Lado Norte
A Praça de D. Pedro estava definida, a Norte, pela Câmara
Municipal, instalada desde 1819 no palacete Monteiro Moreira e que viria mais
tarde a ampliar as suas instalações, ocupando o vizinho palacete de Morais Alão
Amorim.
Praça D. Pedro - Ed. Alberto Ferreira-Praça da Batalha
Praça D. Pedro em 1910
Na gravura acima, o elétrico (à direita) revela que o ano
deste registo é de c. 1910, o que significa que a bandeira da monarquia,
hasteada no mastro da Câmara, não tardaria a dar lugar à verde-rubra, do novo
regime republicano.
Palacete de Monteiro Moreira - Colecção Mário Morais Marques,
In Porto Desaparecido Marina Tavares Dias / Mário Morais Marques, Quimera 2002
A Câmara - Colecção Mário Morais Marques, In Porto
Desaparecido Marina Tavares Dias e Mário Morais Marques, Quimera 2002
Quando, em 1819, a Câmara se instalou no edifício da Praça
D. Pedro, modificou a fachada encimando-a com um frontão onde foi colocada uma
pedra de Armas e Brasão da cidade.
Pedra de armas (concepção do século XVIII) instalada no frontão
da fachada do edifício da Câmara, transladada do espaldar da Fonte da
Natividade
Aqueles símbolos heráldicos da cidade vieram a sofrer, ao
longo dos anos, algumas transformações.
"O original
brasão da Invicta representava «uma cidade de prata, em campo azul sobre o mar
de ondas verdes e douradas».
Em 1517 sofre a
primeira alteração, ao qual foi incluído a imagem de Nossa Senhora de Vandoma,
com o menino Jesus nos braços sobre um fundo azul e entre duas torres.
Em 1813 e aquando
da Segunda modificação, a imagem de Nossa Senhora aparece ainda ladeada por
duas torres encimadas por um lado por um braço e por outro por uma bandeira.
Em 1834 no
reinado de D Pedro IV ao brasão foi introduzido uma inscrição «Antiga, mui
Nobre sempre Leal e Invicta cidade».
Este brasão era
então constituído por um escudo esquartelado, cercado pelo colar da Ordem da
Torre e Espada, tendo nos primeiros e quartos quartéis as armas de Portugal e
nos segundos e terceiros as antigas armas da cidade. Encimava o escudo um
dragão verde assente numa coroa ducal, sobressaía uma longa faixa com a legenda
Invicta.
A última
alteração do brasão, em 1940, dá-lhe a forma actual conhecida por todos,
representado pelas armas. Apresenta-se assim de azul com um castelo de ouro,
constituído por um muro ameado e franqueado por duas torres ameadas, aberto e
iluminado a vermelho, sobre um mar de cinco faixas ondeadas, sendo três de
prata e duas de verde.
Sobre a porta
assente numa mesura de ouro a imagem da virgem com diadema na cabeça, segurando
um manto azul e com o menino ao colo, ambos vestidos de vermelho, acompanhados
lateral e superiormente por um esplendor que se apoia nas ameias do muro.
Em destaque dois
escudos de Portugal antigo. No cimo uma coroa mural de prata, de cinco torres e
um coral da ordem militar da Torre e Espada, do Valor e do Mérito.
A listel branco a
inscrição «Antiga, mui Nobre sempre Leal e Invicta cidade do Porto».
