quarta-feira, 14 de junho de 2017

(Continuação 6) - Actualização em 07/12/2018 e 21/05/2020



“O Passeio Alegre é relativamente moderno. Este nome identifica um jardim, uma rua e uma travessa na freguesia da Foz do Douro. Há pouco mais de 150 anos, onde agora está o jardim, havia um enorme descampado, um grande logradouro ocupado por compridos varais de madeira sobre os quais os pescadores estendiam as redes da pesca, para as secar e para as remedar, se fosse caso disso.
A esse sítio, formado por terras e areias, extraídas da beira-mar, no tempo em que ali andaram a construir os molhes da meia laranja, dava-se então o nome de Cantareira que identificava o poial ou lugar onde as moças colocavam os cântaros enquanto esperavam a sua vez de enchê-los com a água que brotava da bica da fonte”.
É de 1860 a ideia da transformação do sítio da Cantareira num logradouro público. Com efeito, no dia 12 de Julho daquele ano, os jornais do Porto informavam os seus leitores de que a Câmara Municipal, "em sessão ordinária de trabalho" havia aprovado "a planta de uma nova rua e de um jardim-passeio, junto à Senhora da Luz, em S. João da Foz do Douro, com a condição de que o proprietário do terreno para o qual está projectado o jardim, concorde na diminuição do preço de aforamento e ceda gratuitamente o terreno preciso para a abertura da nova rua".
O topónimo Cantareira é muito antigo. Remonta, pelo menos, ao século XIII, porque vem mencionado nas Inquirições de 1258, mandadas fazer pelo rei D. Afonso III. Dizem velhas crónicas que os inquisidores foram ao couto de S. João da Foz e aí averiguaram que as pessoas que andavam na pesca, "no lugar a que chamam Cantareira" se entendiam (em termos de pagamento de impostos) com o mordomo de Bouças (actualmente Matosinhos) que era quem costumava arrendar "a dita Cantareira por 30 morabitinos antigos, cada ano”.
Fonte: Germano Silva



Uma descrição da Foz do Douro dos co­meços do século XVIII diz-nos que a Can­tareira (ou "as cantareiras, que são do mos­teiro de Santo Tirso") ficava no limite do couto de S. João da Foz, "pegado a Lorde­lo e ao rio Douro "no sítio a que chamam Pedras Ruivas que está entre as Sobreiras e a Cantareira". 
Nas inquirições de 1258, atrás menciona­das, já se dizia que a Cantareira, "na villa chamada de S. João da Foz ", pertencia ao mosteiro beneditino de Santo Tirso. Na­quele tempo, a Foz possuía, junto ao mar, uma pequena comunidade de pescadores mas, para o interior, era uma zona rural com os seus campos de semeadura, suas hortas, bosques onde predominava o pi­nheiro bravo e carvalhos. Mas a actividade piscatória era a mais visível. Nas referidas inquirições, refere-se ainda, naqueles tempos, a existência na Foz de "seis pinças, uma ca­ravela e vinte barcas saveiras, que não pa­gavam foral ao rei". 




In “Revista Popular”- Semanário de Litteratura e Industria, I Vol. – Ed. Imprensa Nacional, Dez. 1848




A descrição da Foz do Douro acima é de 1848 e foi publicada na “Revista Popular”, editada em Lisboa, e distribuída no Porto, apenas, pela livraria Moré, na Praça D. Pedro.



S. João da Foz, In “Revista Popular”- Semanário de Litteratura e Industria, I Vol. – Ed. Imprensa Nacional, Dez. 1848



S. João da Foz – Ed. B. Lima Leote, In “Archivo Pittoresco”, 8, 1865


Ampliação de gravura anterior


Mesma perspectiva de gravuras anteriores – Fonte: “portoarc.blogspot.pt”


Nas gravuras acima pode ver-se a praia, onde mais tarde se construiria o Jardim do Passeio Alegre e, nas duas anteriores, na zona central, vê-se a casa com duas torres, onde esteve, até 2017, o colégio “Ramalhete”.


A Alameda – Desenho do Dr. Justino Alves


No postal acima, vemos a antiga Alameda (hoje Passeio Alegre), o edifício das duas torres e, em primeiro plano, as carruagens dos banhistas do Caneiro.




