A história da freguesia do Salvador de Bouças de Matosinhos
entronca na do desaparecido Mosteiro de São Salvador de Bouças, onde se venerou,
durante séculos, a imagem do Senhor de Bouças.
A referência mais antiga a este mosteiro foi feita num contrato,
entre ele e a Igreja de São Martinho de Aldoar, no ano de 944.
Entrada do Mosteiro de Bouças já em ruínas na actual
Travessa de Bouças
Entrada actual para o acesso ao Mosteiro de Bouças cujas
instalações continuam em ruínas
Vista aérea do local onde esteve o Mosteiro de Bouças –
Fonte: Google maps
Em 1120, um documento do Papa Calisto II referiu-o como
sendo uma das casas religiosas do Bispado do Porto no Condado Portucalense,
juntamente com o Mosteiro de Leça do Balio e o de São Salvador de Lavra.
No seu último testamento da Era de 1248 (ano de Cristo de
1210), o rei D. Sancho I (Coimbra, 11/11/1154 - Coimbra, 26/03/1212) doou à sua
filha mais nova, dos seus 11 filhos legítimos, D. Mafalda Sanches que era neta
de D. Afonso Henriques, o Mosteiro de Arouca, a herdade de Seia que fora de sua
mãe, 40 000 maravedis e 200 marcos de prata.
Como filha preferida de seu pai, D. Mafalda já tinha
recebido, aquando do seu nascimento, o mosteiro de Bouças.
D. Mafalda Sanches (Coimbra, cerca de 1197 - Mosteiro de
Arouca, 1257), Infanta de Portugal, casou em 1215 com Henrique de Castela, mas
este faleceu em 1217 e o casamento foi anulado pelo Papa, tendo, em 1216,
Mafalda Sanches, entrado no Convento de Arouca como religiosa quando já reinava
o seu irmão D. Afonso II, tal como três das suas irmãs (foi beatificada em
1793, e terá residido em Bouças, nos arredores do mosteiro, antes de 1216,
tendo tentado reformá-lo).
Após a morte de D. Mafalda, em 1257, ocorrida já durante o
reinado do seu sobrinho D. Afonso III, seria o sucessor deste, D. Dinis (1261-1325),
a doar as casas da falecida D. Mafalda Sanches e o Mosteiro de Bouças, a D. Geraldo
Domingues, Bispo do Porto e de Évora, em 1305, ficando este na posse do
padroado da igreja de Bouças (hoje Matosinhos).
Este prelado seria assassinado a 05/03/1321 na então vila de
Estremoz pelos Barretos (fidalgos do Alentejo) e outros fidalgos, após as
desordens civis do final do reinado de D. Dinis, quando aquele prelado era
Bispo de Évora.
Durante o reinado de D. Dinis tinha continuado a fazer-se
sentir o reflexo das lutas em que o seu antecessor D. Afonso III esteve
envolvido com os bispos portugueses.
Rodeado por alguns dos seus filhos ilegítimos e por parte da
nobreza, o monarca travaria uma dura luta com o herdeiro do trono (futuro D.
Afonso IV) e os seus apoiantes. Desta luta, resultaria o assassinato do bispo
de Évora (1313-1321) e do Porto (1300-1308), Geraldo Domingues, identificado
como um dos bispos mais fiéis ao rei, pelos apoiantes do infante D. Afonso.
Entre o Porto e Évora passou D. Geraldo, por Palência, como bispo, durante 4
anos.
A morte do prelado marcaria também o final da carreira de um
dos eclesiásticos que, desde pelo menos o ano de 1300, exercia diferentes
cargos episcopais e recebia do rei inúmeras benesses. O desfecho trágico
aconteceria em sequência da sua nomeação para executor da bula de censura dirigida ao infante, exarada pelo papa João XXII.
