terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

(Continuação 34) - Actualização em 19/07/2019 e 04/04/2021

Colégio de S. Torcato

Em 1877, o Colégio de S. Torcato encontrava-se na Rua Chã, nº 75, e tinha como director, um tal, M. J. S. Henriques.


Publicidade ao Colégio de S. Torcato, em 1877 – Fonte: “O Comércio do Porto” de 30 de Setembro


O prédio onde esteve o Colégio de S. Torcato já não existe (ficava pegado ao, ainda de pé, que era conhecido como a “Casa de Manuel Álvares de Castro” ou “Solar dos Castro” – Fonte: Google maps




Colégio de S. Lázaro e Colégio Lusitano



Em Setembro de 1877, o Colégio de S. Lázaro havia de se transferir para um edifício onde, antes, já tinha estado o Liceu Central do Porto ou Liceu Portuense e, depois, o “Colégio Lusitano”, na Rua Formosa, nº 108 -116. Este último teve a sua origem no Colégio Francez/Escola Comercial, que naquela morada se instalou em 1869.



Publicidade ao Colégio Francez/Escola Comercial, no “Jornal do Porto”, em 30 de Setembro de 1869



Publicidade ao Colégio Lusitano, In "Jornal do Porto", em 8 de Setembro de 1871


Por aqui estaria, também, até aos nossos dias, a Tipografia “Imprensa Portuguesa”.


Publicidade ao Colégio de S. Lázaro, em 1877 – Fonte: “O Comércio do Porto” de 30 de Setembro


Sobre o Colégio de S. Lázaro é a notícia seguinte, supõe-se que, ainda instalado, na Rua Formosa, em 1889.


“Jornal do Porto”, XXXI Anno, N.º 10, de 11 de Janeiro de 1889, p.1


No edifício ao centro esteve o Colégio de S. Lázaro, na Rua Formosa – Ed. Graça Correia





Colégio Luso-Italiano
 
 
Na sequência de investigações tornadas públicas por Álvaro de Sousa Holstein (trineto da fundadora), este colégio esteve instalado na Rua do Bonjardim, nºs 503 a 513, tendo sido fundado por Rachel de Sousa Holstein, que dividia a direcção do estabelecimento com sua filha, Ana de Sousa Holstein Mendonça.
O colégio já tinha portas abertas em 1881 (Jornal "O Comércio do Porto, XXXVIII Ano, nº 231, Domingo 25 de Setembro de 1881, pág. 3) e, desde o seu início, teve a protecção da Rainha D. Maria Pia, de quem Rachel Holstein era conhecida, antes do seu casamento com D. Luís I.
Naquela morada, tinha sido concedido a Joaquim Pinto da Fonseca e outros, fundar uma fábrica de manipulação de cigarros, em 1865.


“(…) o colégio terá iniciado a actividade em 1879 e, entre 1879-1984, estava instalado no nº 506, da Rua do Bonjardim, entre 1885-1991, na Rua da Alegria, nº 171 e, entre 1892-1894, de novo na Rua do Bonjardim, nº 503-513, sendo estas informações colhidas no Almanak do Porto e seu districto, de A. G. Vieira Paiva.
A autorização de colocar as armas de Portugal e Itália na frontaria do colégio data de 1886 (Mordomia-Mor da Casa Real, Livro 20 [1873-1886], em 8.2.1886, folhas 310 e 310v”.
Cortesia de Álvaro de Sousa Holstein (trineto da fundadora do colégio Luso-Italiano)




 
 
Folheto promocional do Colégio Luso-Italiano
 
 
 
É de realçar que, para além do estabelecimento de ensino ser dirigido por mulheres e vocacionado para o ensino feminino, as disciplinas leccionadas, em muito, ultrapassavam a tradicional educação ministrada às mulheres, destacando-se a história, a literatura, a geografia, a física, a química, as línguas portuguesa, francesa, inglesa, alemã e italiana e, ainda, da existência de um ginásio, o que era raro naqueles tempos. 



