segunda-feira, 20 de setembro de 2021

25.134 Instituições culturais portuenses na transicção de séculos

 
Instituto Portuense de Estudos e Conferências (IPEC)
 
O Instituto Portuense de Estudos e Conferências foi uma associação fundada em 1897, de carácter cívico e científico, cujo mentor foi o Dr. José António Forbes Magalhães e à qual presidiu o 1º Conde de Samodães (Francisco de Azeredo Teixeira de Aguilar), tendo contado com a colaboração artística de António Arroio e Manuel Rodrigues.
O IPEC promoveria ao longo dos anos diversas exposições de pintura tendo por palco a Galeria da Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP) e diversas conferências que tinham lugar, sobretudo, no Palacete do visconde da Trindade, à Praça Carlos Alberto, onde estava instalada outra instituição de referência da cidade, o Centro Comercial do Porto que, a partir de 1896, dividiria instalações com a Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto.
 
 
Em 1833, o palacete deixado para trás pelo 2º visconde de Balsemão, comprado pelo visconde da Trindade em Agosto de 1850, funcionaria, entretanto, como hospedaria (Hospedaria do Peixe) e, em 1849, alojaria  o rei Carlos Alberto– Gravura de Joaquim Villanova


 
 
Relativamente à gravura acima, ela identifica uma área que, até 1852, era conhecida como Largo dos Ferradores e, após aquela data, foi a Praça Carlos Alberto.
Assim, já nos términos do século XIX, naquele espaço, realizar-se-ia em 23, 25 e 27 de Maio de 1898, promovida pelo Instituto Portuense de Estudos e Conferências, a conferência “Soares dos Reis e Teixeira Lopes”, a cargo de António Arroyo.
Em 17, 24 e 29 de Abril de 1899, no mesmo local e sob a égide do Instituto Portuense de Estudos e Conferências, seria o conde de Samodães o conferencista, dissertando sobre a temática “Emigração e Imigração”.
Em 26 de Janeiro de 1900, à Praça Carlos Alberto, pela mão do Instituto Portuense de Estudos e Conferências, é conferencista Alberto Veloso de Araújo, sob o tema “Pela Agricultura Portuguesa”.
O 1º Conde de Samodães havia sido Provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP), entre 3/12/1884 e 17/8/1888 e, ainda, entre 24/8/1891 e 17/8/1894, enquanto Forbes de Magalhães, o havia sido entre 16/8/1901 a 12/11/1910.
Por certo, por influência daquelas personalidades, a SCMP acolheria algumas exposições colectivas promovidas pelo Instituto Portuense de Estudos e Conferências em 1900, 1901 e 1905, com grande participação de artistas e de visitantes.
Em 28 de Abril de 1887, tinha sido assinado entre a SCMP e a Companhia Aliança, proprietária da Fundição de Massarelos, o contrato de execução da Galeria de Retratos dos Benfeitores da Santa Casa da Misericórdia do Porto.
Foram ainda intervenientes na obra, a empresa  Cudell & Monteiro na colocação do pavimento e a  firma alemã Villeroy & Boch, de Mettlach fornecedor do mosaico.
A inspecção artística da obra ficou a cargo do conservador Joaquim Vitorino Ribeiro.
 
 
 
“Em 1885, o provedor Conde de Samodães incumbiu o engenheiro António Maria Kopke de Carvalho de apresentar um projeto para a construção de uma galeria, onde fosse possível expor de forma permanente e digna os retratos dos benfeitores da Misericórdia do Porto. O projeto inicial recebeu, posteriormente, algumas alterações da autoria do engenheiro José Isidro de Campos.
Construída pela Fundição de Massarelos, a Galeria dos Benfeitores foi inaugurada a 18 de maio de 1890 pelo provedor Castro e Solla. Além das autoridades civis, militares e religiosas, na cerimónia inaugural estiveram presentes cerca de 3000 pessoas.
Anos antes, em 1887, fora redigido o primeiro regulamento do conservador da Galeria dos Benfeitores, tendo sido nomeado o pintor Joaquim Vitorino Ribeiro que, entre outras funções, procedeu à conservação e ao restauro de vários retratos.
Além da exposição permanente de retratos, o espaço acolheu desde a sua inauguração sucessivas exposições temporárias, tanto individuais como coletivas”.
Fonte: “mmipo.pt/”
 
