Revolta contra as
tropas de Napoleão
“Na sequência da
primeira invasão francesa (1807/1808), comandada por Junot, a cidade do Porto
foi ocupada no dia 13 de Dezembro de 1807 e o seu governo foi confiado, pelos
franceses, ao general galego D. Francisco de Taranco e Llano. Lembramos que
naquele tempo a Espanha já estava sob a dominação napoleónica e os militares do
exército espanhol deviam estar, em princípio, ao serviço da França. Daí a
entrega do governo da cidade do Porto a um militar espanhol.
Uma das mais ignóbeis
tropelias dos franceses foi a de ordenar que se apagassem todos os símbolos da
nossa nacionalidade: bandeiras, que foram queimadas; brasões mandados picar,
uns, cobrir de cal, outros, etc, etc.
A primeira
manifestação, aqui no Porto, contra os símbolos portugueses aconteceu no Teatro
de S. João, logo no dia 15 de fevereiro de 1807. Os franceses mandaram apear e
destruir o escudo português que ornamentava o camarim real daquela casa de
espetáculos.
No mês seguinte, a 3
de março, o governador da cidade, Luís de Oliveira, nomeado pelos franceses,
claro, deu ordens ao comandante da fortaleza da Foz (o castelo da Foz) para que
mandasse retirar as armas portuguesas que encimavam a entrada principal do
castelo e que, uma vez apeadas, fossem destruídas. Aquele governador haveria de
mais tarde ser preso.”
Com o devido crédito a Germano Silva
Castelo da Foz ou Forte de S. João Baptista –
Ed. Marisa Pinheiro
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