                                        



Collégio de Nossa Senhora da Victória


Nos primeiros anos do século XX, deste colégio, sito na Rua de Cedofeita, nº 439, e que tinha por Director o Padre António Gomes da Silva, dizia-se:


“Neste Collégio installado no Palacete do Visconde de Barreiros, com amplos jardins destinados a recreio, professam-se os seguintes cursos: Instrucção Primária, Secundária(Curso dos Lyceus) e Commercial, sendo as Linguas Franceza, Ingleza e Allemã ensinadas por duas cathegorias de professores: Professores para traducção e das nacionalidades em que essas Linguas se fallam para a pronuncia e redacção”.




O palacete mais próximo, foi morada do Colégio de Nossa Senhora da Victória – Ed. JPortojo



Colégio de Nossa Senhora da Glória


Desconhecendo-se com exactidão o local de instalação deste colégio, o seu número de polícia, seria, possivelmente, o nº 235, sendo considerado, à data, um estabelecimento de referência, no qual estudavam os filhos das melhores famílias portuenses.
Em 1896, parece ter encerrado portas, pois o seu director, António Domingues dos Santos, junta-se ao projecto da Escola Académica.
Entre muitos outros, o tribuno Luís de Magalhães, filho do político José Estevão e o jornalista e professor Bento Carqueja, lá, estudaram.
De acordo com a notícia abaixo, o Dr. Pinto de Resende o proprietário e antigo director do Colégio de Nossa Senhora da Glória.



In jornal “A Voz Pública”, 9 Agosto de 1900, p. 2






Aqui, terá estado o Colégio da Glória, na Rua de Cedofeita, nº 235 – Ed. Manuela Campos



Collégio Nossa Senhora das Neves


O Collégio Nossa Senhora das Neves tinha por morada a Rua de Cedofeita, nº 954 e tinha como Directora, Ermelinda Adelaide Fernandes das Neves.
Nesses anos de começo de século XX, a Rua de Cedofeita ia até à Ramada Alta. Nos nossos dias, é a Rua Barão de Forrester.


Com uma pinta azul está marcado o local do Colégio Nossa Senhora das Neves em 1892, na planta de Telles Ferreira


À direita o prédio onde esteve o Colégio Nossa Senhora das Neves, observando-se, lá no alto, a capela Nossa Senhora das Dores e Senhor do Calvário – Fonte: Google maps





Collégio de Nossa Senhora da Conceição (Lavadouros)


Este colégio, em 1871, estava na Rua do Laranjal, nº 68, com frente voltada para a Rua dos Lavadouros.
Era sua directora D. Ana Cândida da Fonseca Braga.



Publicidade ao Colégio de Nossa Senhora da Conceição, In Jornal do Porto”, em 22 de Setembro de 1871



Na primeira década do século XX, o colégio já estava localizado na Rua de Cedofeita, nº 171, e tinha como directora D. Laura Braga, filha da fundadora, que assumiu o cargo, em virtude do afastamento por doença da mãe. 



Aqui, esteve o Colégio de Nossa Senhora da Conceição, na Rua de Cedofeita – Ed. Manuela Campos



Colégio Nossa Senhora da Conceição (Bonjardim)

 

 

Um outro colégio com a denominação de Colégio Nossa Senhora da Conceição existiu, na Rua do Bonjardim, nº 120, tendo sido fundado por uma irmã da confraria de Nossa Senhora da Conceição, de Santo Ildefonso, que doaria dois prédios na Rua do Bonjardim e um outro na Rua de Sá da Bandeira, para que, com o respectivo rendimento dos imóveis, o colégio pudesse subsistir.
O abade de Santo Ildefonso, Domingos Moreira Freire, celebrante do casamento de Camilo Castelo Branco, tinha uma ligação muito próxima ao colégio.
É notícia que, no dia 11 de Outubro de 1898, o colégio inaugurava solenemente o retrato do seu grande protector, António Augusto Teixeira da Silva.
O estabelecimento de ensino mudou-se, depois, para perto da igreja de Cedofeita.
Cremos que teria passado a chamar-se Collégio Santa Thereza de Jesus.





Collégio Santa Thereza de Jesus


O Collégio Santa Thereza de Jesus, nos começos do século XX, situava-se na Rua de Cedofeita, nº 637, num prédio que já não existe, próximo da esquina da Rua de Cedofeita (hoje, Barão de Forrester) com a Rua da Boavista.


