Na zona do Carmo, o conhecido Botequim do Martinho
manteve-se aberto entre fins do século XIX até 1915.
“No ângulo da Praça
Parada Leitão, onde está presentemente (em 1964) a mercearia e confeitaria Flor
do Carmo. Foi fundador deste botequim, Martinho José Matias, empregou-se no
botequim da Porta do Olival… O botequim do Martinho, cujo proprietário era detentor
de umas venerandas e bem penteadas barbas, mantinha no seu estabelecimento,
pequeno mas acolhedor, uma frequência muito escolhida, de entre a qual,
cumpre-nos evidenciar as figuras do grande lírico Guerra Junqueiro e do
Professor Doutor Alexandre Alberto de Sousa Pinto (1880/1982), que foi ilustre
Ministro da Instrução Pública e Reitor da Universidade do Porto. Em 1915 foi o
Botequim do Martinho substituído pela Casa da Índia que mais tarde, cedeu o
lugar à actual Flor do Carmo.”
In O Tripeiro – Série VI – Ano IV.
A Norte da Estação
de S. Bento ostentando, numa das paredes, o seu desenho original, O Café Brasil existe desde 1859
até hoje. Ao tempo, tinha duas mesas exclusivas para jogar dominó.
Café Brasil
Pela então chamada
Praça D. Pedro, o célebre Café Guichard
existiu até 1857, quase na esquina do antigo edifício do convento dos Padres da
Congregação de S. Filipe de Nery, onde esteve o Banco Nacional Ultramarino, e
que hoje pertence à Caixa Geral de Depósitos.
Café Guichard na 3ª,
4ª e 5ª porta, a contar da esquina
Após ter encerrado a
5 de Fevereiro de 1857, apareceram nos anos seguintes mais três cafés no mesmo
quarteirão, o Portuense, o Central e o Camanho.
Sobre o Guichard, onde Camilo parava, bem como Sousa Viterbo, Arnaldo
Gama, Faustino Xavier de Novais, Alexandre Braga, Soares de Passos e outros
intelectuais, escreve Firmino Pereira:
” (…) às noites,
no Guichard, esses moços da Távola Redonda, escorropichavam copinhos de
hortelã-pimenta, declamando Lamartine, Soares de Passos e João de Lemos. Era o
botequim dos Alfredos e dos Manricos, de melena revolta e alma ardente de
labaredas românticas. Aí se reuniam habitualmente os literatos, os poetas e os
românticos que vinham das agitações do cerco e da Patuleia e que, entre um
cálice de licor e uma fumaça de charuto, decidiam dos destinos e da arte da
política. No Guichard os poetas suspiravam, mas também batiam... e levavam.
Nestes tempos de balada e murro, o botequim era o centro de toda a vida
portuense. À volta de uma mesa compunham-se odes, combinavam-se raptos e
planeavam-se conjuras.
(…) De resto no
Guichard (onde o italiano Trucco iniciara o tripeiro nas delícias do sorvete)
muitas vezes sucediam-se casos trágicos de murros vingadores”.
Paredes meias com o
local onde esteve o Guichard, mas posterior a ele, a meia dúzia de metros a Norte,
esteve entre 1870 e 1917, O Camanho, propriedade
de um cidadão de origem espanhola de nome José Camanho.
Manuel José Camanho chegou ao Porto nos meados do século XIX
e aqui montou um pequeno bar, "de uma porta só", nas imediações do
célebre Café Baviera, mais ou menos onde, posteriormente, abriria o
Camanho, que substituiria nos baixos do prédio que ficava mesmo encostado
à fachada da igreja dos Congregados, uma cervejaria que havia sido fundada por
Frederico Clavel. Deste, o estabelecimento passou para um seu empregado, o
espanhol Manuel José Camanho, que o ampliou e o transformou em café, a que deu
o seu nome.
Frederico Clavel estava bem estabelecido no ramo cervejeiro,
possuindo uma fábrica de cerveja nas Escadas do Codeçal, que em 1865, transferiu para a Rua de Camões, n.º 91.
