18.2 Pátio de S. Salvador, Hospital dos Ganhadores e
Capela de S. Salvador do Mundo
Vista aérea do local do Pátio de S. Salvador– Fonte: Google maps
Na foto acima o local do Pátio de S. Salvador ficará atrás
do prédio com telhado de duas águas, onde esteve a capela (situada na parte
inferior da imagem a meio com 3 janelas visíveis).
O Pátio S. Salvador, antigo Beco do Salvador, é dos
últimos vestígios existentes das imediações da velha Rua das Congostas (actual Rua Mouzinho da Silveira).
Aqueles topónimos derivam de um denominado Hospital do Salvador do Mundo,
instituído não se sabe ao certo quando, mas parece que, em meados do século XIV,
o Dr. Martim Domingues de Barcelos,
cidadão honrado do Porto, doou para seu sustento casas e casais que possuía,
com obrigação de seis missas cada ano e de «no dito hospital se albergarem
pobres».
Por morte do
instituidor, herdou a administração do hospital sua filha Catarina Martins que,
já viúva de Afonso Anes de Freitas, fez em testamento em 4 de Dezembro de 1455
(A. D. 1417) como seu herdeiro universal, Brás Esteves, Cónego e Tesoureiro da
Insigne Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira, em Guimarães, para quem passa a
administração do hospital.
Em 1685, ainda o
hospital subsistia, e era sua administradora D. Ana Correia de Mesquita, de
Fânzeres (Gondomar), descendente do Capitão Jorge Fernandes de Mesquita e de
sua mulher, Catarina Correia, anteriores administradores por heranças que se
sucediam.
O hospital parece
que já não existia em 1788, porque Rebelo da Costa não menciona na sua
Descrição Topográfica e Histórica da Cidade do Porto. Cita apenas a Capela de S. Salvador, pertencente aos
sapateiros, ermida que ainda se pode ver, na Rua de Mouzinho da Silveira,
reedificada em 1892.
“Ainda está de pé, a
capela dedicada ao Salvador do Mundo, conhecida no povo por S. Salvador de
ganha- dinheiros, ou dos Ganhadores. Mandou-a reconstruir a sua confraria em
1892, como antes o havia sido em 1656, depois de um desmoronamento que quase a
arrazara.”
In Toponímia Portuense de Andrea da Cunha e Freitas.
A Capela de S. Salvador original é um agradecimento da
população ribeirinha por não ter sido atingida pela peste que grassou, em 1485,
na então Rua do Olival (depois Rua das Taipas), e situava-se na Rua
das Congostas.
A capela primitiva de 1485 seria reedificada após sofrer, em
1656, um desmoronamento, e a que lhe sucedeu em 1892, está na Rua Mouzinho da
Silveira, perto do local onde esteve a primitiva e foi aí edificada, pelo
simples facto de que a Rua das Congostas ter sido arrasada para a abertura da
Rua Mouzinho da Silveira.
Tanto numa como noutra daquelas capelas mais recentes, as
cerimónias religiosas tinham lugar no 1º andar, já que o rés-do-chão foi
destinado a um estabelecimento comercial.
A confraria associada à capela era a dos Sapateiros e, por
extinção da confraria, a capela foi entregue aos moradores.
Nos nossos dias passou a funcionar como capela mortuária.
Altar da capela e imagem de S. Salvador do Mundo
Capela de S. Salvador do Mundo e entrada gradeada para o
Pátio – Fonte Google maps
Planta da localização do Pátio entre a Rua de Mouzinho da
Silveira e Rua de S. João
18.3 Alameda das Fontainhas
Alameda das Fontainhas
e Passeio das Fontainhas
A Alameda e o Passeio das Fontainhas devem-se, como tantos
outros logradouros da cidade, ao corregedor Francisco de Almada e Mendonça, no
fim do século XVIII.
