quarta-feira, 27 de março de 2024

25.234 Bairro do Laranjal, Rua do Laranjal e área periférica

 
O Bairro do Laranjal era constituído por um conjunto edificado que, grosso modo, estava contido pelas actuais ruas (a nascente) do Bonjardim e Almada e zona da Picaria (poente), e pelas praças da Liberdade (sul) e Trindade (Norte).
A quase totalidade daquele edificado foi demolido, a partir de 1916, para abertura da Avenida da Cidade chamada, por fim, Avenida da Liberdade.
 
 
 

Planta de Perry Vidal, actualizada a 1865, em que a linha azul representa a Rua do Laranjal, o nº 8 o Palacete Ferreirinha e a elipse amarela o Largo do Laranjal (onde se encontrava o Chafariz do Laranjal)


 
 

Bairro do Laranjal na planta de Telles Ferreira de 1892
 
 
Legenda:
 
Oservações respeitantes às linhas coloridas: A preto, a Rua do Almada; a azul, a Rua do Laranjal; a amarelo, a Rua D. Pedro.
A elipse branca contém o Bairro do Laranjal.
 
1 – Praça da Trindade
2 - Prédio do Hotel Francfort
3 – Câmara Municipal
4 – Rua da Cancela Velha
5 – Praça D. Pedro (Praça da Liberdade)
6 – Palacete Ferreirinha
7 – Travessa da Trindade
8 – Chafariz do Laranjal
 
 
 
À Praça da Trindade vinha dar a Rua do Laranjal, que partindo das traseiras da antiga Câmara Municipal, situada na Praça D. Pedro, cruzava a Rua dos Lavadouros, por onde hoje está o chamado edifício do “Comércio do Porto”.
Sobre esta Rua do Laranjal, que começaria a desaparecer, após 1916, para a abertura da Avenida dos Aliados, transcrevem-se alguns textos que o blogue “aportanobre.blogs.sapo.pt” extraiu da Revista “O Tripeiro”.
 
 
 
 
«Ainda estou a ver o velho José Galiza, alquilador, com as suíças grisalhas e com os seus carros e carroças, a mandar o seu pessoal lavar os rodados.
Ao lado, quasi em frente, havia umas oficinas de louzeiros (sic) e ao fundo os fabricantes de cadeiras e outras mobílias de madeira de pinho, que, no engraçado dizer do saudoso Guedes de Oliveira, era mogno do laranjal!!! - e mais ao fundo a velha cervejaria Bastos, que nas noites calmosas, oferecia aos seus frequentadores cerveja de pipa, muito fresca.»
Fonte: João Moreira da Silva, In “O Tripeiro”, Vol. 1 da 5.ª Série




Hotel Francfort, em frente, no gaveto e, pela esquerda, o início da Rua do Laranjal. Em frente, era a Rua D. Pedro, depois, Elias Garcia – Ed. Alberto Ferreira-Batalha-Porto
 
 
 
 
«Lembro-me muito bem que era nesse largo que existia a afamada casa de vinhos e destilações "O Alambique" (fundada em 1860), bem como o alquilador José Galiza, que no mesmo largo fazia, diariamente, grande estendal de cavalos, muares, carros e carroças; e ainda o Café Primavera, com um pequeno palco, música e bailarinas.
A casa de três andares que se vê na gravura, do lado direito, ao cimo da calçada, creio que era a que fazia esquina para a rua de D. Pedro IV, desaparecida na mesma época em que foram demolidos os prédios das ruas dos Lavadouros, Laranjal, e Viela do Cirne, passeios favoritos da rapaziada de então e as de Adriano Machado e Cancela Velha.»
Outras memórias avulsas se colhe, por exemplo o Sr. J. Gonçalves: «Aquele chafariz estava situado no centro dum terreno que marginava a rua do Laranjal e em frente à rampa da Cancela Velha. Ao fundo havia um bom prédio, onde estava instalado "O Alambique", armazém de vinhos que ainda hoje existe. Dos prédios contíguos, da parte de cima, saia um cheiro terrível a amoníaco e outras perfumarias das grandes lojas iluminadas a candeias de petróleo e habitadas pelas chamadas mulas do Galiza. Ou a de Augusto Coelho Pereira de Araújo, que refere: «A fonte, antes de transformada em chafariz, existiu mais abaixo, constando de uma fonte rasa, para a qual se descia por degraus abertos no pavimento da rua, a qual era conhecida pela fonte do Olho do c., e para que o povo perdesse o hábito do chamadoiro, a Câmara mudou-a para o local agora mostrado na gravura, transformando-a num artístico chafariz».
Fonte: V. Alves Moreira, In “O Tripeiro”, Vol. 1 da 5.ª Série
 