Antes de ser assassinado, D. Giraldo Domingues pediu para
ser sepultado 'à sombra dos braços do
Crucifixo de Bouças', o que veio a acontecer, sendo sepultado em túmulo, na
Capela-Mor do Mosteiro de Salvador de Bouças e ao ter sido feita a sua vontade,
de que nessa capela-mor, passasse a haver 5 Capelães que rezassem em coro as
horas canónicas e que tivessem a obrigação de missa contínua por si, pelo
falecido rei D. Dinis e pelos seus antepassados, sendo sustentados pelo reitor
do mosteiro.
Junto daquela capela-mor e da sepultura, há uma belíssima
escultura em madeira com legenda onde se lê que era o 29.º bispo do Porto.
Em 1343, Marianna Vicente, a viver em Baiona na Galiza, fez
um testamento onde exigia que o seu marido Pero Eannes, ou alguém que o
substituísse se ele não pudesse ir, fosse após a sua morte em peregrinação pela
sua alma ao Crucifixo de São Salvador de Bouças e a Santiago (de Compostela).
Assim, já na 1.ª metade do séc. XIV, estava enraizado também
na Galiza o culto a São Salvador de Bouças e à imagem de Jesus Cristo, que já
estava há muito tempo no Mosteiro de Bouças.
A 20/06/1542, a Bula e o Breve 'Superna Dipositione' do Papa
Paulo III confirmaram a anexação perpétua da Igreja de São Salvador do
Crucifixo de Bouças (o Mosteiro de Bouças) ao Padroado da Universidade de
Coimbra (UC) feita em 1542 pelo rei D. João III.
Por volta de 1550, encontrando-se o Mosteiro de Bouças (ou
Igreja de São Salvador do Crucifixo de Bouças) em estado debilitado e a
necessitar de ser substituído, pois teria sido reconstruído há cerca de 300
anos antes, durante o séc. XIII, no lugar de Bouças de Baixo, a Universidade de
Coimbra decidiu a construção de uma nova igreja a poucos metros do referido mosteiro,
mas já no lugar de Matosinhos.
A 01/07/1559, a UC outorgava através do seu Reitor, João de
Almeida, a João de Ruão, a construção da nova ‘Igreja Parochial de Sam Salvador do Crucifixo de Bouças’ por 1350
mil reis num prazo de 4 anos no lugar de Matosinhos e deu-lhe autorização para
requerer oficiais, servidores, barcas, navios, carros, achegas e outras coisas
necessárias a essa construção.’
No entanto, esta construção não começou logo, pois só em
1560 se deslocaram ao lugar de Matosinhos João de Ruão e os Vedor e Contador da
UC para verem o 'assento e chão que está
declarado em que se há-de fazer a Igreja do Salvador de Bouças'.
A imagem do Senhor de Bouças foi então transferida do antigo
Mosteiro de Bouças, ainda no séc. XVI, para a nova igreja entretanto construída
à entrada do lugar de Mathozinhos numa 'amena
e dilatada planície de altos e frondosos alamos'.
Em 1609, quando já era Guarda-Mor da Livraria do Estudo
desde 1602, o presbítero e bacharel em Cânones, Pedro Mariz, fez a 1.ª
descrição iconográfica da imagem do Senhor de Bouças, já no lugar de Matosinhos
na igreja que substituiu o Mosteiro de Bouças, no Capítulo XI do seu livro 'História do Bem-aventurado Sam João de
Sahagun, Patrão Salamantino'.
Uma referência à nova igreja e à Confraria do Santo
Crucifixo de Bouças (criada nessa igreja em 1607) é feita, quando uma Bula do
Papa Paulo V instituiu canonicamente essa confraria concedendo-lhe várias
indulgências.
Em 1607, foi, então, criada a Confraria do Bom Jesus de Matosinhos e erecta canonicamente. Esta
Confraria teve em vista a caridade e assistência aos mais necessitados da
população de Matosinhos.
Para conseguir este objectivo, construiu um hospital, um asilo
para recolha, sustento e educação de órfãs pobres, duas escolas de ensino
primário e, actualmente um complexo assistencial para terceira idade e
infância, entre outros.
