“O Instituto
Industrial e Comercial do Porto foi fundado (Decreto de 30 de Dezembro, 1886),
pelo então ministro Emídio Navarro que lança as bases teóricas da organização
do ensino industrial e comercial do nosso País.
Antes disso, em 1852,
tinha sido fundada a Escola Industrial do Porto e que daria mais tarde origem
ao Instituto Industrial e Comercial do Porto, depois de em 1864 se ter tornado,
no Instituto Industrial do Porto (IIP).
Em 1891, as reformas
de ensino técnico de João Franco mantiveram inalteráveis as secções, industrial
e comercial do Instituto Industrial e Comercial do Porto, não as transformando
em escolas independentes.
Todavia, os cursos
elementares de comércio foram suprimidos e o curso superior fica reduzido a
três anos e dividido em dois graus.
O Instituto Comercial
e Industrial do Porto vê, em 1896, serem reconhecidos os seus Cursos
Superiores, equiparados aos das demais escolas: o antigo Curso Superior de
Comércio (criado pelo Decreto de 30 de Dezembro de 1886) e o Curso Superior
ministrado nos Institutos Industriais e Comerciais.
O Instituto Industrial
e Comercial do Porto viveu um percurso atribulado, pela falta de orientação
definitiva, até 1918, data da publicação do Decreto n.º 5 029, de 1 de Dezembro,
quando é desdobrado em três: Instituto Industrial do Porto, Instituto Comercial
do Porto e Instituto Superior do Comércio do Porto.
Nesta data dá-se pela
primeira vez a separação dos Institutos Comerciais em relação aos Institutos
Industriais, situação que se manteve até 1924. Esta segmentação é no entanto
temporária, pois rapidamente se fundem de novo estas áreas do saber e só em
1933 se opta por uma segmentação definitiva”.
Fonte – Site: “iscap.ipp.pt”
Instituto Comercial do Porto - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
1. A denominada Escola Industrial do Porto foi fundada em 1852, com o objectivo de que a sociedade desse o salto rumo à industrialização, deixando de ser sobretudo um país rural.
“… desde muito novo
sentiu meu Pai decidida vocação pelos assuntos ligados ao comércio, o que o
levou à matrícula no antigo Curso
Superior de Comércio do Instituto Industrial e Comercial, onde teve por
mestre, entre outros, o Dr. Paulo Marcelino Dias de Freitas, mais tarde
Director daquele estabelecimento, e por quem meu Pai nutriu sempre grande
admiração e estima. Por diversas vezes me recordo eu de ter visto o ilustre
Professor, com o seu porte elevado, a sua ampla testa e o seu sorriso
cativante, a presidir às sessões solenes comemorativas do aniversário da Escola
Raúl Dória.”
Fonte: A. Álvaro Dória, filho do Professor Raúl Dória,
In “O Professor Raúl Dória e a sua Escola”, Porto, 1968
De notar, relativamente ao texto anterior, que a Escola Raúl
Dória foi fundada em 1902, por Raúl Montes da Silva Dória (1878 - 1922) e, que,
como atrás foi referenciado, o Curso Superior de Comércio do Instituto
Industrial e Comercial foi reconhecido em 1896.
Instituto Comercial do Porto - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Após 1933, depois do ensino comercial ser autonomizado,
definitivamente, do ensino industrial, o então apelidado Instituto Comercial do
Porto é conhecido, à época, por deter o maior nível de estudos mercantis da capital
nortenha e, também, por ser um estabelecimento de ensino técnico médio, com
ambiência de ensino superior, em diversos aspectos da sua vida académica.
Instalar-se-ia, então, num prédio da Rua de Entreparedes, nº
44/48, conhecido também no século XIX, por palacete dos Campos Navarro.
Desenho de fachada integrante de projecto (1861) de construção de
prédio na Rua Entreparedes – Fonte: AHMP
O projecto a que alude o desenho acima foi apresentado à Câmara
do Porto pelo negociante António de Campos Navarro em 19 de Junho de 1861.
Após a sua morte, herda o edifício a viúva Liberata de Jesus
Barros e, o prédio acaba nas mãos do grande capitalista José Joaquim Guimarães Pestana da Silva, conhecido por viver num outro palacete na Rua de Gonçalo Cristovão, o Palacete dos Pestanas, para onde transitou vindo da Rua do Bonjardim, nºs 79-83, sua antiga residência.
