EFACEC
Esta empresa, com sede na Arroteia - Leça do Balio, tem
origens que remontam a mais de 100 anos e, presentemente, está estabelecida,
para além de Portugal, em Espanha, Europa Central (República Checa, Roménia e
Áustria), EUA, América Latina, Brasil, Magrebe, África Austral e Índia.
Contando com 2.300 colaboradores, 2.000 dos quais em
Portugal, a Efacec tem, actualmente, dois pólos industriais a Norte – Pólo da Arroteia,
em Matosinhos, que constitui a sede da empresa e onde estão localizadas as
unidades dedicadas aos Produtos de
Energia; e o Pólo da Maia, dedicado às áreas da Mobilidade Elétrica, Automação, Transportes e Ambiente e que, em
Fevereiro de 2018, neste município, inauguraria as novas instalações dedicadas
ao reforço da Mobilidade Elétrica.
A Efacec conta ainda com um Pólo de Serviços no Lagoas Park,
em Oeiras, onde se localiza a Unidade de
Energia.
“Temos quase 70 anos
de marca, feita por grandes personalidades, e a nossa origem, com mais de 100
anos de história, remonta à fundação, em 1905, da “A Moderna” Sociedade de Serração Mecânica.
Em 1921 “A Moderna” dá
origem à “Electro-Moderna, Lda.”,
empresa já dedicada à produção de “motores, geradores, transformadores e
acessórios eléctricos” e onde se criaram as competências necessárias para
suportar os grandes desenvolvimentos futuros do que viria a ser a “EFACEC”.
Fonte: “efacec.pt”
Em 5 de Julho de 1901, o jornal “A Voz Pública”, na sua
página 2, noticiava:
A firma J. Nunes & C.ª acima referida e estabelecida, em
1901, na Rua de Camões, 202, passaria, anos mais tarde (entre 1916 e 1918), na
mesma a morada, a ser “A Moderna” - Fábrica de Carpintaria e Madeiras que viria
a desenvolver uma Secção Metalúrgica para o conserto de máquinas
elétricas, e com os seus rudimentares conhecimentos, procurar alternativas às
carências então existentes, recuperando sucatas, reciclando materiais e
construindo, assim, motores elétricos.
“A Moderna, Lda” esteve por aqui, na Rua de Camões, 322 (nº
de polícia actualizado), com o viaduto da Rua de Gonçalo Cristovão, em fundo - Fonte: Google maps
“A Moderna L.da”, In jornal “O Comércio do Porto” de 14
Fevereiro 1919
Publicidade à "A Moderna, Lda." - Fonte: jornal "O Comércio do Porto" de 24 de Dezembro de 1919
Com o fim da 1ª Guerra Mundial e o desaparecimento da
protecção dada ao mercado, “A Moderna” viria a parar a produção de motores.
Em 1921, a Secção de Metalúrgica viria a
autonomizar-se criando uma sociedade composta por 19 sócios capitalistas e
assumindo a denominação de “EML-Electro-Moderna
Lda”.
Seria sob a orientação de Albino Ribeiro Gonçalves que esta
firma iria avançar, com o grande objectivo do fabrico de motores eléctricos,
desiderato que seria abandonado por falta de apoios governamentais, solicitados
e recusados.
A partir de 1925, a “EML-Electro-Moderna
Lda” passa, apenas, a fazer
reparações de máquinas eléctricas.
Naquele ano (09/10/1925),
durante um pedido de licenciamento à CM Porto para execução de obras (colocar
duas vigas de ferro no r/c para suporte de motores; pintar caixilhos e janelas
das fachadas principal e posterior; limpar e caiar interior; substituir
madeiramento da claraboia), a firma apresenta-se como “A Moderna, Lda” –
Fábrica de Carpintaria e Madeiras, sedeada na Rua de Camões, nºs 196-202,
no Porto.
Em 13 de Setembro
de 1935, num outro pedido de licenciamento para alargamento de portas a firma
“A Moderna, Lda” é localizada na Rua de Camões, nº.s 314-322, o que prossupõe
que, entretanto, houve uma renumeração dos números de polícia dos prédios desta
rua.
Com o advento da 2ª
Guerra Mundial, o fabrico de motores eléctricos regressa, mas com o
falecimento precoce de Ribeiro Gonçalves, a empresa passa a ser liderada pelos
seus filhos: Guilherme e António Ricca Gonçalves.
Este último vai ocupar o cargo de Director-Geral.
