Tipografia “Imprensa
Portuguesa”
A tipografia “Imprensa
Portuguesa” foi fundada em 1864, pelo político e jornalista Anselmo de
Morais, com a sua sede inicial na Rua do Bonjardim, tendo mudado a sua morada, mais tarde, para a Rua Formosa, nºs 108-112, para o antigo Palacete do visconde de São
Carlos, por onde já tinham passado anteriormente e sucessivamente, o Liceu
Central do Porto ou Liceu Portuense, o Colégio Lusitano e, a partir de 1877, o
Colégio de S. Lázaro.
“Esta firma havia sido
fundada por Anselmo de Morais em 1864, constituindo um espaço que recorda a
figura de Camilo Castelo Branco, sendo uma tipografia ligada ao republicanismo
e que teve relevante atividade editorial. No mesmo local – o palacete do Visconde de São Carlos, na
Rua Formosa, nºs 108-116 – ficaram assim juntas as duas firmas de que Domingos
Silva é hoje sócio principal, a da tipografia (Imprensa Portuguesa) e a de
encadernação (Manuel Ferreira & Silva).
A evolução tecnológica
conduziu à encadernação mecânica ou industrial, área em que a empresa também
singrou, localizando-se atualmente em Lavra, Matosinhos. Nessas novas
instalações tem sido desenvolvido trabalho de qualidade tanto para o mercado
nacional como para o estrangeiro.”
Cortesia de Luís Cabral (Bibliotecário e Arquivista), In
revista “As Artes Entre as Letras”, nº 126 de 16 de Julho de 2014
Anselmo Evaristo de Moraes Sarmento (Aveiro, 1847 - Buçaco,
1900), negociante, fundou e dirigiu a Gazeta
Literária do Porto, A
Actualidade e a Ideia Nova.
A Actualidade
foi um jornal publicado com o
objectivo de ser fundado o Centro Eleitoral Republicano, entre 1 de Fevereiro de 1874 e 31 de
Julho de 1891.
Recebia, Anselmo Sarmento, com frequência, visitas de
políticos e intelectuais da época, como Teófilo Braga (padrinho da terceira filha),
Oliveira Martins, Ramalho Ortigão, Camilo de Oliveira e Antero de Quental.
Era jornalista, publicista e defensor dos ideais do
Liberalismo e proprietário da tipografia “Imprensa
Portuguesa”.
Do casamento com Rita de Cássia de Oliveira e Moraes, natural
do Porto, resultaram quatro filhas, sendo que a mais nova, Rita de Moraes
Sarmento (Porto, 1872 – Lisboa, 1931) foi a primeira engenheira portuguesa,
embora nunca tenha exercido.
O último exame, na Escola Politécnica, fê-lo à cadeira de
Construções e Vias de Comunicação, disciplina do 2º ano, no dia 30 de Junho de
1894. Assim, ficou concluído o Curso de Obras Públicas, com aproveitamento
final de 12,5 valores (média das classificações de 12,18 valores no Curso
Preparatório, no qual foi a melhor aluna, dos três finalistas, e de 12,88
valores obtidos no Curso Especial).
Guilhermina de Moraes Sarmento, terceira filha daquele
casamento, viria a ser médica e uma das primeiras mulheres em Portugal, a
exercer clínica.
Anselmo Morais Sarmento com as suas quatro filhas
“Gazeta Literária do Porto também conhecida por “Gazeta de Camilo
Castelo Branco”, publicou-se semanalmente na capital nortenha em 1868, com
início em Janeiro, e contou com a presença de Camilo como redator principal
assinando a grande maioria dos textos publicados. Este facto originou um
litígio entre o escritor e o editor da “Gazeta”, Anselmo Evaristo de Morais
Sarmento, reclamando, o primeiro, o pagamento do seu trabalho, reclamando, o
segundo, a propriedade dos textos, de tal forma que acabou por conduzir ao
encerramento da publicação. Quanto aos conteúdos, estes alternavam entre os
folhetins, romances, crónicas, críticas etc., assinados por personalidades
relevantes da literatura portuguesa, entre os quais: Ana Plácido (que assinava
sob o pseudónimo de Gastão Vidal de Negreiros), Tomás Ribeiro, Delfim de
Almeida, Bulhão Pato, Ramalho Ortigão, Ernestina da Luz, Frederico Laranjo,
José Maria d’Andrade Ferreira, Pinheiro Chagas, António Feliciano de Castilho,
Júlio de Castilho e António Azevedo Castelo Branco (sobrinho de Camilo Castelo
Branco).”