Localização do Colégio Santa Thereza de Jesus (seta colorida) e Travessa das Águas Férreas (1) – Fonte: Planta de Telles Ferreira de 1892


Collégio Von-Hafe


O Collégio Von-Hafe ocupava, na transição de séculos, um prédio na Rua de Cedofeita, nº 376, onde esteve a Fonte de Cedofeita e, depois, a pensão “La Fontaine”.
Em 1855, o padre Martin Richter inaugura a escola “Von Hafe Schule”. 
Em 1861, o colégio estava pela Rua de Cedofeita, nº 355.



Publicidade ao Colégio Von-Hafe, no jornal "O Commercio do Porto" em 30 de Setembro de 1861



Em 18 de Novembro de 1901, aquela escola, dá origem, à “Deutsche Schule zu Porto” que se instala-se na Rua da Restauração, nº 410, e viria a tornar-se, o precursor do Colégio Alemão.


No prédio, à direita, esteve o Colégio Von-Hafe. A rua da qual se observa alguns metros, à esquerda, é a Rua dos Bragas – Fonte: Google maps


A Fonte de Cedofeita, c. 1900, e um cartaz de publicidade ao Colégio Von Hafe



O projecto do colégio Von Hafe, na Rua de Cedofeita, parece ter continuado para além do que aparenta ter sido uma cisão, pois, em 22 de Setembro de 1901, o jornal “O Comércio do Porto” noticiava.
 
 

 






“Instituto Particular”


Este estabelecimento de ensino situado na Rua de Cedofeita, nº 364, pelos anos de transicção do século XIX para XX, tinha a direcção de Clorinda de Macedo.




Colégio Araújo Lima


Colégio Araújo Lima, na Rua da Constituição


Fundado no início do século XX, este colégio ficava na Rua da Constituição nº 352, no edifício onde esteve até 2014 o DIAP (Departamento de Investigação e Acção Penal). Era um estabelecimento para as elites.
Acabou funcionando em regime de internato e externato e em coeducação, para ambos os sexos.
Entre muitas personalidades que por lá estudaram, conta-se que o antigo treinador do F. C. Porto, José Maria Pedroto, frequentou o colégio após a morte do pai, que era um militar de carreira.
Um outro colégio existiu ligado à mesma família Lima, também na Rua da Constituição, já na esquina com a Rua Faria Guimarães, chamado de Colégio Lúcia Lima, nome da sua proprietária.


Local actual da foto anterior - Fonte: Google Maps


Sala de aulas do Colégio Araújo Lima - Ed.  "Postais Antigos do Porto (Facebook)”


“António Fernandes de Sá nasceu em Avintes, Vila Nova de Gaia, a 7 de Novembro de 1874. Na infância acompanhava o pai até à oficina de marmorista e fundidor de trabalhos em gesso na antiga Rua dos Lavadouros, no Porto, rua que veio a dar lugar à Avenida dos Aliados. Em 1888 inscreveu-se na Escola de Belas Artes do Porto onde frequentou os cursos de Arquitetura, Pintura, Escultura e Desenho Histórico e foi discípulo, entre outros, do mestre Marques de Oliveira, na disciplina de Desenho. Em 1895, com Tomás Alberto de Moura, Eduardo da Costa Alves Júnior e Abel de Vasconcelos Cardoso concorreu ao pensionato do Estado no estrangeiro, na classe de Escultura. Depois de classificado em primeiro lugar, Fernandes de Sá seguiu até Paris em 1896. Terminado o pensionato regressou a Portugal, em 1901. 
Casou com Lúcia de Araújo Lima, sua conterrânea, mulher culta e com vocação para o ensino, da qual teve três filhos: Manuel, António e Álvaro. No Porto, montou um atelier, na Rua Álvares Cabral. Em 1902 enviou trabalhos para a Exposição de Belas Artes de Lisboa, sendo, de novo, premiado. No ano seguinte foi eleito Académico de Mérito da Academia de Belas-Artes do Porto. Anos depois, em 1917, transferiu o seu atelier para a Rua da Constituição, localização mais próxima do Colégio Araújo Lima, propriedade da família da mulher. Nesta escola, participou na formação artística dos seus alunos e, após a morte da companheira, assumiu a direção do estabelecimento de ensino. A viuvez e a morte de Álvaro, o seu filho mais novo, isolaram-no do mundo. Morreu na sua casa do Largo de Magarão, em Vila Nova de Gaia, a 26 de Novembro de 1959”.
Fonte: gisaweb.cm-porto.pt



