Instituto Portuense
de Estudos e Conferências (IPEC)
O Instituto Portuense
de Estudos e Conferências foi uma associação fundada em 1897, de carácter
cívico e científico, cujo mentor foi o Dr. José António Forbes Magalhães e à
qual presidiu o 1º Conde de Samodães (Francisco de Azeredo Teixeira de
Aguilar), tendo contado com a colaboração artística de António Arroio e Manuel
Rodrigues.
O IPEC promoveria ao longo dos anos diversas exposições de
pintura tendo por palco a Galeria da Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP)
e diversas conferências que tinham lugar, sobretudo, no Palacete do visconde da
Trindade, à Praça Carlos Alberto, onde estava instalada outra instituição de
referência da cidade, o Centro Comercial
do Porto que, a partir de 1896, dividiria instalações com a Associação de Jornalistas e Homens de
Letras do Porto.
Em 1833, o palacete deixado para trás pelo 2º visconde de
Balsemão, comprado pelo visconde da Trindade em Agosto de 1850, funcionaria, entretanto, como hospedaria (Hospedaria do Peixe) e, em 1849, alojaria o rei Carlos Alberto– Gravura de
Joaquim Villanova
Relativamente à gravura acima, ela identifica uma área que,
até 1852, era conhecida como Largo dos Ferradores e, após aquela data, foi a
Praça Carlos Alberto.
Assim, já nos términos do século XIX, naquele espaço,
realizar-se-ia em 23, 25 e 27 de Maio de 1898, promovida pelo Instituto Portuense de Estudos e
Conferências, a conferência “Soares dos Reis e Teixeira Lopes”, a cargo de
António Arroyo.
Em 17, 24 e 29 de Abril de 1899, no mesmo local e sob a
égide do Instituto Portuense de Estudos
e Conferências, seria o conde de Samodães o conferencista, dissertando
sobre a temática “Emigração e Imigração”.
Em 26 de Janeiro de 1900, à Praça Carlos Alberto, pela mão
do Instituto Portuense de Estudos e
Conferências, é conferencista Alberto Veloso de Araújo, sob o tema “Pela
Agricultura Portuguesa”.
O 1º Conde de Samodães havia sido Provedor da Santa Casa da
Misericórdia do Porto (SCMP), entre 3/12/1884 e 17/8/1888 e, ainda, entre
24/8/1891 e 17/8/1894, enquanto Forbes de Magalhães, o havia sido entre 16/8/1901
a 12/11/1910.
Por certo, por influência daquelas personalidades, a SCMP
acolheria algumas exposições colectivas promovidas pelo Instituto Portuense de Estudos e Conferências em 1900, 1901 e 1905,
com grande participação de artistas e de visitantes.
Em 28 de Abril de 1887, tinha sido assinado entre a SCMP e a
Companhia Aliança, proprietária da Fundição de Massarelos, o contrato de execução
da Galeria de Retratos dos Benfeitores
da Santa Casa da Misericórdia do Porto.
Foram ainda intervenientes na obra, a empresa Cudell
& Monteiro na colocação do pavimento e a firma alemã Villeroy &
Boch, de Mettlach fornecedor do mosaico.
A inspecção artística da obra ficou a cargo do conservador Joaquim
Vitorino Ribeiro.
“Em 1885, o provedor
Conde de Samodães incumbiu o engenheiro António Maria Kopke de Carvalho de
apresentar um projeto para a construção de uma galeria, onde fosse possível
expor de forma permanente e digna os retratos dos benfeitores da Misericórdia
do Porto. O projeto inicial recebeu, posteriormente, algumas alterações da
autoria do engenheiro José Isidro de Campos.
Construída pela
Fundição de Massarelos, a Galeria dos Benfeitores foi inaugurada a 18 de maio
de 1890 pelo provedor Castro e Solla. Além das autoridades civis, militares e
religiosas, na cerimónia inaugural estiveram presentes cerca de 3000 pessoas.
Anos antes, em 1887,
fora redigido o primeiro regulamento do conservador da Galeria dos Benfeitores,
tendo sido nomeado o pintor Joaquim Vitorino Ribeiro que, entre outras funções,
procedeu à conservação e ao restauro de vários retratos.