 
 
 

A Rua do Laranjal, já a montante do chafariz do Laranjal, com a Igreja da Trindade em fundo, c. 1900


Nessa Rua do Laranjal, nº 101 (abaixo do Chafariz do Laranjal, no Largo do Laranjal), em 1905, num prédio onde tinha estado, durante muitos anos, o Hotel Central, instalou-se, em 28 de Novembro, o “Centro Regenerador do Porto”, vindo de um pouco mais acima dessa mesma rua, do nº 185, que estava a poucos metros do ginásio Lauret, entre o Largo do Laranjal e esta sala de armas, quase em frente à entrada da Viela do Cirne, e já próximo do Largo da Trindade.
 
 

Morada, em 1889, do Partido Regenerador, In “Jornal do Porto” de 19 de Setembro de 1889

 
 
O Dr. António Teixeira de Sousa (Sabrosa, Celeirós, 5 de Maio de 1857 — Porto, 5 de Junho de 1917) era o chefe do partido Regenerador e chefe do Governo, à altura da queda da monarquia, tendo vivido amargurado, parte dos seus últimos dias de vida, bem perto daquele “Centro Regenerador do Porto”, no Hotel de Francfort, devido aos acontecimentos de 1910.

 
 

Igreja da Trindade
 
 
 
Na gravura de cima, baseada num cliché de Emílio Biel, vemos o antigo Largo do Laranjal, depois, Praça da Trindade, num ângulo obtido do local onde hoje se situa a fachada traseira da Câmara Municipal do Porto. Repare-se no conjunto de casas que existia (esquerda na imagem) no local que, mais tarde, passou a ser conhecido por "Pedreira da Trindade" e que, actualmente, é um edifício de grandes dimensões. No espaço da pedreira existiu, até à década de sessenta do século XX, a Rua de Cima do Muro, hoje, a Rua dos Heróis e Mártires de Angola.
No quarteirão definido pelas Ruas Ricardo Jorge, Rua Heróis dos Mártires de Angola (antiga Rua de Cima do Muro da Trindade), Rua Alferes Malheiro e Rua do Almada existiu uma elevação de terreno conhecida por Monte da Doida.
A Travessa da Doida era o arruamento que ladeava a elevação correspondente à Rua de Alferes Malheiro e Heróis dos Mártires de Angola e tomou depois o nome de Rua de Liceiras.
A parte desta artéria que ligava à Rua do Bonjardim, foi Rua do Visconde de Almeida Garrett.
 
 
 
“Foi na reunião da Câmara de 13 de Outubro de 1835 que a Vereação portuense tomou a resolução de homenagear personalidades que participaram no Cerco do Porto e que, por actos de bravura, se distinguiram nessa heróica epopeia, dando o seu nome a várias artérias do Porto. Alguns nomes foram dados a arruamentos novos. Outros substituíram antigos topónimos.
Almeida Garrett foi um dos 7500 Bravos do Mindelo. Integrou o Batalhão Académico que esteve aquartelado no antigo convento dos Jesuítas, onde agora funciona o seminário diocesano. O seu nome figurou em duas artérias. Por exemplo a actual Rua do Alferes Malheiro chamou-se, em tempos idos, Rua de Liceiras, desde a Rua do Almada até à esquina da Rua de Camões. Daqui até à Rua do Bonjardim chamava-se Rua do Visconde de Almeida Garrett.
Outra artéria que evocava o nome do autor de "O Arco de Sant'Ana" era a actual Rua do Padre António Vieira, em Campanhã que se chamou noutros tempos Rua Garrett”.
In ruasdoporto.blogspot.
 