Colégio Moderno (Feminino)


Consta que, na Rua de Cedofeita, nº 767 (à data, ainda não se chamava Barão de Forrester), estava, nos primeiros anos do século XX, o “Collégio das Irmãs Hospitaleiras dos Pobres por Amor de Deus”.
O Colégio Moderno era o mais populoso e já estava instalado, nos anos 20 do século XX, naquela morada.
Funcionava em regime de internato e externato, e era laico, embora ministrando também uma educação religiosa.
O Colégio Moderno situava-se na Rua do Barão de Forrester perto da ponte ferroviária, na chamada Quinta dos Limoeiros.
Em 1932, era sua Directora, Rosária Dias Machado Dinis, que requereu neste ano à Câmara, autorização para proceder a obras para ampliar as instalações.
Mais tarde, na direcção do colégio, suceder-lhe-ia a sua irmã Joana Dinis.


Festa no Colégio Moderno em 1927 – Ed. André Moura (Rua da Boavista, Porto); Fonte: gisaweb.cm-porto.pt


Planta de Telles Ferreira de 1892, entre Rua da Boavista e a Ramada Alta

Legenda

1. Colégio Moderno, na Rua de Cedofeita, nº 767
2. Rua da Boavista
3. Rua de Cedofeita, depois, Barão de Forrester
4. Ramada Alta


Colégio Moderno


Outra perspectiva do Colégio Moderno


 

“ O recreio era um belo lugar cheio de limoeiros e japoneiras, muitos bancos de madeira e um belo parque infantil. Havia ainda um bonito lago de pedra com peixes vermelhos, plantas e repuxo, e uns canteiros maravilhosos com amores-perfeitos. As refeições eram feitas em mesas de 7 meninas e uma vigilante. Antes e depois da refeição fazíamos uma breve oração viradas para um quadro com a imagem do coração de Jesus. Ao fim da tarde rezava-se o terço. A adolescência foi uma fase difícil de passar interna no colégio. De um modo geral o ensino era muito bom, e íamos fazer os exames no Liceu feminino Carolina Michaelis, que ficava ao virar da esquina.”
Leonor Diniz, ex-aluna do Colégio Moderno






O colégio Nossa senhora da Estrela tinha entrada pela Rua de Santa Catarina nº 788 e pela Rua da Alegria nº 200.
Começou como um colégio feminino e funcionava em regime de internato, semi-internato e externato desde o século XIX.
Foi criado c. de 1840 como colégio de meninas no reinado de D. Maria II.
Funcionava num palacete amplo que pertencia à condessa de Azambuja com entrada pela Rua de Santa Catarina, bem perto já, da Rua Gonçalo Cristovão.
Maria da Assunção, filha de D. Antónia (Ferreirinha), nascida em 1842, torna-se Condessa de Azambuja ao casar em 1860 com Augusto Pedro de Mendonça Rolim de Moura Barreto, 3.º conde de Azambuja.
A partir de 1919, o colégio passou a contar com outro edifício com entrada pela Rua da Alegria.
Em 1928 seria convertido num colégio masculino e passaria a Colégio João de Deus, e em 1973 passou a Escola Preparatória Augusto Gil e, mais tarde, a Escola EB 2.3 Augusto Gil.