Além da exposição
permanente de retratos, o espaço acolheu desde a sua inauguração sucessivas
exposições temporárias, tanto individuais como coletivas”.
Fonte: “mmipo.pt/”
Nas exposições do Instituto
Portuense de Estudos e Conferências os pintores participantes foram, entre
outros: Henri E. Huguenin, Alfredo Torquato Xavier Pinheiro, José Almeida e
Silva, Júlio Teixeira Bastos, João Augusto Ribeiro, Sofia de Souza, Júlio
Ramos, Eduardo Augusto Moura, Eduardo Augusto Moura, António Cândido da Cunha,
Alice Grillo, Leopoldina A da Silva Pinto, João Ribeiro Cristino da Silva, João
Marques Oliveira, Fernandes de Sá, Thomaz de Moura.
Naquele icónico espaço também se realizaram exposições
individuais, com realce para a de José Júlio de Sousa Pinto, em 1904, e a de Alberto
Ayres de Gouvêa, em 1905, que expuseram na Galeria de Retratos dos Benfeitores
da Santa Casa da Misericórdia do Porto, em certames promovidos pelo Instituto Portuense de Estudos e
Conferências.
José Júlio de Sousa Pinto (Angra do Heroísmo, 15 de Setembro
de 1856 — Pont-Scorff, Bretanha, 14 de Abril de 1939), atrás referido, foi um
pintor português, ligado à primeira geração naturalista. Foi irmão de António
Souza Pinto, também pintor.
Seria muito badalada uma exposição individual, que José
Júlio de Sousa Pinto realizou no Palácio de Cristal, no atelier-escola do seu
condiscípulo e amigo Artur Loureiro, em 1911.
Artur José de Sousa Loureiro nasceu na Rua do Bonjardim, no
Porto, a 11 de Fevereiro de 1853 e faleceu a 7 de Julho de 1932, em Terras do
Bouro. Era filho do médico Francisco José de Sousa Loureiro e de Guilhermina
Luísa Soares Ribeiro e irmão do Urbano José de Sousa Loureiro, jornalista e
escritor.
Começou a estudar desenho e pintura com o mestre e amigo
António José da Costa tendo, depois, ingressado na Academia Portuense de Belas
Artes, onde continuou a sua aprendizagem com João António Correia.
No Porto, montou, então, um atelier-escola, numa ala do já
desaparecido Palácio de Cristal, o qual se tornou um espaço de referência,
procurado por aspirantes a artistas e admiradores do pintor.
Piso superior da Galeria de Retratos dos Benfeitores da
Santa Casa da Misericórdia do Porto, em 1900 – Fonte: Album da SCMP
Exposição de António Carneiro, 1902, na Galeria da SCMP
Na Galeria de Retratos dos Benfeitores da Santa Casa da
Misericórdia do Porto, se passariam a realizar muitas outras actividades, caso
do Congresso de Beneficência de 1905, que a seguir se realça, num pequeno
trecho escrito extraído de uma crónica de uma revista da época.
Revista ilustrada “Occidente” de 10 de Fevereiro de 1905
Centro Artístico
Portuense, Sociedade de Instrução do
Porto, Sociedade de Belas-Artes do Porto
O Centro Artístico
Portuense fundado em 1880, no Porto, teve como sócio nº 1 Soares dos Reis e
como outros fundadores José de Brito, Henrique Pousão, João Marques Oliveira,
Torcato Pinheiro, Sousa Pinto, Tomás Soller, entre muitos outros.
Inicialmente, esta instituição de carácter artístico
funcionou, entre 1880 e 1885, na Rua dos Caldeireiros nº 225, num prédio no
qual esteve a loja da Vidraria Fonseca.
Por esta morada esteve, a partir de 1887, a Sociedade Luís de Camões, uma
instituição de instrução fundada por José Pereira Júnior.
Em 1909, foi o prédio ocupado por Manuel Francisco da
Fonseca para instalação da conhecida vidraria.
O Centro Artístico
Portuense passou, depois, por um prédio já desaparecido, ao nº 425 da Rua
de S. Lázaro, na esquina da Rua de Loulé com a Avenida Rodrigues de Freitas e, depois,
à Rua do Moinho de Vento (Rua Sá de Noronha), nº 54, a partir de 1886 até 1890.