Após a criação da confraria foi-lhe concedido o Título de
“Real Confraria”, por D. Pedro II, em Alvará de 26 de Agosto de 1688, passado
em Lisboa por Domingos Gomes de Araújo, ficando, deste modo, a Confraria do Bom
Jesus de Bouças com o seu Compromisso confirmado e garantia régia de seus
direitos e privilégios, tendo-se, assim, concretizado a vontade do seu Juiz e
Irmãos.
A imagem do Senhor Jesus de Bouças foi
levada em procissão solene à cidade do Porto várias vezes em situações
fatídicas para o Porto e a pedido das gentes da cidade, fosse por calamidades
de origem climatérica, fosse por doenças infectocontagiosas.
A primeira vez, de que se tem conhecimento, foi em 1526, ano de tanta chuva, em Portugal, que levou à perda da maior parte das searas e a muitas cheias fluviais.
A segunda vez foi a 07/06/1585, era
Coadjutor o padre Leonardo Afonso há pelo menos 8 anos, seguindo-se a
31/05/1596, ainda com o padre Leonardo Afonso a ser o Coadjutor e a 20/06/1644,
sendo Reitor o padre Francisco Rodriguez.
Nesta última visita, em 1644, no dia 20 de Junho, a presença
da imagem foi solicitada à irmandade do Bom Jesus pelo Senado do Porto que pediu
auxílio para que tivesse fim um dilúvio tornado calamidade pública e que
afectara a cidade. Nesta procissão ter-se-ão incorporado cerca de quarenta mil
pessoas. Eis a crónica do milagre que teve lugar depois da celebração da Missa
na Sé Catedral do Porto, neste dia:
«Terminada a Missa cessó el dilúvio tuvo fin el agoa y
se removió toda la tempestade de todos los malos temporales y lo rigoroso del tiempo,
quedando tam fixo y de tanta bonança que admiro a los mesmos prasaentes tam
repentino caso; enfim, obra deste Diviníssimo Senhor»
Manuel Pereira de
Novais (monge beneditino), in «Anacrisis Historial, 1915, vol. IV
Em 1694, depois de meados de Abril, a imagem voltou a ser
levada em procissão até ao Porto pela 5.ª vez.
A 03/05/1696, o Padre Frei Bento de Santa Maria (monge de
São Bento e prelado da Foz, natural da então vila de Guimarães), fez um grande
sermão na Igreja que estava repleta de peregrinos vindos de todo o país e que
ficou célebre.
A 6.ª deslocação da imagem do Salvador de Bouças de
Matosinhos, até à Sé do Porto aconteceu a 02/04/1696 quando era Reitor António
Coelho de Freytas (nascido em Coimbra e batizado na Paróquia de Sam Pedro, estudou
Direito Pontifício na UC onde se formou bacharel, tendo sido provido pela UC
Reitor e Capelão da Igreja de Sam Salvador de Bouças de Mathozinhos em 1682
onde permaneceu até ao seu falecimento a 24/12/1736 depois de ter feito
testamento e foi então sepultado nessa igreja com ofício de corpo presente por
todos os padres de Mathozinhos e de Leça e ainda pelos religiosos do Convento
de Nossa Senhora da Conceição).
A 24/03/1696, os senhores do Senado da cidade do Porto
(Francisco de Andrada da Sylva, Luis Freire de Saa, Thomè da Sylva Baldaya e
João Monteiro de Proença) enviaram uma carta aos Juiz, Tesoureiro, Mordomos e
demais Oficiais da Confraria do Senhor de Bouças propondo o dia de 28 de Março
para a procissão solene com a imagem do Senhor de Bouças, entre a Igreja de
Nossa Senhora da Graça dos Meninos Órfãos e a Sé do Porto.