O Passeio das Fontainhas vai desde o fim da Rua Alexandre
Herculano em esplanada sobre o rio Douro e liga a Alameda das Fontainhas à Rua
do Sol.
A Alameda das Fontainhas desenvolve-se em sentido contrário
em varanda com vistas sobre o rio Douro.
Houve um tempo em que a Alameda das Fontainhas ligava com a Praça
das Fontainhas (actual Praça da Alegria) que foi também Praça
da Feira dos Porcos, através da Rampa das Padeiras, curioso topónimo,
infelizmente já desaparecido.
Sobre este local diz o Guia Histórico” de 1864:
“Está assente na
encosta de um monte alcantilado, e sobranceiro ao Douro, bem sombreado de
arvoredo e guarnecido de bancos de pedra. Em 1831, foi melhorado com a gradaria
e portas que o fecham. Ruas ladeadas de viçosa relva e uma fonte de pedra
jorrando água perene e saborosa suprem as vezes de ruas ajardinadas e repuxos
(…)”.
Alameda das Fontainhas e lavadouros – Gravura de Joaquim
Villanova (1833)
A Alameda das Fontainhas é um recreio público que obedece ao traço de José Francisco de Paiva (1744-1824), a quem é devido o "Plano da Cidade do Porto" (c.1818-24).
Este documento (uma planta do Porto) do qual se conhece, apenas, um exemplar muito deteriorado, para além da realidade existente, ainda projectava a Rua da Bandeirinha (hoje da Restauração), que será aberta em 1825, a Rua do Pombal (hoje de Casais Monteiro), diversas vias partindo do campo de Santo Ovídio (hoje Praça da República) e a norte da Praça Nova, onde a Câmara Municipal se instalou, em 1819, no palacete Monteiro Moreira, traçava uma rua que será a futura Rua de D. Pedro (Rua Elias Garcia, depois da Implantação da República).
Perspectiva de Vila Nova e do mosteiro da serra do Pilar,
obtida a partir da Alameda das Fontainhas - Gravura (1862) de William Kingston,
In “My travels in many lands”
Alameda das Fontainhas, antes de 1886, pois apenas é visível,
ao longe, a Ponte Pênsil
Alameda
das Fontainhas com ponte Luiz I, ao fundo (no nevoeiro), à esquerda
Este local é anualmente palco de um dos mais tradicionais e
antigos arraiais populares - a festa do S. João.
Alameda das Fontainhas em 1920 - Ed
Tabacaria Costa
Na foto acima, ainda não é possível observar, ao fundo, o
parque infantil que surgiria, apenas, em 1940.
Em 1940, foi construído e inaugurado na
Alameda das Fontainhas, um parque infantil, com o nome de Darcy Vargas,
mulher do Presidente do Brasil, Getúlio Vargas.
Parque infantil Darcy Vargas, na
Alameda das Fontainhas
Alameda das Fontainhas, actualmente – Fonte:”
aburmester.com”
Capela do Senhor do
Carvalhinho, Rampa da Corticeira e as carquejeiras
Desconhece-se quando foi efectuado o lançamento da primeira
pedra sobre a qual se havia de construir a capela do Senhor Jesus do
Carvalhinho, no entanto, tem-se como certo, que foi levantada em terreno que
pertencia à Quinta da Fraga, para alguns a Quinta do Carvalhinho,
junto à Calçada da Corticeira, hoje com a designação de Calçada das
Carquejeiras, por baixo do Passeio das Fontainhas, próximo do rio Douro.
Por outro lado, sabe-se que, em 1737, recebeu um retábulo
atribuído ao mestre entalhador Manuel da Costa Andrade que, naquela década de
1730, realizou muitas outras obras do género, no Porto, devidamente
comprovadas.
Por aqui, exerceram as carquejeiras o seu mister.
Por aqui, exerceram as carquejeiras o seu mister.
