18.12 Praça D. João I
A Praça D. João I foi começada a pensar em 1944.
Esta é a praça onde se situa o Teatro Rivoli e que tem, face a face, dois "enormes" prédios, um dos quais chamado desde a sua construção de Arranha-Céus ou Edifício Rialto e, um outro, que foi a sede do Banco Português do Atlântico, de Cupertino de Miranda e que foi chamado de Edifício Atlântico.
Esta é a praça onde se situa o Teatro Rivoli e que tem, face a face, dois "enormes" prédios, um dos quais chamado desde a sua construção de Arranha-Céus ou Edifício Rialto e, um outro, que foi a sede do Banco Português do Atlântico, de Cupertino de Miranda e que foi chamado de Edifício Atlântico.
No lado poente da praça encontra-se o Teatro Rivoli.
Em 1913 foi inaugurado o então chamado Teatro Nacional, na Rua Elias Garcia, antiga Rua D. Pedro, onde
actuaram os célebres actores Soares Correia e Beatriz Costa, esta, ainda uma
jovem corista.
Diga-se, que nos anos posteriores à sua abertura, a sala de
espectáculos que já vinha sendo chamada de Teatro Rivoli, viria a converter-se
ao cinema, e assim, em 1923, já remodelada, estava adaptada também à sétima
arte.
Mudanças no centro urbano obrigaram, porém, a repensar e
modernizar o imóvel, e em 1932 era
inaugurado o novo Cine-Teatro Rivoli, projetado pelo engenheiro e
arquiteto Júlio José de Brito, e com programação para além da dedicada
ao cinema, de ópera, dança, teatro e concertos.
Na década de 1970, a imagem do teatro sofreu um revés
provocado por uma má situação financeira. O Rivoli começou a degradar-se, com equipamento
obsoleto, sem programação regular ou público próprio. Nessa altura, a Câmara
Municipal do Porto decidiu comprar a estrutura, de forma a devolvê-la à cidade
e aos seus habitantes.
Em 1992 o teatro fechou para uma total remodelação, com
projecto do arquitecto Pedro Ramalho.
A área existente de 6.000 m² foi ampliada para mais de
11.000m², criando-se um Auditório Secundário, um Café-concerto, uma Sala de
Ensaios e um Foyer de Artistas, assim como espaços para os Serviços
Administrativos e os Serviços Técnicos.
Em Outubro de 1997 o Rivoli Teatro Municipal reabriu as suas
portas. A remodelação do teatro, da autoria de Pedro Ramalho estava concluída.
Toda a área da praça seria obtida a partir de demolições de
prédios, entre os quais serpenteavam vários arruamentos, de que se destacavam a
Rua do Bonjardim e a Viela da Neta.
Planta de Perry Vidal de 1865
Dentro do círculo colorido, da planta acima, seria levantada
a Praça D. João I.
Quartel dos Bombeiros no Pátio do Paraíso
Acima está o local de implantação do Cinema Rivoli conhecido
pelo Pátio do Paraíso. Aqui estiveram sedeados com o seu quartel, os Bombeiros
Voluntários do Porto.
O topónimo “Paraíso” ainda existe nas traseiras do edifício
do Palácio Atlântico em recinto interior. A actual Rua Rodrigues Sampaio era
então a Rua do Paraíso.
Cinema Rivoli à esquerda
Ao centro da foto acima, para além da cortina de prédios,
seria construída a Praça D. João I, depois da demolição daqueles, onde se
situava num deles a conhecida Confeitaria Primus. O Rivoli está à esquerda.
Os prédios ao fundo
da foto estavam na Rua do Bonjardim.
Rua Passos Manuel e, ao fundo, a Rua de Sá da Bandeira,
antes da abertura da Praça D. João I
Prédios a poente, na Rua de Sá da Bandeira, defronte da Rua
de Passos Manuel, antes da abertura da Praça D. João I
Praça D. João I, em 1938 – Ed. Bonfim Barreiros
O cinema Rivoli está ao fundo à direita e a foto foi tirada
da Rua Passos Manuel
Na parte central da foto o local de implantação do Edifício
Rialto
Ao fundo à direita da foto acima tirada do fundo da Rua Passos
Manuel vê-se o Teatro Rivoli.
O Edifício Rialto ainda não existia. Em frente, a Rua Passos
Manuel
Praça D. João I, em 1948. À esquerda, o edifício da “Associação de Jornalistas e
Homens de Letras”
As demolições para o levantamento da Praça D. João I
A Praça D. João I antes da implantação dos edifícios Rialto
e Atlântico
A praça que tem um desnível considerável entre o topo Norte
e o topo Sul esteve para ser de planta triangular.
Projecto de planta triangular para a Praça D. João I
Edifício Rialto
Na foto o famoso Arranha-céus
ou Edifício Rialto que Maurício
Carvalho de Macedo, natural da freguesia de Telões, Amarante, nascido a 3 de
Abril de 1896, mandou construir. Seria o prédio mais alto de Portugal em Maio
de 1945 tendo sido inaugurado em 1948. Traça de Rogério de Azevedo e de
Baltasar de Castro.
O Palácio Atlântico
deve-se à traça de arquitectos como Fortunato Cabral, Cunha Leão e Morais
Soares, tendo sido inaugurado em 6 de janeiro de 1951, por iniciativa da
empresa Edifícios Atlântico, fundada pelo BPA, sendo o edifício anterior à Praça
D. João I, que surgiria depois. Tem 15 andares, mas inicialmente pretendia-se
construir o maior edifício do país, que seria bastante mais volumoso! Tem uma
colunata impressionante de 2 andares! O Banco ocupou os primeiros 3 andares,
sendo o resto de escritórios. O tríptico que reveste a parede dianteira é do
pintor e ilustrador moderno Jorge Barradas.
No prédio do Banco Português do Atlântico existiram vários
consultórios médicos, assim como escritórios de empresas de referência, como
podemos observar ao longo dos últimos anos: Gazcidla, Sacor e Companhia de
Seguros Ourique. O consulado de França no Porto estava localizado no último
andar, onde se nota um mastro de bandeira na foto abaixo. Neste mesmo edifício,
também chegou a existir a escola de dactilografia Maratona, onde praticaram centenas
de alunos.
Praça D. João I e a sua placa central de circulação de
trânsito auto
O "Palácio Atlântico" e ao centro já pode ver-se a
fonte que seria transladada para a Praça do Marquês
Em 1966 a construção da Fonte da Praça D. João I que seria
demolida e transladada em 2001 para a Praça do Marquês
Na Praça do Marquês do Pombal a fonte que esteve na Praça D.
João I
Por sua vez, a intervenção que levou à instalação das
estátuas dos “Corcéis”, teve um estudo que não se realizou, em que as peças
escultóricas seriam as de D. João I e D. Filipa de Lencastre.
Estudo para as esculturas que não foi executado
Esta praça foi completamente redesenhada em 2001, integrada
no Porto - Capital da Cultura
Na foto acima os "Corcéis"
são duas estátuas do escultor João Fragoso.
As estátuas, inauguradas em 21 de Junho de 1957 são em
bronze, e assentam em placas de granito polido. São dois elementos iguais,
fazendo par. Representam um jovem a tentar dominar um cavalo selvagem.
Um pouco de graçola, quando cheguei ao Porto apresentaram-me a rua entre os cavalos e o Edifício Atlântico, com a Rua dos Entrecuzes - os dos cavalos, e o Edifício de Cu...pertino de Miranda, o Sr Atlântico!
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