Passeio Alegre – Ed. Emílio Biel c. 1885



Passeio Alegre no início do séc. XX - Ed. Emílio Biel


Na foto acima o Jardim do Passeio Alegre em construção com a igreja de São João da Foz a destacar-se no perfil da cidade.



Construção do Passeio Alegre - postal



Sobreiras em 1905



Cronologia do Lugar que se chamava Cantareira


1793 - Provável construção do Molhe da Barra; Por volta de 1860 começou a ser pensado o traçado do Jardim; 1873, 13 Março - ofício ao Governo Civil para concessão de licença para construção de um Chalet na Foz, por António Carneiro dos Santos; 27 Março - documentação relativa ao Chalet, incluindo planta; 3 Abril - documentação relativa ao Chalet para modificar na R. do Passeio Alegre; 1875, 18 Março - notícia de terem sido derrubados alguns bancos e árvores novas do Passeio Alegre e o que foi deliberado; 1888, 27 Dezembro - ofício do Governo, enviando cópia da portaria que manda entregar à Câmara os terrenos do Passeio Alegre, cedendo o Ministério de Obras Públicas quaisquer direitos que sobre eles tivesse; conclusão dos aterros; plantadas as árvores do Passeio Alegre vindas da Alemanha e Hamburgo; 1889, 14 Março - notícia sobre o que se passou relativo a um requerimento de Bernardo de Lencastre, pedindo concessão de uso dos terrenos do Passeio Alegre para fazer diversas construções, estabelecimentos, etc; 1892 - transforma-se no jardim do Passeio Alegre, na altura em que o engenheiro Nogueira Soares, encarregado das obras da Barra do Douro, as considera terminadas; 1893, 24 Maio - propostas de adjudicação da obra de aterro do Passeio Alegre; 1897, 18 Fevereiro - construção de um mictório no Passeio Alegre, depois transferido para a Praça do Marquês; 1898, 30 Junho - providências sobre as corridas de bicicleta no Passeio Alegre; 13 Outubro - D. Francisco de Noronha e Meneses (faleceu em 1904) cede gratuitamente terreno (para alinhamento da R. de Francos e Prelada, ficando a cargo da Câmara a construção de um muro de vedação e mudança das respectivas pirâmides, o que só ocorreria em 1938 tendo por destino o Passeio Alegre; 1902, 28 Maio - notícia para a construção de um coreto no Passeio Alegre; 1906 - Vereação em que foi lido o ofício do Governo Civil participando ter sido autorizada a continuação do ajardinamento do Passeio Alegre; 17 Setembro - inauguração da fonte luminosa; 2002, 20 Agosto - Despacho de abertura do procedimento de classificação, pelo Vice-Presidente do IPPAR, da Foz Velha, incluindo as suas extensões Nascente (Sobreiras) e Norte/Oeste (primeira fase de expansão balnear); 2011, 12 Setembro - proposta da DRCNorte para a classificação da Foz Velha como Conjunto de Interesse Público.
O Jardim é, portanto, construído nos finais do século XIX, beneficiando da participação de Emíle David no seu ajardinamento.
A partir de 1893, é criada na Câmara do Porto uma Repartição de Jardins e Arvoredos, ­ a 14ª ­ que, nesse mesmo ano, tem Jerónimo Monteiro da Costa a ocupar o lugar de chefe dos jardins e arvoredos. Ao mesmo tempo, surgem outros cargos associados a este sector como o Fiscal dos Jardins, o Fiel de Depósitos e o Ajudante de Jardineiro.
Jerónimo Monteiro da Costa era o pai do refundador do F. C. do Porto, José Monteiro da Costa e já trabalhava há alguns anos para a Câmara do Porto e vai ter papel de relevo no ordenamento do Jardim do Passeio Alegre. A ele se ficou a dever também, o ordenamento que fez, em 1888, nos jardins da Praça dos Voluntários da Rainha.
Ladeado por uma Alameda de Palmeiras, alberga uma série de elementos arquitectónicos de grande valor: um chafariz em granito, a poente, proveniente do antigo Convento de S. Francisco; dois Obeliscos de Nasoni, oriundos da Quinta da Prelada após promessa de compra pela Câmara Municipal Porto, de parte da mesma, à Santa Casa da Misericórdia do Porto, com o objectivo de aí instalar o parque de campismo Municipal, o que nunca ocorreu; um pequeno 'chalet romântico', construído em 1874, antes do acabamento do Jardim.