Sobre as carquejeiras (profissão acabada em topónimo), nos
finais de 1930, o repórter Adelino Mendes, do jornal “O Século”, ficou particularmente
impressionado com essas mulheres chamadas de carquejeiras, e escreveria:
“Surgem diante de mim
vultos indistintos, cujos contornos, a certa distância, mal se definem.
Dir-se-ia que vem ao meu encontro uma fila de ouriços, arrastando-se lenta e
dolorosamente pela rampa que conduz ao rio. – São as mulheres da carqueja! Vão
assim, sob estas cargas, até às Antas, até Paranhos, a quase duas léguas de
distância, às vezes! (…) Paramos. As desgraçadas passam, com os enormes feixes
às costas, arfando e resfolegando, pela ladeira acima. Assisto à escalada
torturante dum calvário que não tem fim. Sobre os muros da rampa, os ouriços
humanos depõem, de vinte em vinte metros, os carretos”.
“Os barcos traziam,
Douro abaixo, centenas de quilos de carqueja, planta que era usada como
acendalha para os fornos das padarias da cidade e para as casas burguesas. A
carga era despejada no cais da Corticeira e aí distribuída pelos carregadores,
maioritariamente mulheres. A cada uma delas tocava carregar um fardo de não
menos de 50 quilos de carqueja, subir a árdua Calçada da Corticeira – 210
metros de extensão, uma inclinação de 22% – e daí levar a carqueja aos bairros
da cidade, Paranhos, Antas, Carvalhido, distâncias de três, quatro, cinco
quilómetros. Os salários eram miseráveis e incertos, dependiam do número de
viagens diárias e da carga que elas suportassem.
Pelo menos até ao
final da década de 1960, era comum ver homens, mulheres e crianças (algumas com
não mais de cinco ou seis anos) a atravessar a cidade carregados como bestas,
com pesos muito superiores às suas forças, recurso exclusivamente economicista
de quem os contratava (força de expressão, não havia vínculos laborais) e não
estava disposto a reduzir os seus lucros recorrendo ao uso de animais de carga
ou de veículos motorizados”.
Fonte: Carla Romualdo, In “aventar.eu”
Início da Rampa da Corticeira antes da abertura da marginal
Ed.” O Tripeiro” vol. 7
Descarga da carqueja no Cais da Corticeira - Ed. Aurélio da
Paz dos Reis, 1906
As carquejeiras na Rampa da Corticeira
“Lembro-me muito bem
delas (carquejeiras). Chegavam pelo meio da manhã em grupos de três ou quatro.
Vestiam de forma estranha. Traziam um xaile com duas pontas que se cruzavam
sobre o peito e depois davam um nó nas costas. Amarrado na anca um outro xaile
que prendia a saia de roda, lhe aparava o filho que trazia no ventre, e
amarrados nos pés descalços uns trapos sujos e muitas vezes ensanguentados para
se dizerem magoadas e assim enganar os polícias que aparecessem para as autuar
por andarem descalças na cidade.
Claro que vos falo das
carquejeiras que iniciavam a sua dolorosa peregrinação na margem direita do
Douro, onde a carqueja era descarregada dos barcos rabelos, até às padarias da
minha rua do Bonfim: a Santa Clara (que ainda resiste nas mãos da família
Coelho), a Padaria Industrial (que deu lugar á vidraria “Carvalho”) e ainda a
uma outra no Campo 24 de Agosto, há muito fechada (que chegou a ser propriedade
de um familiar).
Sobre a cabeça, um
saco de sarapilheira em forma de capuz que as protegia dos picos dos molhos de
carqueja seca presos por uma corda que seguravam na testa como humanas éguas de
carga.
Não sei como conseguiam
equilibrar a montanha que transportavam e vendiam para espevitar a lenha e o
carvão dos fornos das padarias e das casas de pasto das redondezas. Em troca
recebiam uns míseros trocos que talvez pagassem a malga de caldo da ceia dos
filhos.
