sexta-feira, 14 de julho de 2017

(Continuação 4) - Actualização em 04/07/2018 e 21/02/2019

19.3 Rua das Flores

No século XVI ocorre uma transformação acentuada da cidade medieval, com o aumento das actividades portuárias, resultante da expansão marítima. O início do século XVI é importante para a cidade do Porto e está, também ligado, à figura de D. Manuel.
De facto, D. Manuel que se casa pela terceira vez em 1518 morre de peste em 1521.
De 1517 data o foral da cidade do Porto atribuído por D. Manuel e em 1518, é fundado pelo rei o convento de Ave-Maria de S. Bento, que institui ainda a Casa dos 24, e entrega à recém - fundada Misericórdia, alguns hospitais e hospícios.
É no reinado de D. Manuel também, que se inicia a renovação da Porta de Carros, que vai adquirindo grande importância como entrada e saída para o norte (Braga e Guimarães, através da Rua do Bonjardim) e é feita a renovação do Postigo da Praia com o levantamento da Porta Nova, e a abertura, assim, de uma nova porta na saída para Miragaia. 
Mas, é sobretudo a estratégica implantação (1518) do então fundado convento de Ave-Maria de S. Bento e, a consequente abertura da Rua de Santa Catarina das Flores ligando aquele convento, ao convento de S. Domingos e, ligando a zona ribeirinha e portuária com a porta de Carros, que estrutura a cidade intramuros.
A partir de 1521, por deliberação do rei, começou então a ser aberta, através das hortas do Bispo e do Cabido e em terrenos da Misericórdia, a Rua de Santa Catarina das Flores, actual Rua das Flores, que em tempos de D. João I era local de torneios de acordo com os textos seguintes:

Não sendo prova disso por ser bastante anterior (1387) mas elucidando ainda assim da parca urbanização de toda aquela área, é esta passagem da Crónica de D. João I, aquando do casamento do monarca:
«...E fizeram mui à pressa ũa grão praça ante São Domingos da rua do Souto, que eram então tudo hortas, u justavam e torneavam grandes fidalgos e cavaleiros que o bem sabiam fazer...», ou seja; era naquele local, entre o convento dominicano e a Rua do Souto que se faziam os torneios que hoje tão habituados estamos, a ver, recreados nas feiras medievais.
Fonte: Nuno Cruz In, “aportanobre.blogspot”

“A prova de que toda a aquela área era usada para atividade lúdica está, por exemplo, no facto de ser bem ali próximo também, no local hoje ocupado por parte da Rua da Vitória, que se encontravam as chamadas Barreiras, ou seja, "... sítio das Barreiras onde os besteiros jogam a besta entre a Rua das Flores e a de S. Miguel" (1534);
ou mesmo ainda no século XIV, uma das confrontações da judiaria era «uma careira que ora vai  acima do caminho unde cragam a beesta que esta acima das almoinhas»; estas almoinhas serão provavelmente as hortas onde se rasgaria a Rua das Flores mais de cem anos depois”.
Fonte: Nuno Cruz In, “aportanobre.blogspot”


“Assim, os campos das barreiras também conhecidos como campos dos besteiros, eram espaços onde o povo costumava ir divertir-se e treinar com as bestas, antiga arma de guerra portátil utilizada para o arremesso de virotes.
Sabe-se, que nas grandes cidades dos tempos medievais existiam espaços ao ar livre, relativamente amplos, onde a população ia para se divertir, fazendo piqueniques; organizando corridas; ou jogando a pela, que era uma espécie de futebol antigo e que aquele campo das barreiras situava-se na encosta sobranceira à Rua das Flores, ou seja, sensivelmente por onde corre, nos dias de hoje, a Rua da Vitória”.
Fonte: Germano Silva