Fonte: “pt.wikipedia.org/wiki/”
Capa do Índice da Gazeta Literária do Porto
Acima, observa-se a Capa do Índice da Gazeta Literária do
Porto, realçando como redactor, Camilo Castelo Branco e a tipografia, como
sendo a da Livraria A. De Moraes & Pinto, na Rua do Almada, nº 171.
Entre muitas e muitas outras publicações, a revista Maria
Rita recorria à “Imprensa Portuguesa” para os serviços de composição e
impressão.
“Maria Rita” impressa e composta na “Imprensa Portuguesa” em
1932
“Primeiro Volume de
Teatro” de José Régio
Como autor dramático, José Régio coligiu, em 1940, no Primeiro
Volume de Teatro, textos dramáticos (Três Máscaras, Jacob e
o Anjo) que foi impresso na “Imprensa Portuguesa”.
Últimas quatro
décadas da “Imprensa Portuguesa”
A história dos últimos 40 anos da “Imprensa Portuguesa”
está, porém, associada a Domingos Dias da Silva.
Domingos Silva nasceu a 20 de Setembro de 1929, em Labruge,
Vila do Conde e chega à cidade do Porto, com 14 anos, começando a trabalhar
como aprendiz, na Encadernação/Tipografia “Modesta”, na Rua dos Caldeireiros e,
passado um ano, em “Baptista Encadernador”, na Rua do Corpo da Guarda. A grande
aprendizagem recebe-a na “Encadernação de Augusto de Almeida”, na Rua do
Almada, uma oficina que remontava ao século XIX, onde sobe, sucessivamente, a
auxiliar-encadernador e a encadernador-dourador.
Chegado de cumprir o serviço militar, trabalha em “Francisco
Ribeiro de Araújo”, na Rua da Alegria.
Em 1954, estabelece-se com a firma “Manuel Ferreira &
Silva”, juntamente com um sócio, primeiro na Rua do Breiner e, depois, no Largo
Coronel Pacheco, onde durante os anos seguintes, foi uma referência do sector,
na cidade do Porto.
Em 1981, Domingos Dias da Silva, adquire a Tipografia
“Imprensa Portuguesa” e junta, aí, aquelas duas firmas, de que passa a ser o
sócio principal.
Em 1994, durante a 64ª Feira do Livro, nesse ano realizada
no interior do Palácio de Cristal, proporciona aos visitantes a visão do
trabalho ao vivo, numa oficina de encadernação, o que encanta toda a gente.
A empresa de Domingos Dias da Silva, devido à pressão
urbanística exercida sobre a zona histórica da cidade está, hoje, desenvolvendo
a sua actividade, em Lavra, Matosinhos.
Palacete do visconde de São Carlos – Ed. Graça Correia
Tendo sido impossível determinar quem decidiu a construção
do prédio onde esteve, durante grande parte do século XX, instalada a
“Tipografia Imprensa Portuguesa”, bem como o seu ano de construção, sabe-se, no
entanto que, em 1869, estava ocupado com o “Colégio Francês/Escola Comercial”,
de J. R. Mesnier, que tinha sucedido nas instalações ao Liceu Portuense, que
por aqui esteve entre 1862 e 1866, quando a propriedade estava nas mãos da
família Cirne.
Em 1871, já aquele colégio tinha tomado o nome de “Colégio Lusitano” e, por aí, continuaria até que, vindo do Jardim de S. Lázaro, lá se instalou o Colégio de S. Lázaro, a partir de 1877.
Em 1871, já aquele colégio tinha tomado o nome de “Colégio Lusitano” e, por aí, continuaria até que, vindo do Jardim de S. Lázaro, lá se instalou o Colégio de S. Lázaro, a partir de 1877.