Fonte: Site Câmara
Municipal do Porto
Em O Tripeiro Série
VII, Ano XXV, Nº.1, Horácio Marçal explica o brasão do Porto:
“ Em 13 de Maio
de 1813 por uma Carta Régia do Príncipe D. João (futuro D. João VI), para
galardoar a cidade pelo seu heroísmo aquando da primeira Invasão Francesa em
1807, erguendo o “”grito da independência”” em 1808, lhe foi dado um
acrescentamento às suas armas: 2 braços armados e manoplados em cima das
torres; um erguendo uma espada engrinaldada de louro, outro, um estandarte com as
armas reais. Em 14 de Janeiro de 1837, um documento redigido por Almeida
Garrett e assinado por D. Maria II e Passos Manuel, “” para memória de que a
cidade do Porto bem mereceu da Pátria e do Príncipe””, determina que as suas
armas sejam esquarteladas com as do reino e tenham ao centro, num escudete de
púrpura, o coração de ouro de D. Pedro (por ele deixado à cidade, em
testamento, que o guarda na Igreja da Lapa) sobrepujado por uma coroa de duque
(no mesmo decreto em que foi dada a Torre e Espada), tendo por timbre o dragão
negro das antigas armas dos senhores Reis destes reinos: que tenha o colar da
Ordem da Torre e Espada em volta do escudo (já concedida por Decreto de
04-04-1833) e junte aos seus títulos, o de Invicta”.
O brasão da foto acima apresenta dois braços armados e manoplados
(protegidos por luva) em cima das torres; um erguendo uma espada engrinaldada
de louro, outro, um estandarte com as armas reais.
Encontra-se guardado no Museu Soares dos Reis, tendo sido, primeiramente,
colocado numa fonte da Praça da Batalha.
Pedra de armas com brasão, segundo a concepção de Almeida
Garrett, que encimava fonte do Largo de S. Domingos e que está instalada nos
jardins dos SMAS, na Rua de Nova Sintra
Por decreto de 14 de Janeiro de 1837 verifica-se, então, a
alteração no brasão do Porto, pelo qual Almeida Garrett lhe daria a respectiva
forma. Para isso, esquartelou as armas, colocou-lhe a coroa ducal, o dragão
negro, etc.
Colocou-lhe nome de “Invicta” e o colar da Ordem de Torre e
Espada.
Por sua vez, o edifício da Câmara seria, mais tarde, coroando o seu frontão, dotado de uma estátua de um guerreiro, representando o Porto, com um elmo encimado de
um dragão, o que remete para as Armas concebidas por Almeida Garrett em 1837.
No escudo um brasão, possivelmente, dos inícios do século XIX,
com uma cidade rodeada de muralhas que encosta ao rio.
O palacete Morais Alão Amorim à esquerda
Carlos de Magalhães, no seu “Guia do Porto Illustrado”,
desvaloriza os edifícios dos Paços do Concelho, provavelmente fazendo eco de
uma pretensão da cidade, que pretende rasgar um ampla avenida para norte e até
à Circunvalação, do mesmo modo que em Lisboa está a ser concretizada a Avenida
da Liberdade.
“A Casa da Câmara – Não é, como naturalmente
seria justo suppor-se, um edifício notavel pela sua architectura e decoração; é
apenas um casarão vulgar, de medíocre apparencia exterior, situado n'uma das faces
da p. D. Pedro, e interiormente de péssimo aspecto e detestável construcção.
Foi adquirido, para este fim, em 1815, e adaptado, o meIhor que foi possível,
depois de grandes e dispendiosas obras. Ainda assim merece as honras de uma
visita intelligente, se se quizer apreciar alguns trabalhos artísticos ou
documentos de grande valor histórico. No primeiro caso devem notar-se os
frescos do tecto das salas das sessões e secretaria, devido ao pincel do hábil
artista trasmontano, que foi lente substituto de desenho na Real Academia de
Marinha e Commercio, João Baptista Ribeiro; o retrato admirável, tamanho
natural, de Carlos Alberto executado por Capisani, um dos primeiros pintores
italianos da épocha; o retrato de D. Carlos I, do afamado artista Sousa Pinto,
e depois, em parte, restaurado por Manoel António de Moura; o retrato do actual
monarcha D. Manoel II, do pintor Júlio Costa, etc., e por ultimo, do genial e
malogrado Soares dos Reis, um admirável busto em mármore de Carrara, de Pinto
Bessa, um dos presidentes das vereações modernas, a quem muito deve a cidade
actual, em melhoramentos.