Construída para enobrecer a cidade, a Rua de Santa Catarina das Flores tornou-se elegante, aristocrática e, ainda, de importante actividade comercial. Ligando o Largo de São Domingos ao Convento de S. Bento da Ave-Maria, permitia um acesso directo entre dois polos citadinos de grande movimento, a Ribeira e a Porta de Carros (junto da actual Praça Almeida Garrett).
Esta porta foi rasgada, em 1521, pelo corregedor António Correia, possuindo duas torres de defesa, uma a Este e outra a Oeste, correspondendo às necessidades do crescimento populacional e do desenvolvimento económico, ao qual se terá ficado a dever a abertura da Rua das Flores, com o beneplácito de D. Manuel I.
Este novo eixo de circulação vai ser vital para a progressiva urbanização da margem direita do rio da Vila melhorando, ainda, as ligações comerciais do Porto com as cidades e vilas do interior do Entre Douro e Minho.
O nome da rua provém das viçosas hortas, recheadas de flores, que existiam nos terrenos por onde a rua foi aberta: as hortas do bispo. À época era bispo do Porto D. Pedro Álvares da Costa, cuja tamanha devoção por Santa Catarina do Monte Sinai, explica o nome inicial do arruamento: "Rua de Santa Catarina das Flores".
Aquele bispo era sobrinho do cardeal de Alpedrinha (Jorge da Costa, arcebispo de Braga e de Lisboa e ainda cardeal), e também bispo de Léon e de Osna.
Em 1549, João de Barros, na sua Geografia de Entre Douro e Minho refere-a como sendo uma "rua mui nobre".
O padre Rebelo da Costa, em 1789, aponta que a rua "contém as lojas mais ricas da cidade, tanto em fazendas de lã e seda como em todo o género de mercearias, porcelanas, lojas de ourives de ouro e prata".

Com a abertura da Rua das Flores, o largo quinhentista de São Domingos conheceu também importantes transformações, albergando a primeira "fonte redonda" do Porto.


“Foi necessário encanar um troço do Rio da Vila, o que terá dado origem à rua dos Canos que ia desde o Souto ao Largo de S. Bento. No sentido oposto, e para facilitar o tráfego para a Ribeira, é arranjada a R. das Congostas, promovendo-se o seu povoamento, levado a cabo pelos Dominicanos que emprazam terrenos. Foi aberta a rua da Ponte Nova, nome decorrente deste atravessamento como refere  Agostinho Rebello da Costa: “…algumas pontes de pedra, como a Ponte Nova, que está entre a Rua das Flores, e Bainharia, cercada de cazas, e balcoens,…”
In “doportoenaoso.blogspot.pt”

O núcleo mais representativo dos habitantes da Rua de Santa Catarina das Flores, foi constituído pela designada aristocracia urbana, isto é, cidadãos ligados à administração da cidade e da Coroa, mercadores, frequentemente nobilitados, e alguns cristãos-novos, conotando a rua com um forte caráter elitista, que o espaço edificado procurava confirmar.
Calcetada em 1542, passou a ser uma das principais ruas da cidade, a par da Rua Nova (actual Rua do Infante D. Henrique), sendo mesmo escolhida por nobres e burgueses para nela construírem luxuosos palacetes, nela se passando muitos dos factos que fizeram a história quinhentista e seiscentista do Porto. Ainda hoje é considerada a mais tripeira das ruas portuenses, com belas construções de vários séculos e as suas típicas varandas, das mais belas que o Porto tem.
Dentre os mais notáveis edifícios, além da Casa da Misericórdia e respectiva igreja, destacam-se as casas dos Maia, dos Cunha Pimentel, dos Sousa e Silva, dos Constantino e a da Companhia Velha.
Para esta rua vieram mais tarde os ourives e negociantes de ouro e prata, saídos principalmente da Rua dos Ourives. Ainda hoje, muitas destas casas de comércio se encontram no local.
Por meados do século XVI construiu-se uma ponte de pedra para atravessar o rio da Vila substituindo uma anterior de madeira, o que permitiu a ligação da nova Rua de Santa Catarina das Flores à Rua da Bainharia e deu origem ao desenvolvimento da Rua da Ponte Nova.
No rio da Vila, um pouco mais para jusante, havia uma outra ponte mais antiga, a de São Domingos.
Em muitas casas da Rua das Flores, podem, ainda hoje observar-se, na fachada, umas figuras de São Miguel Arcanjo, que era o patrono do Cabido. Noutros edifícios, observa-se por cima das padieiras das portas e gravadas na pedra a presença de umas rodas que representam a roda de facas com que foi martirizada Santa Catarina, e identificam a propriedade do Bispo.
Estas marcas de propriedade observam-se noutras zonas da cidade como por exemplo na Praça da República, a nascente. As marcas de posse do bispo, por lá, são as mitras.


