Escola Prática Comercial Raúl Dória
“Raúl Dória, de seu
nome completo Raúl Montes da Silva Dória, nasceu no Porto, na freguesia de
Santo Ildefonso, a 6 de Janeiro de 1878, sendo filho do industrial de
alfaiataria José Maria da Silva Dória e de Emília Montes da Silva Dória,
natural, esta, da freguesia do Bonfim, no Porto. Dória frequentou o Curso de
Comércio do Instituto Industrial e Comercial e foi um contabilista reputado, um
professor dedicado, além de autor de várias obras didácticas, relacionadas com
a sua especialidade.
Ainda, enquanto estudante,
em 1900, começou a dar explicações, não só a alguns dos seus colegas do
Instituto, como de Escrituração Comercial a dois alunos do professor Santos
Pousada. Foi, a partir deste grupo que se reunia no seu pequeno e modesto
quarto de estudante, na Rua de Santa Catarina, que nasceu o fulcro da escola
que haveria de fundar, no ano seguinte. O seu quarto foi alargado, deitando
abaixo uma parede para conseguir, desta forma, mais espaço para albergar um
número maior de alunos. Aí, criou o denominado Curso Comercial e Caligráfico.
O êxito deste ensino,
de características muito práticas, levou Raúl Dória, no final do ano lectivo de
1901/1902, a mudar o curso para um andar na Rua de Santo Ildefonso, nº. 428,
onde prosseguiu o seu trabalho docente.
Depressa, também este
espaço se tornaria exíguo para o número de alunos em constante crescimento, o
que o levou a alugar uma casa de dois andares, em 30 de Novembro de 1902, na
rua do Bonjardim, nº 235, dando-lhe o nome de Escola Prática Comercial.
Fundava, então, no
Porto, com apenas 24 anos, a primeira escola, deste género de ensino”.
Cortesia de Maximina Girão Ribeiro
Aqui, estava a Escola Raúl Dória (entre 1902 e 1904), na Rua
do Bonjardim, nº 235, em prédio que hoje seria fronteiro ao “Restaurante Conga”
“A Escola Prática
Comercial Raul Dória foi fundada na cidade do Porto a 30 de Novembro de 1902,
por Raul Montes da Silva Dória, que a dirigiu até 1922. Vocacionada para o
ensino técnico comercial, teve início na Monarquia, passou pela Primeira
República e leccionou até ao ano lectivo de 1963/1964. Instalada durante dois
anos na rua do Bonjardim, rapidamente sentiu necessidade de mudar de
instalações, o que ocorreu em 1904 para a rua Fernandes Tomás, onde veio a
permanecer três anos, altura em que se fixou definitivamente no denominado
Palácio das Lousas, na rua Gonçalo Cristóvão, a 9 de Outubro de 1907.
Considerada a primeira Escola de ensino comercial na Península Ibérica,
baseou-se em métodos de instituições europeias colocando a tónica no ensino
prático, para o qual possuía instalações e material didáctico onde os alunos
praticavam o que aprendiam na teoria. A finalidade desta escola era suprimir as
necessidades que se faziam sentir nas casas de comércio, dando-lhes
conhecimentos práticos e técnicos de imediata utilidade. Vista como um
estabelecimento modelo, era preferida a nível nacional pelos que desejavam
seguir a carreira do comércio.”
Com a devida vénia a Mário Lázaro Santos Vieira -
Dissertação De Mestrado Em História E Educação
“Segundo descreve o
jornal O Correio do Norte a 2 de Outubro de 1906, as novas instalações eram
compostas pelo gabinete de leitura, onde aluno encontrava uma biblioteca
composta de obras relacionadas com os conteúdos disciplinares, tratados
comerciais, jornais de ensino comercial e doméstico, pela sala de
dactilografia, onde existiam cinco tipos diferentes de máquinas de escrever,
podendo os alunos escolher a máquina específica para o seu trabalho, pela sala
de comércio, a mais importante da Escola, pela sala de aritmética, sistema
métrico e estenografia, 78 pelas espaçosas salas de línguas e ciências e pelas
salas destinadas ao curso de economia doméstica (sala de corte e confecções,
sala de brunidos, cozinha prática e sala de desenho e bordados) devidamente
equipadas.79 Três anos decorridos sobre esta última instalação na rua Fernandes
Tomás, o prédio tornou-se novamente pequeno para o fim a que o haviam
destinado, devido ao aumento anual de alunos candidatos aos diferentes cursos.”
