terça-feira, 2 de março de 2021

25.114 Associações de Trabalhadores (II) e Lutas Operárias



A cidade do Porto foi, desde sempre, um baluarte no que respeita à defesa dos interesses dos trabalhadores, com uma história muito rica nesse capítulo, e nas quais alguns tombaram naquelas lutas.
É o caso lembrado no muro de suporte do arruamento de acesso à Estação Ferroviária de S. Bento, que exibe uma placa de um dos mártires, que tombou por um ideal, em 1 de Maio de 1982.


 
 

Homenagem a Pedro Manuel Sarmento Vieira





À direita, o muro (gradeado) de suporte do acesso à Estação de S. Bento, em 1935
 
 
 
Mas, tudo começou muito antes.



 
Liga das Artes Gráficas
 
 
Vinha do ano de 1768, a criação do estabelecimento tipográfico estatal…,em 1863, eram 28 as tipografias existentes na cidade.
Em 1889, acontece em Lisboa, na Companhia Nacional Editora, uma greve, cujo principal objectivo é a obtenção das 10 horas de trabalho.
Os trabalhadores são despedidos e os patrões contratam no Porto substitutos para os grevistas. Estes, chegados a Lisboa, aderem também ao protesto.
Os patrões cedem com Azedo Gneco a pontificar nas hostes operárias.


 
Azedo Gneco, com a profissão de gravador, um dos fundadores do Partido Socialista Português, num comício republicano em 1 de Maio de 1907
 
 

Na falange socialista, a mais numerosa, pontificava por essa altura, José Fontana, seguido de Azedo Gneco, que lhe sucedeu à frente do partido.
As movimentações de protesto dos operários tinham a sua génese na luta pela jornada de 8 horas de trabalho diárias, tese que começada a germinar entre 1803 e 1806, acabou por ser defendida em Boston, no ano de 1832, continuando por 1845 e 1846, com os episódios de Pittsburgh.
Em Baltimore, em 1866, a jornada das 8 horas ganha corpo, sendo, com agitações operárias entre 1873 e 1876, ratificada em Chicago, em Outubro de 1885, desembocando na greve geral do 1º de Maio de 1886.
No ano de 1890, animados pelo êxito dos colegas lisboetas, a classe portuense vai fundar a “Liga das Artes Gráficas do Porto”.
No Porto, no prédio da esquina das ruas de Santa Catarina e Formosa, onde acabaram por se instalar, mais tarde, os “Armazéns Bacelar”, teve a sua sede o “Clube de Propaganda Democrática do Norte”.
Nessas instalações funcionavam um serviço de restaurante, um botequim, bilhar e, ainda, um salão onde eram organizados luzidos bailes e outras diversões, para além da existência de outras salas reservadas às reuniões privadas dos corpos gerentes do clube.
Por essas instalações, paravam alguns tipógrafos, entre outros, Francisco Lisboa, Tomás Gasparinho, Guilherme José Vilela e o seu irmão, António Peixoto e João Guilherme Peixoto, estes estabelecidos com um estúdio de fotografia à Rua do Almada, sob a razão social de “Peixoto & Irmão”.
Não ligado ao sector gráfico, Viterbo de Campos era também presença frequente nas instalações do clube.
Desse local, dizem, Alves da Veiga teria delineado, também, a revolução de 31 de Janeiro de 1891, sendo aí que, em 1980, muitos trabalhadores do sector gráfico determinaram a existência da ambicionada Liga das Artes Gráficas.
O Dr. Alves da Veiga foi o chefe civil daquela malograda revolução e o fundador do Centro Republicano Democrático do Porto, em 1876, com sede na Rua de S. Bento da Vitória (mais concretamente no rés-do-chão da casa habitada ao tempo por José Pereira de Sampaio (Bruno).

