Património religioso na Foz do Douro
Igreja de S. João Baptista da Foz do Douro
“A actual
freguesia da Foz do Douro coincide com a antiga paróquia de S. João da Foz do
Douro, a qual permaneceu como couto do mosteiro beneditino de Santo Tirso até
ao século XIX.
A sua antiguidade é atestada pelo primeiro documento que a refere datado de 1145.
Trata-se da carta de doação da ermida de S. João da Foz do Douro por D. Afonso Henriques a Frei D. Roberto e aos seus cenobitas de Santa Maria e de S. Miguel Arcanjo de Riba Paiva (Castro Daire). Além da ermida o monarca doa igualmente todas as propriedades que lhe estavam subordinadas.
Não havendo unanimidade sobre que ordem professava D. Roberto, o mais comum é dizer-se que estaria ligado aos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho.
Em 1211, D. Mafalda faz e confirma a doação da ermida e couto a D. Mendo, abade do mosteiro de Santo Tirso.
Na segunda metade do século XII existia em S. João da Foz, uma ermida que desde o início do século XIII fica sob jurisdição do mosteiro de Santo Tirso.
Trabalhos de prospecção arqueológica realizados nas últimas décadas do século passado revelam uma ocupação anterior à igreja quinhentista de S. João Baptista. Estas pesquisas divulgam um edifício de planta longitudinal, constituído por corpo rectangular e cabeceira quadrangular mais estreita, sob os alicerces da igreja posterior, associam-no à ermida mencionada na carta de doação de 1145 e definem-no como proto-românico, datável do início do século IX”.
Com a devida vénia a Isabel Queirós
A autora do texto anterior defende que a poente da cabeceira do templo
se situaria o mosteiro. Não se encontra qualquer menção a outras construções
relevantes no lugar de S. João da Foz até ao século XVI, quando aquela pequena
ermida, referida atrás, foi substituída por uma igreja, a primeira que em
Portugal se fez no estilo renascentista.
Mandou-a fazer D. Miguel da Silva, bispo de Viseu mas também abade comendatário do mosteiro beneditino de Santo Tirso. Foi aliás nesta qualidade que mandou fazer a igreja, uma vez que a Foz do Douro era couto dos monges de Santo Tirso.
No século XVII, a pirataria trazia em sobressalto a população da Foz. Mas não só. Os barcos que saíam a barra ou nela procuravam entrar eram muitas vezes assaltados pelos piratas, que roubavam as mercadorias e reduziam a escravos os tripulantes. A cidade pediu providências à regente D. Catarina que governava o reino na menoridade de D. Sebastião.
Vieram altos funcionários ao Porto, para se inteirarem do modo como devia ser protegida a costa. Optou-se pela construção de uma fortaleza, e o local escolhido foi exatamente aquele onde se erguia a imponente igreja renascentista.
Com a Guerra da Restauração da Independência impôs-se a remodelação da fortificação que albergava a igreja.
As obras foram finalmente iniciadas, com a demolição da igreja velha no mesmo ano e tornadas prioritárias perante a invasão do Minho por tropas espanholas, encontravam-se concluídas em 1653.
Com a conclusão das obras no forte de São João da Foz, a igreja existente no interior da fortificação deixou de funcionar como matriz.
A enorme cúpula, em gomos, que se vê do exterior da fortaleza de S. João da Foz é o que ficou da capela-mor.
Da antiga igreja renascentista, hoje só pouco mais resta do que altar-mor e as paredes da nave.
A Igreja actual é barroca, situada a pouca distância do jardim e da fortaleza.
A necessidade de uma igreja na Foz do Douro fez-se sentir no
final do segundo quartel do século XVII, em consequência das obras efectuadas
no Forte de S. João da Foz, que alteraram o normal funcionamento da igreja
matriz situada no seu interior.
Assim, e em 1640, foram doados uns "palácios", sitos na Foz, ao Mosteiro de Santo Tirso, que imediatamente iniciou a sua adaptação a igreja paroquial, comprometendo-se, ainda, a custear a construção da capela-mor.