Entre 1884 e 1887, o palacete da Rua de Entreparedes foi arrendado por 1.800$000 réis, ao Liceu do Porto, que para isso abandonou o palacete do Poço das Patas, que foi de Francisco de Sousa Cirne Madureira e acabou por pertencer a Manuel Carvalho Rebelo.
Em 1890, o edifício dos Campos Navarro é, então, ocupado pela Real Companhia Vinícola do
Norte, fundada em 1889.
Em 1929, a Real Vinícola aí se mantinha, pois solicitava um
pedido de licenciamento de obras, no edifício, à Câmara Municipal do Porto.
Em 1933, o palacete foi ocupado pelo Instituto Comercial do Porto e Instituto
Superior de Comércio do Porto, posteriormente transformado em Instituto
Superior de Contabilidade e Administração do Porto.
Durante alguns anos, a Real Vinícola manteve num vasto terreno, nas traseiras do prédio, uns armazéns que funcionavam como depósito.
Em 2005, o edifício foi colocado à venda e, actualmente,
está a ser remodelado para ser mais um hotel.
Rua de Entreparedes 44/48 – Ed. JPortojo
Interior do edifício da Rua de Entreparedes onde esteve o
Instituto Comercial
Voltando à actividade do Instituto Comercial, diga-se, que a
reforma operada pelo Decreto-Lei n.º 38 031, de 4 de Novembro de 1950, em nada
alterou as características deste estabelecimento de ensino.
Pelo contrário, a conjuntura política de 1974 vem operar
profundas alterações na vida deste Instituto, pois, na altura, crescem em
importância os cursos de carácter marcadamente técnico acabando, em 1976, por
adquirir a nova designação de Instituto
Superior de contabilidade e Administração (ISCAP).
“Neste novo contexto,
o progresso do País exigia o bom desempenho de quadros técnicos superiores, que
na altura escasseavam. Assim, o ISCAP, é reconhecido como uma das escolas que,
ao longo dos séculos, formaram gerações de profissionais e é inserido nos
estabelecimentos de ensino superior. Este acontecimento possibilita aos
diplomados pelos Institutos Comerciais receberem a designação de bacharéis, um
grau que “constitui habilitação própria para admissão ao estágio para professor
do 6º grupo do ensino técnico profissional”. Esta legislação é percursora
daquela que vai, mais tarde, integrar os Institutos Comerciais na rede de
ensino superior – o Decreto-Lei n.º 327/ 76, de 6 de Maio.
É assim que nasce a actual designação de Institutos Superiores de
Contabilidade e Administração,
com o estatuto de “escolas superiores, dotadas de personalidade jurídica e
autonomia administrativa e pedagógica”, habilitadas a conferir “os graus de
bacharelato, licenciatura e doutoramento”.
Fonte: “aeiscap.com”
A partir de 1976, é história recente, que compreende uma
mudança para novas instalações em S. Mamede - Matosinhos.
Já com novas instalações inauguradas oficialmente, em 1996,
o ISCAP recebe nos finais desta década o Mestrado em Contabilidade e
Administração, organizado pela Universidade do Minho, e em parceria com o
Instituto Politécnico do Porto. Apesar de inauguradas em 1996, a mudança para o
novo edifício processara-se um ano antes, em Novembro.
ISCAP (instalações actuais) em Moalde de Cima, Matosinhos
“O ISCAP está situado,
desde 1995, junto do Campus Universitário da Asprela, nas proximidades do
Hospital de S. João. As suas instalações compreendem uma vasta biblioteca, 2
auditórios, 3 anfiteatros, 1 sala de atos, centros de informática, laboratórios
de línguas e multimédia, laboratório de marketing digital, 1 cantina, 3 bares,
1 restaurante e repartições administrativas”.
Fonte: “iscap.ipp.pt”
Instituto Industrial
– Instituto Superior de Engenharia (ISEP)
Esteve na Rua do Breiner, nº 164, entre 1931 (após o
abandono do edifício até aí ocupado pela Faculdade de Letras) e 1968, onde se
instalaria nos anos seguintes, a Escola Fontes Pereira de Melo.