 
 
Nas exposições do Instituto Portuense de Estudos e Conferências os pintores participantes foram, entre outros: Henri E. Huguenin, Alfredo Torquato Xavier Pinheiro, José Almeida e Silva, Júlio Teixeira Bastos, João Augusto Ribeiro, Sofia de Souza, Júlio Ramos, Eduardo Augusto Moura, Eduardo Augusto Moura, António Cândido da Cunha, Alice Grillo, Leopoldina A da Silva Pinto, João Ribeiro Cristino da Silva, João Marques Oliveira, Fernandes de Sá, Thomaz de Moura.
Naquele icónico espaço também se realizaram exposições individuais, com realce para a de José Júlio de Sousa Pinto, em 1904, e a de Alberto Ayres de Gouvêa, em 1905, que expuseram na Galeria de Retratos dos Benfeitores da Santa Casa da Misericórdia do Porto, em certames promovidos pelo Instituto Portuense de Estudos e Conferências.
José Júlio de Sousa Pinto (Angra do Heroísmo, 15 de Setembro de 1856 — Pont-Scorff, Bretanha, 14 de Abril de 1939), atrás referido, foi um pintor português, ligado à primeira geração naturalista. Foi irmão de António Souza Pinto, também pintor.
Seria muito badalada uma exposição individual, que José Júlio de Sousa Pinto realizou no Palácio de Cristal, no atelier-escola do seu condiscípulo e amigo Artur Loureiro, em 1911.
Artur José de Sousa Loureiro nasceu na Rua do Bonjardim, no Porto, a 11 de Fevereiro de 1853 e faleceu a 7 de Julho de 1932, em Terras do Bouro. Era filho do médico Francisco José de Sousa Loureiro e de Guilhermina Luísa Soares Ribeiro e irmão do Urbano José de Sousa Loureiro, jornalista e escritor.
Começou a estudar desenho e pintura com o mestre e amigo António José da Costa tendo, depois, ingressado na Academia Portuense de Belas Artes, onde continuou a sua aprendizagem com João António Correia.
No Porto, montou, então, um atelier-escola, numa ala do já desaparecido Palácio de Cristal, o qual se tornou um espaço de referência, procurado por aspirantes a artistas e admiradores do pintor.

 

 
Piso superior da Galeria de Retratos dos Benfeitores da Santa Casa da Misericórdia do Porto, em 1900 – Fonte: Album da SCMP
 
 
 
 
Exposição de António Carneiro, 1902, na Galeria da SCMP
 
 
Na Galeria de Retratos dos Benfeitores da Santa Casa da Misericórdia do Porto, se passariam a realizar muitas outras actividades, caso do Congresso de Beneficência de 1905, que a seguir se realça, num pequeno trecho escrito extraído de uma crónica de uma revista da época.
 
 
 
 
Revista ilustrada “Occidente” de 10 de Fevereiro de 1905
 
 


Centro Artístico Portuense, Sociedade de Instrução do Porto, Sociedade de Belas-Artes do Porto
 
 
O Centro Artístico Portuense fundado em 1880, no Porto, teve como sócio nº 1 Soares dos Reis e como outros fundadores José de Brito, Henrique Pousão, João Marques Oliveira, Torcato Pinheiro, Sousa Pinto, Tomás Soller, entre muitos outros.
Inicialmente, esta instituição de carácter artístico funcionou, entre 1880 e 1885, na Rua dos Caldeireiros nº 225, num prédio no qual esteve a loja da Vidraria Fonseca.
Por esta morada esteve, a partir de 1887, a Sociedade Luís de Camões, uma instituição de instrução fundada por José Pereira Júnior.
Em 1909, foi o prédio ocupado por Manuel Francisco da Fonseca para instalação da conhecida vidraria.
O Centro Artístico Portuense passou, depois, por um prédio já desaparecido, ao nº 425 da Rua de S. Lázaro, na esquina da Rua de Loulé com a Avenida Rodrigues de Freitas e, depois, à Rua do Moinho de Vento (Rua Sá de Noronha), nº 54, a partir de 1886 até 1890.
Na mesma Rua de Sá Noronha, mas no nº 76, vai alojar-se o Centro Artístico Portuense entre 1891 e 1893.
Fecharia portas em Outubro de 1893.
 
