domingo, 19 de fevereiro de 2017

(Continuação 32) - Actualização em 07/10/2019 e 10/04/2020

Liceu Rodrigues de Freitas


Esta escola vai buscar as suas origens ao decreto de 17 de Novembro de 1836, de Passos Manuel, que criou o Liceu Nacional do Porto, que entrou em funcionamento quatro anos depois.
Até 1861, desde a sua instalação em 1840, o Liceu Nacional do Porto funcionou no edifício da Academia Politécnica, na qual Rodrigues de Freitas foi professor. Nessa ocasião, nessa academia, já estavam a Academia das Belas-Artes e a Escola Médico-Cirúrgica.
Decidindo-se a mudança face às deficientes condições das instalações em 1847, só, 14 anos depois, foi possível fazê-lo, primeiro, para a Rua de Santa Catarina e, depois, entre outros locais, para a Rua S. Bento da Vitória, em 1887, onde toma a denominação de Liceu Central do Porto.
Em 1895, vem à luz do dia a Reforma Jaime Moniz e fruto dela e de outras mais, o ensino liceal é distribuído, em 1906, por duas zonas geográficas, dando origem ao que viria a ser o Liceu Rodrigues de Freitas e tinha à data a designação de Liceu Nacional Central da 2.ª Zona (ocidental) Escolar do Porto e, por decreto de 9 de Setembro de 1908 passaria a Liceu D. Manuel II. A outra instituição que passaria a ter existência a partir daí seria o Liceu Nacional Central da 1.ª Zona (oriental) Escolar do Porto, depois, Liceu Alexandre Herculano. 
Este partiria para a zona oriental da cidade e o Liceu D. Manuel, à data, que passaria após a implantação da República a ser o Liceu Rodrigues de Freitas, continuaria pela Rua S. Bento da Vitória, no Palacete da Baronesa da Regaleira, que ocupava desde 1887.
Logo, no ano de 1912, o governador civil do Porto, chegou a visitar o Palácio das Carrancas, indagando da possibilidade de o Liceu Rodrigues de Freitas, nele passar a funcionar, o que nunca veio a acontecer.



“Imediatamente após a implantação da República em Portugal, a 23 de Outubro de 1910, o governo provisório decretou a designação de Liceu Rodrigues de Freitas, em homenagem a José Joaquim Rodrigues de Freitas, político, jornalista e professor de Comércio e Economia Política na Academia Politécnica do Porto e eleito, em plena monarquia (1870), o primeiro deputado republicano português.
Desde 1906, em que o Liceu Central da 2ª Zona (ocidental), que daria origem ao actual Liceu Rodrigues de Freitas apareceu, até ocupar as instalações actuais junto à igreja de Cedofeita, andou por vários prédios alugados.
O actual edifício, situado na Praça de Pedro Nunes, data de 1932-1933 e é da autoria do arquitecto José Marques da Silva, tendo sido em 1958,  alvo de intervenção segundo projeto do Arquitecto Manuel Lima Fernandes de Sá.
Para além das suas grandes dimensões, o edifício é dotado de diversas infra-estruturas, pouco habituais nas construções escolares da época, nomeadamente um museu da ciência, um observatório meteorológico, diversos laboratórios de química, física e biologia, quatro ginásios (um deles exterior), uma biblioteca, um teatro, três salas de desenho, cantina e bar, para além de numerosas salas de aula e outros equipamentos.
Em 1945, o estabelecimento de ensino regressou à designação de Liceu D. Manuel II e, após o 25 de Abril de 1974 assumiu, definitivamente, o nome de Escola Secundária Rodrigues de Freitas”.
Fonte: pt.wikipedia.org/


Em anexo a esta escola funciona há alguns anos, o Conservatório de Música do Porto.