No segundo caso impõe-se a referencia ao riquissimo
Archivo Municipal, que é, talvez, depois da Torre do Tombo, o mais valioso que
o paiz possue, e que merece bem ser visitado, especialmente por aquelles que se
interessam por coisas da nossa historia.”
Fonte: Carlos
Magalhães
Ainda do lado norte
da Praça e a poente do palacete de Morais Alão apresentava-se a Travessa da
Praça D. Pedro, hoje, a Rua Dr. Magalhães Basto, que fazia a ligação, primeiro,
com a Rua das Hortas e, depois, com a Rua do Almada.
À esquerda, a
evolução do edificado à entrada da Travessa da Praça D. Pedro, antes de 1916,
pois ainda se divisa, em ambas as fotos, o palacete de Morais Alão
Visita de D. Manuel
II, em 1908
Na foto acima,
obtida durante uma visita à cidade, em 1908, observa-se que o novo edificado
apresentado em foto anterior, à entrada da Travessa da Praça D. Pedro, ainda não
foi construído, pelo que, tal facto deve ter acontecido entre 1908 e 1916, se
bem que dos três prédios em causa, os dois primeiros (no sentido ascendente),
propriedade de José Narciso da Silva tiveram licença de construção em 1901, com
o nº 137.
O prédio alto, mais
antigo, adossado ao palacete de Morais Alão, que ainda se encontra de pé, nessa
mesma foto, foi aquele que albergou, anos antes, a drogaria do pai do poeta
Soares de Passos.
Em 1914, o prédio da esquina da Travessa da Praça D. Pedro (a norte) e da Rua do Almada, pertencente à firma J. M. Fernandes Guimarães & Cia., foi alvo de obras de remodelação, que obtiveram a licença respectiva com o nº 550/1914. Nessa morada, teve aquela firma a sua casa bancária.
Desenho de fachada
de prédio integrante de projecto que obteve licença nº 137/1901
Em 1914, o prédio da esquina da Travessa da Praça D. Pedro (a norte) e da Rua do Almada, pertencente à firma J. M. Fernandes Guimarães & Cia., foi alvo de obras de remodelação, que obtiveram a licença respectiva com o nº 550/1914. Nessa morada, teve aquela firma a sua casa bancária.
Desenho de fachada
de prédio integrante de projecto que obteve licença nº 550/1914
No sítio onde hoje, mais
coisa menos coisa, se ergue o monumento intitulado "A Juventude
", mais conhecido como "Menina Nua", ao fundo da Avenida dos
Aliados existiu, em tempos, um cemitério para cães criado em 1849, pela Câmara do Porto, que se situava no gaveto daquelas duas ruas e, onde, mais tarde, seria
erguido o prédio onde se instalaria o Hotel de Francfort, com o
café Chaves (1900/1917), no rés-do-chão.
“Pois foi junto a esse gaveto, do lado
poente, que a Câmara criou o tal cemitério para cães. Que não teve uma longa
vida. Com efeito, aí por 1851, um tal Luís Domingos da Silva Araújo,
capitalista, como eram classificados os homens de dinheiro daquele tempo,
comprou o terreno à Câmara e nele mandou construir um edifício onde, pouco
depois, se instalou o Hotel de Francfort, que, nos finais do século XIX,
começos do seguinte, era o mais importante hotel do Porto. Para conseguir esta
categoria, muito contribuiu a sua privilegiada situação: haveria de ficar a
dois passos, digamos assim, da estação central do caminho-de-ferro, a Estação
de S. Bento onde o primeiro comboio chegou a 7 de novembro de 1896.
O edifício mandado fazer por Luís Domingos da
Silva Araújo, não primava pela elegância arquitetónica. Tinha rés-do-chão e
quatro andares e apresentava o feitio de um ferro de brunir. Nos baixos do
prédio funcionava uma livraria e tipografia de Paulo Podestá, falecido aí por
1869, e onde instalou a sua livraria e tipografia Internacional.
Ao lado, ficava a célebre cervejaria Schereck
e o não menos célebre café Chaves”.