Placa identificadora de motor de “A Moderna” - Fonte: “efacec.pt”
Secção de Bobinagem (os primórdios) - Fonte: “efacec.pt”
Motor eléctrico da “Electro-Moderna, Lda.”, c. 1930 –
Cortesia da Doutora Maria da Luz Braga Sampaio
“A 12 de Agosto de
1948 constituímo-nos como EFME – Empresa Fabril de Máquinas
Eléctricas, SARL, dando origem ao nascimento da marca e do projecto Efacec. O capital da empresa estava
então distribuído entre a Electro-Moderna, com 20%, os ACEC – Ateliers de
Constructions Électriques de Charleroi com igual valor, a CUF – Companhia União
Fabril com 45%, estando os restantes 15% distribuídos por outros accionistas”.
Fonte: “efacec.pt”
Entre os impulsionadores da Efacec, a partir de 1948, estão
o engenheiro Guilherme Ricca Gonçalves (1918-2011), o engenheiro António Ricca
Gonçalves (1913-1992) – um dos seus irmãos – e Mário Botelho de Sousa.
Licenciado em Engenharia pela Universidade do Porto (FEUP), Guilherme
Ricca Gonçalves foi docente de Desenho Técnico e de Geometria Descritiva
durante mais de quatro décadas, tendo sido uma grande influência para o
desenvolvimento do Desenho Técnico Moderno no Ensino Universitário, que
culminou com a publicação em 1992, de “Geometria Descritiva – Método do Monge”
editado pela Fundação Calouste Gulbenkian, ainda hoje uma referência dos
estudantes.
Por sua vez, António Ricca foi, efectivamente, o homem do leme
na empresa, embora tenha estado dela ausente, no estrangeiro, durante 10 anos.
Nesse período de tempo, conduziu os destinos de várias
empresas do grupo ACEC no exterior e obteve a cidadania Belga, regressando a
Portugal em 1969, onde encontraria já dois polos industriais, pois passadas
cerca de duas décadas sobre o arranque da EFACEC, as instalações da Arroteia tinham-se
já revelado exíguas.
“A saturação das
instalações na Arroteia limitando a sua capacidade de produção de motores
(25.062 motores, 2.746 bombas e 1.008 ventiladores), levou à aquisição de 6,4
hectares de terreno na Maia, em 1965, onde a EFACEC inaugurou uma nova fábrica
dedicada à produção de motores trifásicos blindados utilizando métodos como a
fundição injetada e apostando na larga utilização da liga de alumínio para o
fabrico dos seus diversos órgãos de suporte: carcaças, caixas de terminais,
tampa de proteção do ventilador. A nova linha de produção recorreu a máquinas
semiautomáticas e aperfeiçoou os métodos de ensaios e controle de qualidade. A
sua aposta concentrou-se na produção de gamas de motores entre os 0,2 kW e os
7,5 kW, incidindo sobre motores trifásicos blindados e motores monofásicos.”
Crédito a Maria da Luz Braga Sampaio, In Tese de
Doutoramento apresentada à Universidade de ÉVORA, JULHO, 2015
Diga-se que, aquela estadia de António Ricca fora do País,
durante cerca de 10 anos, ficou a dever-se ao facto da ocorrência de uma greve
na empresa, em 22 de Junho de 1958, em plena campanha para a presidência da
república, em que foi interveniente Humberto Delgado, num dia em que, aquele
Director, estava no estrangeiro.
Em sequência daqueles acontecimentos, a empresa foi fechada
pelo governo (23 de Junho).
Salazar não gostou do acontecido e António Ricca foi
obrigado a exilar-se. Voltaria com Marcelo Caetano.
A Direcção-Geral da empresa foi então ocupada pelo Eng.
António Augusto da Costa Reis que veio da SOPREL, uma empresa que possuía
posição na belga ACEC.
O ano de 1958, é também aquele em que a CUF- Companhia União
Fabril, que até então detinha uma posição maioritária na sociedade, aliena a
sua participação financeira no grupo luso-belga sendo tomada pelos ACEC.
De realçar que no rumo contínuo de expansão, a Efacec
adquiriria em 1973, uma posição maioritária na “JORRO”, empresa produtora de
bombas hidráulicas e na década de 1980, tomaria o controlo da “RABOR
Construcções Eléctricas SARL.”, sedeada em Ovar, que fabricava motores de
corrente continua e alternada.
“ (…) Entre 1966 e
1973, a Efacec vê crescer 2,5 vezes a sua área fabril e 6 vezes o seu volume de
encomendas.