Fachada da escola - In espólio da EB 2.3 Augusto Gil



Fachada voltada para a Rua da Alegria – Fonte: Maria Manuela M. S. R. Veloso Gomes; In Mestrado em Engenharia Civil


Sala de aulas do Colégio de Nossa Senhora da Estrela, em 1915



Colégio Nossa Senhora da Estrela (entrada pela Rua de Santa Catarina) - Ed. monumentosdesaparecidos.blogspot


Aspecto actual da entrada pela Rua de Santa Catarina




O antigo Colégio Brotero, cuja fundação e início de actividade, se registou na Rua do Passeio Alegre nº 928, no ano de 1931, acabou no ano lectivo de 1951/52 por ser transferido para novas instalações na Rua de S. Francisco Xavier, na zona da Avenida Marechal Gomes da Costa.
Aqui se manteria o colégio Brotero até meados de 1974, quando encerrou definitivamente, sendo substituído no local, pela Escola Básica Francisco Torrinha.
As instalações primitivas do colégio, na Foz do Douro, teriam sido antes ocupadas pelo Casino da Foz, que ardeu em Julho de 1911. Após remodelação, o colégio Brotero ocuparia o rés-do-chão daquelas instalações com  a sala de estudo e nos andares superiores, com as salas de aulas do 3º ao 7º ano do Liceu.


Vista da praia onde nasceu o Passeio Alegre – Fonte: Rui Cunha



Na gravura acima, obtida da praia do Cabedelo, é possível ver, bem à esquerda, a casa de duas torres do Maia. 



À direita da icónica casa de duas torres do Maia, começada a levantar em 1855, em primeiro plano, está o prédio de três pisos, que seria ocupado, mais tarde, pelo colégio Brotero – Calótipo, c. 1860, editado
 
 
 
Como se pode observar, nas duas fotos anteriores, o Jardim do Passeio Alegre ainda não existia.





Na Rua do Passeio Alegre (1909), à esquerda, alguns metros para lá da Casa dos Maias (acastelada), com as suas ameias características esteve, a partir de 1931 até 1952, o Colégio Brotero






Colégio Brotero - Ed. “A Nossa Foz do Douro – facebook”


Na foto acima, vê-se a frontaria principal do prédio com entrada pela Rua S. Francisco Xavier.




O Colégio Luso-Francês, que outrora era designado por “Colégio do Ameal” e administrado pelas Franciscanas de Calais, destinado ao ensino primário e secundário, abriu a 7 de outubro de 1936, com 31 estudantes internas e 61 estudantes externas e está situado na Rua do Amial.
Um mês após a abertura, foi concedido alvará pelo Ministério da Instrução Pública para uma lotação de 100 estudantes (25 internos e 75 externos), desta vez, de ambos os sexos, número que viria a ser duplicado em julho de 1937.
De 1940 a 1953, foi autorizado a ministrar o ensino técnico e comercial. Em 1962, começou também a ser ministrado o ensino infantil, que em 1972, passa a coeducação. Em 1975 também os ensinos, primário, preparatório do ensino secundário e liceal (curso geral), passam a regime de coeducação.


Primitivas Instalações do Colégio Luso-Francês


Colégio Luso-Francês, em 1950



Colégio Lusitano (Feminino)


Colégio Lusitano e planta de localização


Este colégio ainda em meados do século XX ficava no gaveto das ruas Vieira Portuense e Domingos Sequeira.
Chegou a ser uma secção da Escola Carolina Michaelis.
Hoje, o edifício do colégio já não existe e, o local, passou a ser uma área habitacional.


Local onde esteve o Colégio Lusitano – Ed. Google maps



Colégio Nossa Senhora do Rosário


Este estabelecimento de ensino é propriedade, em Portugal, do Instituto das Religiosas do Sagrado Coração de Maria (congregação religiosa reconhecida como corporação missionária fundada em França em 1849).
É um estabelecimento do Ensino Particular e Cooperativo (EPC) a funcionar em regime de Autonomia Pedagógica para todos os níveis de ensino de acordo com os normativos sobre esta matéria e a autorização concedida pelo Ministério da Educação.