Com a devida vénia a Germano Silva
Com a devida vénia a Germano Silva
Hotel Francfort pronto para ser demolido
Na foto acima, um pouco mais para a esquerda, fora de observação, em frente à Rua dos Lavadouros, situava-se a famosa Cervejaria Bastos.
O Hotel Francfort
sempre esteve presente na prosa dos escritores da época, como se observa nos
textos que se seguem. Ocupava um prédio situado atrás do palacete da Câmara,
num gaveto formado pela Rua D. Pedro que acabava na Cancela Velha, e a Rua do
Laranjal correndo para Norte, praticamente paralela àquela, que ia ter em
frente à Igreja da Trindade.
“ Meu caro amigo! Os meses cerimoniais de luto passaram,
depois outros, e José Matias não se arredou do Porto. Nesse Agosto o encontrei
eu instalado fundamentalmente no
Hotel Francfort, onde entretinha a melancolia dos dias abrasados,
fumando (porque voltara ao tabaco), lendo romances de Júlio Verne e bebendo
cerveja gelada até que a tarde refrescava e ele se vestia, se perfumava, se
floria para jantar na Foz”.
Fonte: Eça
de Queiroz (1845-1900) –
Singularidades de uma rapariga Loira” – Contos
“Carlos abria os olhos para ela, assombrado, emudecido.
Não esperava aquela extravagância. Supusera que ela o queria no Porto,
escondido no Francfort, para
passeios românticos à Foz, ou visitas furtivas a algum casebre da
Aguardente...”
Fonte: Eça de Queiroz (1845-1900) Os Maias 1888
"Cançada de
uma longa espectativa infructifera, encaminhei-me para o Hotel de Francfort,
acerca do qual me fallara com louvor o conde de Paraty. Ordenei que conduzissem
para ahi a minha bagagem, resolvida a não dar nem mais um passo. A primeira
impressão foi atroz! Imagine-se uma rua descalcetada, invadida por uma nuvem de
operários esfarrapados e sujos, portas ennegrecidas, casas agglomeradas; em vez
de aposentos espaçosos uns simples quartos de collegial; emfim, a apparencia de
uma hospedaria de província de terceira ordem.”
Fonte: Maria Rattazzi – “Portugal a vol d’oiseau” (Portugal de
Relance) 1881 “
“Pelo hotel
passaram inúmeros forasteiros de nome, em especial gente de teatro, e muitas
celebridades líricas, como a Ida Benza, a Isabella Schwichner, a gloriosa
Ristori, a Darclée, a Elise Hensler, que depois casou com o rei D. Fernando, a
Chiaramonte, a Dealberti, etc., pois o Porto em tempos foi grande apreciador de
bom teatro lírico, não se contentando com artista de segundo plano.
O penúltimo dos
seus proprietários, François Babel, muito culto e de bastante iniciativa, quis
torná-lo um hotel moderno, dotando-o até de balneário, mas a casa não se
prestava a isso. Ainda assim, para o tornar conhecido fora do Porto,
estabeleceu ali jantares de réclame, às quintas-feiras, bem servidos, e
relativamente baratos, que lhe deram nome. A custo se ia tenteando, se não
fosse o advento da república, que deslocou os políticos para o Grande Hotel do
Porto, conservando-se-lhe apenas fiel, enquanto viajava, o Sr. Dr. António José
de Almeida”.
Fonte: António Lança in O Tripeiro, nº 109 (nº7 da 2ª série), 1 de
Abril de 1919
A propósito do texto anterior, diga-se que Elise Friederike Hensler,
titulada Condessa de Edla, foi a segunda esposa do rei D. Fernando II de
Portugal, viúvo da rainha D. Maria II.
De origem suíça-alemã, Elise Hensler aos doze anos imigrou com a família
para Boston, nos Estados Unidos, onde recebeu uma cuidadosa educação. Amante
das artes e das letras, terminou os seus estudos em Paris. Ao longo dos anos,
tornou-se fluente em sete idiomas.