Cortesia de Mário Lázaro Santos Vieira, In Dissertação de
Mestrado Em História e Educação (Porto, 2010)
Escola Raúl Dória (entre 1904 e 1907) no nº 424, da Rua
Fernandes Tomás (cujo edifício já não existe), e que se situava na esquina
daquela rua com a Rua do Dr. Alves da Veiga
Em 1907, Raúl Dória, mais uma vez, irá mudar de instalações,
dada a exiguidade daquelas que vinha ocupando com a sua escola.
Arrenda o palacete das Lousas, na Rua de Gonçalo Cristovão,
nº 189/191, com jardim à frente e um enorme quintal nas traseiras, ladeado a
poente pelo Horto Municipal (que hoje ocuparia se existisse nesse local a área
afecta à Estação de Metro da Trindade).
Após as necessárias obras de adaptação, Raúl Dória inaugura a
9 de Outubro de 1907, as novas instalações, ladeado pelo seu pai, Silva dória,
um industrial da alfaiataria e com a presença da imprensa, tendo marcado
presença: O Primeiro de Janeiro; O Diário Nacional; A Palavra; O Jornal de
Notícias; O Correio do Norte; A Voz Pública; O Comércio do Porto; O Diário da
Tarde; O Norte; O Mundo, de Lisboa; A Vanguarda, de Lisboa e O Progresso da
Foz.
Escola Raúl Dória, no Palácio das Lousas, entre 1907 e 1964
Direcção da Escola Raul Dória – Cortesia de José Leite
(restosdecoleccao.blogspot.com)
Sala de aulas da Escola Raúl Dória
Aula na Escola Raúl Dória ensaiando uma cena do quotidiano
comercial
Publicidade à Escola Prática Commercial Raúl Dória em 1910
No início de Janeiro de 1912, aparece nas bancas o
quinzenário "O Porto Académico", orgão dos alunos da Escola Raúl
Dória, de que José Quintana de Lima era redactor-secretário e que se apresentava com a escolhida colaboração de Raúl Tamagnini Barbosa, Amadeu Soares (Picolino), Alves Barbosa, Horácio Rodrigues Seabra (Virgílio Augusto), Gomes Monteiro e Mário de Figueiredo, que viria a ser chefe de redacção no " O Primeiro de Janeiro".
Entrada da Escola Raúl Dória em 1915 – Fonte: fotograma
editado de filme da Cinemateca Portuguesa
Em 15 de Setembro de 1922, Raúl Dória faleceria
prematuramente de tuberculose.
A Escola Prática Comercial Raúl Dória, estabelecimento de
ensino particular, foi considerada a primeira Escola desta especialidade de
ensino, na Península Ibérica, que se baseava em métodos práticos, preparando
pessoas competentes para as funções comerciais.
Em 31 de Agosto de 1949, o prédio onde se alojava a Escola Prática Raúl Dória foi alvo de um incêndio e, após realização das obras que se impunham, reabriria no mês de Outubro daquele ano, no recomeço do ano lectivo.
A Escola Prática Raúl Dória esteve em actividade
até ao final do ano lectivo de 1963/64.
No local do Palácio das Lousas, na Rua Gonçalo Cristovão,
seria construído o edifício sede do Jornal de Notícias.
Escola Industrial Infante D. Henrique – Museu Comercial e Industrial do Porto
A Escola Infante D. Henrique foi criada por um decreto de
Janeiro de 1884 do ministro António Augusto de Aguiar, com o nome de Escola de Desenho
Industrial de Vilar, tendo, então, ficado instalada no antigo Circo do Palácio
de Cristal, anexa ao Museu Comercial e Industrial que para ali foi, em 1885. A
5 de Dezembro, desse ano, recebeu o nome do Infante D. Henrique, que manteve
até hoje.