 
“A sua primeira exposição teve lugar em 1881, e segundo Manuel M. Rodrigues, crítico da época, teve uma adesão boa, para o contexto da época (Machado 1947:53).
No entanto, esta instituição, fecharia em 1893, fruto das fracas condições económicas em que se encontrava, e tendo sempre sobrevivido igualmente, com a ajuda mecenática indispensável, de muitos dos seus sócios, principalmente Soares dos Reis. Esta Associação quando instalada na Rua do Moinho de Vento tinha um assíduo frequentador, entre muitos outros, que mais tarde se tornou numa figura relevante no comércio de exportação do Vinho do Porto, falamos de Adriano Ramos Pinto.
Fonte: Tese de doutoramento de Maria Manuela Baptista Assunção (2015)
 
 
A partir de determinado momento, a escola com o seu funcionamento, exclusivamente nocturno, começa também a abrir as suas portas durante as horas do dia para aproveitamento de alguns associados. 
Habitualmente, as aulas nocturnas, dirigidas ao estudo do modelo vivo, eram frequentadas por associados com outras actividades profissionais.
 
 
“Há quarenta e quatro ou quarenta e cinco annos houve no Porto uma sociedade, grupo ou corporação que se chamou Centro Artístico Portuense. Era, segundo ouvi dizer, uma escola de desenho, pintura e não sei de que mais. 
Se, ainda existe alguém que fizesse parte d´esse centro que nos quizesse dizer alguma coisa sobre elle, era favor que fazia, não só aos mais novos, mas, muito especialmente, ao PERGUNTADOR”.
“O Tripeiro”, III.ª Série, n.º 8 (128), (15 de Abril de 1926), p. 128
 
 
 
 
A Sociedade de Instrução do Porto surgirá em 1880, após em 12 de Março terem sido dados como concluídos os estatutos respectivos, depois de realizadas quatro reuniões dos fundadores.
Ficaram como objectivos, promover a instrução intelectual do cidadão procurando, a propósito, a abertura de bibliotecas, gabinetes de leitura e museus.
José António Ayres de Gouveia Osório (1827-1877), médico, professor e político seria o principal obreiro do aparecimento desta instituição, da qual seria presidente e cujo acto de lançamento haveria de estar associado às comemorações do tri-centenário da morte de Camões.
Em 10 de Julho de 1880, o sócio E. Von Hafe propõe a criação duma revista da Sociedade de Instrução do Porto, cujo primeiro número sairia em 1 de Janeiro do ano seguinte.
Como sócia emérita da Sociedade de Instrução do Porto, Carolina Michaëlis desenvolve, juntamente com Joaquim de Vasconcelos, Francisco Adolfo Coelho e José Joaquim Rodrigues de Freitas, projectos para concretizar as ideias de Friedrich Froebel quanto ao sistema de ensino pré-escolar, tentando que o Porto tenha um jardim-de-infância modelo, ante-projecto que nunca se veio a concretizar.
Ramalho Ortigão, nas Farpas, dá conta de parte da actividade da Sociedade de Instrução do Porto:

 
«O conselho científico, fiel intérprete da nossa lei, tem procurado com a mais louvável assiduidade estudar todos os meios de preparar fáceis soluções para os problemas da pedagogia, que absorvem a atenção de todos os pensadores. Na sua solicitude organizou o regulamento interno; fundou a nossa biblioteca e o seu gabinete de leitura, que hoje conta cento e catorze gazetas e publicações periódicas, e muitas centenas de volumes, alguns valiosos e raros; criou a Revista, de que se publicaram já seis números com duzentas e dez páginas; ordenou a aquisição de uma coleção-modelo para os jornais de infância, segundo o método Froebel; encetou a formação de uma bibliografia portuguesa de livros de ensino; começou o estudo e análise dos compêndios geralmente adotados, recomendando os melhores, o que é certamente um dos maiores serviços que pode prestar-se à pedagogia nacional apreciou minuciosamente e louvou o compêndio de geografia, original do nosso muito ilustre sócio Augusto Luso; encarregou à provadíssima competência do nosso zeloso secretário-geral, o senhor Joaquim de Vasconcelos, um projeto de organização do ensino técnico com aplicação às escolas de instrução primária; investigou e discutiu detidamente as condições do ensino primário e dos exames de admissão, nomeando uma comissão para formular o programa de um livro de leitura; considerou a importantíssima questão da ortografia nacional; finalmente, uma das duas secções prepara uma exposição de história natural, que será, como creio, o ponto de partida para a organização de um museu, onde se reunirão objetos e meios de estudo sempre necessários para os que pensam em alargar os limites da educação.
Depois deste discurso (1881) a Sociedade de Instrução do Porto levou a efeito, com grande êxito, a exposição de história natural, a exposição de cerâmica, a exposição de indústrias caseiras e a exposição de ourivesaria, factos de um interesse incomparável para o estudo da natureza em Portugal, para a história do trabalho industrial, dos costumes domésticos, das tradições artísticas e das aptidões plásticas da família portuguesa.
A magnífica exposição de louças nacionais e a das principais indústrias tradicionais do povo reuniram os mais numerosos, os mais raros, os mais importantes documentos do génio artístico e da filiação estética da raça lusitana. E todos ou quase todos esses documentos foram minuciosamente e zelosamente estudados por alguns membros da corporação e especialmente pelo secretário da sociedade e o seu principal boute-en-tain, o senhor Joaquim de Vasconcelos, o mais competente e o mais erudito dos nossos críticos de arqueologia e de arte”
 
 
 

Sociedade de Instrução do Porto exposição de cerâmica no Palácio de Cristal, em 1883 – Fonte: revista Occidente
 
 
E sobre a revista da Sociedade de Instrução do Porto, Ramalho Ortigão dizia:
 
 
“Além de trabalhos originais contendo a análise de documentos inéditos e estudos de coisas novas, a Revista tornou conhecidas as mais completas bibliografias de todos os trabalhos correlativas esquecidos nas bibliotecas, nos arquivos e nos cartórios do País.
No tomo vastíssimo de informações preciosas prestadas aos estudiosos e ao público pela Sociedade de Instrução do Porto encontram-se ainda trabalhos especiais consideravelmente importantes sobre a reforma do ensino, especialmente do ensino artístico e industrial, sobre a organização das escolas, do professorado, das galerias e dos museus, sobre os costumes e as tradições nacionais, sobre a língua e sobre as formas populares da arte, sobre a aprendizagem por oficias, e enfim sobre todos os mais importantes problemas da pedagogia moderna.
Nem as duas casas do Parlamento na discussão das sucessivas leis de instrução primária e de instrução secundária, feitas, desfeitas, refeitas e contrafeitas durante os últimos vinte anos, nem a junta consultiva ou a Direcção-Geral da Instrução Pública, nem os ministros, nem os deputados, nem os chefes de repartição, nem as comissões de estadistas, de professores, de curiosos e de vadios, tantas vezes convocadas, reunidas e louvadas nas dependências oficiais do Ministério do Reino ou das Obras Públicas, produziram jamais coisa que se compare aos relevantes serviços despremiadamente prestados à educação pública pela livre e espontânea iniciativa da esclarecida e benemérita Sociedade de Instrução do Porto”. 



Em 4 de Março de 1882, em reunião da Sociedade de Instrução do Porto, tinha sido proposta a construção de um monumento ao Infante D. Henrique, a propósito das comemorações do 5.º Centenário do Nascimento, em 1894.
A sociedade não assistiria a esta vontade, pois teve vida breve e encerraria em 1889.
 