Por descrições feitas por quem conheceu bem “O Camanho”, a
sua sala não era muito ampla mas era arejada e bastante iluminada (uma
característica pouco comum aos cafés daquele tempo que, por regra, ocupavam salas
pequenas e pouco ventiladas), e que rapidamente se transformou no
centro de cavaqueira e de reunião preferido dos literatos, professores, políticos
e negociantes do Porto desse tempo.
O estabelecimento começou por servir quase que
exclusivamente bebidas, principalmente
as bebidas tradicionais daqueles tempos:
“ (…) o porto, e
havia-o da colheita de 1815; a genebra Fockink, nas suas tradicionais
botijas de grés; o então muito apreciado gim; várias marcas
de uísques escoceses; e, claro, o alucinante absinto”.
Mas não tardou que começasse a ter um esmerado serviço de
restaurante sendo especialmente apreciados os pratos de peixe, as costeletas e
onde se almoçava, jantava ou ceava, lampreia à bordalesa e bifes de caçarola,
por pouco mais de cinco tostões.
Lá, se reuniam Guerra Junqueiro com a sua inseparável
bengala, Rodrigo Salgado Zenha, Camilo, o pintor Francisco José de Rezende e
tantos outros famosos artistas, políticos, literatos e cientistas do tempo.
Guerra Junqueiro ia frequentemente e era conhecido por sair
às 11 horas em ponto, quando ouvia as badaladas da torre da Lapa.
O café Camanho haveria de receber, em Novembro de 1908, o
rei D. Manuel II, durante uma sua visita ao Porto. O convite, para o efeito,
partiria do Dr. Júlio da Fonseca Araújo (presidente da Associação Comercial do
Porto entre 1906 e 1911).
Guido Severo ( Francisco Guimarães), cronista da
época, escreveu, que por lá passaram:
" (…) as melhores
rodas do Porto" e especificou: "jornalistas e poetas; mundanos e
"noceurs"; comerciantes, industriais, professores,
banqueiros, enfim, tudo o que tinha um nome na política, na
ciência, na literatura, na arte, na esfera dos negócios e no
âmbito das ideias, ou mesmo qualquer pessoa que começasse a
afirmar-se em radiosas esperanças, dentro do minúsculo mas
curioso caleidoscópio da vida portuense daquele tempo, não desdenhava
de abancar, de forma transitória ou diariamente, ao redor das
mesas de mármore branco do Camanho".
O sítio da sala mais ruidoso, onde
as conversas decorriam num tom mais acalorado era aquele em que
se juntavam os jornalistas. Quase todos, os daquele tempo, por lá
passavam. Citamos apenas os mais conhecidos: João Grave que
dirigia o "Diário da Tarde"; Pai Ramos, de "O Primeiro
de Janeiro"; Marcos Guedes, correspondente no Porto de
"O Século"; Guedes de Oliveira; e o caricaturista Manuel Monterroso.
Sobre os meados do século XIX Luís Ramos escreve:
“Era esta a cidade dos
janotas que, na Praça de D. Pedro, esperavam as meninas, eventuais herdeiras de
dotes de 80 contos em apólices, que saíam da missa dos Congregados.
Desfeiteados, podiam ir namorar as pensionistas temporárias do Convento de
Ave-Maria, punindo-se por pecados sociais, atendidas pelas criadas, rodeadas de
baús de roupa, de joias, licores e pastéis de ovos. Enquanto os chefes de
família jogavam dominó nos cafés, bebendo copinhos de cana e comendo figos
secos – ou tomando chá à inglesa –, a família, se dispunha de 2 mil réis ou
mesmo 4 mil, podia ir até à Praça, ou à Rua do Almada, tirar o retrato
daguerreotipado, em tom de ouro e azul, ao gosto inglês.”
Em 1917, a Avenida dos Aliados já andava a ser
aberta a bom ritmo.
Nesse ano, o Banco Nacional Ultramarino comprou, na Praça da
Liberdade, o edifício onde funcionava a casa bancária Pinto
Fonseca & Irmão. Ficava mesmo pegado àquele em que funcionava o Camanho,
que também foi adquirido. E assim acabou um dos míticos locais de reunião da
intelectualidade portuense, na transição do século XIX para o século
XX.
Depois da compra daqueles edifícios pelo Banco Nacional
Ultramarino, o filho do fundador do Camanho, Carlos, mudou, só com a secção de
restaurante, para a Rua de Sá da Bandeira nº 39, onde ainda se conservava em
1936, quando, nesse mesmo local, abre o Café Cabo Verde.