Actualmente, está localizada no Largo Alexandre Sá Pinto, topónimo que tem a sua origem num doador que em testamento de 8 de Janeiro de 1925, lavrado num notário de Buenos Aires, na Argentina, instituiu herdeiros universais do remanescente da sua herança a Escola Infante D. Henrique, a Escola Industrial Marquês do Pombal, de Lisboa, a Universidade de Coimbra, o hospital de Santo António e a Misericórdia de Ovar.
Voltando ao processo de busca de melhores instalações por parte da escola, atente-se que as primitivas viriam a mostrar-se, desde cedo,
manifestamente insuficientes para a procura dos alunos.
“A 13 de Janeiro de
1890, a escola ocupa instalações situadas na Rua do Triunfo (actual D. Manuel
II), que sendo ainda insuficientes, motivaram em 1892 a mudança para outras, na
Rua da Bandeirinha e, posteriormente, em Abril de 1897 para o Palacete Sandeman
na Cordoaria onde se manteve até 1933, mudando finalmente, para as instalações
que ainda hoje ocupa, no Largo Alexandre Sá Pinto”.
Fonte - Luis Alberto Marques Alves, In: Tese de doutoramento,
de História Moderna e Contemporânea
Circo Olímpico do Palácio de Cristal – Fonte: "O
Tripeiro", V, 6ªSérie, Setembro 1965, p.273
Palacete Sandeman
A Escola Industrial Infante D. Henrique passou a ocupar o palacete Sandeman, a partir de 7 de Setembro de 1897, tendo sido nestas instalações antecedida, pela Escola Moderna do Porto que, por aí, já estava, em
1884.
Desta escola, foram directores, António Augusto Pinto de
Almeida Chaves e João Eduardo de Azevedo.
Instalações actuais
“O interesse pelas
prelecções aos cursos ali ministrados foi tal que, em Junho do ano seguinte,
concorreram mais de meio milhar de jovens, sendo dez do sexo feminino. As
limitadas instalações não permitiam absorver tantos pretendentes.
A formação técnica que
seguia em grande apogeu levou, dois anos mais tarde, a que o ministro Emílio
Navarro desse início à criação duma fórmula com os princípios básicos dum
ensino de carácter prático, acompanhado de um trabalho manual apropriado às
necessidades de cada especialidade.
De acordo com um
esboço histórico do estabelecimento, em 1891, a organização de João Franco
transforma-a conjuntamente numa escola Industrial completa, onde se ministra um
ensino primário elementar, com desenho e trabalho manual educativo, e um curso
geral complementar, preparatório para os institutos comerciais e industriais.
Todas as reformas desde então implementadas pelo Poder Central atingem, desde
logo, este estabelecimento de ensino que, no seu ramo, se converte
paulatinamente numa das mais prestigiadas do país.
Para além do Desenho,
vão-se implementando cursos de Lavores Femininas (1892), Artes Gráficas (1922),
Prático-Electricista (1924) e Condutor de Automóveis (1925). Mais tarde
Construção Civil, Química, Têxtil, e Radiotécnica.
Por sua vez o museu
Comercial e Industrial do Porto, seria criado por decreto de 1883 e tinha por
finalidade expor ao público, colecções de produtos e matérias-primas,
acompanhados por esclarecimentos sobre a sua origem e história, como seja o
local de fabrico, fabricante ou comerciante, preços, etc, e muitas outras
informações, acerca do seu valor e aplicações.
Foi inaugurado em 1886
na área chamada o Circo Olímpico do Palácio de Cristal, a nascente, tendo como
conservador Joaquim Vasconcelos.
Seria extinto em 1899
tendo sido um grande apoio do ensino das escolas industriais.
Em 1914 apesar de
fechado, conservava ainda o seu espólio, o que originou que este passasse para
a tutela do Instituto Industrial do Porto, constituindo um museu na Escola para
que viesse a servir outras, o que nunca se veio a concretizar”.
Fonte: amigos-de-portugal.blogspot.pt
“Filipa de Vilhena (Nasceu
c. 1585 em Lisboa e aí faleceu, em 1 de Abril de 1651), primeira e única
Marquesa de Atouguia, foi uma nobre portuguesa que se tornou símbolo do
patriotismo de seu país durante a Restauração da Independência. Sua história
foi adaptada por Almeida Garrett em uma peça homónima, o que contribuiu para
sua idealização”.