O caminho do calvário
fazia-se subindo a rampa (a pique) da Corticeira, depois atravessavam as
Fontainhas e subiam outra (menos íngreme) rampa dos Padeiros onde, com alguma
sorte, aliviavam parte da pesada carga. Seguiam-se a Rua do Bonfim e S. Roque
da Lameira até á Praça das Flores. Finalmente, era o regresso e o descanso na
escadaria da Igreja do Bonfim para comerem um naco de carne gorda e a broa que
traziam no bolso do avental de estopa que as abrigava do frio, da chuva e
também do calor dos dias de verão para que o suor não lhes afogueasse e
“cortasse” as coxas.
Eram as carquejeiras.
Eram as heroínas que conheciam os nomes dos pássaros da Praça da Alegria, as
pedras das ruas da cidade, as peixeiras que apregoavam o nevoeiro e o mar que
traziam nas canastras e até os guarda noturnos que terminavam o seu trabalho na
madrugada e com elas se cruzavam em S. Lázaro ou no Largo do Padrão. Lembrar as
Carquejeiras é escrever um hino a coragem ao amor e á abnegação das Mulheres
que ajudaram a escrever a História do Porto e do Douro”.
Cortesia de Maria de Lourdes Anjos
Calçada das Carquejeiras, antiga Rampa da Corticeira
Finalmente, a 1 de Março de 2020, a cidade prestava uma
homenagem às carquejeiras, através de uma escultura implantada na Alameda das
Fontainhas, da autoria de José Lamas.
Cortesia de Mota Isfil
Bairro Vila Maior, ao cimo da Corticeira, em 1960 – Fonte:
Foto Porto
Rampa da Corticeira - Ed. Aurélio da Paz dos Reis
A foto acima mostra um automóvel Ford (possivelmente da Garagem de Albino Moura em
S. Lázaro) que subiu em 32 segundos a
rampa da Corticeira no Porto, a qual tem um declive de 29 % e uma extensão de
300 metros, façanha relatada na Ilustração Portuguesa, n.º
221 de 16 de Maio de 1910.
Garagem de Albino Moura, em 1905 – Ed. Aurélio Paz dos Reis
Na foto acima, observa-se uma garagem de aluguer de
carruagens junto ao jardim de S. Lázaro, onde viria a funcionar, mais tarde, o
representante da Ford.
As Fontainhas - Ed. Frederick William Flower
A meio do calótipo anterior, a Calçada da Corticeira em
1860, e lá no cimo o Asilo de Mendicidade.
Ao tempo em que a Capela do Senhor do Carvalhinho começou a
ser construída, situada à direita da Rampa da Corticeira, no sentido
descendente, a Quinta da Fraga, onde ela seria implantada, pertencia aos padres
da Companhia de Jesus (Jesuítas), que tinham a sua sede na igreja de S.
Lourenço, junto à Sé, e que a teriam visto passar para a sua posse, após uma
primeira doacção de Francisco Dias, em 1573, e nela, acabariam por instalar um
hospício para os sacerdotes doentes e uma casa para seu recreio.
Com a expulsão dos jesuítas do País, em 1759, a Quinta da Fraga,
com suas casas e capela, passou para a posse do Estado, que vendeu tudo em
hasta pública e, depois, acabou por pertencer ao sargento-mor Alexandre José da
Costa e sua família, que a começaram a urbanizar em 1806.
Naquela capela, funcionou, durante o Cerco do Porto
(1832/1834), o quartel da Marinha de D. Pedro IV. A esquadra liberal estava
fundeada na marginal do rio Douro num ancoradouro a montante da Calçada da
Corticeira, protegida pela artilharia dos liberais, instalada na serra do
Pilar.
Quando era necessário abastecer o reduto da serra do Pilar
de munições, de mantimentos e de armas, peças de artilharia incluídas, os
liberais faziam-no através de barcos que estabeleciam a ligação com a serra
desde o local onde estava ancorada a armada liberal até ao cimo da serra,
através da capela do Senhor de Além.