Edifício, em 1939, na Rua do Breiner, nº 164, onde esteve o Instituto
industrial do Porto, entre 1933 e 1968. Hoje, faz parte do património
imobiliário do Politécnico do Porto
Antes, tinha começado por estar, em 1854, na Rua de S. Roque
da Vitória e, mais tarde, dividindo instalações com outras instituições, no
chamado edifício da Academia Politécnica, na área a Poente deste, que dava para
a Rua do Anjo.
“O ISEP tem como raiz
a «Escola Industrial do Porto»,
criada no reinado de D. Pedro V pelo ministro Fontes Pereira de Melo a 30 de
Dezembro de 1852. Fontes Pereira de Melo estava desagradado com o carácter
teórico do ensino de então ministrado pela Academia Polytechnica (origem da
actual Universidade do Porto) que segundo intelectuais era incapaz de responder
às novas necessidades.
A inauguração oficial
da escola ocorreu a 27 de Março de 1854. Poucos dias volvidos, a 1 de Maio,
teve início um curso livre experimental em salas da Associação Industrial
Portuense, na Rua de S. Roque da Vitória.
Os portuenses responderam a este desafio educativo, registando-se no primeiro
ano lectivo de 1854-1855 a inscrição de 488 alunos. O ano seguinte decorreu já
num «canto modesto do edifício da Academia Polytechnica», que entretanto fora
submetido a obras de adaptação.
A Escola Industrial,
Academia Polytechnica, o liceu nacional, a Academia Portuense de Belas Artes, o
Colégio dos Órfãos e a Biblioteca do Porto passam a funcionar no Paço de
Estudos do Porto. Hoje, é o antigo edifício da Faculdade de Ciências da
Universidade do Porto. No início da sua criação, a escola recorria à Associação
Industrial Portuense quando procurava espaços e equipamentos para ministrar os
seus cursos. A Escola Industrial do Porto diplomava Operários de fábricas,
Oficiais, Mestres e Directores nas áreas de Mecânica e Química ao nível das
soluções técnicas e conceitos de ensino prático e experimental praticado na
Europa da época.
Em 1864, durante a
expansão do ensino superior industrial em Portugal por João Chrysostomo de
Abreu e Sousa, o actual ISEP passa a
denominar-se «Instituto Industrial do Porto» (IIP), e principia a formação
das elites industriais nortenhas. O ensino teórico era feito no instituto e o
prático nas oficinas do Estado, em fábricas particulares ou em serviços
públicos.
Durante a visita real
de D. Luís I à cidade do Porto em 1881, o ministro do reino Thomaz Ribeiro
propõe uma fusão entre as duas escolas de topo do ensino industrial da cidade:
O Instituto Industrial do Porto e a Academia Polytéchnica. Ambas as escolas se
fundiriam no novo "Instituto
Polytéchnico". Esta ideia era pretendida pela Academia Polytéchnica,
já que ambas as escolas tinham equipamentos conjuntos, partilhavam
"lentes" (professores) e havia vantagens para ambas as escolas quer
em equipamentos quer em financiamento. O projecto incluía alguns cursos
inovadores como de Químicos Industriais e de Engenheiros de Máquinas. Este
convite teve forte oposição por parte do Instituto Industrial, porque a fusão
ia contra a natureza e motivo da sua criação, que era precisamente ser uma
alternativa ao academismo demasiadamente teorizante e especulativo dessa
academia.”
Fonte: “pt.wikipedia.org”
A Escola Industrial do Porto, que seria o embrião do
Instituto Industrial começaria, em 1 Maio de 1854, o seu 1º curso nas
instalações da Associação Industrial Portuense.
A Associação Industrial Portuense, conhecida,
também pelas siglas AIP ou AI Portuense, tinha sido fundada, em 1849, por José
Vitorino Damásio e outros homens de negócio da região.
A AIP, criou raízes, numa publicação industrial e
tecnológica (1ª revista sobre a indústria do Porto) começada em, 31 de Março de
1845 e, cujo último número saiu, a 28 de Fevereiro de 1846 – “O Industrial
Portuense”.
Quando iniciou a sua actividade, a AIP, lançou o primeiro
número de uma publicação de informação industrial e tecnológica, "O Jornal
da Associação Industrial Portuense", abrindo ainda as suas portas, dois
meses depois, na então Rua de S. Roque
da Vitória, ao que viria a ser o embrião da primeira instituição de ensino
profissional portuguesa, a "Escola Industrial Portuense", pioneira do
ensino técnico oficial instituído pelo governo.