Fonte: pt.wikipedia.org
A Escola Secundária Filipa de Vilhena tem a sua origem a 3 de Setembro de 1898, com a publicação do decreto que organiza, no Instituto Industrial e Comercial do Porto, o curso preparatório para o referido instituto.
São desse ano, de 1898, os registos mais antigos que se
encontram guardados nos arquivos da escola. O seu primeiro director interino,
que assina documentos, em 1899, era José Guilherme de Parada da Silva Leitão.
Desconhece-se qual a sua primeira morada, embora alguns
alvitrem que, até passar a Escola Mouzinho da Silveira, esteve no palacete de
Vilar de Perdizes na Rua das Taipas.
Em 26 de Junho de 1949, a escola Filipa de Vilhena promove
uma festa de homenagem às três “Irmãs Meireles” que, aí, tinham sido alunas.
À data, as três irmãs eram o sucesso da rádio e da canção
nacional. Por cá, foram vedetas, estendendo-se a fama até ao Brasil, onde
viveram e actuaram, preenchendo, em parte, o lugar que tinha sido pertença da marcoense, Carmen Miranda.
A partir do Decreto 18420, de 4 de Junho de 1930 (que
organizou o ensino profissional), a Escola recebia a designação de Escola Comercial
Mouzinho da Silveira e passaria a ocupar o palacete Sandeman na Cordoaria,
entretanto abandonado pela Escola Industrial Infante D. Henrique em 1933.
Escola Comercial Mouzinho da Silveira no Palacete Sandeman
Em 1948, com a publicação do Decreto 37029, a Escola
Comercial Mouzinho da Silveira, que era mista, passou a designar-se Escola
Comercial Filipa de Vilhena, porque passou a ser uma escola feminina. E daí a
mudança de nome.
O actual edifício foi inaugurado em 28 de Maio de 1958,
correspondendo ao crescimento populacional da freguesia de Paranhos,
progressivamente a substituir as grandes quintas por blocos de habitação, e
pelo pólo da Asprela da Universidade do Porto.
Até ao ano lectivo de 1975/76 a Escola ministrou o Curso
Geral de Administração e Comércio e os Cursos Complementares de Administração,
Contabilidade e Secretariado, em regimes diurno e nocturno.
A partir de 1975/1976 a escola passou a ser frequentada por
alunos de ambos os sexos e, em 1979/80 com a Reforma do Ensino que terminou com
a distinção entre ensino liceal e ensino técnico, passou a designar-se por
Escola Secundária Filipa de Vilhena.
Actualmente possui cursos do 7.º ao 12.º ano, tendo uma
oferta formativa diversificada: ensino básico, ensino secundário – todos os
cursos científico-humanísticos e cursos profissionais – cursos EFA básicos e
secundárias e está em conclusão o ensino recorrente por módulos.
Instalações actuais
Escola Comercial Oliveira Martins
"A Escola Oliveira Martins foi criada em 28 de Setembro de
1895, por decreto ministerial como “Escola Elementar e Comercial Portuense”, e
iniciou a actividade em Janeiro de 1896 na parte lateral do edifício da Bolsa.
Em 1915 alterou a sua denominação para Escola Comercial
Oliveira Martins.
A partir de 1916 as instalações já se tinham tornado
exíguas, mas a mudança só se concretizou em 1928 após obras realizadas no Palacete dos Vilar de Perdizes.
Em 1941 a Oliveira Martins muda novamente, agora para a Rua
do Sol nº 28".
Com a devida vénia a Maria Manuela M. S. R. Veloso Gomes -
In Mestrado em Engenharia Civil
“A 23 de Maio de 1970
foi inaugurado na R. Major David Magno (uma rua paralela à Avenida Fernão de
Magalhães), o edifício onde durante mais de 2 décadas funcionaria a Escola
Comercial Oliveira Martins.