Na mesma Rua de Sá Noronha, mas no nº 76, vai alojar-se o Centro Artístico Portuense entre 1891 e
1893.
Fecharia portas em Outubro de 1893.
“A sua primeira
exposição teve lugar em 1881, e segundo Manuel M. Rodrigues, crítico da época,
teve uma adesão boa, para o contexto da época (Machado 1947:53).
No entanto, esta instituição,
fecharia em 1893, fruto das fracas condições económicas em que se encontrava, e
tendo sempre sobrevivido igualmente, com a ajuda mecenática indispensável, de
muitos dos seus sócios, principalmente Soares dos Reis. Esta Associação quando
instalada na Rua do Moinho de Vento tinha um assíduo frequentador, entre muitos
outros, que mais tarde se tornou numa figura relevante no comércio de
exportação do Vinho do Porto, falamos de Adriano Ramos Pinto.
Fonte: Tese de doutoramento de Maria Manuela Baptista
Assunção (2015)
A partir de determinado momento, a escola com o seu
funcionamento, exclusivamente nocturno, começa também a abrir as suas portas durante
as horas do dia para aproveitamento de alguns associados.
Habitualmente, as aulas nocturnas, dirigidas ao estudo do
modelo vivo, eram frequentadas por associados com outras actividades
profissionais.
“Há quarenta e quatro
ou quarenta e cinco annos houve no Porto uma sociedade, grupo ou corporação que
se chamou Centro Artístico Portuense. Era, segundo ouvi dizer, uma escola de
desenho, pintura e não sei de que mais.
Se, ainda existe
alguém que fizesse parte d´esse centro que nos quizesse dizer alguma coisa
sobre elle, era favor que fazia, não só aos mais novos, mas, muito
especialmente, ao PERGUNTADOR”.
“O Tripeiro”, III.ª Série, n.º 8 (128), (15 de Abril de 1926),
p. 128
A Sociedade de
Instrução do Porto surgirá em 1880, após em 12 de Março terem sido dados
como concluídos os estatutos respectivos, depois de realizadas quatro reuniões
dos fundadores.
Ficaram como objectivos, promover a instrução intelectual do
cidadão procurando, a propósito, a abertura de bibliotecas, gabinetes de
leitura e museus.
José António Ayres de Gouveia Osório (1827-1877), médico, professor e político seria o principal obreiro do aparecimento desta instituição, da qual seria presidente e cujo acto de lançamento haveria de estar associado às comemorações do tri-centenário da morte de Camões.
Em 10 de Julho de 1880, o sócio E. Von Hafe propõe a criação
duma revista da Sociedade de Instrução do Porto, cujo primeiro número sairia em
1 de Janeiro do ano seguinte.
Como sócia emérita da Sociedade
de Instrução do Porto, Carolina
Michaëlis desenvolve, juntamente com Joaquim de Vasconcelos,
Francisco Adolfo Coelho e José Joaquim Rodrigues de Freitas, projectos para
concretizar as ideias de Friedrich
Froebel quanto ao sistema de ensino pré-escolar, tentando que o Porto
tenha um jardim-de-infância modelo, ante-projecto que nunca se veio a
concretizar.
Ramalho Ortigão, nas Farpas, dá conta de parte da actividade
da Sociedade de Instrução do Porto:
«O conselho
científico, fiel intérprete da nossa lei, tem procurado com a mais louvável
assiduidade estudar todos os meios de preparar fáceis soluções para os
problemas da pedagogia, que absorvem a atenção de todos os pensadores. Na sua
solicitude organizou o regulamento interno; fundou a nossa biblioteca e o seu
gabinete de leitura, que hoje conta cento e catorze gazetas e publicações
periódicas, e muitas centenas de volumes, alguns valiosos e raros; criou a
Revista, de que se publicaram já seis números com duzentas e dez páginas;
ordenou a aquisição de uma coleção-modelo para os jornais de infância, segundo
o método Froebel; encetou a formação de uma bibliografia portuguesa de livros
de ensino; começou o estudo e análise dos compêndios geralmente adotados,
recomendando os melhores, o que é certamente um dos maiores serviços que pode
prestar-se à pedagogia nacional apreciou minuciosamente e louvou o compêndio de
geografia, original do nosso muito ilustre sócio Augusto Luso; encarregou à
provadíssima competência do nosso zeloso secretário-geral, o senhor Joaquim de
Vasconcelos, um projeto de organização do ensino técnico com aplicação às
escolas de instrução primária; investigou e discutiu detidamente as condições
do ensino primário e dos exames de admissão, nomeando uma comissão para
formular o programa de um livro de leitura; considerou a importantíssima
questão da ortografia nacional; finalmente, uma das duas secções prepara uma
exposição de história natural, que será, como creio, o ponto de partida para a
organização de um museu, onde se reunirão objetos e meios de estudo sempre
necessários para os que pensam em alargar os limites da educação.