Por cima do balcão na foto abaixo, vê-se uma escada de
acesso às prateleiras cheias do Camanho, das mais variadas bebidas.
Café Camanho
Na foto acima está o velho Manuel José Camanho ladeado pelo
moço da copa e pelos criados Pedro e Tomás.
Para se fazer uma ideia de como no Porto daquele tempo se
apreciava a boa mesa, para além do Camanho, ficaram célebres muitos outros
restaurantes: Porto Clube, com
serviço de gabinetes; Café Suisso,
com serviço de restaurante no primeiro andar, com salas e gabinetes; Café Central que daria lugar, anos mais
tarde, em 1933, ao Café Imperial (hoje
McDonald´s), tendo sido fundado no local onde depois se levantou o Café
Embaixador dos nossos dias.
No 2º prédio a contar da esquerda é o Camanho, na Praça D.
Pedro
Publicidade ao Camanho, já na Rua Sá da Bandeira em 1923
Cafés importantes
instalados a partir da 2ª metade do século XIX foram entretanto desaparecendo
da actual Praça da Liberdade, de que são exemplo O Lusitano, mais tarde passou a O Portuense e depois a
O Suisso, O Camanho, O Ventura, O Central que cederia mais tarde o espaço ao Imperial e situado na Rua do
Bonjardim O Lisbonense.
Em 1860, o café da
moda era O Portuense que
ocupava o mesmo espaço inicialmente ocupado pela Hospedaria Resende e, desde 1853, pelo Café Lusitano.
O Café Lusitano abriu as suas portas
ao público em 17 de Abril de 1853 e funcionou, algum tempo, na esquina da Praça
D. Pedro e a Rua de Sá da Bandeira, hoje Sampaio Bruno, sendo que, o seu
proprietário foi obrigado a fazer profundas obras de remodelação, para
adequar o espaço à actividade, de café, pretendida. Em 1854, é concedido alvará de
licença a António José Ribeiro, para que o seu café tivesse jogo de bilhar.
“Na esquina da Praça de D. Pedro e Sá da
Bandeira (actualmente Sampaio Bruno), O Lusitano abriu em 17/4/1853, ocupando 2
portas para a praça e 5 para Sá da Bandeira. Um tal Ribeiro, que tinha tido um
botequim em cima do muro, fez obras muito avultosas, gastando mais de dois
contos de reis, para transformar uma alquilaria e um forno de pão num dos mais
requintados botequins do Porto. Segundo José Fernandes Ribeiro pois "precisava de muitos preparos a fim de
servir para o que agora serve: soalhos, estuque, pinturas, guarnições,
douraduras, escadas, cozinha interior, etc. etc."
Fonte: portoarc.blogspot
“O então proprietário do café não conseguiu
aguentar, as despesas da remodelação, tendo sido obrigado, em 15 de janeiro de
1860 a ceder o estabelecimento ao velho Chaves, que passou a ser o seu
proprietário, tendo-lhe alterado o nome para Café Portuense”.
Horácio Marçal- Os
Antigos Botequins do Porto
Então, vindo da Rua de Santo António, o empresário João José Lopes Chaves, dono do Café Portuense, com portas abertas desde 1851, vai na Praça D. Pedro, ocupar o lugar do Café Lusitano.
"Ontem abriu-se o novo Café Portuense da Rua Nova de Santo António. Todos admiraram o luxo deste belo estabelecimento. A concorrência foi extraordinária."
In jornal "Periódico dos Pobres" de 13 de Janeiro de 1851
"João José Lopes Chaves previne o respeitável público desta cidade que a abertura do seu estabelecimento, que se mudou da rua de Santo António para a Praça D. Prdro, nºs 105 e 106 e rua de Sá da Bandeira, nº 8 a 12, terá lugar no dia 16 do corrente.
O proprietário, tendo feito uma viagem a Paris, aonde se forneceu de tudo quanto era mister, parece-lhe que o Café Portuense está o primeiro café de Portugal e poderá competir com os primeiros de França."