 
 
 
Rua de Cima do Muro da Trindade




Rua de Cima do Muro da Trindade
 
 
 

Rua de Cima do Muro da Trindade



Nas fotos acima, tirada da Rua de Cima do Muro da Trindade, em Novembro de 1960, procede-se ao desalojamento dos habitantes para arranjo e alargamento da rua. Como é óbvio, a Igreja da Trindade está à esquerda.

 
 

Café Primavera, à direita
 
 
 
Na foto anterior, observa-se o Café Primavera, na esquina da Rua do Alferes Malheiro e a Rua do Muro da Trindade, nas traseiras da Igreja da Trindade.



 

Mesmo local da foto anterior


 

Estes tegúrios ocupavam a actual entrada do Hospital da Ordem da Trindade – Fonte: JN
 
 
 

Pedreira da Trindade, na encosta do Monte da Doida
 
 
 
Nas fotos anteriores, pode ver-se o derrube do casario para alargamento da via, que originou aquilo que, por muitos anos, foi chamada a "Pedreira da Trindade", que foi finalmente preenchida pelo edifício que, actualmente, lá se encontra.
Para poente, o Bairro do Laranjal estendia-se até à Rua do Almada, pela ligação da Travessa da Trindade à Picaria.
 
 
 
“A folha 14 do Livro de Plantas da Cidade do Porto (número 2), que se guarda no nosso Arquivo Histórico Municipal, representa a planta, de um projecto urbanístico de 1761 denominada Planta do Bairro dos Laranjais, da autoria do sargento-mor de Infantaria, com o exercício de engenheiro, Francisco Xavier do Rego.
Aí estão delineadas algumas artérias. Umas que já existiam, caso das ruas do Bonjardim e de Santo Ovídio, esta agora denominada dos Mártires da Liberdade; outras em projecto, que são as ruas do Almada e da Conceição; e uma que desapareceu. Chamava-se, na altura, Rua de Santo António dos Lavadouros depois ficou só dos Lavadouros e desapareceu com a abertura da Avenida dos Aliados. 
Na mesma planta está prevista a abertura de mais duas novas artérias a que ainda não havia sido dada qualquer denominação. Uma delas nunca chegou a ser rasgada. Ligaria em linha recta a actual Rua dos Mártires da Liberdade a Liceiras. A outra unia duas praças também em projecto a Praça da Conceição, depois Largo da Picaria e que é hoje o Largo de Mompilher, com a Praça da Trindade, assim chamada por ficar diante da igreja da Ordem Trinitária, que substituiu a Ordem Terceira de S. Domingos, extinta em 1755, na sequência de um conflito com os dominicanos. Neste mesmo espaço, onde se ergue a igreja daquela Ordem, riscada pelo arquitecto Carlos Amarante, faziam-se, antes, duas importantes feiras: uma de erva e de palha e outra de carneiros. Por isso também se deu a este largo o nome de Praça da Erva. 
Voltemos à rua projectada para ligar o Largo de Mompilher à Praça da Trindade a actual Rua do dr. Ricardo Jorge. Mas nem sempre teve esta nomenclatura. Inicialmente teve duas designações. Entre a Praça da Conceição e a Rua do Almada chamou-se Travessa do Pinheiro por causa da sua proximidade à rua deste nome. Da Rua do Almada até à Praça da Trindade começou por se chamar Travessa do Laranjal, o que se compreende se tivermos em conta que o largo em frente à igreja antes de se chamar Praça da Trindade foi Largo do Laranjal. A partir de 1776, aparece denominada de Travessa da Rua do Almada.
Mas numa planta da autoria do arquitecto Teodoro de Sousa Maldonado, datada de 1787, é designada como a Travessa da Chancelaria. Só a partir de 1846 é que aparece como a Travessa da Trindade e, posteriormente, como Travessa da Praça da Trindade
A actual designação da Rua Ricardo Jorge homenageia a memória de uma figura ilustre do Porto que toda a gente conhece como médico higienista. Mas Ricardo Jorge foi também um eminente escritor, historiador, crítico de arte e um purista da língua portuguesa. O seu estudo sobre as origens e o desenvolvimento do Porto é a melhor obra que até hoje se escreveu sobre esse complexo assunto”.
Com a devida vénia a Germano Silva
 