Marcas de posse do Bispo na Rua das Flores nº 130



Marca Foreira do Bispo (mitra) presente na Rua Mártires da Liberdade - Cortesia de Jorge Ricardo Pinto



Marca de posse (S. Miguel Arcanjo) de identificação do Cabido


Marca de posse de S. Miguel Arcanjo como pertença do Cabido


A marca da foto acima está na Rua das Flores nº 228.
Estas marcas de posse que são, realmente, "marcas foreiras", radicam na alteração de regras que até determinado momento vigoraram no governo da comunidade eclesiástica. Durante muito tempo o bispo viveu em comunidade com os cónegos, coabitando como se dum convento se tratasse. A comunidade beneficiava por isso do rendimento da diocese.
D. Martinho Pires que veio de Braga para o Porto resolveu, porém, adoptar o mesmo sistema de Braga e separou os rendimentos do bispo dos cónegos, isto é, da mitra do cabido, tendo atribuído a si 2/3 e ao cabido 1/3 do total das rendas.


Rua das Flores em 1854


Rua das Flores, em 1890, cujo troço já foi Rua dos Canos


Carlota Lady Jackson, a célebre e culta viajante inglesa, esteve na rua das Flores em 1873 e deixou-nos desta rua este retrato:

“ (…) é a mais frequentada do Porto. É comprida e estreita demais para o tráfico que tem; mas o pavimento é bom. Aos sábados vai cheia de gente, como qualquer rua de Londres. Pelo meio vão a par, e chiando, dois abomináveis carros, puxados a bois. De vez em quando um cavaleiro arrisca-se a escoar-se por entre eles, serpeando por aqui e por acolá; e, às vezes, depara-se-nos uma carruagem encravada entre os carros, com a parelha a esbravejar à beira dos pacientes bois. Mas não há nada que lhe fazer porque ali (no Porto) não é permitido picar o gado…”


A Rua dos Canos foi o nome que, duran­te muitos anos, se deu aquela parte da rua das Flores que vai da Praça de Almeida Garrett até ao cruzamen­to com a Rua de Trindade Coelho.
Tinha aquela denominação por casa das inúmeras canalizações que passavam no seu subsolo, a maior das quais destinadas ao transporte de água para as diversas fon­tes públicas que por ali funcionavam mas também para os mosteiros mendicantes de S. Francisco e S. Domingos. 
Na Rua dos Canos a maior parte das casas não tinham, as marcas de posse anteriormente mencionadas porque pa­gavam foro, sim, mas à capela de Luzázeres a que pertenciam. 
Num documento do século XVII, por exemplo, lê-se isto: "Reconhece o licen­ciado Nicolau de Faria o quinto da sua casa na Rua dos Canos como propriedade da ca­pela de Luzázeres".
A existência da capela de Luzázeres anda ligada a uma lenda muito antiga, com estreitas ligações ao lugar de Luzares, um sí­tio compreendido entre as ruas de Chaves de Oliveira e da Senhora de Campanhã, na freguesia deste nome. Presume-se que te­ria sido aqui, que se edificou a primitiva matriz da paróquia de Campanhã. 
Segundo uma muito antiga tradição, o topónimo Luzares andaria ligado, etimo­logicamente, a Los Azares, palavra que, por sua vez, tem a ver com uma derrota sofri­da pelos cristãos em combate com os mou­ros de Almançor, aí pelo ano de 850. 
No local da batalha teriam, os cristãos, fundada uma ermida em honra de Santa Maria dos Azares que depois se viria a cha­mar capela de Nossa Senhora da Entrega e que, mais tarde, daria origem à primitiva Igreja Pa­roquial de Campanhã. 
Junto daquela capela havia um vasto terre­no onde foram sepultados, indistintamen­te, todos aqueles que morreram no célebre combate, fossem eles mouros ou cristãos. Diz a velha lenda que de noite as almas pe­nadas dos antigos combatentes se apresen­tavam, digamos assim, no cemitério em forma de pequenos luzeiros, e daí, a palavra Luzares de que derivou Luzázeres. 
Posteriormente decidiu-se transferir a sede da paróquia daquele sítio para o local onde agora se encontra, levando-se para a nova igreja a imagem de Nossa Senhora, agora sob a denominação de Senhora de Campanhã.

