Pontes sobre o rio Leça
Desde do reinado de
D. Afonso V, existia uma ponte a unir as margens do rio Leça, próximo da foz do
rio.
Aquando da
governação dos Filipes, a ponte foi totalmente remodelada, sendo substituída
por outra, em pedra e dotada de 19 arcos de assentamento.
Esta ponte estava
lançada entre as duas margens, sensivelmente onde estão hoje as ruas do Conde
Alto Mearim em Matosinhos e Óscar Silva em Leça da Palmeira.
O tabuleiro da ponte
descia ligeiramente de Leça para Matosinhos, em rampa mal perceptível e, perto
da margem sul, flectia um pouco para a direita, numa pequena curva.
“As dimensões da ponte eram [em metros]:
Comprimento total: 121,50
Comprimento, da curva até à margem sul
(Matosinhos): 26,20
Largura junto da margem norte(Leça): 4,00
Largura, a meio da ponte: 4,22
Largura, junto da margem sul: 4,20
Cumpre analisar, finalmente, as duas
meias-laranjas abertas no tabuleiro, sem dúvida os pormenores mais curiosos
deste monumento. Compõem-se de dois corpos ligeiramente ovais, de fundo
lageado, que apoiados, cada um, no seu talhamar cilíndrico, avançam fora do
piso da ponte, formando varandas para o lado de montante.
Tais construções destinavam-se a facilitar o
cruzamento de carros, descongestionando a via. Ainda se utilizavam como
miradouros ou caramanchões, para o que serviam os bancos de pedra que lhes correm
a toda a volta.
A primeira meia-laranja encontra-se mesmo na
curva que o tabuleiro faz, à distância de 26,20m da margem sul (Matosinhos) e
de 95,30m da margem norte (Leça da Palmeira). Adiante 25,30m fica a outra
meia-laranja, a 70m da margem norte e a 51,50m da margem sul. O uso destes
corpos salientes - feitos para dar passagem aos carros, cavalos, e peões que se
enfrentavam na ponte - divulgou-se a partir do século XVII”.
Com a devida vénia
ao blogue “aportanobre”
Cerca de 1 km a
montante desta ponte, existiu uma outra chamada “Ponte Tavares”.
Os veraneantes em
Leça da Palmeira em seus momentos de lazer costumavam, em barcos a remos, ir em
passeio até à Ponte Tavares após passarem por baixo do 5º arco da Ponte de
Pedra.
Junto da ponte
Tavares, o Leça formava dois braços de rio; o rio Doce, do lado de Leça da
Palmeira e o rio Salgado, do lado de Matosinhos. Estes dois braços do rio só
voltavam a unir-se a jusante da ponte de Pedra.
Os Brito e Cunha, da
Casa do Ribeirinho, eram senhores de grandes extensões de terrenos em
Matosinhos, nomeadamente nas cercanias da sua casa.
Entre os dois braços
do rio Leça, o doce e o salgado possuíam terrenos que antes tinham sido salinas
e se denominava “Campo das Marinhas”.
Este topónimo, “Campo
das Marinhas”, sobreviverá até meados do século XX quando esta ilha, entre
os dois braços (o “doce” e o “salgado”) do Leça, desapareceu com a construção
da Doca nº 2 do Porto de Leixões.
Algumas daquelas
salinas, em tempos, foram adaptadas para a criação de peixes.
Supõe-se que nas décadas de 30 e 40, do século XIX, se estabeleceu um litígio
entre João Eduardo de Brito e Cunha, nascido no Porto em 08-08-1807, e suas
tias solteiras, Joana Emília de Brito e Cunha e Amália de Brito e Cunha, irmãs
de seu pai (supliciado pelos miguelistas), a propósito da divisão daquela
propriedade e da sua forma de exploração.