 
 
 
“É em 15 de Fevereiro de 1798 aprovada a planta definitiva da Praça do Laranjal (hoje Praça da Trindade), de Teodoro de Sousa Maldonado, pela Junta das Obras Públicas. De notar que a ideia da praça data de 1760 (a urbanização das Quintas do Laranjal de Cima e de Baixo foi ideia de João de Almada), datando as plantas de Maldonado de 1787 e as de D. José Champalimaud (dos aquedutos) de 1788”.
Eugénio Andrea da Cunha Freitas, In “Toponímia Portuense”, p. 333
 
 
 

Planta de George Balck de 1813, onde se vê o Laranjal e a Travessa da Doida
 
 
 

Travessa da Praça da Trindade com as suas casas de comércio
 
 
 
 
As Escadas do Pinheiro lançadas a partir do Largo Mompilher começaram a ser construídas em 1775 e destinavam-se a ligar esse largo à Rua da Misericórdia, actual Rua do Pinheiro.
 
 
 
“…Neste local existia uma vasta propriedade, a Quinta do Pinheiro, que compreendia muitos campos de cultivo, laranjais, hortas e pomares. Começou a ser urbanizada no século XVIII incluída no chamado plano de urbanização do Bairro dos Laranjais promovido por João de Almada e Melo e no qual se incluía a abertura, por exemplo, da Rua do Almada, assim denominada em homenagem ao promotor do projecto, bem como outras artérias adjacentes como as actuais ruas da Conceição, de Ricardo Jorge e outras.
Uma das artérias que também se abriu por esse tempo foi a actual Rua do Pinheiro onde se encontra a pequena capela da invocação de Nossa Senhora da Conceição.
A primeira referência documental que existe relativa a esta propriedade é do ano de 1508.
Trata-se de uma escritura que nos dá conta, de que, um tal João Rodrigues de Avelar e, sua mulher, Grácia Luís, venderam o seu campo do Casal do Pinheiro, "que fica junto aos Carvalhos do Monte, junto da ci­dade e da estrada pública..." 
Dava-se o nome de Carvalhos do Monte ao sítio onde esteve a Quinta do Mirante e agora está a Faculdade de Direito, entre a Rua dos Bragas e a Praça do Coronel Pache­co. A estrada pública é a antiga Rua de San­to Ovídio, hoje dos Mártires da Liberdade, que ficava, dizem documentos antigos, "ar­riba dos Ferradores, "ou seja acima da an­tiga Praça dos Ferradores, que hoje tem o nome de Praça de Carlos Alberto. 
Antes de ter a denominação que evoca a existência da Quinta do Pinheiro, esta artéria chamou-se da Misericórdia.
Em 1725, o Casal do Pinheiro, com os seus "campos da Porta Fronha e dos Carvalhos" es­tava na posse da Santa Casa da Misericórdia do Porto que o emprazou (deu de aluguer) a um Manuel Monteiro do qual passou para um seu descendente de nome João António Mon­teiro de Azevedo, cidadão do Porto e celebra­do autor de uma interessante e, para quem se interessa pela história de Vila Nova de Gaia, ainda hoje, muito útil" Descrição Topográfi­ca de Vila Nova de Gaia", que também con­tém muitas e importantes referências histó­ricas à cidade do Porto. 
Pois foi este João Monteiro de Azevedo que mandou fazer a casa que ainda existe na Quin­ta do Pinheiro e a capela da invocação de Nos­sa Senhora da Conceição, atribuída a Nicolau Nasoni e que, embora esteja no exterior da quinta, dela faz parte integrante. 