Liceu Rodrigues de Freitas-Fonte: pt.wikipedia.org




Liceu Carolina Michaëlis e Liceu Rainha Santa Isabel



Liceu Carolina Michaëlis


Em 1914/15 entra em funções o Liceu Nacional Feminino do Porto como uma Secção Feminina dos Liceus do Porto, que teve como primeira instalação o nº 441, da Rua de Cedofeita, no edifício conhecido como a residência antiga da família Sandeman e, também, como Palacete do visconde de Barreiros, tendo sido, depois, esquadra da Polícia de Segurança Pública.
O Liceu Rodrigues de Freitas manifestou um grande interesse no desenvolvimento desta secção feminina, ao contrário do Alexandre Herculano, talvez, pela localização dela, estar um pouco distante da sua área de influência.
O Liceu Feminino do Porto teve como patronos sucessivamente Castilho (1919), Sampaio Bruno (1919-1926) e a partir de 1926, Carolina Michaëlis.
Mantendo-se o liceu nas instalações primitivas da Secção Feminina dos Liceus do Porto, em Cedofeita, até 1921, mudaria, neste ano, para o Largo do Coronel Pacheco para um palacete mais amplo, que fora o local de residência da família Braga.



A família Ribeiro Braga acabaria por fixar residência na Rua de Cedofeita, nºs 376-378, na casa onde esteve localizada a Fonte de Cedofeita – Fonte: Planta de Telles Ferreira de 1892




No século XVII, era senhorio directo da Quinta dos Carvalhos do Monte, onde se situavam estes terrenos, o Cabido da Colegiada de Cedofeita e pertencia a Maria Gonçalves, mulher de Lourenço Alvares, que foram os ascendentes directos de António e José Ribeiro Braga que a habitavam desde 1827 e que, acabariam até hoje por deixar o seu nome ligado ao local, no topónimo de Rua dos Bragas.



Antigas instalações do Liceu Carolina Michaëlis no Largo Coronel Pacheco, com entrada à direita – Fonte: Google maps





Na foto acima, ao meio, vemos a Rua do Mirante e, à esquerda, o local onde em 1859, estava instalado o Colégio de Madame Podestá e que, depois, veio a ser a morada do Colégio de Santa Maria, até 1910 e, até 1975, do Colégio Almeida Garrett, tendo o edifício, ao longo dos anos, sido alvo de contínuas obras de ampliação. 
O Liceu Carolina Michaëlis ocuparia o edifício da direita da foto acima (antes ocupado, na transição de séculos, pelo Colégio de Miss Hennessey ou das Inglesinhas), que também foi pretendido, sem sucesso, pela Faculdade de Medicina para nele montar uma maternidade anexa à faculdade, e pelo Liceu Rodrigues de Freitas, que para aqui queria deslocar-se e abandonar as instalações da Rua da Vitória. 
Mais tarde, e após o abandono das instalações pelo Liceu Carolina Michaëlis, elas seriam ocupadas pelo Departamento de Minas da Faculdade de Engenharia.
A Rua do Mirante e a Praça do Mirante (Praça Coronel Pacheco) devem o topónimo, de facto, à existência de um miradouro, aí existente.
Já em 1758 o abade de Cedofeita enviava ao autor do "Diccionário Geográfico" a seguinte informação:

"Há também (na dita freguesia) o Mirante dos Ingleses, donde estes e o povo da cidade do Porto vão ver o mar e a mesma entrada e saída de navios; acha-se ao presente sem telha, existe a pedraria".

Em 1951, o Liceu Carolina Michäelis acabará por ocupar as instalações de um edifício construído de raiz, na Quinta do Meio, à Ramada Alta, local onde ainda permanece, cujo projecto é do arquitecto José Sobral Branco.