Um dos documentos expressão
desse litígio, no seio da família Brito e Cunha, já em fins de 1830 e por
altura da morte de outra sua tia, também solteira, a 07/12/1830, D. Maria
Barbara de Brito e Cunha, referia que António Bernardo de Brito e Cunha (nasceu
a 20/10/1808 na Casa da R. das Taipas no Porto, casado a 23/04/1857, com D.
Guilhermina Júlia Pereira da Silva, com quem teve 4 filhos e uma filha, e
faleceu a 30/07/1884), irmão de João Eduardo de Brito e Cunha, havia destruído
uma ponte de pedra chamada Ponte de Brito e Cunha e que ligava as Azenhas, no
Campo das Marinhas, agora propriedade das tias, e que esta propriedade havia
passado de juncal para marinhas de sal.
A 18/04/1826, um
documento indica que Manoel Gomes, um homem de Aveiro especializado na produção
de sal, vai marnotar a marinha de
Matosinhos e alguns outros fazem referência àquela actividade nos anos
seguintes.
Por fim, terminada a
actividade da exploração salineira no estuário do Leça, por uma Portaria de
02/10/1866, a ilha dos Brito e Cunha sobreviveu ainda, durante quase um século,
sob a designação do seu tradicional e multissecular topónimo: Campo das Marinhas.
Acabaria o local,
depois, por servir para outros fins: foi o campo de tiro do Real Club Caçadores
de Matozinhos.
Foz do Rio Leça, em
1887
O óleo acima
representa uma “Paisagem de Matosinhos” da autoria de Francisco José Rezende
(1825-1893), exposto, habitualmente, no Museu da Quinta de Santiago, em
Matosinhos.
Como curiosidade,
diga-se que aquele pintor e escultor era o pai da pintora Clara de Resende.
Naquela paisagem, é
possível observar em primeiro plano, o Bairro Piscatório do rio Salgado, a
capela do Senhor da Areia ou do Senhor do Padrão (junto ao mar com a sua
arcaria característica), o Castelo do Queijo mais à frente (a meio), o Farol da
Senhora da Luz (mais elevado) e lá, bem longe, a foz do rio Douro.
A perspectiva da
foto anterior poderá corresponder à actual Rua Conde S. Salvador ou a um dos
outros arruamentos paralelos – Fonte: Google maps
“O Dr.
Alberto de Oliveira, tal como muitos outros do Porto, passava a temporada de
Verão em Matosinhos, onde seus pais tinham uma casa sobranceira ao braço
salgado do Rio Leça, do lado de Matosinhos, portanto. O braço salgado do rio
Leça ia até á ponte Tavares.
Era uma casa em forma de chalet, cujas
traseiras davam para o rio Leça.
Na imagem, vê-se a casa a que o texto se
refere, em tom mais escuro e cujas traseiras vão até ao rio”.
Fonte:
matosinhosantigo.blogspot
A “Ponte dos
Brito e Cunha” que se vê na foto acima, substituiu para a ligação da margem
esquerda do rio Leça à ilhota, uma outra em pedra chamada “Ponte do Brito”
que servia a família Brito e Cunha e que demolida durante um litígio familiar,
ficou reduzida a escombros. A ponte fazia o atravessamento do rio salgado, que
por correr a uma cota mais baixa, sofria a influência das marés.
Demolida a primitiva
ligação, ela chegou a ser feita durante anos, por um simples passadiço, em
pedra, que o povo chamava a pont´ávares. A “Ponte Tavares”.
“Oh Rio Doce! Túnel
d’água e de arvoredo
Por onde Anto
vogava em vagão dum bote…
E, ao Sol do
meio-dia, os banhos em pelote
Quando íamos nadar,
à Ponte do Tavares!”
A. Nobre
Do lado de Leça, entre
a Quinta da Conceição e a ilha, ficava outra ponte (sobre o braço doce do rio)
também pequena e toda em madeira.