Após o término da sua educação, Hensler actuou no Teatro alla Scala, em
Milão, Itália. No dia de Natal de 1857, em Paris, aos vinte e um anos, ela deu
à luz uma menina, batizada Alice Hensler, cujo pai era desconhecido.
No dia 2 de Fevereiro de 1860, Elise chegou a Portugal como membro da
Companhia de Ópera de Laneuville, para cantar no Teatro Nacional São João, no
Porto. Actuou em seguida no Teatro Nacional de São Carlos, de Lisboa, no dia 15
de Abril de 1860. Interpretava a pagem da ópera "Um Baile de
Máscaras", de Verdi. O rei D. Fernando II, no meio da plateia,
apaixonou-se pela bela cantora, então com vinte e quatro anos.
Além de cantora e atriz, Hensler era escultora, ceramista, pintora,
arquiteta e floricultora.
O casal, que contraiu casamento em 1869, gostava de se
refugiar em Sintra, onde D. Fernando II tinha comprado o abandonado Mosteiro da
Nossa Senhora da Pena.
Em 1885, D. Fernando faleceu e, em testamento, deixou à sua
viúva todos os seus bens, incluindo o Castelo dos Mouros e o Palácio da Pena,
ambos em Sintra.
Anúncio do Hotel Francfort do início do século XX
Em 5 de Junho de 1917, cerca de dois anos depois de ter
falecido o Conde de Alves Machado, no Hotel Francfort, onde morou durante anos, falecia
também, subitamente, neste hotel onde se encontrava hospedado, o Conselheiro
Teixeira de Sousa (primeiro prémio Macedo Pinto da Escola Médica do Porto, onde
se licenciara com distinção).
O nefasto acontecimento ocorrera após um passeio dado pela cidade na companhia de uns amigos.
O Conselheiro Teixeira de Sousa, antigo Presidente do Conselho e Ministro da Fazenda era, à data, sócio gerente da Empresa de Águas de Vidago, tendo promovido, nessa qualidade, a construção do Vidago Palace.
Rua D. Pedro (mais tarde Rua Elias Garcia) à direita, e Rua
do Laranjal à esquerda
Do lado esquerdo da
fotografia anterior, vê-se a Rua do Laranjal e a capela dos Reis Magos. No centro, o Hotel Francfort e o café Chaves. À direita, a Rua Elias Garcia que, antes, foi
Rua D. Pedro. Aquela Rua do Laranjal, rumando para Norte, ia desembocar em
frente à Igreja da Trindade.
Troço da Rua do
Laranjal com a Igreja da Trindade em fundo
Pela direita da foto, sempre em frente, corria a Rua Elias
Garcia
Capela dos Reis Magos
A capela dos Reis Magos teria sido edificada em
1738-39, e desmontada em 1915, aquando da construção da Avenida dos Aliados.
Era uma capela particular de Inácio Leite Pereira de Almada
Pinheiro Moreira, que, no início do séc. XIX, a vendeu, juntamente com o
palacete à Câmara do Porto. Nos dias de vereação, era lá celebrada missa.
Nesta capela estava a imagem de São Sebastião, que tinha
estado, no nicho da porta com este nome, na cerca velha, bem como a de São
Jorge, que veio da Igreja da Graça (Colégio dos Órfãos), em 1903, e a de Nossa
Senhora da Natividade, que tinha estado na fonte da Natividade, na Praça Nova e, ainda, a de São Marçal, padroeiro dos bombeiros que se encontra, agora, ao que dizem,
no quartel do Batalhão de Sapadores Bombeiros.
Em 25 de Maio de 1916, a edilidade portuense decide entregar
por 60$00 a fachada da capela dos 3 Reis Magos.
As pedras desta capela foram então compradas e o templo deslocado para Cantanhede, mais, precisamente, para uma
terra chamada Pocariça, onde foi reedificada e, actualmente, ainda pode
ser admirada.
Capela dos Reis Magos, em Pocariça, agora, como Igreja de S.
Tomé
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