Em 1976, a Efacec
arranca com a sua atividade na área dos Sistemas de Tração e entrega o primeiro
transformador trifásico de 420 kV, 315 MVA, com 450 toneladas de peso, a maior
unidade trifásica construída em Portugal.
Em 1981, a Efacec
regista 4 milhões de contos em vendas internas e externas. Em 1990, o número
sobe para os 25 milhões e, em 1998, para os 48 milhões. Em 1998, a Efacec
atinge 237.753 milhões de euros, tendo o mercado externo atingido os 84.046
milhões de euros e um resultado antes de impostos de 6 milhões de euros.
Em 1999, a Têxtil
Manuel Gonçalves entra no capital da empresa, com uma tomada de posição de
10,682% do direito de voto. A 2 de março de 2000, o Grupo José de Mello
adquiriu ao IPE uma posição de 10,56% dos direitos de votos da Efacec. E é
assim que a herança do Grupo CUF reaparece, 42 anos depois, na História da
Efacec.
Em 2003, a Efacec
define três grandes áreas de atividade, como resultado da avaliação estratégica
que mereceu o acordo dos seus acionistas de referência: Soluções para a
Energia, Soluções para Transportes e Logística e Soluções de Engenharia e
Serviços.
Em setembro de 2005, os grupos Têxtil Manuel Gonçalves e José de Mello
lançaram uma OPA sobre o capital da Efacec ainda disperso em bolsa.
Em 2007, com o apoio
dos seus dois accionistas (GJM e TMG), desenvolve-se um novo modelo
organizacional com dez Unidades de Negócio: Transformadores; Aparelhagem de
Média e Alta Tensão; Servicing de Energia; Engenharia; Automação; Manutenção;
Ambiente; Renováveis; Transportes e Logística.
Entre 2007 e 2010, o
volume de negócios da Efacec ultrapassa os mil milhões de euros, compra várias
empresas em todo o mundo e arranca vários projectos de raiz, como a construção
de uma nova fábrica de transformadores nos EUA, crescendo em todos os
indicadores e oferecendo soluções tecnologicamente avançadas em todo o mundo.
No final de 2014, a
Efacec Power Solutions passou a constituir um grupo de empresas que reúne todos
os meios de produção, tecnologias e competências técnicas e humanas para o
desenvolvimento de actividades nos domínios das soluções de Energia,
Engenharia, Ambiente, Transportes e Mobilidade Eléctrica, abrangendo ainda uma
vasta rede de filiais, sucursais e agentes espalhados por quatro continentes.
A 23 de outubro de 2015, o controle acionário da Efacec Power Solutions
passou a pertencer à Winterfell Industries, passando os antigos controladores,
Grupo José de Mello e Têxtil Manuel Gonçalves (TMG), a accionistas
minoritários.
A Efacec fecha 2015
com prejuízos de 20 milhões de euros, voltando aos lucros em 2016 com o volume
de negócios a atingir os 440 milhões de euros.
No início de 2016 o
grupo de Matosinhos lançou o programa Efacec 2020 com o objetivo de “repensar o
grupo nas suas diferentes vertentes, nomeadamente produtos e serviços,
competências, mercados, clientes, organização e modelo de governo". Até
2020 a Efacec Power Solutions quer crescer em volume de negócio e estar entre
as três marcas líderes no domínio da inovação e tecnologia. Nesse ano, a Efacec
fechou o último exercício com lucros de 4,3 milhões de euros, contra prejuízos
de 20,5 milhões de euros. A faturação do grupo Efacec em 2016 fixou-se em 431,5
milhões de euros, mais 15,5 milhões do que no ano anterior, com as exportações
a gerarem 76% do total.
Em agosto de 2017 a
Efacec ganhou um projeto internacional para a construção do metro de Odense, na
Dinamarca, para desenvolver toda a parte eletromecânica. Este projeto será
desenvolvido juntamente com a COMSA e com a MUNCK e, para a Efacec, o valor do
negócio é de aproximadamente 47 milhões de euros, o que reflete a dimensão e a
integração de soluções que serão prestadas pela empresa. A Efacec já tem
experiência nesta área de negócio, tendo estado envolvida na construção dos
metros de Bergen, na Noruega, Dublin, na Irlanda e Porto, sendo que o mercado
europeu cerca de metade do seu volume de negócios.