Devidamente dotado de
espaços ao bom funcionamento do curso de comércio para os 2000 alunos do sexo
masculino, que na altura frequentavam a escola ela, inserir-se-ia assim, nos
estabelecimentos de Ensino Técnico, que integravam a estrutura do ensino em
vigor até à década de 70, e que se caracterizavam pela coexistência de dois
percursos alternativos: o Ensino Liceal, que preparava para o prosseguimento de
estudos, e o Ensino Técnico, que preparava para entrada no mercado de trabalho.
À entrada do terceiro
milénio, a Escola Secundária Oliveira Martins, atenta aos novos desafios da
educação, ofereceu novos Cursos Tecnológicos e Cursos de Educação e Formação
Profissional Inicial, em áreas que mantinham a sua ligação tradicional aos
sectores económico e social. Beneficiando de melhores condições de
ensino-aprendizagem, como resultado, da diminuição do número de alunos, da
reorganização das actividades de apoio pedagógico, da renovação do equipamento
escolar, e sobretudo, do esforço continuado de todos os membros da comunidade
educativa, a Escola Secundária Oliveira Martins desempenhava um papel social de
relevo no contexto educativo, honrando a cidade que a viu nascer, na antiga Rua
do Sol”.
Fonte: kostadealhabaite.blogspot.pt
Últimas instalações na Rua Major David Magno
Escola Comercial Oliveira Martins na Rua do Sol no antigo Solar do Conde de Samodães
Exterior da Escola na Rua do Sol
Perspectiva obtida a partir do viaduto de Duque Loulé do que resta da escola que esteve na Rua do Sol
O patrono da Escola Comercial Oliveira Martins, Joaquim Pedro Oliveira Martins (Lisboa,
30 de Abril de 1845 — Lisboa, 24 de Agosto de 1894) foi um historiador,
político e cientista social português.
Órfão de pai, teve uma adolescência difícil, não chegando a
concluir o curso liceal, que lhe teria permitido ingressar na Escola
Politécnica, para o curso de Engenheiro Militar. Esteve empregado desde os 13
anos até 1870 quando, devido à falência da empresa onde trabalhava, foi exercer
funções de administrador de uma mina na Andaluzia. Quatro anos depois regressou
a Portugal para dirigir a construção da via-férrea do Porto à Póvoa de Varzim e
a Vila Nova de Famalicão. Em 1880, foi eleito presidente da Sociedade de
Geografia Comercial do Porto e, quatro anos depois, director do Museu
Industrial e Comercial do Porto. Mais tarde desempenhou as funções de
administrador da Régie dos Tabacos, da Companhia de Moçambique, e fez parte da
comissão executiva da Exposição Industrial Portuguesa.
Escola Fontes Pereira
de Melo
“A 15 de Dezembro de 1960 foi criada na cidade
do Porto, pelo Decreto-Lei n.º 43410 a Escola Industrial Conde Ferreira que
nunca chegou a funcionar. Esta escola passou a denominar-se Escola Industrial
Fontes Pereira de Melo, conforme consta da Portaria 23551, de 21 de Agosto de
1968.
A Escola Fontes
Pereira de Melo nasceu a 4 de Novembro
de 1968, e funcionou em instalações provisórias, anteriormente ocupadas
pelo Instituto Industrial, na Rua do Breiner, n.º 164, em regime diurno e
nocturno, e apresentava os seguintes cursos: Curso de Formação de Montador
Radiotécnico; Curso de Formação de Electromecânico; Curso de Formação de
Carpinteiro de Moldes; Curso de Aperfeiçoamento de Montador Radiotécnico; Curso
de Aperfeiçoamento de Electromecânico; Curso de Aperfeiçoamento de Carpinteiro
de Moldes.
Devido à falta de
espaço para a instalação dos laboratórios, o Curso de Aperfeiçoamento de
Montador Radiotécnico funcionou na Escola Soares dos Reis, até ao ano lectivo
de 1975/76.
A construção de alguns
pavilhões pré-fabricados, em terreno anexo à escola, permitiu o funcionamento
destes cursos nas instalações provisórias da Rua do Breiner.
A escola debateu-se,
ainda, com a inexistência de cantina e instalações desportivas condignas.
Atendendo à situação precária das instalações, o então Ministério da Educação
Nacional anunciou em 1969 a construção de uma nova Escola Industrial Fontes
Pereira de Melo, em terrenos limítrofes ao Bairro do Cerco do Porto.