 
 
Cartão de membro do Centro Republicano Democrático do Porto, c. 1920
 
 
 
Ora, aqueles Peixotos, cunhados daqueles Vilelas, há muito que pretendiam fundar um organismo sindical que agregasse todos os intervenientes no sector das artes gráficas, sem distinções de categorias sociais, como sejam as existentes entre patrões e operários.
Por esse tempo, clamava-se pela obtenção da lei das 8 horas de trabalho diário e lavrava o descontentamento pelo impiedoso regime de trabalho aplicado a menores e às mulheres.
 
 
 
Prédio em 1907, onde, 16 anos antes, tinha estado “Clube de Propaganda Democrática do Norte” e o Café Lusitano
 
 
No dia 4 de Maio de 1890, pelas nove horas da noite, era o sector gráfico convocado para uma assembleia geral a efectuar na sede do “Clube de Propaganda Democrática do Norte”, graciosamente cedida para o efeito.
Entretanto, e na sequência daquela assembleia geral, que foi presidida pelo tipógrafo Francisco Lisboa, a associação passou a funcionar de imediato, de modo provisório, apoiada numa assembleia geral, uma comissão administrativa e um conselho fiscal.
A liga arrancaria com 200 associados e, em 30 de Maio, atingiria os 354.
Nos quatro anos seguintes, até à aprovação oficial dos estatutos, nada há a assinalar digno de registo.
Importa referir que daquela primeira reunião resultou a nomeação de uma comissão de cinco membros para elaborarem e redigirem os respectivos estatutos para o sector, os quais só viriam a ser aprovados em assembleia geral de 16, 17 e 18 de Junho de 1892, e publicados em 15 de Novembro de 1894, após as alterações introduzidas e sugeridas pela Direcção Geral do Comércio e Industria.
Quando viu a luz do dia, o documento nas suas linhas gerais, dirigia-se a todos aqueles que exerciam a indústria tipográfica, compreendendo os proprietários das oficinas, compositores, impressores e maquinistas; escritores e redactores de periódicos; litógrafos, encadernadores, fundidores de tipo, fotógrafos, gravadores.
Era objectivo da liga desenvolver moralmente, intelectualmente e artisticamente o operário gráfico, para o que interessava criar escolas, montar uma biblioteca com obras científicas, literárias e tecnológicas e promover conferências de divulgação dos diversos saberes.
A Liga das Artes Gráficas começaria por ter a sua sede na Rua Formosa, tendo mudado em 1902, para o Largo da Cancela Velha, onde se manteve até Setembro de 1906, transferindo-se então, para a sua última sede, na Rua de Entreparedes, 33 - 1º.

 
 
No 1º andar do prédio ao centro, esteve a “Liga das Artes Gráficas”, na Rua de Entreparedes, 33 – Fonte: Google maps
 
 
 
Em 1915, com a intervenção decisiva de Francisco da Silva Pereira, o sector veria aprovada a jornada das 8 horas de trabalho, objectivo que tanto tinha custado a atingir.
Em 1932, pelo Estatuto do Trabalho Nacional que passou a reger as associações de classe, a Liga das Artes Gráficas do Porto transformou-se no “Sindicato Nacional dos Tipógrafos, Litógrafos e Ofícios Correlativos do Distrito do Porto”.
De destacar da acção da LIga das Artes Gráficas do Porto a publicação da “Revista Gráfica”, cujo primeiro número saiu a 10 de Julho de 1904, sendo editor Tomás Gasparinho.
Para assinalar aquela primeira publicação, ficou célebre um pic-nic, em Paranhos, no Lugar da Patusca, junto a um riacho, para os lados da Areosa.
Saía sempre ao Domingo.
Para além da “Revista Gráfica”, o órgão oficial da classe, publicou-se um pequeno jornal intitulado “Solidariedade Gráfica”, com redactor principal, Clemente Vieira dos Santos.
Saiu a primeira folha em 1 de Maio de 1923, mas suspendeu a publicação ao fim do 18º número.
Em 1924, nos dias 29 e 30 de Novembro, durante um congresso realizado na Casa do Povo Portuense, à Rua do Paraíso, foram distribuídos dois números, com datas de 15 e 26 de Novembro, de uma folha volante intitulada “A Conferência Gráfica”.
Um terceiro número com as conclusões daquele congresso saiu no mês de Janeiro de 1925, mas sem data…e por aqui, se ficou esta folha.
 