Esse contrato de doação foi feito entre o frei André Marques de Almeida, da Ordem dos Hospitalários de Leça do Balio e os monges beneditinos do Mosteiro de Santo Tirso. Estes foram os construtores da igreja no local onde havia "uns palácios" que aquele lhes doara.
A história da doação é no entanto mais complexa.
No local da igreja à data, havia ali umas casas e terrenos que pertenciam ao balio do Mosteiro de Leça, de D. Frei Luís Álvares de Távora, o mesmo que com um legado importante ajudou os jesuítas a construírem a Igreja de S. Lourenço, nas Aldas. Se chegou a haver negociações, elas não correram bem.
“D. Frei Luís Álvares de Távora tinha, porém, uma espécie de secretário. Era o licenciado frei André Marques de Almeida. Fora sempre muito afeiçoado ao amo, digamos assim, que soube recompensar toda aquela dedicação. No dia 13 de julho de 1640, D. Frei Luís Álvares de Távora doou a frei André Marques de Almeida as casas que possuía na Foz. E com este já os beneditinos conseguiram chegar a acordo. Cerca de um mês depois de ter tomado posse dos bens que recebera por doação, frei André cedeu aos monges beneditinos de Santo Tirso as casas que haviam pertencido ao balio, para no seu lugar se construir uma nova igreja paroquial. É a que lá está dedicada a S. João Baptista.
Mas frei André não doou as casas assim sem mais nem menos. Ele próprio se encarregou de construir a capela-mor, para o que aproveitou a pedra e outros materiais resultantes das demolições. Ao construir a capela-mor, frei André colocou algumas condições.
Assim, entre o corpo da igreja e a capela-mor, seria construído um arco de cantaria que ele, "tudo faria à sua custa". Impunha uma condição: "ressalvar a capela-mor para seu túmulo". E mais: que o seu brasão figurasse no cimo do tal arco de cantaria. E foi ainda mais longe: nomeou a Santa Casa da Misericórdia do Porto como sua mandatária, para que zelasse pelo cumprimento de todas as determinações.
A construção da Igreja de S. João da Foz decorreu entre 1640 e 1649. Este ano é o da morte do doador das casas e terrenos que antes haviam pertencido a frei Luís Álvares de Távora”.
Com a devida vénia a Germano Silva
Ora, aconteceria, mais tarde, que tendo os monges que fazer
obras na capela-mor, decidiram que não fazia sentido, colocar no arco as armas
de frei André e que ficaria ali melhor o símbolo dos beneditinos. Só que a
Santa Casa andava atenta, reclamou e as armas de frei André lá voltaram para o
arco.
De acordo com Magalhães Basto, o corpo da igreja terá sido modificado (BASTO, 1945, pp. 173-190), tendo essas obras sido exclusivamente financiadas com os inconstantes rendimentos do couto da Foz e, por isso, muito demoradas - a nova capela-mor, cuja primeira pedra foi lançada entre 1709 e 1712, só se concluiu em 1726 / 27.
“As campanhas arquitectónicas e decorativas sucederam-se durante a primeira metade do século XVIII. Entre 1713 e 1715 construíram-se os retábulos do Bom Sucesso, do Senhor Jesus, da Senhora do Rosário, e de Santa Gertrudes, dotados das respectivas imagens. Em 1728 iniciou-se, na igreja, a construção da abóbada, torres, novo frontispício, remate do arco sobre a capela-mor, pátio em frente, e levantamento do coro; obras que estariam concluídas em 1733.
No ano seguinte, 1734, foi assinado o contrato para a realização do retábulo da capela-mor com os mestres entalhadores Manuel da Rocha e Manuel da Costa Andrade, mas sob desenho de Miguel Francisco da Silva, autor dos retábulos das igrejas de Santo Ildefonso e São Francisco, entre outros. Este deveria estar pronto em 1735. No entanto, a campanha decorativa prolongou-se e o retábulo foi alterado ao gosto do novo Abade, que acrescentou ainda às obras em curso a construção dos presbitérios e das escadas da capela-mor, tendo mandado executar o altar de pedra de ara e o frontal de talha da capela-mor.