A capela do Senhor do Carvalhinho e as casas próximas, viriam
a ser alugadas, em 1840, por Thomaz Nunes da Cunha e António Monteiro Catarino,
que nela montaram a fábrica de cerâmica do Carvalhinho.
Em 1853, associados a um depósito de louças da Rua da
Esperança, a propriedade é comprada pela nova sociedade e evoluiu sob a firma
de Thomaz Nunes da Cunha & Cia.
Os terrenos em volta da Capela do Senhor do Carvalhinho
passam, paulatinamente, a ser conhecidos por Quinta do Carvalhinho e, a capela,
naquele ano, é alvo de um restauro.
Há notícias, de que já no tempo da República, aí por 1911, a
capela, durante anos a servir a cerâmica, ainda conservava o primitivo altar de
talha dourada, obra do mestre entalhador Manuel da Costa de Andrade.
Capela do Senhor do Carvalhinho e Serra do Pilar em desenho
do Barão de Forrester
Capela do Senhor do Carvalhinho, ao centro
Capela do Senhor do Carvalhinho, ao centro, em ruínas
Painéis de azulejos da Fábrica Cerâmica do Carvalhinho, de
1906, assinados pelo pintor Carlos Branco e pelo desenhador
Silvestre Silvestri, no edifício da antiga Papelaria Araújo & Sobrinho, no Largo de S. Domingos
Thomaz Nunes da Cunha, na década de 1860, faz obras na
fábrica, e toma os destinos dela, para si, em 1868, passando-a uma década
depois ao seu genro, João Camilo Castro Júnior, já com o edifício dos armazéns
e habitação construídos junto ao rio.
Assim, em 1870, Castro Júnior, que é genro de Thomaz Nunes
da Cunha, sucede-lhe e toma em suas mãos o destino da fase seguinte da
fábrica.
Imagem editada a partir do calótipo (1860) de Frederick
William Flower
Na imagem anterior, é possível observar junto à marginal, uma
série de edifícios, dos quais faziam parte uma habitação e capela anexa, cujo
orago era também o Senhor do Carvalhinho, mandada construir por Thomaz Nunes da
Cunha.
Aquela capela seria demolida em 1943, aquando da abertura da
Avenida Gustavo Eiffel.
Os azulejos que a revestiam tinham sido fabricados na
cerâmica que lhe esteve contígua.
Capela da Quinta da Fraga – Fonte: AHMP
A célebre Fábrica Cerâmica do Carvalhinho, em 1923, mudar-se-ia
para o sítio do Arco do Prado, em Vila Nova de Gaia.
Já muito perto da marginal, nas proximidades do rio, ao
fundo da antiga Rampa da Corticeira, existiu a Fonte das Lágrimas, cuja
existência devia ser anterior ao século XVII. No século XVIII a água jorrava de
duas bicas que faziam parte de um elegante chafariz cuja construção era
atribuída a Nazoni.
Mais perto do rio, estava a Fonte da Aguada onde os navios
se abasteciam (faziam aguada) prevenindo-se para as longas viagens que faziam.
Naquele tempo, a água nos navios era arrecadada em barricas. Se não fosse de
boa qualidade, estragava-se, especialmente quando os barcos sulcavam mares, em
que se mudava várias vezes de temperatura. A água desta fonte garantia pureza
em qualquer situação. Daí que, naquele local do rio Douro, houvesse sempre
muitos navios à espera de vez para se abastecer.
Mais para nascente da capela do "Senhor
Carvalhinho", como era designado pelo povo o Senhor do Carvalhinho, ficava
a Quinta da China, onde os soldados de D. Pedro IV instalaram uma bateria
defensiva e, um pouco mais acima, ficava a quinta das Oliveiras, que é hoje a
sede das Águas do Porto.
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