“As condicionantes políticas vividas em 1910 obrigaram à dispersão das religiosas, mas as condições adversas nunca foram obstáculo suficiente para impedir as religiosas do Sagrado Coração de Maria de desenvolver a sua missão. 
Durante alguns meses, no Asilo anexo ao Colégio de Miss Hennessey e depois em pequena casa alugada conservaram-se algumas religiosas, sendo este núcleo de irmãs que liga o antigo Colégio Inglês de Miss Hennessey ao actual Colégio de Nossa Senhora do Rosário, aberto em Outubro de 1926. Este ressurgimento do Colégio no Porto deve-se à Madre Maria da Eucaristia Lencastre que, durante esses anos difíceis sustentou o Instituto em Portugal. Uma dedicada aluna do antigo Colégio Inglês conseguiu que seu irmão alugasse para este efeito o palacete Boaventura de Sousa, na Avenida da Boavista, com excelentes instalações e a 8 de Setembro de 1926 foi celebrada a primeira Missa”. 
Fonte – site: colegiodorosario



Tem-se conhecimento de que, em 1854, um colégio fundado por Miss Brown e dirigido, então, por Miss Hennessey, estava na Rua da Torrinha, nº 126. Era o Colégio de Miss Hennessey.
Em 1861, passaria para a zona da Picaria e, em 1876, já tinha rumado para a Rua da Alegria.
Na última década e meia do século XIX, passou a ter instalações no Largo do Mirante, nº 2, num edifício que tinha, anos antes, sido a residência da família Braga.



Colégio de Miss Hennessey, Largo do Mirante, nº 2 (antiga residência dos Bragas) – Fonte: Planta de Telles Ferreira de 1892




No Largo do Mirante, onde esteve instalado o Colégio Inglês, de Miss Hennessey ou Colégio das Inglesinhas (vindo da Rua da Alegria, onde ainda estava em 1877), estiveram também, a partir de 1911, as religiosas do “Sagrado Coração de Maria”, que haveriam de fundar o Colégio do Rosário, em 1926.
Entretanto, o colégio conhecido por Colégio de Miss Hennessey ou Colégio das Inglesinhas e, depois, por Colégio Inglês do Sagrado Coração de Maria (frequentado pelas filhas das melhores famílias da cidade), com sede no Largo do Mirante, teria sido doado por aquela cidadã irlandesa à congregação.





Instalações do Colégio do Rosário entre 1926 e 1956 na Avenida da Boavista, no Palacete Boaventura de Sousa


Instalações actuais do colégio do Rosário na Avenida da Boavista



Colégio de Nossa Senhora do Rosário ou Colégio do Padre Francisco


Em 1866, um Colégio de Nossa Senhora do Rosário, esteve na Rua do Rosário. Era conhecido pelo Colégio do Padre Francisco.
Ao fim de quatro anos de funcionamento, o colégio muda de instalações continuando, no entanto, pela Rua do Rosário.




Publicidade ao Colégio de Nossa Senhora do Rosário, na Rua do Rosário, no "Jornal do Porto", em 30 de Setembro de 1870




O padre Francisco Henriques da Silva Pereira era um órfão de pai e mãe, natural da freguesia de Sabugosa do Concelho de Tondela, distrito de Viseu que, em 1866, rumou ao Porto e, em Outubro desse ano, abriu o Colégio Nossa Senhora do Rosário, na esquina da Rua do Rosário com a Rua do Príncipe (Rua Miguel Bombarda).
O padre Francisco, que era coadjuvado pelo padre Nicolau, admitia no seu colégio alunos externos e cerca de quinze alunos internos, tendo ganhado fama de ser uma pessoa de grande disciplina.
Entre as inúmeras personalidades de relevo da vida portuense que frequentaram o estabelecimento de ensino e que temiam o padre Francisco, ficou para a história o caso de Raul Caldevilla.
Tendo abandonado a gestão do estabelecimento de ensino, em 1892, passando a viver, na companhia de meia dúzia de alunos, na Rua dos Mártires da Liberdade, já muito próximo da Praça da República, o padre Francisco ficou conhecido, também, por ser o autor da obra “O Sistema métrico”, aprovado pela Junta Consultiva de Instrucção Pública em 12 de Maio de 1870 e, mais tarde, aprovado pelo Conselho Superior de Instrução Pública em 1886/87.
Antes da implantação da República, em 1910, um outro "Collégio Nossa Senhora do Rozário" estava localizado na Rua de Cedofeita, nº 245, tendo como directora, uma senhora, de seu nome, Marcellina da Costa. 