Resulta desta extensa campanha, uma igreja barroca de planta longitudinal, nave única, seis capelas colaterais e capela-mor, todas com retábulos de talha dourada. Na fachada, o portal emoldurado e rematado por frontão circular interrompido, é encimado por um nicho onde se exibe a imagem de S. João Baptista. É a única igreja no Porto, que na fachada, tem um nicho onde se exibe a imagem de S. João Baptista.
Nos nichos laterais figuraram, outrora, as imagens de S. Bento e Santa Escolástica. O alçado termina em frontão circular e cruz de pedra, ladeado pelas torres sineiras”.
Com a devida vénia a Rosário Carvalho
Capela do Passo do
Passeio Alegre
Segundo o Arquivo Paroquial de S. João da Foz
do Douro, em meados do séc. XVIII, tornou-se imperativo a fixação dos
passos, que eram armados para a procissão que os percorria no quarto Domingo da
Quaresma. Isso tornava necessário a construção de algumas capelas, que simbolizassem
alguns dos passos de Cristo. Contudo, devido à falta de fundos, só em 15 de
Outubro de 1764, foi celebrado o contrato, com o mestre pedreiro Manuel dos
Santos Porto, dando-se logo início as obras de construção. Em 1767 as capelas
estariam já abertas aos fiéis.
Na imagem abaixo vemos o Passo do Passeio Alegre, que ainda existe actualmente, tendo no entanto sofrido algumas pequenas modificações.
Originalmente possuía um coberto ou telheiro e uma sólida porta em madeira que, entretanto, seriam retirados.
Foram cinco as estações da Via Sacra que foram construídas a instâncias da Confraria do Senhor dos Passos e de Nossa Senhora da Soledade. Assim temos: o Passo do Passeio Alegre que fica na Rua do Passeio Alegre, ao fundo da rampa de acesso à Igreja de São João da Foz; o Passo de Santa Anastácia que se situa na Rua Padre Luís Cabral; existe ainda outro Passo na Rua Bela e outro na Rua do Alto da Vila e por último na Rua Padre Luís Cabral próximo do Largo da Feira.
Igreja de S. João Baptista da Foz do Douro
A sua antiguidade é atestada pelo primeiro documento que a refere datado de 1145.
Trata-se da carta de doação da ermida de S. João da Foz do Douro por D. Afonso Henriques a Frei D. Roberto e aos seus cenobitas de Santa Maria e de S. Miguel Arcanjo de Riba Paiva (Castro Daire). Além da ermida o monarca doa igualmente todas as propriedades que lhe estavam subordinadas.
Não havendo unanimidade sobre que ordem professava D. Roberto, o mais comum é dizer-se que estaria ligado aos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho.
Em 1211, D. Mafalda faz e confirma a doação da ermida e couto a D. Mendo, abade do mosteiro de Santo Tirso.
Na segunda metade do século XII existia em S. João da Foz, uma ermida que desde o início do século XIII fica sob jurisdição do mosteiro de Santo Tirso.
Trabalhos de prospecção arqueológica realizados nas últimas décadas do século passado revelam uma ocupação anterior à igreja quinhentista de S. João Baptista. Estas pesquisas divulgam um edifício de planta longitudinal, constituído por corpo rectangular e cabeceira quadrangular mais estreita, sob os alicerces da igreja posterior, associam-no à ermida mencionada na carta de doação de 1145 e definem-no como proto-românico, datável do início do século IX”.
Com a devida vénia a Isabel Queirós
Mandou-a fazer D. Miguel da Silva, bispo de Viseu mas também abade comendatário do mosteiro beneditino de Santo Tirso. Foi aliás nesta qualidade que mandou fazer a igreja, uma vez que a Foz do Douro era couto dos monges de Santo Tirso.