A ponte medieval,
denominada Ponte de Pedra ou Ponte dos 19 arcos, dizem ter sido construída
na 2ª metade do século XV por decisão do rei D. Afonso V, que reinou entre
09/09/1438 (com 6 anos, sendo Regente a sua mãe até 09/06/1448) e 28/08/1481, e
demolida em 1958, para construção da doca nº 2 do Porto de Leixões.
Como nos indica a
narrativa que se segue, a ponte mandada construir por aquele monarca, seria em madeira
e não, em pedra.
Assim, teria sido no tempo dos Filipes, que o atravessamento entre as duas margens do rio Leça, próximo da sua foz, foi feito através duma ponte de pedra.
Assim, teria sido no tempo dos Filipes, que o atravessamento entre as duas margens do rio Leça, próximo da sua foz, foi feito através duma ponte de pedra.
“O documento mais
antigo que conheço acerca da ponte de Leça-Matosinhos é uma provisão régia de 5
de Junho de 1619 (...).
Filipe II, sabendo que
Pantaleão Pereira arrematara por 6.000 cruzados as obras da reedificação da
ponte - postas previamente em pregão - ordena ao corregedor do Porto que mande
repartir pelas diversas comarcas e provedorias do norte do país a quantia
pedida pelo mestre pedreiro.(…)
Na ponte seiscentista
que hoje vemos sobre o rio Leça, não se descobrem quaisquer vestígios
arquitectónicos anteriores ao século XVII. Tal facto, além de representar uma
lamentável ausência de dados informativos, põe-nos diante dos olhos o problema
de se saber por que motivo a construção teria sido tão radical. Cai de parte a
ideia de um simples restauro ou reforma, para acreditarmos antes num trabalho
inteiramente novo e completo”.
Fonte: Flávio Gonçalves n' O Tripeiro em
Março de 1952 e Fevereiro de 1953
Pelo texto anterior, apercebemo-nos que a ponte em granito,
dos 19 arcos, deveria ter substituído uma outra, possivelmente em madeira,
existente no mesmo local e só no reinado de Filipe II, teria a travessia do rio
Leça sido feita numa ponte de pedra.
Ponte dos 19 arcos com vista sobre Matosinhos
Ponte dos 19 arcos com vista sobre Leça da Palmeira
Por ela passavam os carros e as pessoas vindas da então, Rua Direita, actual Rua Conde de Alto Mearim (que desembocava Alameda de Passos Manoel), em direcção a Leça da Palmeira, onde entravam pelo Largo da Ponte (perto da Rua Óscar da Silva, junto das “Alminhas da Ponte” à direita da ponte e a leste da casa da Campanuda), e vice-versa.
Ponte dos 19 Arcos e
Escola Régia, em Leça da Palmeira
Na foto acima, no
prédio totalmente visível, à esquerda, esteve instalada uma escola para
raparigas, mandada construir em 1877 por Maria Francisca dos Santos (Araújo),
em memória de seu irmão José Pinto de Araújo.
Em 1866, tinha sido
instalada, em Leça da Palmeira, uma outra escola, mas para rapazes.
Com as demolições efectuadas
para a construção da doca n.º 1 do porto de mar de Leixões, iniciada em 1934, a
escola primária masculina foi instalada no prédio à saída da Ponte de Pedra, que
se vê na imagem, à direita.
Entretanto, a escola feminina mudou para outras instalações.
Em frente, a escola masculina, em Leça da
Palmeira, à saída da Ponte de Pedra
Sobre o edifício
acima, que pertenceu a Domingos da Silva Baltazar, negociante ligado à
indústria da moagem, natural de Milheirós, freguesia da Maia, casado em 20 de Maio
de 1858, com Ana Amélia dos
Santos Araújo Silva, Américo de Castro Freitas, um estudioso da história de
Matosinhos, escreve:
“A casa com arcos era a casa de Domingos da
Silva Baltazar, casado com Ana Amélia dos Santos Araújo. Aí funcionou a escola
primária superior Trindade Coelho e foi hospital no tempo da epidemia do tifo.