Depois deste
discurso (1881) a Sociedade de Instrução do Porto levou a efeito, com grande
êxito, a exposição de história natural, a exposição de cerâmica, a exposição de
indústrias caseiras e a exposição de ourivesaria, factos de um interesse
incomparável para o estudo da natureza em Portugal, para a história do trabalho
industrial, dos costumes domésticos, das tradições artísticas e das aptidões
plásticas da família portuguesa.
A magnífica exposição de louças nacionais e a das principais indústrias
tradicionais do povo reuniram os mais numerosos, os mais raros, os mais
importantes documentos do génio artístico e da filiação estética da raça
lusitana. E todos ou quase todos esses documentos foram minuciosamente e
zelosamente estudados por alguns membros da corporação e especialmente pelo
secretário da sociedade e o seu principal boute-en-tain, o senhor Joaquim de
Vasconcelos, o mais competente e o mais erudito dos nossos críticos de
arqueologia e de arte”
Sociedade de
Instrução do Porto exposição de cerâmica no Palácio de Cristal, em 1883 –
Fonte: revista Occidente
E sobre a revista da Sociedade de Instrução do Porto,
Ramalho Ortigão dizia:
“Além de
trabalhos originais contendo a análise de documentos inéditos e estudos de
coisas novas, a Revista tornou conhecidas as mais completas bibliografias de
todos os trabalhos correlativas esquecidos nas bibliotecas, nos arquivos e nos
cartórios do País.
No tomo
vastíssimo de informações preciosas prestadas aos estudiosos e ao público pela
Sociedade de Instrução do Porto encontram-se ainda trabalhos especiais
consideravelmente importantes sobre a reforma do ensino, especialmente do
ensino artístico e industrial, sobre a organização das escolas, do
professorado, das galerias e dos museus, sobre os costumes e as tradições
nacionais, sobre a língua e sobre as formas populares da arte, sobre a
aprendizagem por oficias, e enfim sobre todos os mais importantes problemas da
pedagogia moderna.
Nem as duas casas
do Parlamento na discussão das sucessivas leis de instrução primária e de
instrução secundária, feitas, desfeitas, refeitas e contrafeitas durante os
últimos vinte anos, nem a junta consultiva ou a Direcção-Geral da Instrução
Pública, nem os ministros, nem os deputados, nem os chefes de repartição, nem
as comissões de estadistas, de professores, de curiosos e de vadios, tantas
vezes convocadas, reunidas e louvadas nas dependências oficiais do Ministério
do Reino ou das Obras Públicas, produziram jamais coisa que se compare aos
relevantes serviços despremiadamente prestados à educação pública pela livre e
espontânea iniciativa da esclarecida e benemérita Sociedade de Instrução do
Porto”.
Em 4 de Março de 1882, em reunião da Sociedade de Instrução do Porto, tinha sido proposta a construção
de um monumento ao Infante D. Henrique, a propósito das comemorações do 5.º
Centenário do Nascimento, em 1894.
A sociedade não assistiria a esta vontade, pois teve vida
breve e encerraria em 1889.
“Os seus estatutos manifestam
que esta associação se interessaria por todos os assuntos relacionados com a história das ciências,
das artes e das indústrias em Portugal.
Fizeram parte desta sociedade nomes como Isaac, Joaquim de Vasconcelos,
José Frutuoso Aires de Gouveia Osório, Carolina Michaelis, entre outros em que
se destacavam sócios estrangeiros, sobretudo de origem inglesa, ligados ao
negócio do Vinho do Porto”.