 
 
Cabeçalho do papel de carta da Liga das Artes Gráficas do Porto
 
 
 
 
 
As Maias e os Festejos do 1º de Maio
 
 
Muito antes da comemoração, nesta data, do Dia do Trabalhador, um outro costume antiquíssimo existiu, que consistia na noite de 30 de Abril para 1 de Maio, as gentes adornarem as janelas, portas e outras entradas das habitações com giestas ou Maias.
“Maia” era a deusa romana da fecundidade e significa “pequena mãe” sendo, tradicionalmente, dado a uma avó, ama-de-leite ou parteira.
A tradição surge associada a uma festa que celebrava a fertilidade e pedia que a Terra desse bons frutos no novo ano agrícola, muito importante para os Romanos, chamada Floralia e que se realizava nos primeiros 3 dias de Maio, em honra da deusa Flora e da Primavera.
Actualmente, esta tradição vai caminhando para o seu apagamento da memória.

 
“Esta é uma tradição muito antiga, ligada à primavera e aos rituais da agricultura. Acredita-se que os nossos antepassados também cumpriam esta tradição como uma forma de assinalar o fim do inverno, para pedir proteção e fertilidade para a terra e para afastar os maus espíritos.
As casas são enfeitadas de noite com giestas amarelas e outras flores e, em alguns lugares, também com bonecas de palha. Há quem chame esta tradição de “as maias”, “os maios” ou “a flor do maio” e é diferente consoante as regiões do país. Usam-se giestas porque são flores muito abundantes nesta altura do ano e como são amarelas representam a luz e a vida.
(…) Na tradição Celta, a primeira noite de maio celebrava a fertilidade da terra, em que as pessoas pediam que a natureza lhes desse bons frutos nesse ano.
Em maio há por toda a Europa inúmeras celebrações ligadas à fertilidade. Num período em que a natureza já começou a despontar e já se vêem as primeiras flores e as árvores já estão cobertas de verde, estes rituais celebram a vida, a luz, o fogo e servem também para afastar o medo do desconhecido, as doenças, as trevas.”
Cortesia de Ângela Coelho
 
 
 
Giesta ou Maia

 
Por cá, uma cerimónia de origem pagã, ligada ao culto da fertilidade, que consistia numa dança na qual os participantes dançavam em volta de uma boneca de palha, chegou a ser proibida por determinação régia.



“Também é o pouco que resta d'essa antiga usança popular das maias: alguma giesta espetada na porta d'uma casa pobre ou na aza da canastra d'uma lavradeira.
Ainda me lembro de em quasi todas as casas, ricas ou pobres, haver giestas à janella no dia 1.° de maio.
A tradição foi declinando, e hoje apenas se conservam aquelles ténues vestígios.
Não assim ao norte do Porto, em Traz-os-Montes, por exemplo, onde o maio tem ainda uma celebração mais pittoresca.”
“ O Porto na Berlinda” (1894) Alberto Pimentel
 
 
 
No que à festa dos trabalhadores diz respeito, na cidade do Porto, há registos de que o 1º de Maio de 1897, foi comemorado pelo operariado portuense com grande pompa e entusiasmo.
Aliás, o dia do trabalhador sempre teve uma grande aceitação entre os trabalhadores portuenses.
Naquele ano, os festejos compreenderam um desfile de um cortejo alegórico no qual, em sequência, passaram os carros dos Manipuladores do Tabaco, Artes Gráficas, Chapeleiros, Metalúrgicos, Tecelões, Cooperativa de Crédito e Consumo, União das Classes Obreiras do Porto, Correeiros, Fiandeiros e alguns outros.
 