No século XVII, a pirataria trazia em sobressalto a população da Foz. Mas não só. Os barcos que saíam a barra ou nela procuravam entrar eram muitas vezes assaltados pelos piratas, que roubavam as mercadorias e reduziam a escravos os tripulantes. A cidade pediu providências à regente D. Catarina que governava o reino na menoridade de D. Sebastião.
Vieram altos funcionários ao Porto, para se inteirarem do modo como devia ser protegida a costa. Optou-se pela construção de uma fortaleza, e o local escolhido foi exatamente aquele onde se erguia a imponente igreja renascentista.
Com a Guerra da Restauração da Independência impôs-se a remodelação da fortificação que albergava a igreja.
As obras foram finalmente iniciadas, com a demolição da igreja velha no mesmo ano e tornadas prioritárias perante a invasão do Minho por tropas espanholas, encontravam-se concluídas em 1653.
Com a conclusão das obras no forte de São João da Foz, a igreja existente no interior da fortificação deixou de funcionar como matriz.
A enorme cúpula, em gomos, que se vê do exterior da fortaleza de S. João da Foz é o que ficou da capela-mor.
Da antiga igreja renascentista, hoje só pouco mais resta do que altar-mor e as paredes da nave.
A Igreja actual é barroca, situada a pouca distância do jardim e da fortaleza.
Assim, e em 1640, foram doados uns "palácios", sitos na Foz, ao Mosteiro de Santo Tirso, que imediatamente iniciou a sua adaptação a igreja paroquial, comprometendo-se, ainda, a custear a construção da capela-mor.
Esse contrato de doação foi feito entre o frei André Marques de Almeida, da Ordem dos Hospitalários de Leça do Balio e os monges beneditinos do Mosteiro de Santo Tirso. Estes foram os construtores da igreja no local onde havia "uns palácios" que aquele lhes doara.
A história da doação é no entanto mais complexa.
No local da igreja à data, havia ali umas casas e terrenos que pertenciam ao balio do Mosteiro de Leça, de D. Frei Luís Álvares de Távora, o mesmo que com um legado importante ajudou os jesuítas a construírem a Igreja de S. Lourenço, nas Aldas. Se chegou a haver negociações, elas não correram bem.
“D. Frei Luís Álvares de Távora tinha, porém, uma espécie de secretário. Era o licenciado frei André Marques de Almeida. Fora sempre muito afeiçoado ao amo, digamos assim, que soube recompensar toda aquela dedicação. No dia 13 de julho de 1640, D. Frei Luís Álvares de Távora doou a frei André Marques de Almeida as casas que possuía na Foz. E com este já os beneditinos conseguiram chegar a acordo. Cerca de um mês depois de ter tomado posse dos bens que recebera por doação, frei André cedeu aos monges beneditinos de Santo Tirso as casas que haviam pertencido ao balio, para no seu lugar se construir uma nova igreja paroquial. É a que lá está dedicada a S. João Baptista.
Mas frei André não doou as casas assim sem mais nem menos. Ele próprio se encarregou de construir a capela-mor, para o que aproveitou a pedra e outros materiais resultantes das demolições. Ao construir a capela-mor, frei André colocou algumas condições.
Assim, entre o corpo da igreja e a capela-mor, seria construído um arco de cantaria que ele, "tudo faria à sua custa". Impunha uma condição: "ressalvar a capela-mor para seu túmulo". E mais: que o seu brasão figurasse no cimo do tal arco de cantaria. E foi ainda mais longe: nomeou a Santa Casa da Misericórdia do Porto como sua mandatária, para que zelasse pelo cumprimento de todas as determinações.
A construção da Igreja de S. João da Foz decorreu entre 1640 e 1649. Este ano é o da morte do doador das casas e terrenos que antes haviam pertencido a frei Luís Álvares de Távora”.