Publicidade ao Colégio de S. Lázaro, no “Jornal do Porto”,
de 24 de Setembro de 1876, com a indicação de José Maria Guedes de Azevedo, como
seu director. No ano seguinte, o colégio romaria até à Rua Formosa
Em 28 de Agosto de 1883, numa época em que o prédio era
ocupado pelo Colégio São Lázaro, apresentava-se como proprietário do edifício, em
requerimento dirigido à Câmara do Porto para obtenção de licença de obras para
substituição de canalizações, José Maria Guedes de Azevedo (director do
estabelecimento de ensino).
O edifício acabaria por ficar conhecido por palacete do visconde de S. Carlos.
O título de visconde de São Carlos foi atribuído por D. Carlos, por Decreto de 09-07-1904, a Carlos Fernandes Vieira, nascido em 3 de Fevereiro de 1887, na freguesia de Santo Ildefonso e que, enviuvou em 1907, após um breve casamento.
Aquela personagem foi casada com Amélia Guimarães Alves Quintela Vieira, nascida em 19 de Agosto de 1885 e falecida, apenas, com 21 anos, não tendo do seu casamento com o visconde, resultado qualquer descendência.
Era filha do Conselheiro José Luciano Alves Quintela, médico (falecido a 21-03-1909) e de Amélia Ermelinda Guimarães Alves Quintela.
José Luciano fez testamento a 02-08-1883, no qual declarou residir na Rua Gonçalo Cristóvão, nº 314, e ter um filho, Eduardo Alves Quintela, nascido em 05-12-1876.
À data do falecimento da viscondessa de S. Carlos, Amélia Guimarães Alves Quintela Vieira, em 9 de Março de 1907, vivia na Rua Formosa.
Uma tal de Maria Fernandes Vieira, talvez familiar próxima do visconde, no início do século XX, era dada como proprietária do prédio na Rua Formosa, nº 98-102, vizinho daquele a que o visconde deu o seu nome.
Sabe-se que, após o falecimento da viscondessa de S. Carlos, o visconde já se correspondia, no final desse ano trágico de 1907, com uma tal Florinda Vieira Guedes, com o envio de postais ilustrados.
O 2º visconde de S. Carlos seria António Manuel Vieira Guedes, nascido em 12/06/1922, pelo que, a ser filho de Carlos Fernandes Vieira, este teria feito um outro casamento, com alguém de apelido Guedes.
Quer os viscondes de S. Carlos tenham sido proprietários do edifício e, ou, o tivessem habitado, o visconde emprestaria o título nobiliárquico, através do qual, a população o começou a identificar.
O edifício acabaria por ficar conhecido por palacete do visconde de S. Carlos.
O título de visconde de São Carlos foi atribuído por D. Carlos, por Decreto de 09-07-1904, a Carlos Fernandes Vieira, nascido em 3 de Fevereiro de 1887, na freguesia de Santo Ildefonso e que, enviuvou em 1907, após um breve casamento.
Aquela personagem foi casada com Amélia Guimarães Alves Quintela Vieira, nascida em 19 de Agosto de 1885 e falecida, apenas, com 21 anos, não tendo do seu casamento com o visconde, resultado qualquer descendência.
Era filha do Conselheiro José Luciano Alves Quintela, médico (falecido a 21-03-1909) e de Amélia Ermelinda Guimarães Alves Quintela.
José Luciano fez testamento a 02-08-1883, no qual declarou residir na Rua Gonçalo Cristóvão, nº 314, e ter um filho, Eduardo Alves Quintela, nascido em 05-12-1876.
À data do falecimento da viscondessa de S. Carlos, Amélia Guimarães Alves Quintela Vieira, em 9 de Março de 1907, vivia na Rua Formosa.
Uma tal de Maria Fernandes Vieira, talvez familiar próxima do visconde, no início do século XX, era dada como proprietária do prédio na Rua Formosa, nº 98-102, vizinho daquele a que o visconde deu o seu nome.
Sabe-se que, após o falecimento da viscondessa de S. Carlos, o visconde já se correspondia, no final desse ano trágico de 1907, com uma tal Florinda Vieira Guedes, com o envio de postais ilustrados.
O 2º visconde de S. Carlos seria António Manuel Vieira Guedes, nascido em 12/06/1922, pelo que, a ser filho de Carlos Fernandes Vieira, este teria feito um outro casamento, com alguém de apelido Guedes.