 
 
 
Carro alegórico da Liga de Artes Gráficas, que figurou no cortejo do 1º de Maio de 1897
 
 
 
Seguidamente, durante uma romagem ao cemitério do Prado do Repouso, foram ornadas com flores as campas dos companheiros falecidos e a do Dr. Rodrigues de Freitas.
Após aquela cerimónia, teve lugar um grandioso comício no campo de manobras do quartel da Serra do Pilar.
À noite, as ruas seriam percorridas por diversas bandas de música, tendo subido ao ar, também, alguns foguetes.
Em algumas sedes de associações operárias decorreriam concorridas sessões solenes que encerrariam as festividades e que prenunciavam o dia prestes a nascer, no qual teriam lugar importantes eleições.
Assim, no dia 2 de Maio de 1897, os Progressistas que ocupavam o governo do País, defrontaram nas urnas, os Conservadores, que antes tinham sido depostos.
Acabariam por triunfar os Progressistas, tendo sido eleitos deputados pelo Porto, o Conselheiro A. Veiga Beirão, Dr. Adriano Antero de Sousa Pinto e Dr. Leopoldo Mourão.
Em 1898, as comemorações do 1º de Maio, foram planeadas de modo a serem mais imponentes, dado que caíram a um Domingo.
Porém, ficariam um pouco amputadas no seu programa e seriamente afectadas, devido ao mau tempo, não se tendo realizado nem o cortejo cívico nem realizado o comício na Serra do Pilar.
Melhor. Um pouco após o meio-dia, tendo parado de chover, com o que restava e com alguns dos resistentes à chuvada que se tinha abatido sobre a cidade, principalmente, aqueles mais ligados às Artes Gráficas e, ainda, com os representante de “Biscaia Arrabidense”, “Filarmónica Valboense” e “20 de Maio”,“ foi organizado um cortejo de improviso que partindo do Campo da Regeneração, percorreu as ruas do Duque do Porto, Bonjardim, Gonçalo Cristovão, Almada, Praça D. Pedro, Sá da Bandeira, Rua Formosa, onde pararam em frente à sede da Liga das Artes Gráficas tomando, por fim, o rumo da Serra do Pilar.
Recomeçando a chover, todos tiveram que retroceder, sem chegar à outra margem do rio Douro.
Todavia, oito dias depois, em 8 de Maio, com a devida autorização do Governador Civil, realizaram-se as acções alusivas à festa dos trabalhadores que a chuva tinha impedido de terem lugar no dia habitual.
No ano seguinte, 1899, já tudo decorreu dentro dos trâmites habituais.

 
 
Carro alegórico da Liga de Artes Gráficas, que figurou no cortejo do 1º de Maio de 1898, passando na Rua Formosa – Ed. Guedes de Oliveira
 
 
 
 
 
 Lutas operárias
 
 
Greve dos Tecelões. Uma noite de S. João de arromba
 

Em 3 de Junho de 1903, decorridas cerca de três semanas sobre o começo de uma greve de tecelões, continuava o conflito na cidade do Porto.
Após tão longo período de abandono do trabalho, a miséria instalou-se nos lares dos grevistas e das suas famílias.
Centenas de operários, acompanhados por suas mulheres e filhos, concentraram-se na Praça D. Pedro e, aqui, caindo de joelhos diante das forças Policiais e da Guarda Municipal, que chegavam de todas as direcções clamaram a uma só voz:
“Temos fome! Matem-nos, mas não sairemos daqui! Queremos que se faça justiça. É só o que pedimos!”
Tal clamor condoeu e inibiu as próprias forças da ordem, tendo o Comissário da Polícia informado que o Governador Civil envidaria todos os esforços para resolver urgentemente a situação em que se encontravam.
Centenas de pessoas que acompanharam estas cenas contribuíram, logo ali, com o que puderam e foram abertas diversas subscrições.
 