Liceu Carolina Michaëlis, em 1951 – Fonte: AHMP



“Foi o primeiro liceu de raparigas do Porto e, durante décadas e décadas, teve como imagem de marca o elevado nível de exigência. Muitos viam ali uma escola de elite e, até aos anos 80, ainda era comum chamarem-lhe, não sem alguma ironia, a "Universidade da Carvalhosa". Atual sede de agrupamento, a escola Carolina Michaëlis está a celebrar cem anos. E deve o seu nome a uma mulher que provavelmente nem passou por lá.
O que se sabe é que a escritora e crítica literária nascida em Berlim vivia no Porto e era casada com Joaquim de Vasconcelos, professor no Liceu Nacional Central da 2.ª Zona Escolar do Porto (mais tarde Rodrigues de Freitas). Foi em 1926, no período da Ditadura Militar e pouco depois de Carolina ter falecido, que a escola assumiu o seu nome, abandonando a republicana designação Sampaio Bruno.
«Não se sabe o motivo da escolha do nome, nem se sabe que ligação ela tinha à escola. Pensa-se que terá lecionado cá em 1915», refere-nos Ângela Marques, coordenadora da equipa que está a desenvolver o programa comemorativo do centenário. Ora, esse foi precisamente o ano em que a escola foi criada - com a designação de Liceu Nacional Feminino do Porto - e na sua génese esteve a Secção Feminina do Liceu.
A lei que previa os institutos de ensino secundário para o sexo feminino era de 1888, e Lisboa viu surgir o Liceu Maria Pia em 1906. O Porto ainda teria de esperar mais nove anos, não obstante a pressão exercida pela Câmara e o empenho dos republicanos que viam na criação da escola para raparigas uma forma de prestigiá-las e de enaltecer o seu papel na sociedade. «Mas, mesmo entre os republicanos, havia quem questionasse essa ideia do prestígio. A questão não era pacífica», sublinha Ângela Marques.
Curiosamente, essa resistência viria a manifestar-se anos mais tarde no sentido inverso. «A nível nacional, foi o liceu que mais tardiamente recebeu rapazes», recorda aquela responsável. Só cinco anos após o 25 de Abril é que o Carolina passou a ser uma escola mista (o Rainha Santa Isabel foi bem mais cedo). E, no primeiro ano, apenas se matricularam dez rapazes. «Era um liceu muito mais tradicional e muito mais fechado, com uma cultura muito própria», acrescenta.
«Entre 1915 e 1926, não houve tempo para a escola se afirmar como vanguardista», sublinha, lembrando que, durante o Estado Novo (instituído em 1933), o Carolina Michaëlis baixou consideravelmente o número de alunas: «Não interessava que houvesse muitas raparigas a estudar. Era só uma elite». Nada que se comparasse aos áureos anos 80, em que a escola chegou a ter mais de três mil inscritos. Hoje, tem cerca de 900.
Já depois de ser um estabelecimento misto, o Carolina «manteve a mesma imagem de grande exigência» que teve desde a primeira hora. Em paralelo, granjeou invejas. Ângela Marques lembra que expressões como «meninas bem», «privilegiadas» e «Universidade da Carvalhosa» foram epítetos que acompanharam, do lado de fora, a vida da escola. Até que, em 2004, foi dada «a primeira machadada no peso da instituição», quando se aventou a hipótese de encerramento. Tal acabou por não acontecer, mas a polémica afastou muitos alunos. Depois, o Carolina passou a fazer parte de um agrupamento de escolas. «Os agrupamentos acabaram com as imagens de marca das instituições. A identidade diluiu-se», remata aquela responsável”.
Fonte : Isabel Peixoto, In Jornal de Notícias



Ao longo dos anos, entre muitos outros professores de sucesso do Liceu Carolina Michaëlis, destaca-se a professora de matemática Marília Monteiro.


“Data da década de sessenta do século XX a criação de três instrumentos de cálculo inéditos, o Quadrante de Cálculo, o Calculador Analógico e o Radiciador Parabólico pela professora de Matemática dos liceus, Marília Monteiro. O primeiro foi construído no Laboratório Nacional de Engenharia Civil e exposto em salões de inventores, de Bruxelas em 1963 (ainda em esquema) e de Lisboa em 1964, onde obteve primeiros prémios.
Em missão oficial do Ministério da Educação Nacional, Marília Monteiro apresentou este instrumento em alguns liceus, institutos industriais e escolas técnicas das três cidades universitárias do País. O Calculador Analógico resultou de uma amplificação de uma das facetas do Quadrante de Cálculo, com vista a melhorar o grau de aproximação das leituras a efetuar e a valorizar a sua eficiência. Este foi galardoado com uma medalha de ouro no XIV Salão Internacional de Inventores, realizado em Bruxelas de 5 a 14 de Março de 1965. O Radiciador Parabólico foi apresentado no salão de inventores do ano seguinte (onde foi exposto, de 11 a 20 de Março de 1966), sendo concedido um diploma de medalha de ouro.”
Cortesia de Anabela Teixeira



Com a evolução tecnológica, na década de 1970, apareceram as calculadoras eletrónicas, instrumentos mais cómodos e precisos, com preços acessíveis, e rapidamente os instrumentos de cálculo, até aí concebidos e usados, ficaram ultrapassados.