Com a devida vénia a Germano Silva
De acordo com Magalhães Basto, o corpo da igreja terá sido modificado (BASTO, 1945, pp. 173-190), tendo essas obras sido exclusivamente financiadas com os inconstantes rendimentos do couto da Foz e, por isso, muito demoradas - a nova capela-mor, cuja primeira pedra foi lançada entre 1709 e 1712, só se concluiu em 1726 / 27.
“As campanhas arquitectónicas e decorativas sucederam-se durante a primeira metade do século XVIII. Entre 1713 e 1715 construíram-se os retábulos do Bom Sucesso, do Senhor Jesus, da Senhora do Rosário, e de Santa Gertrudes, dotados das respectivas imagens. Em 1728 iniciou-se, na igreja, a construção da abóbada, torres, novo frontispício, remate do arco sobre a capela-mor, pátio em frente, e levantamento do coro; obras que estariam concluídas em 1733.
No ano seguinte, 1734, foi assinado o contrato para a realização do retábulo da capela-mor com os mestres entalhadores Manuel da Rocha e Manuel da Costa Andrade, mas sob desenho de Miguel Francisco da Silva, autor dos retábulos das igrejas de Santo Ildefonso e São Francisco, entre outros. Este deveria estar pronto em 1735. No entanto, a campanha decorativa prolongou-se e o retábulo foi alterado ao gosto do novo Abade, que acrescentou ainda às obras em curso a construção dos presbitérios e das escadas da capela-mor, tendo mandado executar o altar de pedra de ara e o frontal de talha da capela-mor.
Resulta desta extensa campanha, uma igreja barroca de planta longitudinal, nave única, seis capelas colaterais e capela-mor, todas com retábulos de talha dourada. Na fachada, o portal emoldurado e rematado por frontão circular interrompido, é encimado por um nicho onde se exibe a imagem de S. João Baptista. É a única igreja no Porto, que na fachada, tem um nicho onde se exibe a imagem de S. João Baptista.
Nos nichos laterais figuraram, outrora, as imagens de S. Bento e Santa Escolástica. O alçado termina em frontão circular e cruz de pedra, ladeado pelas torres sineiras”.
Com a devida vénia a Rosário Carvalho
Nicho com o S. João Baptista na fachada
Igreja Matriz da Foz do Douro
Na imagem abaixo vemos o Passo do Passeio Alegre, que ainda existe actualmente, tendo no entanto sofrido algumas pequenas modificações.
Originalmente possuía um coberto ou telheiro e uma sólida porta em madeira que, entretanto, seriam retirados.
Foram cinco as estações da Via Sacra que foram construídas a instâncias da Confraria do Senhor dos Passos e de Nossa Senhora da Soledade. Assim temos: o Passo do Passeio Alegre que fica na Rua do Passeio Alegre, ao fundo da rampa de acesso à Igreja de São João da Foz; o Passo de Santa Anastácia que se situa na Rua Padre Luís Cabral; existe ainda outro Passo na Rua Bela e outro na Rua do Alto da Vila e por último na Rua Padre Luís Cabral próximo do Largo da Feira.
Capela primitiva do Passo do Passeio Alegre
Capela do Passo na Rua da Bela
A Capela de Nossa Senhora da Conceição na Rua Padre Luís
Cabral na Foz do Douro, lá bem acima é uma capela localizada no gaveto dessa
rua com a Rua de Diogo Botelho.
Trata-se de um imóvel em vias de classificação, em estilo barroco, atribuível a Nicolau Nasoni.
Esta capela, cujo ano de construção não se conseguiu comprovar com exactidão, mas se acredita remontar ao século XIX, tinha como padroeiro o mártir São Sebastião. Mas, também não se sabe quando mudou de orago e qual a razão para a mudança. Trata-se de uma capela de pequenas dimensões, cujo aspecto denota o sabor do barroco portuense.