Colégio Liverpool (Feminino)


“O Colégio Liverpool é propriedade da Congregação das Religiosas Missionárias de S. Domingos.
Em julho de 1936, a Congregação, residente em Madrid e tipicamente missionária, pressentindo a perseguição religiosa que se avizinhava com a Guerra Civil Espanhola, decidiu transferir-se com o seu noviciado para Portugal, instalando-se no Porto, na Rua de Entre Quintas, numa quinta cedida pela Diocese, onde existia uma vivenda que hoje faz parte do património cultural da cidade.
Em 1937, o Colégio Liverpool, sedeado na Rua dos Bragas, n.º 270, era dirigido por uma família numerosa, cujas filhas se educaram na Inglaterra, dando origem ao nome do Colégio. Nesse ano, esta nobre família decidiu entregar o futuro do Colégio às religiosas de S. Domingos, com a anuência do Bispo de então, D. António Meireles.
O noviciado da comunidade Dominicana dedicou-se, de alma-e-coração, a esta missão de elevado valor social, dando-lhe impulso e mantendo o seu prestígio, sempre com o ideal de formar cristãos conscientes para bem desempenhar o seu papel na família, na sociedade e na Igreja.
No ano letivo de 1946-1947, o Colégio Liverpool mudou para as atuais instalações, na Rua da Torrinha, n.º 37 onde, à época, funcionava a Sociedade de Educação Lusitana.
Em julho de 1979, a Congregação das Religiosas Missionárias de S. Domingos adquiriu o edifício, dando assim continuidade à sua atividade docente. Com o decorrer dos anos, a Congregação sentiu a necessidade de atualizar as suas instalações. Por fases se foi levantando o edifício hoje existente”.
Fonte – Site: colegioliverpool.pt


Colégio Liverpool em 1937 na Rua dos Bragas


Colégio Liverpool em 1984 na Rua da Torrinha




Colégio Portuense de Ensino Mútuo
 

Este colégio, para meninas, funcionou durante alguns anos e desde 1834, no prédio da Rua de Cedofeita, 210, onde ainda hoje, no seu rés-do-chão, funciona a firma de mobiliário, centenária, “A Vilarinha, Lda.”
Era dirigido por Ana Miquelina de Jesus, falecida em 1851.

17 comentários:

  1. Muito interessante e bem documentado artigo. Fiquei muito interessada em conhecer melhor este seu blogue. Parabéns.
    Vim cá parar procurando o Colégio de Nossa Senhora da Boavista depois de me ter apercebido da sua existência em 1868, registada numa nota minha de interesse genealógico.

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  2. Agradeço o seu comentário e espero que as consultas lhe continuem a ser úteis. Pode crer, que receber incentivos como o seu, nos dá mais alento para continuarmos.
    Cumprimentos

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  3. Boa tarde. Muitos parabéns pelo seu trabalho. Tem conhecimento de algum colégio que esteve em frente à atual Ferrari, na rua da Boavista, no gaveto? Ouvi dizer que seria D. Urraca, mas não tenho qualquer dado que o sustente. Muito obrigado.

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    1. Junto da Ferrari, na Rua da Boavista, foi inaugurado e funcionou no palacete de António Costa Ramalho, a partir de 1913, O Grande Colégio Universal, precisamente, na esquina da Rua do Dr. Emílio Peres e da Avenida da Boavista.
      Pode ser lido aqui:

      http://portodeantanho.blogspot.com/2017/12/continuacao-52.html

      Cumprimentos e obrigado pelas amáveis palavras.
      Américo Conceição

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  4. Mais uma excelente entrada. Fui encaminhado para ela pela Drª. Manuela Alves e efectivamente muitas das instituições de ensino do Porto aqui figuram. Eu tenho um interesse especial no Colégio Luso-Italiano, mas ele aqui não é referido. Como já passaram quatro anos desta entrada será que tem alguma informação sobre ele? Obrigado.

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  5. Para complementar que falhou acima: a minha trisavó foi a fundadora dele. Obrigado.