Tratar-se-ia de uma
escola moderna, implantada numa área de 3500 m2, com uma área coberta de 1800
m2.
Teria uma capacidade
para 3000 alunos e nela seriam ministrados os Cursos de Formação de Carpinteiro
de Moldes, Fundidor, Serralheiro, Montador Electricista, Montador Radiotécnico,
bem como os cursos de Especialização de Desenhador Industrial, Fresador,
Torneiro e Mecânico de Automóveis, e ainda a Secção Preparatória para Admissão
ao Instituto Industrial. Por vicissitudes várias, este projecto nunca chegou a
concretizar-se.
Em 1984, a criação dos
Cursos Técnico-Profissionais, com as exigências próprias do seu funcionamento
veio a acentuar ainda mais a precariedade das instalações. A mudança tornou-se
inevitável.
Em 1987, finalmente, é
inaugurada uma nova escola junto ao Estádio do Bessa, onde já funciona o Ensino
Unificado. No ano lectivo seguinte a Escola começou a funcionar na totalidade
no novo espaço, com os cursos Técnico-Profissionais da área B: Electrónica,
Mecânica e, mais tarde, Informática, além de cursos via de ensino da mesma
área”.
Fonte: “arquivo-ec.sec-geral.mec.pt”
Edifício primitivo da Escola Fontes Pereira de Melo na Rua
do Breiner – Ed. “canalm87.blogspot.com”
Escola Fontes Pereira de Melo actualmente – Ed.
“telecom.inescn.pt”
Colégio Alemão
Durante o século XIX, algumas famílias alemãs se
estabeleceram na cidade, sendo disso exemplo os Burmester, os Biel, os Gilbert,
os Lube, os Dahl, etc, pelo que, se tornaria necessário providenciar o
funcionamento de escolas para servir aquela comunidade.
Na Rua de Cedofeita, em frente à Rua da Torrinha esteve, em
tempos, sob uma arcada do piso térreo de um prédio, a fonte de Cedofeita. Nesse
prédio, que ainda existe, esteve a pensão La Fontaine que ocupou as instalações
da escola «Von Hafe Schule» fundada, em 1855, pelo padre Martin Richter.
Aquela escola viria a dar lugar a um outro projecto, a partir de 18 de Novembro de 1901, que se designou por «Deutsche Schule zu Porto», sedeado na Rua da Restauração, nº 410, e que foi o embrião do Colégio Alemão.
Alugada, então, a casa de três andares na Rua da
Restauração, o pastor Martin Richter, que também habitava a casa foi o primeiro
director do colégio. A 18 de Novembro de 1901 foram contratados dois docentes e
dois auxiliares de educação para dar aulas a 18 rapazes e 3 raparigas. Para
evidenciar o caráter alemão da escola, esta só era frequentada por alunos de
nacionalidade alemã.
Em 1909, o professor Alexander Geys foi o sucessor do Pastor Richter nas funções de diretor do Colégio Alemão do Porto.
“ (…) a 3 de
Março de 1922, foi decidido alugar um edifício na rua Alto de Vila, 58, por uma
renda mensal de 200$00. Max Schwair predispôs-se a assumir a direção da escola,
recebendo, como pagamento, 500$00 mensais. Contrataram-se dois professores
alemães e, mais tarde, um português. No primeiro ano escolar, lecionaram-se 36
alunos que, devido aos parcos meios financeiros, frequentavam uma escola
precariamente equipada. Em 1923 a direção foi assumida pelo professor agregado
Paul Hasselbarth. Até 1924, a escola funcionou no acanhado edifício, onde sete
classes estavam a cargo de cinco professores. Aos alunos portugueses não era
ainda administrado um ensino diferenciado da língua alemã.
Em Novembro de 1924, a administração do colégio pôde alugar uma casa maior na rua Senhora da Luz, 50, para a qual, depois das remodelações necessárias, se mudou em Fevereiro de 1925”.
Fonte: “dsporto.de/pt-pt/”
Na Rua Senhora da Luz se manteve o colégio Alemão até ser instalado na Rua de Guerra Junqueiro.