“A História desta capela, por ironia do destino, está condenada a não ser conhecida, isto porque, quando em 1941 foram feitas obras de restauro, segundo me foi relatado pelo carpinteiro Manuel Joaquim Ferreira “O Pádua” este, ao deslocar do altar a imagem de Nossa Senhora da Conceição, reparou que a parte de trás da cabeça se deslocava, deixando à mostra um orifício de razoável diâmetro. Espreitando, teve a impressão de que algo ali se ocultava; introduziu a mão, retirando do seu interior um rolo de papéis manuscritos que, juntamente com o Sr. António Carvalho, ao tempo um dos elementos da Confraria de Nossa Senhora da Conceição, que estava presente, constataram serem referentes à construção daquela Capela. Na intenção de não se extraviarem, o Sr. António Carvalho declarou que os ia guardar no cofre, em sua casa”.
Texto extraído do livro “Onde o Rio acaba e a Foz do Douro Começa” de Sebastião Oliveira Maia
Segundo os
herdeiros, após a morte do Sr. António Carvalho, estes manuscritos não foram
mais encontrados, no dito cofre…!
A foto anterior "foi uma das primeiras tiradas na Foz do Douro por um cidadão inglês que visitou e permaneceu no Porto durante algum tempo".
Fonte: Agostinho Barbosa Pereira
Trata-se de um imóvel em vias de classificação, em estilo barroco, atribuível a Nicolau Nasoni.
Esta capela, cujo ano de construção não se conseguiu comprovar com exactidão, mas se acredita remontar ao século XIX, tinha como padroeiro o mártir São Sebastião. Mas, também não se sabe quando mudou de orago e qual a razão para a mudança. Trata-se de uma capela de pequenas dimensões, cujo aspecto denota o sabor do barroco portuense.
“A História desta capela, por ironia do destino, está condenada a não ser conhecida, isto porque, quando em 1941 foram feitas obras de restauro, segundo me foi relatado pelo carpinteiro Manuel Joaquim Ferreira “O Pádua” este, ao deslocar do altar a imagem de Nossa Senhora da Conceição, reparou que a parte de trás da cabeça se deslocava, deixando à mostra um orifício de razoável diâmetro. Espreitando, teve a impressão de que algo ali se ocultava; introduziu a mão, retirando do seu interior um rolo de papéis manuscritos que, juntamente com o Sr. António Carvalho, ao tempo um dos elementos da Confraria de Nossa Senhora da Conceição, que estava presente, constataram serem referentes à construção daquela Capela. Na intenção de não se extraviarem, o Sr. António Carvalho declarou que os ia guardar no cofre, em sua casa”.
Texto extraído do livro “Onde o Rio acaba e a Foz do Douro Começa” de Sebastião Oliveira Maia
Capela Nossa Senhora da Conceição
Foto das traseiras da capela muito antes do arranjo
urbanístico actual - Fonte: "facebook.com/ANossaFozDoDouro"
A foto anterior "foi uma das primeiras tiradas na Foz do Douro por um cidadão inglês que visitou e permaneceu no Porto durante algum tempo".
Fonte: Agostinho Barbosa Pereira
Capela de Santa Anastácia
A Capela de Santa Anastácia pode ser observada na esquina
das ruas Padre Luís Cabral e Santa Anastácia, tendo servido de Matriz entre
1640 e 1736.
Capela Santa Anastácia
De 1575 a 1577 foram anos de verdadeira calamidade para o Porto e povoações vizinhas, mas em S. João da Foz, por milagre, os efeitos da peste quase não se fizeram sentir. Reconhecido, o povo cumpriu a promessa, construindo uma capela com um só altar com a Mártir ao centro, à direita Nossa Senhora da Piedade e à esquerda São Brás.
A certa altura e apesar do povo desta freguesia reconhecer a graça que lhe havia sido concedida e não deixando de orar na capela, as Autoridades Eclesiásticas, não acharam bem que a capela tivesse por patrona a Mártir Santa Anastácia e ordenaram que colocassem a Nossa Senhora da Piedade no lugar da mártir, passando então a capela a ser designada por Capela Nossa Senhora da Piedade.
Existem ainda outras capelas na freguesia, como a Capela da Senhora da Luz, Capela da Senhora da Lapa e Capela Nossa Senhora da Conceição.
(Continua)
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