Pretendia-se debelar, com a intervenção do Bom Jesus de
Matosinhos, uma epidemia que dizimava a população da cidade, com os hospitais
cheios e os cemitérios incapazes de suportar tantos corpos.
A Mesa da Confraria do Senhor de Bouças respondeu de
imediato que nesse dia não poderia ser, contrapondo 02/04/1696.
A 01/04/1696, foi então a imagem do Senhor de Bouças
retirada da Igreja de São Salvador de Bouças de Matosinhos e colocada num andor
que partiu para o Porto às 05 horas de 02/04/1696 rodeado por 12 lanternas de
prata seguradas pelos tesoureiro, escrivão e procurador da Confraria do Senhor
de Bouças, e levado por 16 sacerdotes com sobrepelizes e estolas, passando a
procissão solene pela Ermida da Senhora da Ora, em direcção à freguesia da
antiga Colegiada de Cedofeita, tendo a procissão chegado às 10 horas ao
Terreiro do Carmo aonde foi ter o Bispo do Porto que então acompanhou a procissão
solene no resto do caminho até à Sé onde chegou por volta do meio-dia.
Terminada a Missa Solene às 14 horas, saiu a procissão da Sé
tendo passado por outras ruas da cidade até voltar ao Terreiro do Carmo e
regressar à Igreja de Matosinhos aonde chegou por volta da meia hora da noite
(já 03/04/1696). A imagem do Senhor de Bouças ficou exposta a todos até à tarde
de 03/04/1696, realizou-se de manhã Missa Solene em Acção de Graças e só então
foi recolhida a imagem e posta de novo no seu lugar dentro da igreja.
Ao longo dos anos, a Santa Casa do Bom Jesus de Matosinhos,
com mais de quatro séculos de existência, tem contado com a contribuição, sob
várias formas, de muitos benfeitores, alguns distintos irmãos da confraria.
A sua actividade assistêncial vai desde o sector educativo
até à prestação de cuidados hospitalares, passando pela asilar.
Depois do 25 de Abril de 1974 e com a nacionalização do
Hospital, a Santa Casa, viu o hospital passar para as mãos do Estado.
Antigo Hospital de Matosinhos, c.1920
Capela da Misericórdia da Confraria do Bom Jesus de
Matosinhos, que funcionou como capela mortuária do antigo Hospital de
Matosinhos
Antiga capela mortuária do antigo Hospital de Matosinhos
Confraria do Bom
Jesus de Matosinhos - Casa dos Milagres e, à direita, as Escolas Primárias da
Confraria (mais tarde, chamadas do Adro) inauguradas a 28/11/1880
Santa Casa da Misericórdia de Matosinhos
Voltando à igreja do Bom Jesus de Matosinhos, ela foi objecto
de inúmeras alterações até à actualidade, destacando-se as intervenções no séc.
XVIII, devidas à crescente importância da devoção ao Senhor de Bouças,
particularmente entre aqueles que demandavam as terras do Brasil.
A 25/09/1726, intervenção de Luiz Pereira da Costa, famoso
entalhador setecentista, a quem se devem as obras de remodelação e o acrescento
da capela-mor a partir de 1726.
Em 1733, a procissão teve como objectivo, precisamente, dar
um ar solene às obras importantes que tinham acabado de ser realizadas na
igreja. A procissão saiu, tendo atravessado a Ponte de Pedra (conhecida também
por ponte dos 19 arcos) em direcção a Leça da Palmeira e regressado por uma de
madeira, sobre barcos, construída para o efeito. Daí, dirigiu-se à Praia do
Espinheiro, onde foram lançadas três bênçãos: uma sobre o mar, outra na
direcção do Porto e a última ao povo de Matosinhos. Durante a cerimónia houve
quem tivesse presenciado dois milagres.
“ (…) os peixes, no
mar em frente, saltavam de alegria sobre as ondas da praia; no outro, o Sol
teria parado durante bastante tempo e o dia ter-se-ia prolongado muito para
além do que é normal. Depois das bênçãos a imagem regressou à igreja”.
