Ao longo dos anos,
vários visitantes estrangeiros acharam por bem deixar registos para a
posteridade sobre a impressão que a cidade do Porto lhes tinha causado.
Giuseppe Gorani
(1740-1819), diplomata para uns, espião para outros, que chegou a privar com o
Marquês do Pombal, sobre o Porto, escreveria:
Arthur William
Costigan, em 1778-79, percorreria o País para conhecer as fortificações
portuguesas e, passando pelo Porto, dizia, na obra Cartas sobre a Sociedade e os Costumes de Portugal, publicada
pela primeira vez, em 1810:
Lady Jackson, autora, em 1873, da obra “Formosa Lusitânia”, traduzida para português
por Camilo Castelo Branco, produziria extensa prosa sobre o quotidiano dos
portuenses.
“Catherine Elliot (1842- 1891) foi casada com um
diplomata inglês, George Jackson, colocado a certa altura em São Paulo de
Luanda por estar encarregue da abolição de escravos. Foi aí que a futura
escritora – que começou por publicar livros sobre a história da Europa, e mais
tarde se dedicaria à literatura – aprendeu alguma coisa de português, que lhe
seria útil na sua viagem a Portugal. Viúva na altura, Lady Jackson viajou
sozinha pelo país, entre julho e outubro de 1873”.
Fonte: Revista
Visão
Maria Rattazzi
(Irlanda 1833 - Paris 1902) foi, por sua vez, uma escritora que visitou
Portugal, entre 1876 e 1879, três vezes e que, na segunda metade de 1879,
passou pelo Porto. Na sequência daquelas visitas, numa delas, esteve presente
no casamento do rei D. Carlos.
Acabaria por
publicar o livro intitulado “Portugal
de Relance”, que provocaria a ira, principalmente, de Camilo Castelo
Branco, que não apreciou o tom humorístico da obra que, originalmente, teve o
título "Le Portugal A Vol D’Oiseau".
A polémica na qual
se envolveu a intelectualidade nacional, que se juntou a Camilo, ficou
conhecida como a “Questão Ratazzi”.
Sobrinha-neta de
Napoleão Bonaparte, Maria Letizia (nome de solteira) foi casada três vezes, uma
delas com um ministro de Victor Emanuel II.
Era também
conhecida por Madame Solmes, apelido que lhe advinha de um anterior casamento
realizado, em 1849, com um alemão, Frederico de Solms de quem enviuvou em 1863.
Nove dias depois casou com um italiano, Conde Urbano Rattazzi, que faleceu em
1873. Sete anos mais tarde casou com um espanhol, D. Luis de Rute de quem
também enviuvou em 1889.
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