Passou por herança a sua sobrinha, Rosa Pinto da Rocha, casada com Tomaz
Martins Ramos Guimarães. Foi expropriada em 1916, pela Junta autónoma. A casa
mais pequena era do José da Ponte”.
Escola dos Rapazes observada de nascente para poente. Em primeiro plano, o moinho de José da Ponte
Os prédios da foto
anterior ainda existem, como se pode observar na foto seguinte.
Rua Pinto de Araújo
– Fonte: Google maps
Lavadeiras no Rio Leça, à saída da ponte dos 19 arcos, junto do cruzeiro das "alminhas da ponte", visível, à esquerda, embutido no muro
Cruzeiro das "alminhas da ponte", na Rua Pinto de Araújo, em perspectiva actual da foto anterior
Outra perspectiva de
Leça da Palmeira, à saída da Ponte de Pedra, na década de 1950. Na ponta esquerda,
uma das casas do conde de Leça (teve mais duas)
Na foto acima, à
esquerda, com um poste interpondo-se no campo de visão, a Casa da Campanuda,
com a sua característica fachada.
Foi quartel-general de D. Miguel.
A Casa da Campanuda
que seria destruída por um incêndio teve no início do século XX as suas
instalações ocupadas pela “Farmácia Campos” e, posteriormente, pela “Casa de
Pasto Beira-Rio”).
Foi quartel-general de D. Miguel.
Casa da Campanuda,
em Leça da Palmeira, próxima da ponte-móvel, serviu de quartel-general das
forças absolutistas durante o Cerco do Porto
A seta amarela
aponta a Casa da Campanuda, sendo visível a ponte do eléctrico substituída hoje
pela ponte-móvel
Estado actual da
casa da Campanuda – Fonte: Google maps
Casa Campanuda, em
1962 - Fonte: Américo de Castro Freitas
Ponte de Pedra e a Alameda
de Leça que “roubou” 1 arco à ponte
Ponte dos Arcos durante cheia do rio Leça com Matosinhos em fundo
Na foto acima, a Alameda
de Matosinhos desenvolvia-se à direita da ponte.
Rio Leça e Ponte de
19 Arcos
Ponte de 19 Arcos,
na foz do rio Leça com Leça da Palmeira em fundo - Ed. Foto Beleza-Porto
Doca nº 1, na década de 1940 e, mais além, a ponte dos 19 arcos, ainda em pé
À esquerda o que
ainda restava da Ponte dos Arcos
Na foto anterior, à esquerda,
está Leça da Palmeira e ao fundo o novo viaduto, durante a construção da Doca
nº 2.
Panorâmica do
edificado, situado na actual Rua Pinto de Araújo, durante as obras de
construção da Doca nº 2, quando ainda era visível um troço da ponte de pedra
Viaduto sobre o rio
Leça a Nascente da Doca nº 2
Em 1882, seria
construída entre as duas margens do rio Leça, uma ponte chamada “Ponte de
Pau”, ou “Ponte de Madeira” a mando da “Companhia Carril Americano do
Porto à Foz e Matosinhos”, também conhecida por Companhia de Baixo,
perto do terminal da linha a vapor da Máquina, que aqui tinha chegado em 1882.
Essa ponte ligava a
Rua de Roberto Ivens (Juncal de Baixo), em Matosinhos, ao Largo do Arnado, em
Leça da Palmeira.
Para concretizar as ligações a Leça da Palmeira seriam
concedidas duas outras licenças: uma da Rua Roberto Ivens até ao cais de
Matosinhos e outra da Rua Roberto Ivens até à Rua Brito Capelo.
Ponte de Madeira sobre
o rio Leça c. 1920, com Leça da Palmeira à esquerda – Ed. Cinemateca em 1927
De notar que só em
1893, seria criada a Companhia Carris de Ferro do Porto (CCFP) pela fusão de
duas empresas existentes.