Em 1909, o professor Alexander Geys foi o sucessor do Pastor Richter nas funções de diretor do Colégio Alemão do Porto.
Em Setembro de 1909, o colégio desloca-se para a Rua do
Breiner para junto do Clube Alemão que por aí estava.
Em 1915, devido ao aumento de renda, dava-se nova mudança para a Rua da Boavista.
Em 1915, devido ao aumento de renda, dava-se nova mudança para a Rua da Boavista.
Em consequência da ocorrência da 1ª Guerra mundial, os bens
do colégio seriam confiscados e a comunidade alemã expulsa do país.
Acabado aquele conflito, os alemães retornariam e as aulas chegariam a funcionar nas próprias residências, até que, em 1922, o colégio vai ter sede própria na Rua de Alto de Vila.
Acabado aquele conflito, os alemães retornariam e as aulas chegariam a funcionar nas próprias residências, até que, em 1922, o colégio vai ter sede própria na Rua de Alto de Vila.
Em Novembro de 1924, a administração do colégio pôde alugar uma casa maior na rua Senhora da Luz, 50, para a qual, depois das remodelações necessárias, se mudou em Fevereiro de 1925”.
Fonte: “dsporto.de/pt-pt/”
Na Rua Senhora da Luz se manteve o colégio Alemão até ser instalado na Rua de Guerra Junqueiro.
Mas, durante a II Guerra Mundial, os bens são confiscados e a «Casa Amarela» é fechada e assaltada. Com os dinheiros que receberam da Emissora Nacional pela referida casa, adquiriram um terreno na mesma rua. A Direcção Federal de Construções de Berlim (Bundesbaudirektion Berlin), através do seu delegado especial, o arquitecto Gunter Trebbin, solicita a construção da escola alemã, adaptada ao terreno pelo Engenheiro Konrad Wiesner. Este segundo colégio, é inaugurado a 9 de Outubro de 1961 na Rua de Guerra Junqueiro nº 162”.
Fonte - site: balcaovirtual.cm-porto.pt
Construção do Colégio Alemão, que ficaria conhecido, mais
tarde, por Casa Amarela
Casa Alemã e Escola Alemã (Casa Amarela) na Rua Guerra
Junqueiro que, depois da II Guerra Mundial, passaria para a Emissora Nacional
Nas primeiras instalações (foto acima), na Rua Guerra
Junqueiro, o Colégio Alemão convivia paredes-meias com a Sinagoga Kadoorie
Mekor Haim.
Em virtude dos acontecimentos referentes à 2ª Guerra
Mundial, os alemães seriam novamente expulsos e os seus bens confiscados.
O edifício, na Rua Guerra Junqueiro, entretanto, tinha sido vandalizado.
Acabada a guerra, dá-se o retorno e as aulas dos filhos desta comunidade passam a ser ministradas nas próprias residências, pois a normalidade do ensino só seria retomada em 1952.
O edifício, na Rua Guerra Junqueiro, entretanto, tinha sido vandalizado.
Acabada a guerra, dá-se o retorno e as aulas dos filhos desta comunidade passam a ser ministradas nas próprias residências, pois a normalidade do ensino só seria retomada em 1952.
Entretanto, são arrendadas instalações, na Rua de Gondarém, à
Foz do Douro.
Vendido o prédio “Casa amarela”, na Rua Guerra Junqueiro, à Emissora Nacional, são inauguradas, em 1961, as instalações que ainda hoje o colégio ocupa naquela mesma rua.
O chão do edifício em que esteve implantada a Casa Amarela, em 1980, seria usado para a construção de três blocos de apartamentos da cooperativa da Associação dos Moradores da Zona do Campo Alegre.
Vendido o prédio “Casa amarela”, na Rua Guerra Junqueiro, à Emissora Nacional, são inauguradas, em 1961, as instalações que ainda hoje o colégio ocupa naquela mesma rua.
O chão do edifício em que esteve implantada a Casa Amarela, em 1980, seria usado para a construção de três blocos de apartamentos da cooperativa da Associação dos Moradores da Zona do Campo Alegre.
Colégio Alemão, em 1963 – Fonte: AHMP
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