Em outubro de 2018, a
Efacec venceu um dos mais importantes concursos do segmento de passagens de
nível da Europa. O concurso foi lançado pela Trafikverket, a entidade gestora
da infraestrutura ferroviária e rodoviária da Suécia, para o desenvolvimento,
certificação e fornecimento de sistemas automáticos de proteção de passagens de
nível de nova geração. Na sequência deste concurso internacional, onde
participaram os maiores fabricantes europeus do setor, a Efacec, em conjunto
com um parceiro local, fechou um negócio avaliado em cerca de cinco milhões de
euros anuais. Este tornou-se o maior contrato de exportação neste segmento para
a empresa.
Em fevereiro de 2019,
um ano após a inauguração da Unidade de Mobilidade Elétrica da Efacec, a área
cresceu cerca de 100% em volume de negócios (17 vs. 36 milhões de euros),
recrutou mais 100 pessoas e triplicou a capacidade de produção de carregadores
rápidos e ultrarrápidos para veículos elétricos. A Mobilidade Elétrica
representa, no arranque de 2019, 6% do total da atividade da Efacec.
Fonte: “pt.wikipedia.org”
Vista aérea das instalações fabris da Efacec na Arroteia
Instalações da Fábrica de Motores Eléctricos da EFACEC
Transporte de um equipamento junto aos armazéns da Efacec
Vista aérea das instalações do pólo da Arroteia em 2003
Na foto acima, pode observar-se uma vista aérea do pólo da
Arroteia e alguma da gama de produtos aí produzidos, com destaque para os
Transformadores de Potência, Transformadores de Distribuição, Aparelhagem de Alta
Tensão, Subestações Móveis e Aparelhagem de Média Tensão.
Vista aérea do pólo da Maia da EFACEC – Fonte: “efacec.pt/”
Carregador Eléctrico da marca EFACEC para veículos - Fonte:
“efacec.pt/”
A Efacec ficaria para sempre ligada ao quotidiano dos portuenses
por, em parceria com a empresa “Salvador Caetano”, de construção de carrocerias,
ter posto nas ruas, a circular, os icónicos troleicarros.
“Em meados da década
de 1950, a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, operadora dos
transportes públicos da cidade, defrontava-se com alguns problemas operacionais
e de segurança uma vez que o sistema de alimentação de energia dos carros
eléctricos que atravessam o rio Douro com destino a Vila Nova de Gaia pela
ponte metálica de Ponte Luís I estaria alegadamente a provocar uma corrosão
eletrolítica acelerada nos pilares da ponte, impondo-se a sua substituição por
outro meio de transporte que não originasse tal efeito. Para além disso, a
própria infraestrutura do sistema de carros eléctricos existente em Vila Nova
de Gaia apresentava um evidente desgaste físico que impunha a sua substituição.
Atendendo à existência
de várias infraestruturas de distribuição de energia elétrica para transporte
público, nessa zona, optou-se por manter a tração elétrica, pelo que a solução
foram os troleicarros, veículos que já circulavam com sucesso no país, em
Coimbra, desde 1947.
Embora aquando do seu
aparecimento tenha tido um enorme sucesso, as dificuldades operacionais
começaram a aparecer na década de 1990, devido ao elevado tráfego automóvel
existente na cidade. A rede acabou por ser encerrada totalmente na noite de 27
de Dezembro de 1997.
Após mais de dois anos
estacionados na Estação de Recolha da Areosa, no Porto, o seu tradicional e,
nos últimos anos, exclusivo depósito, 23 dos 25 troleicarros Efacec foram
vendidos. Esta venda sucedeu após diversas e goradas tentativas para diversos
países e cidades. E, um facto incompreensível para todos os que se interessam
por este meio de transporte, foi o completo desinteresse manifestado pelos
SMTUC de Coimbra, o remanescente operador de troleicarros no País e, até agora,
a única cidade onde circula(va)m troleicarros deste modelo: Apenas dois dos
troleicarros do Porto circulam ainda hoje pelas ruas de Coimbra.
Felizmente ficaram
preservados e em perfeito estado de funcionamento um exemplar de cada um dos
modelos que circularam na cidade, para constituírem um futuro Museu do
Troleicarro do Porto (à semelhança do Museu do Carro Eléctrico). Assim, poderão
ser vistos o primeiro troleicarro do Porto, o BUT n.º 1, o BUT n.º 23 — um dos
com 3 portas — o Lancia de um piso n.º 49, o Lancia de 2 pisos n.º 102, o
Efacec simples n.º 64 e o Efacec articulado n.º 167”.