 
 
“Os seus estatutos manifestam que esta associação se interessaria por todos os assuntos relacionados com a história das ciências, das artes e das indústrias em Portugal. Fizeram parte desta sociedade nomes como Isaac, Joaquim de Vasconcelos, José Frutuoso Aires de Gouveia Osório, Carolina Michaelis, entre outros em que se destacavam sócios estrangeiros, sobretudo de origem inglesa, ligados ao negócio do Vinho do Porto”.
Fonte: Tese de doutoramento de Maria Manuela Baptista Assunção (2015)
 
 
 
No dealbar da primeira década do século XX, surgiria a Sociedade de Belas-Artes do Porto ou Sociedade Portuense de Belas-Artes.
Uma série de vultos do panorama artístico da cidade tentava, então, dar continuidade ao extinto Centro Artístico Portuense.
Entre outros, juntaram-se Marques de Oliveira, António José da Costa, Júlio Costa, João Augusto Ribeiro, Júlio Ramos, José de Brito e jovens artistas como António Carneiro, Aurélia de Sousa, Cândido da Cunha, Teixeira Lopes, Fernandes de Sá e Eduardo de Moura.
A nova instituição passaria a funcionar em instalações devidamente preparadas, na Travessa da Picaria, num prédio que, após obras de remodelação, foi inaugurado em 6 de Abril de 1907, com a realização de um concerto musical e uma exposição da obra de Raphael Bordalo Pinheiro, que já tinha sido apresentada em Lisboa.
Na mira de contribuir para o desenvolvimento cultural da cidade do Porto, os objectivos daquela instituição passavam por fomentar o desenvolvimento da arte e a defesa dos seus interesses, promovendo exposições, cursos, conferências, publicações artísticas, excursões e concertos.
No capítulo das excursões, começou o périplo por Leça do Balio e continuou pelo país fora.
Em 1 de Junho de 1908, seria a visita a Coimbra da Sociedade de Belas-Artes do Porto, sob a direcção de Joaquim de Vasconcelos, visitando os principais museus e monumentos.
 
 
Excursão da Sociedade de Belas-Artes do Porto ao mosteiro de Leça do Balio, 1907 – Ed. Aurélio da Paz dos Reis
 
 
 
 
Em 9 de Junho de 1908, o rei D. Manuel II pede, em carta do seu próprio punho, para ser inscrito como sócio contribuinte da Sociedade de Belas-Artes do Porto.
A Sociedade de Belas-Artes do Porto passaria a funcionar com vários cursos nocturnos, com modelo vivo e com professores oriundos da Academia Portuense de Belas-Artes (APBA).
Presidiria à Sociedade de Belas-Artes do Porto António Teixeira Lopes, sendo secretário Augusto Gama.
 
 
“Esta agremiação teve uma caraterística inovadora na época: agregou os Amigos da Arte, unindo um público apreciador da cultura e da arte, que se inscrevia, pagando uma cota. Essa contribuição servia para auxiliar os artistas que expunham no Salão. Assim para cada exposição era organizado um júri, que selecionava entre as obras expostas, e mediante o montante reunido com as cotas cobradas, adquiria algumas obras que no final da exposição sorteava entre os sócios dos Amigos da Arte, contribuindo assim para a divulgação da pintura e subsistência dos artistas. Este projeto foi inovador e promoveu uma adesão grande visível nas notícias dos periódicos”.
Fonte: Tese de doutoramento de Maria Manuela Baptista Assunção (2015)
 
 
 
Ao longo dos anos foi decorrendo a actividade da Sociedade de Belas-Artes do Porto, cuja primeira exposição teria ocorrido em 1908, e na qual participou José Júlio Sousa Pinto.
Assim, em 1909, 1910 e 1911, acontecem a 2ª, 3ª e 4ª Exposições Anuais da Sociedade de Belas-Artes do Porto, respectivamente.
Em 1914, terá ocorrido a 7ª Exposição, nos salões do Ateneu Comercial do Porto.
Em 1921, nos salões do Jardim Passos Manuel, ocorre a 10ª Exposição da Sociedade de Belas-Artes do Porto.
Em Março de 1930, a Sociedade de Belas-Artes do Porto promoveu uma exposição da obra do pintor António José da Costa, no Salão Silva Porto, na Rua de Cedofeita.
 
 
 
Entrada primitiva do Jardim Passos Manuel, local que actualmente é ocupado pelo Coliseu do Porto. O prédio parcialmente visível ainda hoje existe

 
 
O Salão de Festas do Jardim Passos Manuel, habitualmente o palco das exposições de pintura – Fonte: AHMP

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