Quer os viscondes de S. Carlos tenham sido proprietários do edifício e, ou, o tivessem habitado, o visconde emprestaria o título nobiliárquico, através do qual, a população o começou a identificar.
Em 1922, era proprietário do prédio, Domingos Carlos de
Oliveira, que em requerimento solicitava à Câmara do Porto licença para “substituir soalhos, capear escadas, reparar
tapamentos, etc”.
O edifício de 4 pisos onde esteve alocada, durante anos, a
Tipografia “Imprensa Portuguesa”, foi recuperado para funções habitacionais, há
pouco tempo, com projecto do atelier “Garcia & Albuquerque”, que a propósito do
edificado sobre o qual interveio, diz:
“ (…) espelhando no
espaço hoje mantido como garagem e aparcamento automóvel, o local onde outrora
as máquinas tipográficas e de impressão funcionavam em plena actividade durante
a sua época áurea, nesta nave industrial”.
Outras Tipografias
Tipografia Ocidental
e Gráfica “Costa Carregal, Lda.”
A tipografia Ocidental, de Joaquim da Costa Carregal, foi a
sucessora da Tipografia Bartolomeu Henrique de Morais, na Rua da Picaria,
50-54.
Em 1875, “Banhos e Caldas”, de Ramalho Ortigão e, em 1876,
“Praias de Portugal”, do mesmo autor, foram obras impressas na Tipografia
Bartolomeu Morais.
Esta firma, em virtude de dificuldades económicas, acabou
por ser vendida, sendo então adquirida por Joaquim da Costa Carregal, que
obteria financiamento junto do Banco Mutuário, o qual acreditou no projecto por
ele apresentado, de recuperação da empresa.
Em Novembro de 1876, o “Código do Processo Civil” era
impresso na Tipografia Ocidental, na Rua da Picaria, 50-54, podendo concluir-se
que a Tipografia Ocidental esteve na Rua da Picaria, antes de rumar à Rua da
Fábrica.
Durante alguns anos, na Rua da Picaria, a Tipografia Ocidental
ostentaria uma placa, na sua fachada, com os seguintes dizeres: “Tipografia da
Livraria Internacional Editora, de Ernesto Chardron”.
Tal facto ficaria a dever-se a que, durante alguns anos, o
livreiro Ernesto Chardron, cliente habitual do industrial de tipografia António
José da Silva Teixeira (à Cancela Velha, nº 70), entendendo-se com Costa
Carregal, levou para a Picaria as suas edições.
Por aqui, pela Rua da Picaria, nº 74, esteve a partir de
1872, a Tipografia de José Frutuoso da Fonseca, mais tarde, a Tipografia da Viúva Fonseca.
Em 1884, segundo o “AlmanaK do Porto e seu Distrito”, a
Tipografia Ocidental já estaria pela Rua da Fábrica, nº 66.
Em 1891, já estava na Rua da Fábrica, nº 80, instalada na
parte superior dum modesto barracão e, para lá entrar, tinha-se de passar por
um escuro e longo corredor.
Tipografia Ocidental, na Rua da Fábrica, nº 80, em foto mais recente, relativamente à anterior
Na foto acima, no 2º prédio a contar da esquerda, esteve a
tipografia Ocidental. Hoje, a livraria Bertrand ocupará a área do edifício,
mais à esquerda.
Sobre Joaquim da Costa Carregal, diz-nos o texto seguinte:
«Nascido no Porto em
1848, licenciou-se em História mas elegeu a atividade tipográfica como a que
melhor respondia aos seus anseios. Fundou em 1865 a Tipografia Ocidental com instalações na Rua da Fábrica, no Porto,
uma casa que ainda hoje continua a dar cartas no panorama nacional das artes
gráficas e que continua fiel ao seu lema de sempre: “A força da tradição,
alavanca do progresso.
Costa Carregal, ao
mesmo tempo um artista e um gráfico de excecional sensibilidade, foi
distinguido pelos trabalhos que apresentou na Exposição Universal de Paris de
1889, já que, além dum diploma de menção honrosa mereceu uma crítica muito
favorável da parte duma sumidade alemã, Theodoro Goebel, que o classificou de
“ótimo impressor de gravura em madeira”.