Esta enormíssima propriedade, que com­preendia, além das já mencionadas glebas da Porta Fronha e dos Carvalhos, os campos do Pinheiro e da Pena de Arca, começou a ser re­talhada, para urbanização, nos começos do ano de 1747, nomeadamente para a abertura da parte superior da Rua do Almada e de outras artérias como a Rua de Ricardo Jorge, que an­tes se chamara Travessa do Pinheiro, e a cria­ção do chamado Bairro dos Laranjais, um am­bicioso processo urbanístico da autoria de João de Almada e Melo.
O emblema do antigo Largo do Laranjal, depois Praça da Trindade, foi o chafariz que passou à história, exactamente, com o nome do largo. Inicialmente era uma fonte, a Fonte da Trindade, que funcionou desde 22 de Junho de 1844 até Maio de 1853. Neste ano fizeram-se obras na já então denominada Praça da Trindade para rebaixamento do leito e a fonte foi demolida. As suas pedras, provenientes da demolição, foram recolhidas num terreno de Liceiras, para uma eventual reconstituição. Que nunca chegou a fazer-se. Com efeito havia sido demolido, também, um chafariz que, desde o século XVI, pelo menos, estava no meio do Largo de S. Domingos. Foi este que acabou por ser reconstruído na Praça da Trindade. A sua inauguração ocorreu no dia 11 de Março de 1854. Mas não ficou ali definitivamente.
Novas obras na praça em 1911 e, o chafariz, foi transferido para os jardins dos SMAS sendo substituído por um simples fontanário "com água da Companhia". Só há relativamente poucos anos (1960) é que voltou para a Praça da Trindade, agora como mero objecto de decorativo. Gravada no bordo de uma das suas taças tem uma legenda em latim "REIP - VSIV - DICATVM - COMMUNI". Que significa: "Ao uso do povo".
Com a devida vénia a Germano Silva
 
 
 

Capela Nossa Senhora da Conceição, junto às Escadas do Pinheiro
 
 
 

Capela Nossa Senhora da Conceição e Largo de Mompilher, na década de 50, do século XX
 
 
 

Quiosque junto às Escadas do Pinheiro (visíveis atrás) – Fonte: pt.wikipedia.org



 
O quiosque de Mompilher foi construído nos anos trinta do século XX, em substituição de um outro de ferro que existia nesse largo desde 1910.
As últimas décadas do século XIX e as primeiras do século seguinte, foram pródigas na construção de quiosques na cidade do Porto. Uma situação que se compreende à luz da vida social e urbana da época, em que estas micro-arquitecturas eram ponto de encontro preferencial para escritores, poetas, intelectuais ou aristocratas.
A função comercial, que desde sempre lhes foi inerente, mantém-se nos dias de hoje, embora as bebidas, as frutas e as flores, tendam a ser substituídas essencialmente por revistas e jornais.
 
 
 
 
Estação Ferroviária da Trindade
 
 
 
A Estação Ferroviária da Trindade, na foto acima, que se situava nas traseiras da Igreja da Trindade, viria a dar origem à actual estação de Metro da Trindade. 
 
 
 

Estação Ferroviária da Trindade, em 1977
 
 
 

Estação Ferroviária da Trindade, em 1985 – Cortesia de Paulinho da Viola

 
 

Perspectiva actual da estação de metro da Trindade

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