Uma delas a Companhia Carril Americano do Porto ou Companhia
de Baixo e a outra a Companhia Carris de Ferro do Porto ou Companhia de Cima. Como
se vê, depois da fusão a companhia resultante, tomou o nome daquela última.
A Ponte de
Madeira tinha uma serventia pedonal e foi construída para que as
pessoas (nomeadamente, os utentes dos Americanos) pudessem fazer o
atravessamento entre as duas margens do rio Leça, que tinha chegado a
Matosinhos, em 1872, vindo da Foz.
Ponte de Pau
Ponte de Pau, em
1915, com a Quinta de Santiago (Leça da Palmeira) parcialmente visível à
direita
“A notícia, que ontem demos, da festiva inauguração
do caminho de ferro americano do Porto a Leça, temos a acrescentar que os trens
chegaram ali às 12 horas e 25 minutos, tendo partido às 11 e meia, saudados pelo
troar do canhão ao passar em frente do Castelo da Foz e à entrada de Leça por uma
esplêndida girândola de foguetes, achando-se, neste último ponto, várias casas adornadas
de cobertas de damasco.
Presentes representantes dos jornais «Comércio
do Porto», «Jornal do Porto», «Primeiro de Janeiro» «Diário Mercantil» e «Diário
da Tarde».
Às quatro horas e um quarto regressaram os trens.”
In “Diário da Tarde”,
de 16 de Maio de 1872 – 5ª Feira
Americano na Rua Juncal de Cima (Rua Brito Capelo)
Os Americanos paravam, então, no fim da Rua do Juncal de Cima (Rua
Brito Capelo, desde 18/12/1890, por proposta do vereador Joaquim do Rosário
Ferreira na sessão camarária daquele dia).
Por outro lado, antes de aparecer a Rua de Juncal de Baixo (Rua Roberto Ivens), em 1860 era, apenas, a Rua do Juncal.
Por outro lado, antes de aparecer a Rua de Juncal de Baixo (Rua Roberto Ivens), em 1860 era, apenas, a Rua do Juncal.
Acontece que, o
troço da Rua do Juncal de Cima, entre a Estrada da Circunvalação e a Rua Tomás
Ribeiro foi, até 1926, a Rua Guerra Junqueiro.
Da Estrada da
Circunvalação até à foz do rio Leça, antes do uso de todos aqueles topónimos
também se chamou, "Estrada para a Foz".
Ponte de Pau ou Ponte de Madeira
Na foto acima pode
ver-se ao fundo a Ponte de Pedra, e à direita, um pouco da Alameda de
Matosinhos.
A Ponte de Madeira
foi alvo de um incêndio em 1899.
Em 1922, foi abatido
completamente, o que dela restava.
A Ponte do
Eléctrico ou Ponte Metálica, construída em 1887, que servia também peões e
que se situava sensivelmente onde está hoje a Ponte Móvel, situava-se entre a
Ponte de Pau e a Ponte de Pedra.
Nela, começaram por
passar a partir de 1887, primeiro os carros Americanos e, desde 1898 até
04/03/1960, os carros Elétricos, com percurso entre o fim da Rua do Juncal de
Cima e o início da Rua Nova do Arnado (Largo do Arnado), já na margem direita
do Rio Leça.
Diga-se que a
tracção eléctrica tinha chegado a Matosinhos a 29 de Outubro de 1897.
A Rua do Arnado, já
desaparecida, teve projeto de construção de fins de 1893 e situava-se entre a
casa dos Bombeiros Voluntários e a de Adrião Joaquim da Rocha, em direcção a
Leça da Palmeira.