Vista do Passeio Alegre tirada da fortaleza. Lá no alto a igreja




Perspectiva do Passeio Alegre, com a residência de Agostinho Sousa Guedes, em primeiro plano


 
 

Vista actual da foto anterior -Fonte: Google Maps


 
 

Perspectiva do Passeio Alegre, entre o local em que esteve o casino (em primeiro plano) e a estrada, lá longe, para a Cantareira – Postal colorido à mão




Jardim do Passeio Alegre antes da implantação dos Obeliscos (Pirâmides)



Perspectiva aproximada da foto anterior


Na foto acima vê-se um carro eléctrico com dois atrelados.
O atrelado aberto é do tipo de bancos transversais. O eléctrico foi convertido a partir de um carro americano, provavelmente vindo da Companhia Carril Americano do Porto à Foz e Matosinhos (CCAPFM).


Passeio Alegre em 1903



Cantareira na cheia de 1909 - Ed. PortoDesaparecido



Avenida das Palmeiras junto ao rio Douro – Ed. “A Nossa Foz do Douro”




Chafariz do Passeio Alegre e Colónia Sanatorial



Este chafariz já por aqui estava montado em Julho de 1869, mas a água só correria em 27 de Agosto de 1870.
Temos lido em vários e respeitáveis locais que este chafariz terá sido desenhado por Nicolau Nazoni para a Quinta da Prelada, o que não está correcto.
Este chafariz serviu no claustro do Convento de S. Francisco de onde transitou para aqui. Quanto à intervenção de Nazoni, não passa de uma suposição.




“Projectado pelo arquitecto que mais marcou o barroco portuense, Nicolau Nasoni, o chafariz decora um trecho do Passeio Alegre. Artisticamente, o chafariz é uma obra monumental, salientando-se a enorme coluna central, profusamente decorada em secções de motivos de vegetalistas e zoomórficos, terminando num fogaréu. A água brota de quatro carrancas situadas numa taça média que ladeia a coluna, descarregando para uma taça inferior, situada ao nível da cota do terreno. Esta última delimita o próprio chafariz, exibindo em planta uma forma de trevo, hoje realçada pela posição que ocupa no próprio jardim, definindo um largo, e constituindo um dos eixos do percurso”.
Fonte: “mjfsantos.blogs.sapo.pt”


Chafariz vindo do convento de S. Francisco - Ed. MAC


O Chafariz em 1900 - Ed. Estrela Vermelha


Acima vê-se o Passeio Alegre visto do Forte de S. João da Foz em dia de venda ambulante e o chafariz trazido do Convento de S. Francisco e, ainda, a Estação de Socorros a Náufragos.
Fronteiro à Estação de Socorros a Náufragos, existe um edifício hoje abandonado.
Começou por ser uma colónia de férias – Colónia Escolar Marítima da Foz - à época, um humilde barracão. Foi fundada por iniciativa de um antigo inspector escolar, o Dr. João Figueirinhas, auxiliado por pessoas das suas relações.
Esta colónia, que era destinada aos alunos das escolas primárias do Porto, inaugurou-se em 31 de Agosto de 1908, com vinte crianças do sexo masculino.
Em 2 de Setembro de 1909, o Dr. João Figueirinhas ainda anunciava à imprensa a reabertura da colónia, mas, em 1912, após quatro anos de funcionamento ininterrupto, viria a encerrar.
Aí se acabaria por instalar um jardim-de-infância (escola infantil), já planeado em 1914, erguido a partir do ano seguinte, para ser inaugurado em 1916, funcionando como colónia senatorial marítima durante os meses de Verão, desde a sua inauguração. 
Em 3 de Agosto de 1916, a Câmara sob proposta do Dr. Santos Silva aprova um voto de louvor ao Drs. Pedro Vitorino, César Machado, Santos Pereira, Hernâni Barrosa, Baia Júnior, Armindo Santos, Mário Lage, António Veloso e Andrade e Silva por se disponibilizarem gratuitamente a trabalhar na colónia senatorial marítima da Foz.
Com a implantação do Estado Novo, com o fim das escolas infantis, tornar-se-á a Escola Primária Nº 85 – escola primária masculina – e continuou a funcionar como tal até meados dos anos 90 do século XX.




