Quanto ao actual edifício
da Câmara Municipal do Porto, foi começado a construir em 1920 e ocupado a
partir de 1957.
No projecto de
Carlos Pezarat de 1889, a localização do edifício da edilidade seria a poente
da Avenida dos Aliados e, segundo a sugestão de Marques da Silva, deveria ser
escolhido um outro local, para os lados do Carmo e da Universidade. Acabou por
vingar a hipótese de Barry Parker, ao cimo da avenida.
No projecto inicial,
o edifício, muito diferente do risco de Barry Parker, foi projectado com uma
escadaria frontal e com uma alta torre a encimar o edifício.
Na foto acima, a
Câmara ainda está a ser construída e, no centro, em frente da estátua da
“Menina Nua”, observa-se uma bomba de gasolina da Shell (em cada bombada eram 5
litros).
Na foto acima, observa-se que o edifício que haveria de
surgir à direita da nova Câmara (o Palácio dos Correios), ainda não existe.
Na foto acima, observam-se quatro nichos verticais abertos
na fachada, dois laterais e dois centrais, que se destinavam a alojar quatro
estátuas de figuras de relevo na história da cidade.
Esses nichos acabariam por ser eliminados e a representação
daquelas figuras acabou por ser executada, no interior, por intermédio de pinturas
do pintor Dordio Gomes.
Por outro lado, o acesso ao edifício não está ainda construído.
Aspecto do edifício da Câmara Municipal, em 1941, ainda
dotado da sua torre com o pináculo original e uma escadaria de acesso central
O arquitecto Carlos Ramos explicou, a 12 de Janeiro de
1951, em sessão na C.M.P., que a torre do edifício iria ter menos 7 metros, não
haveria nichos na fachada, e que passariam a existir duas rampas de acesso em
vez de escadaria.
“O edifício é composto por uma cave, seis
pisos e pátios interiores, ocupando uma área de 2.438 m2. A torre central do
edifício atinge os 70 metros de altura, com uma escadaria de 180 degraus.
Construído em granito proveniente das pedreiras de São Gens e Fafe, sendo os
restantes materiais: betão armado, mármores de diferentes cores e madeiras de
carvalho e sucupira. À entrada do edifício, uma vastíssima escadaria em granito
permite o acesso ao andar nobre, decorada com quatro afrescos de D. Afonso
Henriques, Infante D. Henrique, Afonso Martins Alho e Camilo Castelo Branco. Na
varanda deste andar encontram-se quatro estátuas simbolizando as riquezas do
Norte de Portugal: a Terra, o Mar, a Vinha e o Trabalho. A Sala de Reuniões
está decorada com representações dos símbolos da vida do Porto: a famosa Noite
de São João e uma alegoria à produção e comercialização do Vinho do Porto”.
Fonte:
“portoxxi.com/”
Tendo estado
previsto para a fachada, no projecto inicial, prestar uma homenagem a figuras
de relevo na história do Porto e abandonados que foram os nichos,
primitivamente destinados ao efeito, acabaria a mesma por passar para o
interior, ao cimo da escadaria, em pinturas de Simão César Dordio Gomes ou Dordio
Gomes (Arraiolos, 26 de Julho de 1890 — Porto, 12 de Julho de 1976) com as
seguintes representações:
“As Origens de
Portugal”, onde a figura central é D. Afonso Henriques, primeiro rei da
nação.
“A Expansão
Geográfica”, que dá grande destaque ao Infante D. Henrique e as descobertas
ultramarinas.
“A Expansão
Comercial”, dando relevo ao burguês portuense, Afonso Martins Alho e ao
primeiro tratado comercial com a Inglaterra.
“O Porto
Romântico”, representado por Camilo Castelo Branco e seus locais
prediletos.
Por sua vez, a
homenagem da cidade a Garrett que, há anos, tardava, acabaria por ser prestada
diante dos Paços do Concelho.
Sem comentários:
Enviar um comentário