«Companhia Carril Americano. - É hoje aberta á circulação dos carros da Companhia Carril Americano do Porto á Foz e Mathosinhos a Ponte metallica construida por esta Companhia sobre o rio Leça. Por esse motivo os carros passam a ter o seu termo de paragem na rua Nova do Arnado, em Leça, em lugar da alamêda de Mathosinhos.
Continúa em vigor o
mesmo horario e o actual preço das passagens.»
Fonte: jornal "O Commércio do Porto", n.º251,
pág.2. Domingo, 09 de Outubro de 1887
O contrato da construção
desta ponte foi feito em 1886 com José Cláudio Sousa.
Tinha apenas 5
pilares e os extremos assentavam em alvenaria.
Ponte do Eléctrico no
fim da década de 90 do século XIX
Legenda:
1. Ponte do
Eléctrico
2. Quartel dos Bombeiros de Matosinhos-Leça e dos Socorros a
Náufragos
3. Capela (demolida em 1890) da Nossa Senhora da
Apresentação à saída da Ponte de Pedra
4. Ponte dos 19 Arcos
5. Igreja de Leça
Quartel dos Bombeiros Voluntários de Matosinhos-Leça, em 1905 - Ed. Estrela Vermelha
Carro eléctrico
atravessando o rio Leça - Ed. Alberto Ferreira-Batalha-Porto
A foto anterior tem
por fundo Leça da Palmeira.
Ponte do Eléctrico
A foto anterior tem
por fundo Matosinhos.
Em 1898 a linha
electrificada da Companhia Carris de Ferro do Porto, chega a Leça, à Rua Nova do Arnado e depois
ao Castelo e, mais tarde, à praia de Fuzelhas. Até à década de 40 do século XX,
o eléctrico levará a maioria dos banhistas para Leça.
Mapa de Matosinhos de 1895
Legenda:
1. Avenida Serpa Pinto
2. Rua Roberto Ivens (Juncal de Baixo)
3. Rua Brito Capelo (Juncal de Cima)
4. Ponte de Madeira
5. Ponte dos Arcos
6. Rua do Conde do Alto de Mearim
7. Rua de S. Roque
8. Rua França Júnior
9. Rua de Álvaro Castelões
10. Ponte do Eléctrico
Obs: No local da pinta amarela estava a Capela de Santo Amaro
1. Avenida Serpa Pinto
2. Rua Roberto Ivens (Juncal de Baixo)
3. Rua Brito Capelo (Juncal de Cima)
4. Ponte de Madeira
5. Ponte dos Arcos
6. Rua do Conde do Alto de Mearim
7. Rua de S. Roque
8. Rua França Júnior
9. Rua de Álvaro Castelões
10. Ponte do Eléctrico
Obs: No local da pinta amarela estava a Capela de Santo Amaro
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarBoa tarde.
ResponderEliminarPoderia indicar-me, se for possível, e tendo em conta a configuração actual de Matosinhos e Leça, qual a localização precisa da Ponte dos 19 Arcos (Ponte de Pedra)?
Aproveito também para perguntar se sabe qual era a localização da estátua de Passos Manuel na Alameda com o mesmo nome?
Desde já grato.
José
Quanto à ponte dos 19 arcos a sua localização pode ser lida mais acima e faz parte deste texto:
ResponderEliminar"Por ela passavam os carros e as pessoas vindas da então, Rua Direita, actual Rua Conde de Alto Mearim (que desembocava Alameda de Passos Manoel), em direcção a Leça da Palmeira, onde entravam pelo Largo da Ponte (perto da Rua Óscar da Silva, junto das “Alminhas da Ponte” à direita da ponte e a leste da casa da Campanuda), e vice-versa".
Quanto à localização primitiva da estátua de Passos Manuel, poderá encontrar a resposta e respectivas fotos, neste blogue, no seguinte endereço:
https://portodeantanho.blogspot.com/search?q=alameda+passos+manuel
Esperando que continue a visitar-nos, estaremos sempre abertos em responder às questões que nos forem colocadas.
Cumprimentos.