Escola infantil - Ed. “A Nossa Foz do Douro –facebook”


Na foto acima o edifício da escola do Passeio Alegre, quando esta era ainda infantil e tinha o n.º 2.

Colónia Sanatorial Marítima da Foz em 1946 - Ed. Arquivo Histórico Municipal


O edifício da foto anterior na actualidade - Ed. MAC



Quiosque do Carneiro ou Chalé Suisso


Dos quiosques ainda existentes na cidade do Porto, é o único com o espaço interior aberto ao público, funcionando como casa de chá. A sua construção, com planta octogonal, é em madeira rebocada e ferro fundido no estilo Romântico.




Chalet Suisso - Ed. MAC



Tendo sido começado a construir em 1873, em madeira, esta estrutura foi rebocada no século XX.
Em quatro das suas faces rasgam-se janelas e, noutras duas, portas, sendo as restantes cegas. O espaço interior reflecte as características já mencionadas, e a cobertura apresenta ao centro o monograma A.C.S. - as iniciais do primeiro proprietário, António Carneiro dos Santos que, mais tarde, haveria de colocar no topo do chalet a escultura de um carneiro razão, pela qual, ele vai passar a ser chamado de “Chalet do Carneiro”.
Nos anos sessenta do século XIX, tinham início as obras do Jardim do Passeio Alegre, embora só muito mais tarde os jardins tenham ficado concluídos (foram inaugurados em 1892).
O quiosque ou chalet passaria a ser um dos pontos de encontro preferido dos intelectuais da época, nomeadamente, Camilo Castelo Branco, Arnaldo Gama, Ramalho Ortigão, Alberto Pimentel e alguns outros. 
Em 1906, foi vendido a Charles Frederick Chambers e, posteriormente, ao suíço Jácome Rasker, o que deverá justificar uma das outras designações do quiosque - chalet Suíço. 
O Chalet do Carneiro está classificado como Imóvel de Interesse Municipal, na sequência do decreto 2/96, publicado no Diário da República de 6 de Março. 



Obeliscos


Inicialmente estavam à entrada da Quinta da Prelada, ao cimo do que é hoje a Rua dos Castelos, ao fundo da Rua das Pirâmides, hoje a Avenida de França e, em 20 de Agosto de 1936, a Câmara decidiu instalá-los no Passeio Alegre, o que se viria a verificar dois anos depois.




Os obeliscos da Prelada seriam removidos deste local para o Jardim do Passeio Alegre




Os obeliscos estiveram ao cimo do que é hoje a Rua dos Castelos, e quando foram instalados se chamava "Estrada da Prelada", na confluência do prolongamento da Rua de Francos, chamada então, "Caminho do Carvalhido".
Como se vê na foto acima, estavam embutidos num muro, adjacente à Rua dos Castelos, em local que abaixo se indica.



Aqui estiveram embutidos num muro os obeliscos da Prelada




Confluência da Avenida de França e Rua de Pedro Hispano em 1937


Como a foto acima é de 1937 e os obeliscos só foram mudados em 1938,  ainda lá estavam, não sendo, porém, observáveis.