Fonte: Tese de doutoramento de Maria Manuela Baptista
Assunção (2015)
No dealbar da primeira década do século XX, surgiria a Sociedade
de Belas-Artes do Porto ou
Sociedade
Portuense de Belas-Artes.
Uma série de vultos
do panorama artístico da cidade tentava, então, dar continuidade ao extinto
Centro Artístico Portuense.
Entre outros,
juntaram-se Marques de Oliveira, António José da Costa, Júlio
Costa, João Augusto Ribeiro, Júlio Ramos, José de Brito
e jovens artistas como António Carneiro, Aurélia de Sousa, Cândido da Cunha, Teixeira
Lopes, Fernandes de Sá e Eduardo de Moura.
A nova instituição
passaria a funcionar em instalações devidamente preparadas, na Travessa da
Picaria, num prédio que, após obras de remodelação, foi inaugurado em 6 de
Abril de 1907, com a realização de um concerto musical e uma exposição da obra
de Raphael Bordalo Pinheiro, que já tinha sido apresentada em Lisboa.
Na mira de
contribuir para o desenvolvimento cultural da cidade do Porto, os objectivos daquela
instituição passavam por fomentar o desenvolvimento da arte e a defesa dos seus
interesses, promovendo exposições, cursos, conferências, publicações
artísticas, excursões e concertos.
No capítulo das
excursões, começou o périplo por Leça do Balio e continuou pelo país fora.
Em 1 de Junho de
1908, seria a visita a Coimbra da Sociedade de Belas-Artes do Porto, sob a direcção
de Joaquim de Vasconcelos, visitando os principais museus e monumentos.
Excursão da
Sociedade de Belas-Artes do Porto ao mosteiro de Leça do Balio, 1907 – Ed.
Aurélio da Paz dos Reis
Em 9 de Junho de 1908, o rei D. Manuel II pede, em carta do
seu próprio punho, para ser inscrito como sócio contribuinte da Sociedade de
Belas-Artes do Porto.
A Sociedade de Belas-Artes do Porto
passaria a funcionar com vários cursos nocturnos, com modelo vivo e com
professores oriundos da Academia Portuense de Belas-Artes (APBA).
Presidiria à Sociedade de Belas-Artes do Porto António
Teixeira Lopes, sendo secretário Augusto Gama.
“Esta agremiação teve
uma caraterística inovadora na época: agregou os Amigos da Arte, unindo um público apreciador da cultura e da
arte, que se inscrevia, pagando uma cota.
Essa contribuição servia para auxiliar os artistas que expunham no Salão. Assim para cada exposição era organizado
um júri, que selecionava entre as obras expostas, e mediante o montante reunido com as cotas cobradas, adquiria
algumas obras que no final da
exposição sorteava entre os sócios dos Amigos
da Arte, contribuindo assim para
a divulgação da pintura e subsistência dos artistas. Este projeto foi
inovador e promoveu uma adesão
grande visível nas notícias dos periódicos”.
Fonte: Tese de doutoramento de Maria Manuela Baptista
Assunção (2015)
Ao longo dos anos foi decorrendo a actividade da Sociedade
de Belas-Artes do Porto, cuja
primeira exposição teria ocorrido em 1908, e na qual participou José Júlio
Sousa Pinto.
Assim, em 1909, 1910 e 1911, acontecem a 2ª, 3ª e 4ª
Exposições Anuais da Sociedade de Belas-Artes do Porto, respectivamente.
Em 1914, terá ocorrido a 7ª Exposição, nos salões do Ateneu
Comercial do Porto.
Em 1921, nos salões do Jardim Passos Manuel, ocorre a 10ª
Exposição da Sociedade de Belas-Artes do Porto.
Em Março de 1930, a Sociedade de Belas-Artes do Porto
promoveu uma exposição da obra do pintor António José da Costa, no Salão Silva
Porto, na Rua de Cedofeita.
Entrada primitiva do Jardim Passos Manuel, local que
actualmente é ocupado pelo Coliseu do Porto. O prédio parcialmente visível
ainda hoje existe
O Salão de Festas do Jardim Passos Manuel, habitualmente o
palco das exposições de pintura – Fonte: AHMP
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