Nos anos que se seguem este tipo de ensino iria passar, até
à implantação da República, por 4 fases, que se explicitam a seguir:
1. A denominada Escola Industrial do Porto foi fundada em 1852, com o objectivo de que a sociedade desse o salto rumo à industrialização, deixando de ser sobretudo um país rural.
Foi Fontes Pereira de Melo, ministro das Obras Públicas, do
Comércio e da Indústria, quem lançou o primeiro sistema público de ensino
industrial, assente na ideia de educação para o desenvolvimento, onde a Escola
Industrial do Porto punha em relevo aquelas características, em despique com a
Academia Politécnica.
Em 1854 decorria um curso da Escola Industrial do Porto, nas instalações da AIP, sitas à Rua de
S. Roque da Vitória.
2. Em 1864, sob a égide do Ministro Conselheiro João
Chrysostomo de Abreu e Sousa, efectua-se uma ampla reforma e expansão do ensino
industrial. O ensino "superior" industrial é, então, dividido em duas
partes: a primeira, incluía formação geral comum a todas as artes, ofícios e
profissões industriais, integrando duas componentes: o ensino teórico,
ministrado na Escola, e o ensino prático, ministrado nas oficinas do Estado ou,
sob acordo, em fábricas particulares; a segunda incluía o ensino especializado
de certas artes e ofícios, e também de diversos serviços públicos tais como
obras públicas, minas e telégrafos.
No âmbito desta reforma a Escola Industrial do Porto passa a
Instituto Industrial do Porto, formando "mestres",
"condutores" e "directores de fábrica".
Por esta altura, a Escola Industrial
do Porto, a Academia Polytechnica, a Academia Portuense de Belas Artes, o
Colégio dos Órfãos e a Biblioteca do Porto, passam a funcionar no Paço de
Estudos do Porto, hoje, o edifício da Reitoria da Universidade.
Entretanto, o liceu Nacional que, desde
1840, por aqui vinha funcionando, em 1864, já funcionava na Rua Formosa.
3. Em 1881, durante a visita ao Porto do Rei D. Luís, o
então Ministro do Reino Tomás Ribeiro, e o Ministro das Obras Públicas
Rodrigues de Freitas, propuseram a fusão das duas escolas de topo do ensino
industrial - a Academia Polytéchnica do Porto e o Instituto Industrial do Porto
- numa só, denominada, Instituto Polytéchnico do Porto.
O Conselho Escolar, do Instituto Industrial do Porto, considerando
que tal projecto era contrário ao seu percurso histórico - recusa o projecto de
fusão com a Academia Polytéchnica.
Criada em 1837, a Academia
Politécnica do Porto, decorreu de uma reforma da instrução pública empreendida
pelo Ministro do Reino Passos Manuel, sucedendo à Academia Real da Marinha e
Comércio. Duraria até à implantação da República.
4. Em 1886, por acção do Ministro Emídio Júlio Navarro, procede-se
à fusão de cursos e, no ano lectivo de 1886-87 é, em sequência, inaugurado o
Instituto Industrial e Comercial do Porto.
Com o fim da Monarquia e a chegada da Primeira República e
com as mudanças derivadas da transição política acontecida na época, os
objectivos do instituto e da indústria nacional ficam indefinidos, num país
indeciso entre a indústria e a agricultura.
Assim, em meados do século XX, passam a ser ministrados
cursos de nível técnico médio de ensino industrial.
Continuando a ser uma instituição estruturante do ensino
ligado à indústria, passa, o Instituto Industrial, a formar agentes técnicos de engenharia para
todas as suas áreas clássicas.
Durante o período do Estado Novo, a secção industrial
autonomiza-se definitivamente, recriando-se, assim, o Instituto Industrial do
Porto, cujas instalações se mantêm na Rua do Breiner, até 1968.
A partir deste ano, ocupa instalações na área do Hospital São
João, onde ainda se mantem.
Em 1974, através do decreto-lei 830/74, de 31 de Dezembro,
converteram-se os Institutos Industriais em Institutos Superiores de
Engenharia.
Instituto Superior de Engenharia do Porto.