Obeliscos no Passeio Alegre - Ed. PC


“ Entre a Praça do Exército Libertador (vulgarmente designada por Carvalhido) e o gaveto formado pelas ruas dos Castelos e Direita de Francos, desenvolve-se a Rua da Prelada que, desde o século XVIII até aos inícios do XX, foi conhecida por povoação das pirâmides. Tal designação derivava de um pequeno aglomerado de casas que se localizava junto daquela que era então a entrada da Quinta da Prelada, definida pela implantação de duas grandiosas pirâmides graníticas, com mais de doze metros de altura. Estas pirâmides, concebidas nos anos ’40 do século XVIII pelo famoso arquitecto Nicolau Nasoni, faziam parte do gigantesco projecto paisagístico que aquele artista imaginou, e em grande parte materializou, nesta propriedade dos Noronha de Menezes. Sobre esta Quinta (que abordaremos de forma mais detalhada quando focarmos a Rua dos Castelos), a rua da Prelada e as pirâmides, não resistimos a transcrever o que sobre elas escreveu, em 1758 nas “Memórias Paroquiais”, Francisco Xavier de Carvalho, o então pároco de Ramalde: “No lugar da Prelada ha hua Quinta que passa pella melhor destas Provincias, a sua entrada principia no lugar do Carvalhido, aonde fáz hum largo de trezentos e cesenta pés de cumprimento, e quarenta e trés de largo (...) no fim delle se elevaõ duas Piramedes de figura triangular assentadas sobre três bolas de pedra, ellas tem de altura trinta péz, e dois terços, acabaõ em ponta aguda com hua torre em sima, que saõ as armas dos Noronhas; as bazes, que as sustentaõ tem de alto déz péz; pegado ás Piramedes comesa a primeira entrada...”.
Estas pirâmides não resistiram, contudo, ao crescimento urbanístico do local. Deslocada, uma delas, alguns metros em 1884, aquando do alargamento da actual Rua Direita de Francos, ambas acabariam, anos mais tarde, por serem desmontadas e deslocadas vários quilómetros, para o extremo nascente do jardim do Passeio Alegre, na Foz do Douro, onde, em abono da verdade, não só ficaram completamente descontextualizadas mas perderam também muito do seu impacto e imponência, servindo de pouco consolo o facto de terem sido classificadas, em 1983, como imóveis de interesse público. Por outro lado, a ausência destes monumentos do seu  local original de implantação acabou por conduzir, ainda durante a primeira metade do século XX, ao desaparecimento da designação de Povoação das Pirâmides, substituída por Rua da Prelada.”
Com a devida vénia ao Professor Joel Cleto




Lawn-Tennis Club da Foz (LTCF)
 
 
Em 1900, é fundado na Foz do Douro o Lawn-Tennis Club da Foz, graças à dedicação do almirante José da Cunha Lima, do Visconde de Guilhomil, e de Fernando Nicolau d’ Almeida (Porto, 20/03/1875 - Porto, 07/10/1950).
Seriam então edificados dois courts nos jardins do Passeio Alegre.
Em 1909, junto do Castelo de S. João da Foz, instalam-se junto às suas muralhas os campos de ténis do Lawn-Tennis Club da Foz, após regularização do terreno envolvente da fortaleza, feito através de aterro.
O Lawn-Tennis Clube da Foz é um clube de ténis privado com mais de 100 anos de existência, ainda localizado naquela morada.
O clube disponibiliza, actualmente, 5 campos de terra batida, descobertos e 1 campo de padel de relva artificial também descoberto.
Ao longo dos anos, foram ainda oferecidos aos associados áreas de convívio, de jogos de tabuleiro e estruturas de apoio adstritas ao sector da restauração.
 
 
 
“No ano de 1920, o LTCF declarou falência, por não ter recursos financeiros sustentáveis para combater as despesas relacionadas com o material desportivo e a manutenção dos campos de ténis, e entrou em hibernação. Os courts foram abandonados, servindo de “depósito de carvão ardido, que a Companhia da Carris aí depositava diariamente”.
A 24 de Junho de 1930, o clube foi refundado, graças aos esforços de Ovídio Pinheiro Torres, Alberto da Fonseca Figueiredo, Fernando Nicolau de Almeida, Eleutério Martins Fernandes, Carlos Ortigão de Oliveira e Carlos Moreira Paes.
A primeira assembleia geral ocorreu a 3 de Agosto do mesmo ano.
Após o seu ressurgimento, o clube da Foz e, em particular, uma comissão organizadora de torneios composta por Fernando Nicolau de Almeida, Nuno de Cadoro e Vítor Homem de Almeida esforçou-se na organização de provas nos seus courts, com o intuito de desenvolver o ténis na região nortenha.
Cortesia de Diogo Filipe Ramos da Costa, In “Seminário de História Contemporânea”, do curso de História


 

Vista aérea das instalações do Lawn Tennis Clube da Foz – Cortesia de Nuno Couto Soares (2015)



Lagos do Jardim


Lago a nascente - Ed. MAC



Em cima de Dário Boaventura “ A Menina e a Foca” e, desde 1995, aqui está, no meio do lago, “S. João baptizando Cristo” de Alberto Pinto Amorim, um autodidacta, funcionário dos Pilotos da Barra.
“S. João baptizando Cristo”, uma escultura de duas peças policromadas, em terracota, foi inaugurada no dia de S. João em 1957 e instalada, inicialmente, junto da casa dos Pilotos da Barra, no cais do Marégrafo.
Aquando da transferência para o Jardim do Passeio Alegre, a escultura levou uma pintura simulando bronze.





Lago a poente - Ed. MAC

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