Em 9 de Maio de 1855, Domingos de Oliveira Maya, natural da
casa da Quinta do Paço, em Alvarelhos (Maia/Santo Tirso/Trofa), compra ao
“brasileiro” Bento de Souza Villa Nova o terreno onde irá construir a casa
“acastelada” ou amuralhada, na Rua do Passeio Alegre, n.º 954, com projecto do
próprio comprador que, foi depois,
pertença da família Pinho e onde esteve, até Setembro
de 2017, o colégio Ramalhete.
Domingos de Oliveira Maia era o patriarca da Casa
dos Maias (ou
Ferraz) da Rua das Flores, nº 29.
À esquerda, no prédio de que só se vê o cunhal, esteve o
Casino Internacional da Foz - Ed. Alberto Ferreira-Batalha-Porto
“A foto acima é de antes de 1910. Adiante
vê-se a Rua das Motas onde esteve a Pensão Mary Castro (...). Era a mais
luxuosa da Foz e era frequentada por Eça de Queirós e Ramalho Ortigão nas suas
épocas de praia”.
In portoarc.blogspot
Ainda sobre a foto
anterior, o prédio, à esquerda, mais baixo, actualmente já não existe e o seu
chão passou a ser o quintal da casa adjacente, de Margarida Rosa de Pereira
Machado.
A casa acima foi projectada com dois pisos e um pequeno
recuado, com portas e janelas ogivais, dando-lhe um aspecto romântico e
“gótico”.
“Constantino Batalha,
“senhor de uma considerável fortuna e empresário de sucesso da Baixa portuense”
(p. 111) que em 1896 decidiu transferir-se para um palacete defronte do Jardim
do Passeio Alegre, de cuja reconstrução parcial encarregou António da Silva e a
sua equipa. Com espaçosas varandas em ferro fundido, trata-se de uma das
construções mais vistosas daquele lugar que Raul Brandão imortalizou com
algumas páginas de livro, e na verdade também uma grande prova de capacidade
técnica dos seus construtores, que imaginaram “uma hábil solução para um
terreno muito difícil” (p. 111), tornando imperceptível o pesado muro de
suporte existente nas traseiras da casa, junto à sobranceira Rua da Bela
Vista.”
Fonte: “observador.pt” (06/03/2018) e livro de Domingos
Tavares, “Transformações na Arquitectura Portuense” – Ed. Dafne Editora/F. A.
U. P. (2017)
Miguel de Sousa Guedes e Agostinho de Sousa Guedes foram
dois irmãos, negociantes de vinhos que, naquela actividade, fizeram uma fortuna
colossal.
Ambos acabariam por escolher a Foz do Douro para residirem.
Perspectiva actual da foto anterior - Fonte: Google Maps
Casa de veraneio que
pertenceu, antes de 1930, às famílias Magalhães Forbes e Tameirão Navarro - Ed.
“A Nossa Foz do Douro–facebook”
A casa acima, desde 2010, pertence à Sociedade Portuguesa de Autores, que
a recebeu em doacção.
Nela, viveu o escritor portuense António Rebordão Navarro.
Nela, viveu o escritor portuense António Rebordão Navarro.
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