Mais recentemente,
“ (…) em 1989, o
Instituto Superior de Engenharia do Porto é integrado no subsistema de Ensino
Superior Politécnico, passando o seu modelo de formação a integrar dois cursos
distintos: o bacharelato, com a duração de três anos, e os Cursos de Estudos
Superiores Especializados, com a duração de dois anos e acesso por concurso
documental, que, em conjunto com um bacharelato com ele coerente, conferia o
diploma de licenciatura.
Em 1998, no âmbito de
uma nova reforma do ensino superior politécnico, o ISEP passa a ministrar as
actuais licenciaturas bietápicas, caracterizadas pela sua estruturação em dois
ciclos - o bacharelato com a duração de três anos - o que possibilita a
inserção no mercado de trabalho, seguido de um segundo ciclo de dois anos -
frequentado essencialmente em regime pós-laboral - para a obtenção da
licenciatura.
Em 2006, por força da
adesão de Portugal à Declaração de Bolonha, o ISEP disponibilizará um novo
Plano de Estudos, constituído por licenciaturas e mestrados nas diversas áreas
da Engenharia, assim iniciando um novo ciclo da sua já longa história.”
Fonte: “essr.net”
Fonte: “essr.net”
Em Maio 1912 inicia-se a construção dum edifício escolar que
viria a ser o Instituto Moderno, em que o único investidor é o Prof. Dr. José
de Oliveira Lima, que tinha adquirido nessa zona, três parcelas de terreno,
que, hoje, deram origem à Quinta da Bela Vista e em cujo edifício esteve sedeado
o colégio.
Actualmente toda aquela área comporta um quartel da GNR,
conhecido por Quartel da Bela Vista e, ainda, um parque florestal público, denominado
Parque de S. Roque.
“Este estabelecimento
escolar destinava-se ao ensino primário e secundário, funcionando em regime de
internato e externato.
Construído
expressamente para funcionar como estabelecimento de ensino, esta instituição
foi modelar, quer devido à qualidade das instalações, quer porque utilizou os
mais modernos princípios didácticos e higiénicos da época. O seu ginásio
principal ainda hoje funciona. Apesar destes propícios requisitos, a vida deste
Instituto foi relativamente curta. Funcionou como colégio no período
compreendido entre 1914, data da conclusão do edifício, e 1918. Não esqueçamos
que esta época foi marcada pelas conturbações políticas, económicas e sociais
do início do regime Republicano e pela grande guerra de 1914-18, o que pode de
algum modo explicar a efemeridade da instituição”.
Fonte – Site: “j-f.org”
Instituto Moderno
Na foto acima, os alunos saindo do Colégio Moderno. O Director,
Prof. Dr. José de Oliveira Lima à porta, à direita da foto, assiste.
Refeitório do colégio com mesa do professor em 1º plano no
canto à direita
Hoje, na Avenida Camilo, em terrenos que tinham feito parte
integrante da Quinta de Sacais, passou antes pela Rua de Santa Catarina, onde
funcionou na segunda metade do século XIX, como Liceu
Nacional do Porto (como lhe chamava Alberto Pimentel, que o frequentou e, onde
leccionou Antero Quental) e, depois, Liceu Central do Porto (a partir de 1887) no edifício conhecido por Palacete dos Castro Pereira ou Palacete do visconde (2º) de Lagoaça onde, mais tarde, se instalou a
Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, bem perto da Rua Formosa.
Edifício do Liceu na Rua de Santa Catarina - Ed. MAC
Aliás, o Liceu Nacional do Porto ou
Liceu Portuense foi inicialmente instalado, em 1840, na Escola Politécnica e aí
funcionou até 1862, onde estiveram também a Academia de Belas-Artes e a Escola
Médico Cirúrgica e, depois, a partir daquela data, esteve sucessivamente
instalado, na Rua Formosa, nº 108-116 (onde esteve até aos nossos dias, a
Tipografia “Imprensa Portuguesa”), prédio, à data, pertencente à família Cirne
e, a partir de 1866, na Rua de Santa Catarina próximo da Rua Formosa, até 1879,
onde viria a funcionar a repartição de Obras Públicas.
Entre 1879 e 1884, ocupou o Palacete dos Cirnes, no Campo 24 de Agosto, pertença de Manuel Carvalho Rebelo, que o recebeu por herança do seu sogro, Francisco Diogo de Sousa Cirne de Madureira, tendo passado, também, por um edifício da Rua de Entreparedes, onde viriam a funcionar os escritórios da Real Companhia Vinícola e o Instituto Comercial e o Instituto de Contabilidade e Administração do Porto e passou, ainda, a partir de 1887, pelo palacete da Rua de S. Bento da Vitória, da Baronesa da Regaleira, onde hoje se encontra Polícia Judiciária.