António Cerqueira
Pinto, 1737, in História da Prodigiosa Imagem de Cristo Crucificado
Na sequência das várias intervenções mencionadas
seguir-se-iam grandes obras de ampliação e restauro da primitiva igreja, a
cargo do arquitecto italiano Nicolau Nasoni, a partir de 1743.
São de admirar as 2 torres sineiras, o frontão quebrado, a
porta principal decorada com medalhão, no qual se insere uma concha de vieira e
os dois nichos laterais que contêm as estátuas de S. Pedro e S. Paulo.
No espaço interior, dividido em 3 naves, destaca-se o
imponente altar-mor de talha dourada que integra na parte central um nicho com
uma imagem de Cristo crucificado atribuída aos séculos XII / XIII.
Trata-se de uma escultura em madeira, oca, com cerca de 2 m
de altura e muito curiosa, dada a assimetria simbólica do olhar, já que o olho
esquerdo se dirige para o Céu e o direito para a Terra, numa clara simbiose
entre Deus e o Homem.
Em 17 de Outubro de 1869, o jornal "O Comércio do Porto" noticiava a inauguração do carrilhão da igreja de Matosinhos.
A 18/05/1875, a família real (o rei D. Luiz I, a rainha e os
infantes D. Carlos e D. Afonso) ajoelhou-se e rezou em frente da veneranda
imagem do Bom Jesus de Matosinhos, nesta igreja.
O desenvolvimento da povoação associado à decadência e ruína
da igreja de Bouças – até aí principal centro religioso da região, mas que
deixara de o ser do ponto de vista administrativo e da dinâmica económica e
social do povoado – após a construção do novo templo, agora em Matosinhos, para
onde passa a sede da paróquia e a imagem do Bom Jesus de Bouças, foi
perdendo esta designação em favor da de Senhor de Matosinhos.
O cruxifixo de Bouças tem a particularidade de apresentar
Cristo na cruz, com os pés afastados e não sobrepostos, como é tradicional.
No Porto, é conhecida uma outra representação de Cristo,
numa posição na cruz, semelhante.
Esteve na Rua do Poço das Patas, num cruzeiro seiscentista,
situado no ponto em que principiava a via-sacra que terminava na cruz do Bonfim
e, mais tarde, seria removida para o cemitério da igreja do Bonfim.
A catedral de Burgos (Castela-Leão, Espanha) apresenta,
também, actualmente, um cruxifixo idêntico ao de Bouças.
D. Frei Agostinho de Jesus (1537 - 1609), arcebispo de Braga
entre 13 de Junho de 1588 e 25 de Novembro de 1609, chegou a ir em peregrinação
ao Santo Crucifixo de Burgos, onde deixou como testemunho da sua passagem uma
armação de veludo negro e uma grande lâmpada de prata, como conta D. Rodrigo da
Cunha, na “História Ecclesiastica dos
Arcebispos de Braga, e dos Santos, e Varoens, ilustres, que floresceraõ neste
arcebispado – segunda parte”
Igreja Matriz de Matosinhos – Ed. “portojofotos.blogspot.com”
Capela-mor da Matriz de Matosinhos - Ed. “portojofotos.blogspot.com”
Igreja de Matosinhos e procissão do Senhor dos Passos (1918)
– Cortesia de Américo de Castro Freitas
Sobre a foto anterior, diz Américo de Castro Freitas:
“A imagem que agora
apresento refere-se á procissão dos passos, em 1918.
A casa da esquerda era
a dos Costa Braga, posteriormente demolida para abertura da av. Vitória, agora
D. Afonso Henriques. É uma bela e rara imagem.”
(Continua)
Gostaria de poder trocar algumas ideias relativamente ao Santo Crucifixo de Bouças, no seguimento de uma investigação que me encontro a desenvolver. Se for possível o contacto agradecia. ngrancho@gmail.com
ResponderEliminarMuito obrigado!