Planta de 1813 da Rua das Flores e Rua dos Canos

Legenda da planta: 

XIII-Largo do Chafariz de S. Domingos
XV-Largo de S. Roque
X-Largo da Feira
XXIV-Casa da Companhia do Alto Douro 
T-Convento S. Domingos
N-Convento das Freiras de S. Bento
W-Misericórdia 
47-Largo da Calçada do Corpo da Guarda
51-Rua da Biquinha
55-Rua de S. Domingos
Na planta acima, ainda se pode ver a Rua dos Canos, Travessa do Ferraz e Rua da Ponte Nova e a azul o troço do rio de Vila a céu aberto.

Planta de F. Perry Vidal de 1865 com a Rua das Flores

D. Manuel esteve no Porto em 1502 a caminho de Santiago de Compostela, e no “anno de M.D.III quebrou os privilegios da Cidade do Porto, para que nella podessem viver fidalgos…” tendo sido, a partir de então iniciado, a construção de casas apalaçadas quer no interior da muralha quer na periferia da cidade. No interior, é na prestigiada Rua das Flores que muitos fidalgos irão construir as suas mansões.


Casa do reverendo Martinho do Couto - Desenho (1908) de Albrecht Haupt, p. 410


José Ferrão Afonso, sobre o desenho anterior, escreve:

“A casa, designada, ainda no século XVIII, como «morada de casas nobres» tinha dois pisos, térreo e sobrado e foi edificada pelo reverendo Martinho do Couto, capelão real e abade de S. Martinho de Fiães, tendo depois sido de uma sua filha que casou com o dr. João de Barros, o autor da Geographia de Entre Douro e Minhoa quem, segundo indica o Censual da Mitra, pertencia já em 1542. Posteriormente, habitou nela outro homem poderoso, o prior de Azamor, reverendo Estevão Ribeiro, que a deixou em 1571 a suas sobrinhas. Destruída em finais do século XIX, ergue-se no mesmo local a antiga papelaria Reis. Dadas as suas características estilísticas, foi provavelmente uma das primeiras habitações da rua (mais precisamente, segundo o padre Novais, a segunda casa a ser edificada na rua, sendo a primeira a que pertenceu a Gaspar de Couros)”. 
In “doportoenaoso.blogspot.pt”
 
 
O prédio manuelino, edificado por Martinho do Couto seria, ainda, a morada da família Freitas Fortuna, tendo sido demolido já na segunda metade do século XIX. Algumas das principais pedras da fachada, incluindo a imagem de São Miguel, significando que esta casa era foreira do Cabido, foram parar ao atelier do escultor gaiense Teixeira Lopes.
A Papelaria Reis nasceu na Rua do Almada, em 1865, tendo sido seu fundador Manuel Alves dos Reis. Por morte deste sucedeu-lhe na administração do negócio seu filho José Alves dos Reis, que Carlos Bastos biografou no "Livro de Ouro do Comércio e Indústria do Porto".
A transferência da Papelaria Reis para a Rua das Flores ocorreu em 1907. Mas não foi logo para o sítio onde esteve a casa que foi de João de Barros. 
Instalou-se, primeiro, no prédio com os números de 21 a 25, onde já funcionava um estabelecimento do mesmo ramo - a Papelaria Rebelo, que havia sido fundada em 1877 por João Vieira Rebelo.
Foi só muito mais tarde (Dezembro de 1931) que a Papelaria Reis se mudaria para o prédio com a numeração de 150 a 160, no local anterior da implantação da residência do reverendo Couto.