Fonte: “pt.wikipedia.org”
Troleicarro Efacec, na Rua de Sá da Bandeira, na década de
1980
Na foto acima, observa-se um troleicarro servindo na linha
nº 49, entre a Alfândega e o Hospital de S. João. A partir de Dezembro de 1997,
os troleicarros foram substituídos nesta linha, pelos autocarros, com percurso
entre o Bolhão e o hospital de São João.
A linha nº 49 foi a última linha de tróleis da cidade do
Porto
Trólei Efacec em Coimbra, igual ao que circulou na cidade do
Porto - Fonte: “pt.wikipedia.org”
Alumínia, Lda
A Alumínia, Lda., situada na freguesia de Lordelo do Ouro,
na Rua da Pasteleira , nº 219, começou a sua actividade no começo do século XX,
com o fabrico de utensílios de cozinha.
Foi fundada em 1902, pelo engº Francisco de Albuquerque, tendo
arrancado com o fabrico de louça de alumínio da marca “TREVO”.
O alumínio começado a usar em utensílios de cozinha,
permitia uma melhor condutibilidade térmica, melhor facilidade de limpeza e
maior durabilidade, face às outras soluções do começo do século.
A Alumínia, Lda., fabricava ainda serviços de alpaca e latão
niquelado, vasilhas para leite e embalagens para as indústrias de farmácia e
perfumaria.
Fase de fabrico no parque oficinal da “Alumínia”
Logotipo da “Alumínia”
Em 1934, a “Alumínia” já tinha na sua carteira os seguintes
prémios:
Grande Prémio na exposição do Rio de Janeiro de 1908;
Medalha de Ouro na exposição da sociedade de Geografia de Lisboa, 1915; Medalha
de ouro da Exposição do Rio de Janeiro de 1922/23; Medalha de Ouro da Exposição
Industrial do Porto de 1926; Membro de Júri, Extra-Concurso na Grande Exposição
Industrial de Lisboa, 1932.
A meio do século XX, a empresa começa a produção de
reservatórios de pressão para gás de petróleo liquefeito (GPL).
Em 1980, deixa de fabricar os utensílios de cozinha e passa
a chamar-se “Comanor” (Companhia de
Manufaturas Metálicas do Norte, SA).
Os reservatórios de pressão continuariam a ser produzidos,
até 1994, nas mesmas instalações.
Neste descampado, na Rua Diogo Botelho, à Pasteleira,
esteve, em tempos, a “Alumínia, Lda” – Fonte: Google maps
Em 1965, a “Petróleo
Mecânico Alfa”, uma empresa do universo da petrolífera SACOR, com sede em
Guimarães e com existência desde 1962, começa a fabricar bombas de combustível.
Em 1966, a empresa transferir-se-ia para o lugar de Brito, em Guimarães, e
começaria a fabricar reservatórios para GPL.
A partir de 1976, com a exportação a decorrer da melhor
forma, para satisfazer os volumes em causa, a empresa de Guimarães associou-se
à de Lordelo do Ouro – a “Alumínia”.
Em 1983, o fabrico de bombas de combustível teve que ser
descontinuado, e a “Comanor”, com
sede no Porto, em 1990, adquiriu a “Petróleo
Mecânico Alfa” que sai, assim, definitivamente, da órbita do Estado, vingando
na união o nome desta última.
A “Comanor” passa então, naturalmente, para Guimarães e, em
1996, encerra completamente as instalações em Lordelo do Ouro.
Em 1997, a “Petróleo Mecânico Alfa”, foi comprada pela
norte-americana “Amtrol, Inc”, dando origem ao aparecimento da “Amtrol-Alfa” e sendo criado, a partir
daí, o fabrico de garrafas descartáveis em 1998 e, em 2005, o de garrafas
compósitas para baixa pressão (GPL) com interior metálico, conhecida no mercado
por “PLUMA” e que foi executada a solicitação da petrolífera Galp.
Em 2011, começa o fabrico de reservatórios a alta pressão
(gás pressurizado a 300 bar), em material compósito e interior metálico.
A “Amtrol-Alfa”, nos dias de hoje, continua a ser uma
empresa de sucesso do parque industrial de Guimarães.
Parte da gama de fabrico da “Amtrol-Alfa” – Fonte: “amtrol-alfa.com”
Vista aérea das instalações da “Amtrol-Alfa” em
Brito-Guimarães – Fonte: “amtrol-alfa.com
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