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    1. Fiquei curioso. Vou tentar saber mais sobre o Colégio Luso-Italiano e, após ter alguns resultados, irei dá-los a conhecer. Para já, sei que foi um Colégio Feminino instalado na Rua do Bonjardim, nos números 503 a 513 e foi fundado por Rachel de Sousa Holstein, presumo, a sua trisavó.
      Esperando que continue a seguir este blogue, sou
      Com os meus cumprimentos

      Américo Conceição

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    2. Obrigado pela sua resposta e desculpe a demora em responder mas só hoje me apercebi dela. O colégio teve mais que uma localização, mas infelizmente não consegui até agora qualquer foto dele. A Rachel de Sousa Holstein era minha trisavó. Alguma informação sobre ele pode ver aqui: https://www.academia.edu/12639470/Breve_not%C3%ADcia_de_um_col%C3%A9gio_feminino_na_Invicta_O_Col%C3%A9gio_Luso_Italiano_.
      Com os melhores cumprimentos

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    3. Como deve ter observado (acima), lancei todas as informações que consegui obter sobre o Colégio Luso-Italiano.
      Cumprimentos

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    4. Com de costume as duas últimas entradas sobre a "Viela do Açougue" e "Ramada Alta" estão excelntes.
      Muito obrigado por ter lançado novas informações sobre o colégio. Consegui obter mais informações sobre ele que poderei enviar por aqui, caso lhe interessem, ou para onde achar melhor.
      Cumprimentos

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    5. Agradeço as amáveis palavras e antecipadamente, também, a sua disponibilidade para me fornecer mais informações que, como é óbvio, aceito. Por isso, por uma questão de eficácia preferia que mas enviasse para a caixa de correio do blogue que especifico abaixo, abreviadamente.
      Cumprimentos

      portodeantanho(arroba, gêmailpontocom)

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  6. Colégio Lusitano - Fui professora no ano lectivo de 1967-68, era então directora, e suponho que proprietária, a Dra Fernanda Pimenta Machado Não tenho ideia que tivesse na altura a dimensão representada na planta, mas abrangendo a parte na esquina das duas ruas- Outra particularidade era o ensino da vertente comercial.

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  7. Muito interessante, adorei ver referência ao Colégio Moderno Para Meninas na Rua Barão Forrester, Porto, onde frequentei desde a 1.classe até ao antigo 7.Ano, como semi-interna e dp interna. A Directora era minha Avó paterna, Rosário Dinis, que faleceu antes de eu ter nascido, tendo então a direcção ficado a cargo da minha tia-avó Joana Dinis, a quem chamava avó. O recreio era um belo lugar cheio de limoeiros e japoneiras, mtos bancos de madeira e um belo parque infantil. Havia ainda um bonito lago de pedra com peixes vermelhos, plantas e repuxo, e uns canteiros maravilhosos com amores-perfeitos. As refeições eram feitas em mesas de 7 meninas e uma vigilante. Antes e dp da refeição fazíamos uma breve oração viradas para um quadro com a imagem do coração de Jesus. Ao fim da tarde rezava-se o terço. A adolescência foi uma fase difícil de passar interna no colégio. De um modo geral o ensino era mto bom,e íamos fazer os exames no Liceu feminino Carolina Michaelis, que ficava ao virar da esquina. Obd ao autor deste blog por me ter proporcionado estes momentos bons de recordação 🙂

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    1. Vou tomar a liberdade, já que não tenho outro meio para a contactar, de fazer o lançamento das informações que me transmitiu. Foi um gosto imenso saber que desfrutou dos momentos de recordação que lhe proporcionei. Muita saúde e espero que continue a visitar este blogue com o mesmo agrado.

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    2. Antes de mais, forneço a minha identificação pq verifiquei não estar em lado nenhum. Sou Leonor Diniz, e está à vontade para qq dado que forneci, ao seu blog. Poderei fornecer mtos mais, se achar interessante e assim o entender 🙂

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  8. Antes de mais, forneço a minha identificação pq verifiquei não estar em lado nenhum. Sou Leonor Diniz, e está à vontade para qq dado que forneci, ao seu blog. Poderei fornecer mtos mais, se achar interessante e assim o entender ��

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    1. Agradeço a sua disponibilidade para me fornecer mais dados sobre o assunto em causa, que me podem ser enviados, para a caixa de correio do blogue, que indico de forma esquemática a seguir:
      portodeantanho(arroba)gêmailpontocom

      Cumprimentos

      Américo Conceição

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