sábado, 25 de novembro de 2023

25.214 Alguns depoimentos de visitantes estrangeiros sobre o Porto

 
Ao longo dos anos, vários visitantes estrangeiros acharam por bem deixar registos para a posteridade sobre a impressão que a cidade do Porto lhes tinha causado.
Giuseppe Gorani (1740-1819), diplomata para uns, espião para outros, que chegou a privar com o Marquês do Pombal, sobre o Porto, escreveria:
 
 
 





Porto – Gravura do gravador Manuel Marques Aguilar, em 1797
 
 
 
 
Arthur William Costigan, em 1778-79, percorreria o País para conhecer as fortificações portuguesas e, passando pelo Porto, dizia, na obra Cartas sobre a Sociedade e os Costumes de Portugal, publicada pela primeira vez, em 1810:


 








Lady Jackson, autora, em 1873, da obra “Formosa Lusitânia”, traduzida para português por Camilo Castelo Branco, produziria extensa prosa sobre o quotidiano dos portuenses.

 
 
“Catherine Elliot (1842- 1891) foi casada com um diplomata inglês, George Jackson, colocado a certa altura em São Paulo de Luanda por estar encarregue da abolição de escravos. Foi aí que a futura escritora – que começou por publicar livros sobre a história da Europa, e mais tarde se dedicaria à literatura – aprendeu alguma coisa de português, que lhe seria útil na sua viagem a Portugal. Viúva na altura, Lady Jackson viajou sozinha pelo país, entre julho e outubro de 1873”.
Fonte: Revista Visão


 
 


 
 

Porto, em 1859
 
 
 

Rua de Santo António, em 1890, com a Rua dos Clérigos, em fundo – Centro Português de Fotografia

 
 
 
Maria Rattazzi (Irlanda 1833 - Paris 1902) foi, por sua vez, uma escritora que visitou Portugal, entre 1876 e 1879, três vezes e que, na segunda metade de 1879, passou pelo Porto. Na sequência daquelas visitas, numa delas, esteve presente no casamento do rei D. Carlos.
Acabaria por publicar o livro intitulado “Portugal de Relance”, que provocaria a ira, principalmente, de Camilo Castelo Branco, que não apreciou o tom humorístico da obra que, originalmente, teve o título "Le Portugal A Vol D’Oiseau". 
A polémica na qual se envolveu a intelectualidade nacional, que se juntou a Camilo, ficou conhecida como a “Questão Ratazzi”.
Sobrinha-neta de Napoleão Bonaparte, Maria Letizia (nome de solteira) foi casada três vezes, uma delas com um ministro de Victor Emanuel II.
Era também conhecida por Madame Solmes, apelido que lhe advinha de um anterior casamento realizado, em 1849, com um alemão, Frederico de Solms de quem enviuvou em 1863. Nove dias depois casou com um italiano, Conde Urbano Rattazzi, que faleceu em 1873. Sete anos mais tarde casou com um espanhol, D. Luis de Rute de quem também enviuvou em 1889.


 
 

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