In jornal "O Boletim" de 17 de Janeiro de 1860
«Na segunda feira é a abertura do "Café Portuense", situado na Praça de D.Pedro. Não é um estabelecimento asseado e decente, é rico em todo o sentido, sendo o primeiro Café que há em Portugal.
O sr. Chaves não calculou despesas para apresentar um Café que pode competir em riqueza e gosto com os primeiros Cafés do País.»
In jornal "O Boletim" de 14 de Janeiro de 1860 (Sábado)
Muito luxuoso, dos
mais notáveis da época, com muitos espelhos e candelabros, o café Portuense, “Possuía
uma sala especial para as senhoras tomarem os sorvetes que ali eram servidos
com apurado requinte. Para se avaliar do luxo desta casa de bebidas basta
saber-se que as cadeiras – coisa inobservável no tempo presente se mostravam
estofadas a veludo cor de carmesim. Este concorrido botequim, que durante o dia
mantinha as mesas sempre ocupadas com os jogos do dominó, do Bóston e do
voltarete e á noite era muito frequentado por comerciantes.”
Em 1868, o Café Portuense era vendido e fechava portas.
Anos mais tarde, na década de 1870, abriu o Café Suisso, de
Pozzi Cª, que sucedeu ao Café Portuense. Em 1873, já estava de portas abertas de acordo com anúncio seguinte.
In "Jornal do Porto" de 29 de Maio de 1873
Tinha pastelaria no
rés–do-chão e restaurante e bilhares no 1º Andar.
Foi primeiro café
concerto do Porto, proporcionando à sua clientela boa música executada por um
terceto de piano, violoncelo e contrabaixo, muito apreciado no Porto.
Em 1887, junto ao Café Suisso abriria o Café-Restaurante Áurea, como se pode ler no anúncio seguinte:
Em 1887, junto ao Café Suisso abriria o Café-Restaurante Áurea, como se pode ler no anúncio seguinte:
“Café
Áurea-Restaurante: abre hoje o Café Áurea, sito na praça de D.
Pedro, junto ao Café Suíço. É uma nova instalação elegante, propriedade do Sr.
Nogueira.
Pintura e decoração do Sr. Marques”
In jornal “O
Primeiro de Janeiro”, de 1 Fevereiro de 1887; Cortesia de Guido de Monterey (“O
Porto 2”)
Entretanto, um outro Café Portuense abriria na esquina
da Rua do Bonjardim com a Rua Sá da Bandeira no edifício onde esteve no seu
cunhal, uma fonte.
Publicidade ao Café
Portuense (na esquina da Rua de Sá da Bandeira e Rua do Bonjardim)
Praça D. Pedro junto
à Câmara
Em frente, à direita, o Café Suisso em 1900
Na foto acima, à
direita, vemos o Café Suisso
na esquina do que é agora a Rua Sampaio Bruno e a Praça da Liberdade, e com os
antigos Paços do Concelho, ainda de pé, à esquerda.
O Café Suisso teve
grande notoriedade no espaço urbano da cidade portuense.
Nos finais do século
XIX, foi considerado o melhor da cidade, atendendo ao luxo da sua decoração
interior, recheada de espelhos e candelabros, após uma grande remodelação que
sofreu, passando, inclusivamente, a ser frequentado por grandes personalidades
da literatura e da política da cidade.
Inauguração das
instalações remodeladas do Café Suisso - In jornal “A Voz Pública” de 1
Fevereiro de 1902
Em 6 de Fevereiro de
1902, o Jornal “O Primeiro de Janeiro” anunciava que nessa noite se iria
realizar um primeiro concerto no café Suisso.
Aquando da
remodelação da Praça da Liberdade, após a mudança dos Paços do Concelho ocupou,
no mesmo local, um outro edifício completamente novo.
O café Suiço vindo
do século XIX, como Suisso, atravessou mais de metade do século XX, tendo
encerrado as suas portas em 1958.
Foi ainda uma
referência para os portuenses que gostavam de bilhar, pois viram no seu salão
mostrar as suas capacidades, aquele que viria a ser um vice-campeão mundial de
Bilhar às 3 Tabelas, o portuense Egídio Vieira que, por vezes, também actuava
no vizinho café Imperial.
Interior
do Café Suisso em meados do século XX
Café Suisso, em 1932. em novo edifício
O
Café Lisbonense no 3º
quartel do séc. XIX ficava na Rua do Bonjardim, onde mais tarde foi a sede do
Banco Borges.