Entre 1879 e 1884, ocupou o Palacete dos Cirnes, no Campo 24 de Agosto, pertença de Manuel Carvalho Rebelo, que o recebeu por herança do seu sogro, Francisco Diogo de Sousa Cirne de Madureira, tendo passado, também, por um edifício da Rua de Entreparedes, onde viriam a funcionar os escritórios da Real Companhia Vinícola e o Instituto Comercial e o Instituto de Contabilidade e Administração do Porto e passou, ainda, a partir de 1887, pelo palacete da Rua de S. Bento da Vitória, da Baronesa da Regaleira, onde hoje se encontra Polícia Judiciária.
Entre 1884 e 1887, o liceu do Porto esteve no palacete de Campos Navarro, na Rua de Entreparedes - Foto de c.1890
Em 1901, é arrendada mais uma casa contígua à anterior do mesmo proprietário seguindo-se mais um arrendamento, em 1903, a casa contígua das anteriores propriedade de Eduardo de Sousa Neves.
Em consequência do aumento da população escolar o Liceu Central foi cindido em dois.
Um deles, que virá a ser o Liceu da 1ª zona e que dará origem ao Liceu Alexandre Herculano, instala-se, em 29 de Setembro de 1905, na Rua de Duque de Loulé, em instalações pertencentes ao Colégio dos Orfãos e em 17 de Novembro de 1906, é alugada uma casa anexa pertencente também, àquele colégio.
Em Setembro de 1907, parte do liceu muda para a Rua de Santo Ildefonso (entre o Largo do Padrão e o Campo 24 de Agosto), para duas casas contíguas, uma pertencente a Joaquim António Silva e, a outra, a Adolfo Fernando Barbosa.
Abandonadas, definitivamente, em 1910, as instalações da Rua Duque de Loulé, é ainda na Rua de Santo Ildefonso que vai ser alugada mais uma casa, contígua às já ocupadas, pertencente a António Luís de Sousa.
A que se seguiria o aluguer de mais outra, ainda na Rua de Santo Ildefonso, mas situada no troço compreendido entre o Largo do Padrão e a Rua de Passos Manuel, propriedade de Vitorino de Almeida.
Em 1916, as instalações do liceu passam a ocupar, também por arrendamento um prédio na Rua do Poço das Patas (Rua Coelho Neto), em frente da Travessa do Poço das Patas, pertencente a José da Silva Baía Júnior.
Diga-se que, em 1906, o Liceu Central acabaria por dar origem a dois estabelecimentos, um para a zona ocidental e outro para a zona oriental da cidade, ficando a ser, este último, conhecido, como o Liceu Central da 1ª Zona (oriental) do Porto e, em 1908, como o Liceu Central de Alexandre Herculano que, em 1921, ocupará as instalações na Avenida Camilo, como Liceu Alexandre Herculano.
Um deles, que virá a ser o Liceu da 1ª zona e que dará origem ao Liceu Alexandre Herculano, instala-se, em 29 de Setembro de 1905, na Rua de Duque de Loulé, em instalações pertencentes ao Colégio dos Orfãos e em 17 de Novembro de 1906, é alugada uma casa anexa pertencente também, àquele colégio.
Em Setembro de 1907, parte do liceu muda para a Rua de Santo Ildefonso (entre o Largo do Padrão e o Campo 24 de Agosto), para duas casas contíguas, uma pertencente a Joaquim António Silva e, a outra, a Adolfo Fernando Barbosa.
Abandonadas, definitivamente, em 1910, as instalações da Rua Duque de Loulé, é ainda na Rua de Santo Ildefonso que vai ser alugada mais uma casa, contígua às já ocupadas, pertencente a António Luís de Sousa.
A que se seguiria o aluguer de mais outra, ainda na Rua de Santo Ildefonso, mas situada no troço compreendido entre o Largo do Padrão e a Rua de Passos Manuel, propriedade de Vitorino de Almeida.
Em 1916, as instalações do liceu passam a ocupar, também por arrendamento um prédio na Rua do Poço das Patas (Rua Coelho Neto), em frente da Travessa do Poço das Patas, pertencente a José da Silva Baía Júnior.
