias de personalidades marcantes da história do reino de Sua Majestade Elisabeth II, o mais antigo aliado de Portugal.
É nessa relação antiga, alimentada, ao longo dos séculos, por relações comerciais intensas, em sectores como o vinho, pois claro, mas também o têxtil e os curtumes, que se encontra a explicação para o facto de esta ter sido, no continente europeu, a primeira escola oficial inglesa”.
Fonte – Abel Coentrão, In: Jornal Público



Na Rua da Cerca



Uma classe para a posteridade




Colégio Mouzinho de Albuquerque e Colégio Portuense (Rua de Santa Catarina, nº 1500)



Imagem do Colégio Portuense



De acordo com o folheto arquivado na Biblioteca Pública, na cota SA-A-1651, em 14 de Outubro de 1937, é inaugurado o Colégio de Mouzinho de Albuquerque, no Palacete da Torre, na Rua de Santa Catarina, n.º 1500, com 70 alunos.
Este colégio seria comprado, em 1958, pelo padre António Maria Pereira Barros e, segundo um seu sobrinho, a instituição viu-se então ampliada para as traseiras, tendo sido criado, também, um regime de internato, passando a chamar-se Colégio Portuense.
Funcionando em larga medida, como uma rectaguarda dos alunos que, por uma razão ou outra, abandonavam o Liceu Alexandre Herculano, o colégio a exemplo de muitos outros, haveria de fechar após a revolução de 25 de Abril.
O padre, seu director, foi então colocado pelo bispo à frente da paróquia do Padrão da Légua onde se notabilizou pela sua obra.
O edifício do colégio foi demolido e, no seu lugar construído um outro, quase em frente à “Casa de Saúde de Santa Catarina”. 





Colégio Portuense (Rua das Carmelitas)


Este colégio foi inaugurado em 1876 em instalações do extinto Convento das Carmelitas descalças. Era um estabelecimento de ensino modelo cujo proprietário e director era o Prof. Patrício Theodoro Álvares Ferreira.
Tinha o Colégio Portuense excelentes professores com, Augusto Luso, Basílio Teles, Joaquim de Vasconcelos, JJ Rodrigues de Freitas, Júlio de Matos, Ricardo Jorge, e muitos mais.
Foram lá alunos, entre outros, Leite de Vasconcelos e Santos Pousada.
O conhecido músico Nicolau Medina Ribas fez parte do seu corpo docente na cadeira de Música, nos anos lectivos de 1879/80 e 1880/81.




Escola Prática de Commercio e Escola Comercial Pereira de Sousa 


A reforma de 1891 retirou o ensino elementar dos Institutos, trazendo-o para as Associações Comerciais de Lisboa e Porto e tendo-se estabelecido em algumas Escolas Industriais do país, criando uma rede embrionária de Escolas Comerciais. Nelas era possível ministrar-se os cursos elementares e o curso complementar de comércio.
Paralelamente ao ensino oficial estabeleceu-se, também, um ensino privado, sendo disso exemplo a “Escola Prática de Commercio” da Praça da Trindade, de Leopoldo Carlos de Alcantara Carreira, que encerraria em finais de 1907 por morte do fundador, sendo as suas instalações trespassadas à “Escola Prática Comercial Raul Dória”, fundada em 1902 e que aí, instalaria a sua secção feminina.



Escola Prática de Commercio, na Trindade em 1907



As Escolas Comerciais tinham como finalidade a qualificação de empregados sub-alternos do comércio de ambos os sexos.
Uma das mais importantes, com instalações em Lisboa e Porto, era a Escola Comercial Pereira de Sousa.
“O Instituto Comercial Pereira de Sousa” tinha sido fundado em 1899 em Lisboa.



Publicidade à Escola Comercial Pereira de Sousa no jornal “o Comércio do Porto” em 7 de Janeiro de 1922 



Colégio Flori

 
 
As fundadoras do Colégio Flori, que assentaria morada na Foz do Douro e foi notícia, em Julho de 2022, em virtude de um incêndio ocorrido nas suas primitivas instalações, pertenciam à Congregação das Irmãs Missionárias Dominicanas do Rosário, que ofereciam os seus serviços na obra do “Lar de Nossa Senhora da Paz”, com objectivos na educação e reintegração social das raparigas que provinham do Tribunal de Menores.
Aquele grupo de missionárias tinha aberto, em 19 de Dezembro de 1950, na Rua da Índia, nº 9, na Foz do Douro, o “Lar de Nossa Senhora da Paz” onde passaram a acolher aquelas raparigas.
Em 1966, a Congregação das Irmãs Missionárias Dominicanas do Rosário decidiram, desafiadas pelo Dr. Francisco Sá Carneiro, montar um colégio na Foz do Douro.
 
 
“Entretanto, o Dr. Francisco Sá Carneiro, que morava aqui perto, tinha três filhos em idade escolar e lançou o apelo à congregação para estabelecer um colégio na Foz”.
Irmã Margarida Pinto
 
 
 
“Nos anos cinquenta, as Irmãs Missionárias Dominicanas acolhiam e educavam raparigas, no Lar de Nossa Senhora da Paz. Eram as segundas mães sempre prontas a ajudar e a compreender.
Em 1968, com o empenho da Irmã Maria Teresa Correia, do Frei Bernardo O.P. e do Dr. Francisco Sá Carneiro nasceu o Jardim Flori.
Desde então, no nosso colégio, as crianças encontram a total dedicação das Irmãs que dão colo, limpam lágrimas e partilham sorrisos. Nesta missão, são ajudadas por toda a comunidade educativa. Aqui, ensina-se e aprende-se, num ambiente onde reina a alegria”.
Fonte: “jardimflori.pt/”
 
 
 
«Na criação do Jardim Flori, foram precursores do apoio incondicional da visionária irmã Neves Larragueta, Madre Superiora da Comunidade, tomada por uma doença incurável, a Irmã Maria Teresa Correia, Frei Bernardo Domingues e o Dr. Francisco Sá Carneiro, que, inclusivamente, providenciou ajuda jurídica gratuita. Em homenagem à Beata Ascensão Nicol, fundadora e primeira Superiora-Geral da Congregação das Irmãs Missionárias Dominicanas do Rosário, a comissão fundadora foi buscar a denominação do colégio ao nome de baptismo da heróica missionária, Florentina, mais propriamente ao diminutivo pelo qual era carinhosamente tratada – “Flori”»
Fonte: “missionariasdominicanas.org/”
 
 
 

Edifício primitivo do Colégio Flori, na Rua Dr. Sousa Rosa, 327 – Fonte: Google maps
 
 
O edifício, em estilo Arte-Nova, onde começou a funcionar o Colégio Flori, foi anteriormente a residência de um casal regressado do Brasil que, após a morte do filho, vendeu a casa à Congregação das Irmãs Missionárias Dominicanas do Rosário pelo preço simbólico de 600 contos (3.000 euros).
Em 1973, foi construído o edifício principal, que hoje alberga os serviços centrais do Jardim Flori, primeiro com rés-do-chão e primeiro andar, aos quais se vieram a juntar o segundo e terceiro andares no ano 2000.
Entretanto, ao longo dos últimos anos foram construídas novas instalações voltadas para a Rua Marechal Saldanha e o seu projecto educativo engloba a aprendizagem do 1º ciclo, como "Jardim Flori - Externato" 

 
 

Logo do Jardim Flori

 

 

 

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