Também a publicação
espanhola “Revista Typographica” considerou Costa Carregal “um grande impressor
de grabados” e já anteriormente tinha sido premiado na Exposição Industrial
Portuguesa de 1888 com a medalha de prata nacional. Dele se consta que se
recusou a receber essa medalha porque para o ato de receção lhe exigiam casaca.
“Tenho casaca – disse ele – mas não foi com ela que conquistei a medalha. Foi
com a blusa. Só com a blusa a poderia receber».
Fonte: “costacarregal.pt”
Na Tipografia Ocidental foi editada a revista humorística “O
Pae Paulino” (15/7/1877-26/4/1879, a qual teve a colaboração do caricaturista
Sebastião Sanhudo.
Capa da revista “O Pae Paulino” - Ano I. nº 1, de 30 de
Julho de 1877
«A Tipografia Ocidental, introdutora da
estereotipia no norte de Portugal, foi galardoada pelo Rei D. Carlos com o
brasão das Artes Gráficas, que passou desde então a constituir a marca da casa.
Segundo o “Dicionário dos Tipógrafos Famosos” da autoria de Rui Canaveira,
Costa Carregal criou naquela tipografia uma autêntica tertúlia que incluiu
alguns dos maiores vultos da arte e da literatura portuguesa do século XIX,
como Antero de Quental, Ramalho Ortigão, Eça de Queirós, António Carneiro e
Rafael Bordalo Pinheiro, tendo ficado célebres as edições luxuosas por ele
realizadas de livros conceituados como D. Quixote, Os miseráveis, História do
Cerco do Porto, etc.»
Fonte: “costacarregal.pt”
Logotipo da Costa Carregal
«Os trabalhos que
saíram da Tipografia Ocidental rivalizavam, na época, com o melhor que se fazia
no estrangeiro. Ficaram célebres as suas edições do "Atala", de
Chateaubriand, e do "D. Quixote", de Cervantes, tendo sido também
impresso naquela tipografia o famoso "Manifesto" da Liga Patriótica
do Norte, um vibrante discurso escrito por Antero de Quental, então presidente
daquela organização, em relação ao qual se dizia na época que constituía uma
"condenação formidável de todos os partidos do regime monárquico, por
todos esperado com impaciente curiosidade".»
Cortesia de José Manuel Lopes Cordeiro, In jornal “Público”,
14 de Março de 1999
Com a morte de Joaquim da Costa Carregal, em 1897, a
tipografia passou para a firma Pimenta, Lopes & Viana, acabando por
desaparecer em 1913, com a sua transformação para um jornal diário republicano,
o jornal “O Norte”.
Após a suspensão da publicação deste jornal, uma sociedade de vários capitalistas compra a Manuel Lello a “Imprensa Moderna”, que tinha a sua sede na Rua Cândido dos Reis nºs 51-61, e instala no barracão da Rua da Fábrica as suas oficinas sob a gerência de José Francisco Coelho.
Após a suspensão da publicação deste jornal, uma sociedade de vários capitalistas compra a Manuel Lello a “Imprensa Moderna”, que tinha a sua sede na Rua Cândido dos Reis nºs 51-61, e instala no barracão da Rua da Fábrica as suas oficinas sob a gerência de José Francisco Coelho.
Sujeito o barracão a obras, a "Imprensa Moderna" por lá ficaria vários anos, pois, entre 1936 e 1941, a revista "Prisma" com Direcção e Administração na Praça da República, nº 197, era composta e impressa na "Imprensa Moderna, Lda.", sita na Rua da Fábrica, nº 80. Era já o seu editor, Alexandre Coelho.
Entretanto, um filho de Joaquim da Costa Carregal, com o mesmo nome de seu pai, já tinha dado continuidade à obra de seu pai, a partir de 1910, na então Travessa de Passos Manuel (hoje, Rua do Ateneu Comercial do Porto), junto do restaurante “Abadia”, tendo passado a designar-se por “Costa Carregal, Lda”.
Entretanto, um filho de Joaquim da Costa Carregal, com o mesmo nome de seu pai, já tinha dado continuidade à obra de seu pai, a partir de 1910, na então Travessa de Passos Manuel (hoje, Rua do Ateneu Comercial do Porto), junto do restaurante “Abadia”, tendo passado a designar-se por “Costa Carregal, Lda”.