Diga-se que, em 1906, o Liceu Central acabaria por dar origem a dois estabelecimentos, um para a zona ocidental e outro para a zona oriental da cidade, ficando a ser, este último, conhecido, como o Liceu Central da 1ª Zona (oriental) do Porto e, em 1908, como o Liceu Central de Alexandre Herculano que, em 1921, ocupará as instalações na Avenida Camilo, como Liceu Alexandre Herculano.
“Com o aumento
demográfico verificado em finais de oitocentos e, em especial, o acréscimo das
exigências sociais do alvor da nova centúria, especialmente emanadas dos
círculos republicanos, as entidades competentes viram-se na necessidade de
fundar novos estabelecimentos liceais, ao mesmo tempo que desdobravam as zonas
escolares entretanto definidas.
Neste panorama traçado
para a generalidade do território português, a cidade do Porto seria dividida
em duas grandes zonas pedagógicas, instalando-se em cada uma delas um liceu
central, por decreto de 4 de Janeiro de 1906. O que ocorreria de imediato, para
o caso que nos interessa, como Liceu Central da 1ª zona (oriental) do Porto, em
instalações provisórias e pouco apropriadas aos requisitos de um ensino desta natureza,
como acima se disse, em edifício alugado na Rua do Sol, até que, passados dois
anos, em 1908, e já ostentando a denominação de
Liceu Central de
Alexandre Herculano", se procedeu à sua transferência para a Rua de Sto.
Ildefonso, onde ocuparia instalações arrendadas para o efeito.
Mas, foi somente com o
advento republicano e, mais propriamente, em 1911, que o Parlamento aprovou a
proposta apresentada pelo médico e deputado pelo Porto na legislatura das
Constituintes desse mesmo ano, Ângelo Vaz, controverso defensor e divulgador do
polémico movimento neomalthusiano, emergido entre nós, justamente, no início
desta centúria, que mudaria, radicalmente, a História do Liceu. Referimo-nos,
em concreto, ao empréstimo governamental de 150 contos para construção de um
edifício de raiz.
Não obstante, e depois
de ter sido lançada a primeira pedra em 1916, em cerimónia oficial testemunhada
pelo presidente da República Bernardino Machado (1851-1944), a conclusão do
projecto verificou-se apenas em 1934, da autoria do conhecido arquitecto José
Marques da Silva (1869-1947), que viveu em Paris, entre 1889 e 1896, depois de
ter cursado na Academia de Belas-artes do Porto, e antes de ter obtido vários
prémios de reconhecimento internacional, designadamente no âmbito das
Exposições Universais de Paris (1900) e do Rio de Janeiro (1908).
Um longo período
pautado por diversas adversidades, não apenas económicas, como, sobretudo,
políticas, ditadas, quer pelo envolvimento do país na I Grande Guerra, quer
pelos sucessivos tumultos registados entre finais da segunda década, inícios da
terceira, culminando no estabelecimento da Ditadura Militar e do Estado Novo,
levou a que o LAH só fosse finalizado em 1934, ainda que já fosse frequentado
desde o ano lectivo de 1921-1922, reduzido, porém, à ala poente do seu corpo.
Contemplando de início
28 salas de aula, com áreas específicas destinadas ao ensino de Física,
Química, Geografia, Desenho e Música, a par de uma biblioteca, anfiteatro para
apresentação de teatros e, já num segundo momento, de cinema, cinco pátios de
recreio, um de desporto, três ginásios, piscina, cozinha e refeitórios,
sanitários, gabinetes médicos, sala de professores, gabinete do médico escolar
e três cómodos para o reitor, o projecto denunciava um conhecimento assaz
profundo das mais recentes teorias e práticas pedagógicas, designadamente das
implementadas além-fronteiras, assim como, certamente, uma colaboração estreita
e verdadeiramente exemplar entre arquitecto e pedagogos. As alterações
verificadas, desde então, resumiram-se à construção de 8 novas salas de aula e
de uma capela, já nos anos sessenta, perante o aumento do número de alunos
entretanto registado, amplamente frequentado por destacados membros da
sociedade portuense, nomeadamente das suas Artes e Letras”.
Fonte – Site: patrimoniocultural.gov.pt
Liceu Alexandre Herculano em 1930
Liceu Alexandre Herculano
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