Cortesia de Anabela Teixeira





Liceu Rainha Santa Isabel


“O Liceu Carolina Michaëlis, incapaz de responder à crescente procura, foi autorizado, em 4 de Outubro de 1933, a funcionar com uma secção localizada na zona oriental da cidade, numas instalações situadas na Rua dos Heróis de Chaves, n° 710 (actual Rua D. João IV), passando no ano lectivo seguinte para a Rua de Santa Catarina, 726”.
Fonte: Teresa Maria Morais Moreira - Dissertação de Mestrado em História da Educação



Assim, das acanhadas instalações, arrendadas a particulares, sitas na Rua de Santa Catarina, nº 726, constituídas por rés-do-chão e três andares com, nas palavras da vice-reitora Eulália Balacó, no relatório do ano lectivo 1935/36, referente à Secção do Liceu Carolina Michaelis "todos os inconvenientes de uma casa que não foi construída para escola. Corredores estreitos, muitas escadas e num local muito movimentado" passa-se, em Fevereiro de 1938, para uma casa, também arrendada, sita no gaveto das ruas do Heroísmo e António Carneiro com a porta da entrada por esta última rua, com o nº 8, de rés-do-chão e três andares cujo " estado geral... é bom. É uma casa adaptada, mas as salas são amplas, bem iluminadas e soalheiras" (Relatório da Secção do Liceu Carolina Michaelis, ano lectivo 1937/38).
Este prédio tinha sido alvo de obras importantes em Julho de 1881 e, à data, situava-se na Rua de Barros Lima, nº 8 (só mais tarde se haveria de chamar, àquele troço, António Carneiro).
Foi, então, solicitada uma licença à Câmara do Porto, por Bartolomeu Pires Zenão que mencionava como proprietário do imóvel, Henrique Ribeiro de Faria (Porto, Sé, 18.11.1827 - Porto, Foz do Douro, 11.01.1888) e, cujo objectivo, era acrescentar um 3º piso ao prédio.
Henrique Ribeiro de Faria era descendente de Francisco José de Barros Lima.
Acontece que, em 1876, 1880, 1900 e 1911, existem pedidos de licenças à Câmara do Porto, mas em que o proprietário declarado é Arnaldo Ribeiro de Faria, que faleceria em 1911, viúvo e sem filhos, e, em cujo testamento, entre muitos outros, são contemplados  sua sobrinha a condessa de Campo-Belo, uma das filhas de seu irmão Henrique e ainda Laura Pereira Leitão que era usufrutuária da casa de seus avós, sita na Rua de Cedofeita e que tinha sido quartel-general de D. Pedro IV. 
A propriedade onde haveria de surgir o Liceu Rainha Santa Isabel acabaria, assim, nas mãos do conde de Campo-Belo, mais propriamente o 2º conde de Campo-Belo, Diogo Leite Pereira de Paiva Távora e Cernache, casado com Maria Jerónima Ribeiro de Faria, a tal herdeira.
A Secção do Liceu Carolina Michaelis, até 1946, funcionaria em instalações do prédio, atrás descrito, que tinha anexo um quintal, que se prolongava por uma mata e que em tempos idos tinha constituído a célebre Quinta de Barros Lima.
Em 12 de Outubro de 1946, a Secção do Liceu Carolina Michaelis,autonomizou-se, tornando-se no Liceu Rainha Santa Isabel, pelo Decreto-Lei 35 905.
Neste ano, seriam executadas obras de beneficiação, e o estabelecimento de ensino passa a anexar o edifício contíguo, com entrada pela Rua do Heroísmo, nº 218, que, até essa data, tinha albergado o Colégio Nun’Álvares (colégio de rapazes).
Portanto, a partir do ano lectivo 47/48, as aulas passaram a ser dadas no primitivo edifício, como também, no edifício contíguo do antigo Colégio Nun’Álvares e, ainda num outro, separado por um espaço, (que funcionava como recreio) que era chamado de cavalariça.
Em 29 de Agosto de 2003, o Liceu Rainha Santa fecharia as suas portas.



Liceu Rainha Santa Isabel na Rua António Carneiro – Fonte: Google maps


Na foto anterior está o edifício onde primitivamente se instalou o liceu Rainha Santa Isabel, na Rua António Carneiro. Em terrenos situados à esquerda da foto iria surgir, na década de sessenta do século XX, um outro edifício de ampliação das instalações existentes.