Joaquim da Costa Carregal (filho) tendo aprendido os
segredos das artes gráficas, e até escrito alguns livros de divulgação da
técnica gráfica, chegou a ser, também, Presidente do Grémio Nacional dos Industriais
de Tipografia e Fotogravura.
«Joaquim da Costa
Carregal teve três filhos, dos quais o mais novo, António Mário, assegurou a
continuação da atividade gráfica na família, em conjunto com um seu irmão,
Hernâni, que se ocupava particularmente das relações públicas. António Mário,
pai de Joaquim e Hernâni da Costa Carregal (4ª geração) veio a falecer em 1993.
Joaquim e Hernâni
asseguraram a continuidade da Costa Carregal desde a década de 70 até 2012.
Joaquim e Hernâni
Carregal tiraram cursos na Escola Artes Gráficas Soares dos Reis. Com a
particularidade de ainda terem estudado por livros onde era mencionado o seu
avô Joaquim da Costa Carregal pelas suas capacidades, habilidades e
conhecimento como compositor tipográfico. Num desses livros era chamado o
Gutemberg Português.»
Fonte: “costacarregal.pt”
Gráfica “Costa Carregal, Lda.”, na Rua do Monte da Estação,
nº 366 – Fonte: Google maps
Presentemente, o sector da actividade das artes gráficas,
ainda exibe o nome do fundador da Tipografia Ocidental.
Hoje, essa continuidade, que vai já na 5ª geração familiar,
está presente em instalações ocupadas a partir de 2001, na Rua do Monte da
Estação, nº 366, pela firma “Costa Carregal, Lda.”, onde já tinha estado uma
empresa do mesmo sector, a “Poligráfica”.
Tipografia Elzeveriana
Esta tipografia foi fundada em 1881, por João Eduardo Alves, na Rua Formosa, nuns barracos ao fundo do quintal do prédio nº 216.
Pouco depois, mudou-se para a Rua do Bonjardim, nº 190-1º andar em frente à que é agora a Rua Dr. Magalhães Lemos.
Aí, se juntavam para cavaquear, Joaquim de Araújo, Torquato Pinheiro, Júlio de Matos, Dr. Sena (hospital Conde Ferreira), Ramalho Ortigão, etc.
Pouco depois, mudou-se para a Rua do Bonjardim, nº 190-1º andar em frente à que é agora a Rua Dr. Magalhães Lemos.
Aí, se juntavam para cavaquear, Joaquim de Araújo, Torquato Pinheiro, Júlio de Matos, Dr. Sena (hospital Conde Ferreira), Ramalho Ortigão, etc.
A tipografia Elzeveriana imprimia, por vezes, as teses de académicos ilustres. Uma delas, a do matemático Dr. Duarte Leite, ficou célebre pela sua grande qualidade.
A fama da Elzeveriana chegou a ser referida na Ilustração francesa, em 1886.
Preferida de muitos editores, entre os quais se destacam, Magalhães & Moniz, dos Lóios, Campos & Morais, da Rua Sá da Bandeira, Chardron, dos Clérigos e Civilização, de Eduardo da Costa Santos.
Tipografia da Casa Real de António Pereira da Silva
Foi esta tipografia fundada em 1865, na Praça Santa Teresa e
transferida, em 1873, para a Rua das Taipas, nºs 62-66.
Esta oficina tipográfica, foi a primeira no género, que teve honras de
ser fornecedora da Casa Real.
Sobre ela disse Horácio Marçal, na revista “O Tripeiro”, Vª série, ano
IX:
Imprensa Internacional
A Imprensa Internacional era propriedade de António Ferreira
de Brito & A. Monteiro, primeiro, na Rua do Bonjardim, 489, mais tarde, na
Rua dos Caldeireiros, 166 (à esquina da Vitória), publicando sob a direcção de
Emílio Oliveira, o “Jornal de Viagens” entre 1879 e 1883.
Desde 1881, que a oficina passou a ser unicamente de Ferreira de Brito.
Desde 1881, que a oficina passou a ser unicamente de Ferreira de Brito.
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