Este café
apresentava uma orquestra de Inverno (quarteto dirigido pelo violoncelista
Júlio Caggiardi).
O
Café Ventura foi
inaugurado em frente ao Café Suisso, em
1891, na Rua Sampaio Bruno, que se chamou outrora, Rua de Sá da
Bandeira, no local em que esteve o Café Embaixador.
Proporcionava
concertos musicais com assiduidade.
O Grande Café
Central, preferido dos
estudantes, situou-se onde está o actual Imperial vindo, em 1897, do local onde
esteve o Café Embaixador, dos nossos dias.
O denominado “Grande Café Central” tinha ocupado este espaço
desde 15 de Novembro de 1885, onde, anteriormente, estava a chamada “Antiga
casa do Florindo”.
“Inaugura-se amanhã o
Grande Café Central, estabelecido na esquina das ruas de D. Pedro e Sá da Bandeira,
defronte do café Suisso.”
In jornal “Primeiro de Janeiro”, de 14 de Novembro de 1885 –
Sábado
“Ruas de D. Pedro e Sá
da Bandeira. Antiga casa do Florindo. Abertura amanhã, Domingo, 15 de Novembro.
A vastidão do
estabelecimento, a sua excelente situação e a forma por que se acha decorado,
fazem supor que merecerá na concorrência do público. Bilhares magníficos.”
In jornal “O Primeiro de Janeiro”, 14 de Novembro de 1885 –
Sábado
Onze anos depois, sobre o Grande Café Central dizia o jornal
“O Primeiro de Janeiro” em 8 de Outubro de 1896:
“Nesta excelente casa
há todas as noites concertos.”
E em 16 de Dezembro de 1897, dizia o mesmo jornal, sobre o
Grande Café Central:
“Mudou para a praça D.
Pedro, 127, visto ter passado as anteriores instalações para o Credit Franco
Portugais.
Reabrirá na Praça D.
Pedro a 1 de Janeiro de 1898.”Após as obras de fundo a que foi sujeito, em 30 de Dezembro
de 1900, seria feita a reabertura do Grande Café Central em instalações
totalmente remodeladas.
Com firma de “Basílio de Sá Carneiro & Sobrinho”, a fachada do Grande Café Central destacava-se pelo cristal e ferro bronzeado, tinha ao serviço 10 mesas de bilhar e a decoração, ao estilo Luís XV, da autoria de José da Silva Carvalho.
Neste capítulo, sobressaíam os espelhos da Saint Gobain, tendo uma grande diversidade dos equipamentos sido fornecidos pela “Aurifícia”. Como dizia o jornal “A Voz Pública” em 30 de Dezembro de 1900, o “Water Closet” (Sanitários ou Lavabos) era completamente inodoro e a iluminação em bico de gás, o denominado “Bico Moderno”, apresentava candeeiros da Casa Navarro.
Por outro lado, a gerência foi entregue ao sócio, o jovem Augusto da Costa Carneiro.
Com firma de “Basílio de Sá Carneiro & Sobrinho”, a fachada do Grande Café Central destacava-se pelo cristal e ferro bronzeado, tinha ao serviço 10 mesas de bilhar e a decoração, ao estilo Luís XV, da autoria de José da Silva Carvalho.
Neste capítulo, sobressaíam os espelhos da Saint Gobain, tendo uma grande diversidade dos equipamentos sido fornecidos pela “Aurifícia”. Como dizia o jornal “A Voz Pública” em 30 de Dezembro de 1900, o “Water Closet” (Sanitários ou Lavabos) era completamente inodoro e a iluminação em bico de gás, o denominado “Bico Moderno”, apresentava candeeiros da Casa Navarro.
Por outro lado, a gerência foi entregue ao sócio, o jovem Augusto da Costa Carneiro.
Publicidade ao “Grande Café Central”, in Jornal “A Voz
Pública”, em 30 de Dezembro de 1900
Café
Imperial, antigo Café Central
Café Imperial - Cortesia Manuel Ermengol
Interior do Café Imperial - Cortesia Carlos Romão
O Café Central
(1897/ 1933) depois Café Imperial, à direita da foto
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