Inauguração do Liceu Feminino Rainha Santa Isabel – Fonte: AHMP




Na foto acima, várias personalidades aguardam a chegada do Chefe de Estado, Almirante Américo Tomás, que acompanhado pelos Ministros do Interior, Alfredo dos Santos Júnior e das Obras Públicas, Arantes e Oliveira, irá proceder no dia 18 de Junho de 1964, à inauguração das novas instalações do Liceu Feminino Rainha Santa Isabel. Américo Tomás era aguardado pelos representantes da cidade, o Presidente da Câmara Municipal, Nuno Pinheiro Torres e o Vice-Presidente da Câmara Municipal, Veiga de Faria; o Bispo do Porto, Dom Nuno Ferreira Gomes, para benção do edifício, e pela população, com destaque para as jovens da Mocidade Portuguesa.




Escola Artística de Soares dos Reis



Criada oficialmente no ano de 1884 por pressão dos industriais do Porto, a actual Escola Artística de Soares dos Reis, obteve, à altura, a designação de Escola de Desenho Industrial de Faria de Guimarães do Bonfim.
Iniciou a sua atividade em 1895 no Campo 24 de Agosto, num antigo edifício de habitação em situação de grande precariedade e, entre 1921 e 1927, ocupou as antigas instalações do Liceu Alexandre Herculano, na Rua de Santo Ildefonso. Em 1927 foi transferida para as antigas instalações de uma fábrica de chapéus na Rua da Firmeza nº 49, onde permaneceu por oito décadas.
Instalada a escola nesse edifício, depois de obras que o adaptassem às novas funções, as instalações seriam ampliadas, expropriando-se os terrenos contíguos – ao longo da Rua D. João IV –, o que permitiu ao edifício adquirir a actual configuração.

“No domínio educativo a escola foi acompanhando a sociedade do século passado nas suas oscilações político-sociais e, assim, as primeiras quatro décadas são dirigidas à formação da classe trabalhadora, ministrando-se cursos exclusivamente destinados a alunos do sexo masculino (Cursos de Desenho Elementar e Industrial: Pintor, Decorador, Tecelão, etc. e ainda Cursos Complementares de Cinzelagem, Marceneiro, Ourives, etc.) e outros criados especificamente para a população feminina (Lavores Femininos, Costureira de Roupa Branca, Bordadora-Rendeira, Modista de Chapéus e Modista de Vestidos), conferindo também por essa altura a habilitação à Escola de Belas Artes.
Com a edição do Estatuto do Ensino Técnico Profissional em 1948, adquirindo a designação de Escola de Artes Decorativas de Soares dos Reis, passa a ministrar uma nova série de cursos especializados de índole artística: Pintura Decorativa, Escultura Decorativa, Cerâmica Decorativa, Mobiliário Artístico, Cinzelador, Gravador, sendo pioneira no desenvolvimento da área de Artes Gráficas ao ministrar o curso de Desenhador Gravador Litógrafo.
Após o 25 de Abril de 1974 suprimiram-se os Cursos Gerais – que tinham sido apenas instituídos em 1972/73 –, sendo substituídos pelo Curso Unificado do 7.º, 8.º e 9.º anos. Em consequência da indiferenciação entre ensino liceal e técnico, a escola passa a designar-se Escola Secundária de Soares dos Reis.
Mas em Outubro de 1986, com a publicação da Lei de Bases do Sistema Educativo, inicia-se um processo que culminará na aprovação do Estatuto de Escola Especializada de Ensino Artístico e assim, enquanto estabelecimento especializado, permitirá transformações (a nível de programas, projecto pedagógico, equipamentos e organização de espaços), visando a alteração da frequência para Cursos Complementares de nível secundário”.
Fonte: pt.wikipedia.org/

Assim, 80 anos depois da ocupação do edifício da "Real e Imperial Chapelaria a Vapor", na Rua da Firmeza, dá-se a mudança para as instalações da extinta Escola Secundária de Oliveira Martins, localizada na Rua do Major David Magno, paralela a Fernão Magalhães.
Por outro lado, o imóvel, que de fábrica de chapéus passou a escola artística, conquistará nova vocação: albergará o Hotel e a Escola de Hotelaria do Porto.

Instalações da Escola Soares dos Reis na Rua Firmeza

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