 
Polícia Civil, em 1898



Guardas Municipais, na Rua do Anjo (actual Rua do Dr. Ferreira da Silva), em 1894, durante as comemorações Henriquinas




Guarda Municipal do corpo de cavalaria, em 1900
 
 
 
Praça D. Pedro
 
 
 
No dia seguinte, reuniram no Governo Civil, delegações de operários e patrões, com o objectivo de colocar um fim ao conflito, o que não se veio a verificar.
Enquanto isso, são distribuídos os primeiros socorros aos grevistas, tendo o Governo, em Lisboa, ordenado ao Governador Civil para que a ordem fosse mantida, por precaução, o cruzador D. Amélia deveria seguir para Leixões.

 
 
Cruzador “D. Amélia”

 
 
No dia 13, atendendo que o conflito continuava extremado e sem solução à vista, começam a circular rumores, que têm confirmação no dia seguinte, das ordens dadas a partir de Lisboa, para que as forças da ordem abrissem as fábricas e permitissem a liberdade de trabalho a quem o quisesse fazer.
O conflito agudiza-se, os confrontos com as polícias provocam várias prisões e feridos, tendo sido requisitadas forças de cavalaria das guarnições de Aveiro, Castelo Branco, Chaves e Bragança.
As fábricas, apesar das medidas impostas, não conseguem laborar, pois não se apresentam ao serviço operários suficientes.
No dia 16, aderem à greve os chapeleiros e os metalúrgicos e, no dia seguinte, 1500 operários cigarreiros e outros.
Não podendo o cruzador D. Amélia receber mais presos, a corveta “Estefânia” é transformada em Aljube flutuante.

 
 
Corveta “Estefânia”

 
 
No dia 23, numa reunião presidida por António Calem, os industriais portuenses aprovam os termos de uma plataforma de acordo para acabar com a greve dos tecelões, que é aceite por estes.
A noite de S. João desse ano é, como se compreenderá, de festa redobrada.
No dia 6 de Julho, o Governador Civil Adolfo Pimentel é louvado, devido à sua intervenção, com inteligência e zelo, durante o período em que decorreu a greve dos tecelões.
 
 
 
 
Revolta na Fosforeira
 
 
Em 27 de Julho de 1898, as forças de Polícia e de Cavalaria da Guarda Municipal são chamadas pela gerência da Fábrica de Fósforos de Lordelo do Ouro para conter os protestos dos trabalhadores amotinados.
O conflito teve origem em alterações introduzidas nas tabelas salariais.
Cerca de um ano antes, em 9 de Maio de 1897, a gerência da Fábrica de Fósforos de Lordelo do Ouro tinha também chamado as forças de Cavalaria e Infantaria para pôr termo a uma greve, em virtude dos salários não terem sido pagos de harmonia com o que estava estipulado.
Aquelas forças da ordem, dizem as crónicas, viram-se e desejaram-se para conter, principalmente, as operárias.

 
 
Instalações da “Companhia Portugueza de Phósphoros”, em Lordelo do Ouro. À esquerda, no canto superior, observam-se terrenos do que é hoje o Jardim Botânico
 
 
 
 
Revolta na Fábrica do Jacinto
 
 
Em 19 de Março de 1902, um grave conflito de trabalho eclode na Fábrica do Jacinto, tendo sido suspensos de funções 586º trabalhadores desta importante fábrica têxtil.
Devido à luta entre os operários e as forças de Polícia e de Cavalaria da Guarda Municipal, resultam imensos feridos e de reclusos que recolheram ao Aljube, por esta altura, ainda instalado na Rua de São Sebastião, na Sé.
Só no mês seguinte, veio autorização governamental para que o Aljube fosse transferido para instalações do convento de Santa Clara.

 
 
 
Instalações das duas unidades fabris da Fábrica do Jacinto, em 1902

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