Antiga Papelaria Reis - Fonte: Google Maps



Na foto anterior entre o nº 150 e 160 da Rua das Flores, o local onde esteve a casa do reverendo Couto e mais tarde a Papelaria Reis.
Na Rua das Flores, existiu em tempos o Hospital Albergaria de Rocamador que tinha uma entrada pela Rua das Flores. O que dele resta fica nas traseiras de um prédio que faz esquina com a Rua dos Caldeireiros.
Devido à concorrência do eixo da Rua das Flores, a velha Rua dos Mercadores perdeu progressivamente características de rua de grande comércio, habitada por burgueses de posses que viviam nas suas casas-torre medievais.



Rua das Flores nos seus tempos áureos


Incêndio em drogaria da Rua das Flores – Fonte: revista Portugal - Brasil, 16 Julho 1903



Na foto anterior, pela observação da Catedral e dado em 1º plano aparecer o telhado com uma cruz que pertencerá, talvez, à capela dos Figueiroa, a foto será obtida a partir da actual Rua do Ferraz.

“A rua das Flores é, desde longos annos, a Rua do Ouro, do Porto.
As lojas dos ourives não brilhavam nem pela vasti­dão, nem pelo luxo; mas, em compensação, reluziam dentro das vidraças grossos grilhões de ouro, enrosca­dos como serpentes, arrecadas do tamanho de pêras, que faziam lembrar os fabulosos pomos do jardim das Hespérides.
De todas as lojas, as mais luxuosas eram as do Au­gusto Moreira e a do Mourão. Os Leitões tinham ahi um pequeno estabelecimento, que ninguém podia imaginar fosse a chrisalida d'onde sahiria o bello estabelecimen­to, que annos depois fundaram em Lisboa no largo das Duas Igrejas—borboleta que se duplicou, porque tam­bém abriram no Porto, á praça de D. Pedro, outra loja apparatosa.
Não obstante a simplicidade primitiva do commum dos estabelecimentos, alguns ourives da rua dos Flores chegaram a fazer grandes interesses, graças à clientella das lavradeiras dos arrabaldes, que ainda hoje gastam o melhor do seu dote em arrecadas e cordões.”
Alberto Pimentel – “ O Porto na Berlinda”, 1894



Cartão comercial (2ª metade do século XIX) da Ourivesaria de Albino Coutinho & Filhos
 
 

Rua das Flores, em 1963


Para além de inúmeros Armazéns e lojas de Câmbios, na Rua das Flores também se encontravam instalados agentes de viagens como a Chargeurs Réunis, a Papelaria das Flores ou a loja de artigos religiosos A. D. Canedo Succs.



A. D. Canedo (artigos religiosos), na Rua das Flores 200 - In Illustração Portugueza n.º 239 II série de 19 de Setembro 1910; Fonte: “doportoenaoso”


Papelaria das Flores na Rua das Flores 59 a 63 – In Illustração Portugueza n.º 239 II série de 19 de Setembro 1910; Fonte: “doportoenaoso”


“A. Xavier L. da Costa” na Rua das Flores 59 a 63 no mesmo local da Papelaria das Flores


Drogaria Medicinal na Rua das Flores 32 a 36 - In Illustração Portugueza n.º 239 II série de 19 de Setembro 1910; Fonte: “doportoenaoso”

Muito conhecidos Rua das Flores eram os escritórios da “União Comercial”, proprietários de dois prédios contíguos, com os nºs de polícia entre 72 e 88.
 
 
União Comercial, em 1890


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